1º Batalhão de Forças Especiais | |
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Brasão do 1º Batalhão de Forças Especiais | |
País | Brazil |
Estado | Goiás |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando de Operações Especiais |
Missão | Contraterrorismo, Reconhecimento, Insurgência e Infiltração Aérea. |
Tipo de unidade | Forças Especiais |
Sigla | 1º B F Esp |
Criação | 1983 |
Patrono | Antonio Dias Cardoso |
Lema | "Qualquer missão, em qualquer lugar, a qualquer hora, de qualquer maneira." |
História | |
Guerras/batalhas | Guerrilha do Araguaia (1967 – 1974)
Operação Traíra (1991)
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Logística | |
Efetivo | Desconhecido |
Comando | |
Comandante | Ten Cel Inf Rogerio Cunha Rabelo |
Sede | |
Guarnição | Goiânia |
Endereço | Avenida Salvador, s/n - Jardim Guanabara I |
Internet | www.1bfesp.eb.mil.br |
O 1º Batalhão de Forças Especiais (1º B F Esp) é a unidade de elite do Exército Brasileiro capacitada ao planejamento, condução e execução de operações de guerra irregular, contraterrorismo, fuga e evasão, inteligência de combate, contraguerrilha, guerra de resistência, operações psicológicas, reconhecimento estratégico e busca, localização e ataque a alvos estratégicos. É subordinado a Comando de Operações Especiais, de acordo com a organização e adestramento do EB, trata-se da principal unidade de elite da Força.
As operações do 1º BFEsp caracterizam-se por sua acentuada mobilidade estratégica. Seu emprego costuma requerer alto grau de sigilo, e suas operações apresentam considerável grau de risco, já que, em geral, são executadas em território hostil.
A fração de emprego do batalhão é o Destacamento Operacional de Forças Especiais (DOFEsp), integrado por 4 oficiais e 8 sargentos.
História[editar | editar código-fonte]
Em 1968, é criado na cidade do Rio de Janeiro, o Destacamento de Forças Especiais, subordinado a Brigada de Infantaria Paraquedista, naquele momento, o destacamento já possuía uma doutrina própria, que reunia conhecimentos de cursos como os de Guerra na Selva e de paraquedista militar do Exército Brasileiro e dos cursos de rangers e forças especiais do Exército dos Estados Unidos. Posteriormente foi elevado a nível de subunidade, com a denominação de Companhia de Forças Especiais. Essa Companhia evoluiu, e em 1983 tornou-se batalhão, com a denominação de Batalhão de Forças Especiais, constituído de uma companhia de comando, uma companhia de forças especiais e uma companhia de ações de comandos, mantendo-se subordinado à Brigada Pára-quedista até o ano de 2003 o 1ªBFEsp era sediado no antigo DCMun e Granja Militar Central em Deodoro na Estrada do Camboatá-1005 área também apelidade de Camboja do Brasil devida sua semelhança.
Em 2003, face à evolução da conjuntura política internacional e ao emprego cada vez mais recorrente de tropas de operações especiais em todo o mundo, a Brigada de Operações Especiais foi criada na cidade de Goiânia, única organização militar deste porte na América Latina, e integrada, dentre outras unidades, pelo já tradicional Batalhão de Forças Especiais, que com seu comando agora vinculado a nova brigada, passou a denominar-se 1º Batalhão de Forças Especiais e sede transferida para Goiânia. Um dos principais motivos para a transferência do Rio de Janeiro foi o assédio do narcotráfico carioca a militares e ex-integrantes das tropas. Na década de 1990, um dos principais universos de assédio ao recrutamento eram os cabos e soldados Comandos.[1]
O Patrono[editar | editar código-fonte]
Antonio Dias Cardoso é o patrono do 1º Batalhão de Forças Especiais, que também é conhecido como Batalhão Antonio Dias Cardoso. Foi um dos principais líderes da Insurreição Pernambucana e comandou um pequeno efetivo que venceu a batalha dos Montes das Tabocas contra uma tropa muito maior liderada diretamente por João Maurício de Nassau e posteriormente também em menor número venceu em Casa Forte a tropa neerlandesa comandada pelo coronel Van Hans, comandante-Geral holandês no Nordeste do Brasil. Também participou ativamente nas duas batalhas dos Guararapes quando na primeira foi subcomandante do maior dos quatro terços do Exército Patriota, tendo-lhe sido passada a investida da principal frente de batalha pelo comandante João Fernandes Vieira, na segunda batalha comandou a chamada Tropa Especial do Exército Patriota, desbaratando toda a ala direita dos holandeses.
São insuficientes os registros históricos sobre este personagem, mas acredita-se que tenha nascido em Portugal e vindo ainda muito menino para o Brasil. Nesta campanha começou no posto de soldado, durante a invasão de 1624 a 1625 teve sucesso ao lado de sua companhia em conter o invasor no perímetro de Salvador que estava cercada pelos melhores soldados de Maurício de Nassau, por seus feitos durante a campanha chegou rapidamente ao posto de capitão, onde foi para a reserva, mas devido ao seu reconhecido valor foi novamente convocado para lutar, era conhecedor profundo das técnicas de guerrilha dos indígenas, onde os mesmos utilizavam-se largamente de emboscadas, e em 1645 recrutou, treinou e liderou uma força de 1.200 pernambucanos mazombos insurretos, armados com armas de fogo, foices, paus e flechas, numa emboscada em que derrotaram 1.900 neerlandeses melhor equipados. Esse sucesso lhe valeu o apelido de mestre das emboscadas.
Devido a seus feitos foi lhe concedido a honra de Cavaleiro da Ordem de Cristo e o comando do Terço de João Fernandes Vieira, do qual havia sido subcomandante à época da 1ª batalha dos Guararapes. Em 1656 foi nomeado mestre de campo, encerrando definitivamente a sua carreira militar. Em 1657, assumiu o governo da Capitania da Paraíba.
Devido a ter comandado a Tropa Especial do Exército Patriota e principalmente por ter operado no passado da mesma maneira que fazem atualmente as tropas de forças especiais, combatendo em menor número, sem posição fixa, usando a surpresa como elemento de combate, utilizando-se de emboscadas, recrutando população local, treinando-as em técnicas irregulares como as de guerrilha, dentre outras coisas, foi homenageado como patrono do 1º Batalhão de Forças Especiais do Exército Brasileiro e por isso é reconhecido atualmente como o primeiro operador de forças especiais do Brasil.
Batismo de Fogo[editar | editar código-fonte]
O batismo de fogo da unidade ocorreu na década de 1970 durante as operações contra a Força de Guerrilha do Araguaia, quando destacamentos das Forças Especiais lutaram quase ininterruptamente durante toda a campanha, em ações de defesa do território nacional. Contribuiu com a vitória, o fato de tais militares serem especialistas em todos os tipos de operações e os mais treinados soldados do Exército Brasileiro.[parcial] Destacando-se principalmente a ação do Grupo de Elite das Forças Especiais.
Operação Traíra[editar | editar código-fonte]
Em 1991, guerrilheiros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), adentraram o território brasileiro e atacaram um pequeno contingente de fronteira do Exército Brasileiro, a resposta foi imediata, e o até então Batalhão de Forças Especiais realizou em conjunto com outras unidades, uma operação de retaliação, a Operação Traíra. Nesta missão totalmente confidencial, Foi enviado do Rio de Janeiro grupamento de Forças Especiais. Após um período de dois meses de operações na floresta Amazônica, é revelado ao Ministro da Defesa e Publicado pelo Comando Militar; o sucesso da missão, no primeiro registro continha: "Missão foi um sucesso"... "não houve baixas nacionais" e o resultado foi o de 12 guerrilheiros mortos, inúmeros capturados, maior parte do armamento e equipamento recuperados, e desde então, nunca mais se soube de invasões das FARC em território brasileiro, e muito menos de ataques a militares brasileiros.[2] Seis(6) combatentes receberam reconhecimento e uma homenagem em secreto e somente seus nomes de Guerra foram revelados:(Glaucio J Silveira; Alex B Castro; Marcelo B. Arruda, Francisco C Menezes, P.aulo F Souza.)
Missão de Paz no Haiti[editar | editar código-fonte]
Recentemente sob a égide das Nações Unidas, o 1º Batalhão de Forças Especiais teve papel decisivo no combate a grupos paramilitares que assolavam o território haitiano e causavam grande instabilidade política no país.
Forças Especiais[editar | editar código-fonte]
É pequeno o número de países que possuem grupos de forças especiais preparados para operações de guerra irregular. Comumente, estas operações são caracterizadas pela organização, preparo e emprego de forças irregulares para a conquista de objetivos políticos e militares à longo prazo. Sabotagens, operações psicológicas e de inteligência, estruturação de redes de apoio para fuga e evasão, ações contraterrorismo e reconhecimentos especiais fazem parte também do rol de missões das forças especiais.
Armamento[editar | editar código-fonte]
Name | Origin | Type |
---|---|---|
Glock 17 | Austria | Pistola |
Heckler & Koch USP | Germany | Pistola |
Heckler & Koch G36C | Germany | Fuzil de assalto |
Heckler & Koch HK416 | Germany | Fuzil de assalto |
Heckler & Koch HK417 | Germany | Fuzil de batalha |
Colt M4 | United States | Carabina |
Franchi SPAS-15 | Italy | Escopeta |
Benelli M4 | Italy | Escopeta |
Heckler & Koch MP5 | Germany | Submetralhadora |
Heckler & Koch UMP | Germany | Submetralhadora |
FN Minimi | Belgium | Metralhadora leve |
FN MAG | Belgium | Metralhadora leve |
Heckler & Koch PSG1 | Germany | Fuzil de precisão |
SIG Sauer SSG 3000 | Switzerland | Fuzil de precisão |
M24 Sniper Weapon System | United States | Fuzil de precisão |
Remington MSR | United States | Fuzil de precisão |
PGM Ultima Ratio | France | Fuzil de precisão |
Barrett M82 | United States | Fuzil antimaterial |
Carl Gustav M2 | Sweden | Canhão sem recuo |
AT-4 | Sweden | Lançador de granada |
Commando mortar | Brazil | Morteiro |
Flamethrower | Brazil | Lança-chamas |
Curso de Forças Especiais[editar | editar código-fonte]
Com 23 semanas de duração, esse curso é ministrado apenas a oficiais, subtenentes e sargentos de carreira do Exército Brasileiro, que já possuam o Curso de Ações Comandos (CAC). É ministrado no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOPESP), localizado no Forte Imbuhy, em Niterói. O curso habilita militares a integrarem um Destacamento Operacional de Forças Especiais, fração de emprego do 1º Batalhão de Forças Especiais e consequentemente a realizarem operações de reconhecimento especial, contraterrorismo, subversão, evasão, sabotagens, contra-guerrilha e de guerrilha contra forças regulares.
Estágios[editar | editar código-fonte]
Estágio de Mergulho Básico[editar | editar código-fonte]
Neste estágio, os militares comandos ou forças especiais, aprendem as técnicas básicas de mergulho e são habilitados a executarem missões simples de resgates e buscas de pessoal e material, além de servir de pré-requisito para o Estágio de Mergulhador de Combate.
Estágio de Mergulhador de Combate[editar | editar código-fonte]
Neste estágio, os militares comandos ou forças especiais do 1º Batalhão de Forças Especiais são habilitados a realizarem operações de sabotagens, de destruição e de reconhecimento com o emprego do equipamento de mergulho de circuito fechado de oxigênio.
Estágio de Caçador[editar | editar código-fonte]
Todos os estágios e cursos como o Curso de Comandos para graduados (sargentos e subtenentes) e oficiais,Curso de Forças Especiais,Estágio de Mergulho e Estágio de Caçador além do Curso de Operações Psicológicas são realizados no Rio de Janeiro no CIOpEsp Centro de Instrução de Operações Especiais.
Lema[editar | editar código-fonte]
- 1º Batalhão de Forças Especiais
" O Ideal como Motivação; A Abnegação como Rotina; O Perigo como Irmão e A Morte como Companheira."
Canção[editar | editar código-fonte]
Em resposta ao clamor do dever
Abandono meu lar meu amor
O convívio sagrado da prole
Repudiando o conforto e o prazer.
A distância, a saudade e a dor,
Me transformam em lobo feroz,
Rosto negro, olhar de rapina,
Braço armado que lança o terror.
Quando a luta cerrar os seus punhos
Exigindo o sangue do audaz
Quando o medo atingir o mais forte
Misturando o pavor com a morte
Vai erguer-se um guerreiro do chão
Destemido, treinado e leal
Vai buscar a vitória final
E lutar pelo seu batalhão
O silêncio das noites escuras
Nos garantem sigilo total,
O sabre rubro revela a bravura
Inerente ao guerreiro especial,
As batalhas de Dias Cardoso
Líder nato, imortal varonil
Fazem-nos orgulhosos soldados, (Rhum! Rhum! Há!)
das Forças Especiais do Brasil
Letra de Hélcio Bruno de Almeida e música de Benedito Ferraz de Oliveira
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