O carro de combate M41 Walker Bulldog foi concebido na forma de um tanque leve para substituir o M24 Chaffee, projeto bem sucedido mas considerado sub-armado para enfrentar os T-34 na Guerra da Coréia. Ágil e bem armado, este projeto não cumpriu seu intento de aerotransportabilidade pelos meios da época, e embora destinado a cumprir missões de esclarecimento, o US Army o queria dotado de uma arma poderosa.
Sua produção começou em 1951, dotando o exército americano de um veículo barulhento e beberrão, que teve seu batismo de fogo de forma limitada antes mesmo de concluir a maioria de seus testes de pré-produção para fazer frente aos T-34 da Coréia do Norte, nitidamente superiores ao M24. Em 1961 as forças japonesas receberam 150 exemplares.
A partir de 1965 começou a integrar as fileiras do Exército da República do Vietnam, compondo 5 esquadrões e atuando na guerra que acontecia neste país, substituindo os M24 lá existentes. Popularizou-se imediatamente junto aos seus tripulantes asiáticos, que devido a sua pequena estatura o consideraram bem dimensionado, ao contrário das tripulações norte-americanas que o consideravam apertado. Seu sucesso, além das características já mencionadas, se deveu a sua confiabilidade mecânica, simplicidade e excelente dirigibilidade. Enfrentaram com sucesso neste conflito modelos T-54 e PT-76. Em 1973 cerca de 200 unidades estavam em serviço neste país.
Equipou ainda as forças do Exército Brasileiro com cerca de 340 unidades, onde sofreu modificações locais e permaneceu por longo período. A partir de 1997 o EB iniciou sua substituição pelo modelo Leopard I alemão, estando próxima sua conclusão com a substituição total dos modelos M41. Esteve em serviço ainda na Espanha com 180 unidades, Chile com 60, República Dominicana com 12, Guatemala e Nova Zelândia 10 cada, Somália com 10, Filipinas com 7, Taiwan com 675, Tailândia com 200, Tunísia com 10 e Líbano com 20. Muitos ainda estão em serviço. O Uruguai opera modelos de 90 mm e motor Scania diesel modificados no Brasil, mais 24 unidades de características semelhantes doados por este país. Foi operado ainda pela Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Jordânia e África do Sul.
Nos EUA sua substituição foi pelo M551 Sheridan com casco de alumínio, canhão de 152 mm capaz de disparar mísseis anticarro para fazer frente a carros de combate pesados, e capacidade de aerotransporte e transposição anfíbia. Seu chassi serviu de base para o M42 Duster antiaéreo e oM75 APC, sendo que os modelos SPG M44 e M52 usaram muitos de seus componentes.
O M41 é um carro de combate leve, pesando 23,5 ton e equipado com um motor Continental AOS-895-3 de 6 cilindros a gasolina e 500 hp, produzindo uma relação potência/peso de 21,3 hp/ton. Ostentando uma blindagem máxima de 38 mm na parte frontal; mede 5,819 m de comprimento; 3,2 m de largura e 2,71 m de altura; sendo tripulado pelos tradicionais 4 integrantes como na maioria dos carros de combate. Está apoiado sobre uma suspensão do tipo barras de torção, com 5 pares de rodas que giram dentro de um par de lagartas com polia tensora a frente e tratora atrás junto ao trem de força. Seu alcance está limitado a parcos 161 km e pode atingir na estrada uma velocidade de 72 km/h. Está artilhado com um canhão principal M32 de 76 mm; uma metralhadora de de 12,7 mm no alto da torre para fogo antiaéreo e uma metralhadora de 7,62 mm para emprego geral.
O modelo brasileiro sofreu grandes modificações pela indústria local, com o objetivo de nacionalizar componentes e reduzir a dependência externa, além de sanar deficiências do veículo original. Foram instalados motores diesel Scania V8 DS14, com alongamento da parte traseira do veículo, acarretando em uma série de consequências inesperadas, que com a mudança do centro de gravidade, resultou em desgaste prematuro das lagartas , quebra frequente do eixo de transmissão, problemas nunca resolvidos. Este modelo designado M41B não agradou e logo o M41C foi implementado com a adição blindagens frontais, periscópios nacionais e um canhão de 90 mm com a utilização do tubo original usinado, substituição das lagartas e colocação de saias laterais, além de outras modificações menores, mesmo assim deixou a desejar. A grande vantagem desta modificação foi a troca do dispendioso motor a gasolina de alto consumo pelo modelo nacional que proporcionou um alcance ao carro de 550 km, frente aos 161 originais.
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