quarta-feira, 6 de junho de 2018

Hanwha Techwin K-9 Thunder Howitzer SPH



O K9 Thunder é um obuseiro autopropulsado (SPH) desenvolvido pela Samsung Techwin (Hanwha Techwin atualmente) para equipar as forças sul-coreanas, em substituição aos modelos K55, versão local do M109A2 dos EUA, juntamente com seu veículo complementar K10, variante de reabastecimento de munição do mesmo veículo. Iniciado em 1989, o primeiro protótipo inicioiu seus testes  em 1996, com produção a partir de 1998 e IOC em 1999. Foi concebido para sobrepujar seu antecessor dando aos sul-coreanos um significativa melhoria nas capacidades de mobilidade e poder de fogo, além de superior capacidade de sobrevivência. Este veículo possui muita semelhança externa com o M109 dos EUA, podendo ser facilmente confundido por um observador desatento.

No ano de 2010 uma unidade equipada com estes obuseiros engajaram-se em um duelo com forças norte-coreanas, em um incidente conhecido como o Bombardeio de Yeonpyeong. Seis peças que retornavam de um exercício programado foram surpreendidas pela artilharia do norte, que disparou alegando que o exercício foram dirigido a território administrado por Pyongyang, causando a morte de 4 civis do sul com mais 19 feridos, além de danos materiais generalizados. O obuseiros sulistas disparam a munição que tinham armazenada nos veículos contra posições de armas do norte em retaliação. Houve um incidente de tiro com uma granada presa na peça, que foi reparada em campo e voltou a atirar num segundo momento. 2 outras sofreram danos em seus sistemas de pontaria, com apenas as 3 restantes conseguindo contra-atacar inicialmente. Foi obtida uma cadência de 1 disparo a cada minuto e meio.

O sistema K2 consiste de um tubo de 155 mm de 52 calibres (munição padrão NATO), capaz de disparar até 18 km com munição convencional, que eleva-se de -2,5 a 70 graus, além de dispor de um projétil HE assistido por foguetes a até 30 km ou um K307 com carga modular a até 40 km. Pode abrir fogo em 30 s quando posicionado ou em 60 s se em movimento. Possui sistema doppler para medição da velocidade de boca e o carregamento é automático, podendo usar as cargas padrão da OTAN ou as cargas modulares desenvolvidas localmente. O sistema pode operar 4 tipos de projéteis em 4 unidades elétricas independentes. O tubo possui um fixador de marcha operado remotamente pelo motorista.

O tubo está montado sobre um berço com 2 freios de recuo de ação hidráulica, com amortecedor interno e recuperador pneumático. O berço está apoiado diretamente no carregador, aumentando a precisão do disparo. Um freio de boca reduz o recuo sobre o sistema hidráulico e atenua o clarão do disparo, o mecanismo de recuo abre a culatra automaticamente após o disparo e recolhe os gases residuais da queima.

A luneta de pontaria para tiro indireto esta montada no lado esquerdo da torre, com proteção balística. o comandante e o artilheiro posicionam-se lado a lado no lado direito da torre, dispondo de uma metralhadora .50 para fogo defensivo com uma escotilha que se abre para trás. A torre tem um porta no lado esquerdo, existindo outra a retaguarda do chassi para acesso da tripulação e remuniciamento.


Pode disparar a uma taxa nominal de 6 a 8  disparos por minuto durante 3 minutos. A taxa de disparo sustentado é de 2 a 3 disparos por minuto durante 1 hora. Sua cadência supera em 3x a de seu antecessor. Pode disparar ainda no modo MSRI, ou seja, 3 disparos em 15 segundos, cada um com uma elevação diferente do tubo de forma que descrevem trajetórias diferentes e podem chegar ao mesmo tempo no alvo. Possui sistema automático de controle de fogo totalmente digital (AFCS) e sistema de posição de azimute modular (MAPS).

Em 2016 foi revelado o desenvolvimento de uma torre totalmente automática, com tripulação reduzida. Podem armazenar 48 disparos, e o veículo K10 ARV construído sobre o mesmo chassi que o acompanha (1 para casa 2 peças), até 104 disparos com taxa de transferência de 12 unidades por minuto, de forma totalmente automática através de acoplamento com esteira, que permite o remuniciamento em condições operacionais severas sem exposição da tripulação.





Montado sobre um chassi sobre lagartas totalmente em aço soldado com armadura (19 mm) resistente a projéteis de 14,5 mm, fragmentos de artilharia de 155 mm e minas antipessoal. O veículo pesa 47 toneladas e está apoiado sobre uma suspensão hidropneumática e 6 rodas de apoio, capaz de vencer o terreno difícil e montanhoso do território coreano, podendo alcançar até 480 km com o combustível armazenado. Mede 12 m de comprimento, 3,4 m de largura e 2,76 m de altura, trincheira de 2,8 m, obstáculo vertical de 0,75 m e 0,41 m de altura livre do solo. Suporta rampas de 60 graus e inclinação lateral de 30 graus.


O trem de força é composto por um motor de 750 kw (1000 cv) MTU MT 881 Ka-500 diesel de 8 cilindros em V, refrigerado à água, que desenvolve uma relação potência/peso de 21 cv/ton e lhe permite atingir até 67 km/h. está acoplado a uma transmissão Allison ATDX1100-5A3 totalmente automática (uma evolução da transmissão do M1 Abrams), com 4 marchas e frente e 2 a ré.

Possui ar-condicionado aumentando o conforto de tripulação e completa proteção NBC, sistema automático de supressão de incêndio, sendo operado por uma tripulação de 5 artilheiros.

Foi exportado para a Turquia onde teve sua produção local licenciada sob o nome de T-155 Firtina, totalizando cerca de 300 unidades. Existem conversações em andamento com a Finlândia, Noruega, Egito e Índia.

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