FICHA TÉCNICA
Comprimento: 332,8 m.
Calado: 11,3 m.
Boca: 40.8 m.
Deslocamento: 102000 toneladas.
Propulsão: Nuclear, com dois reatores GE PWR A4W/A1G , mais 4 turbinas a gás, que geram 260 000 HP.
Velocidade máxima: 34 nós (64km/h).
Autonomia: reabastecido a cada 13 anos.
Sensores: Radar de busca aérea: AN/SPS 48E, AN/SPS 49(V)5, Radar Raytheon MK 23 de banda D; Radar de busca de superfície: AN/SPS 67V banda G. Radar de navegação: Raytheon A N/SPS 64 (V)9 de banda L/J.
helicópteros SH-60 Seahawk. podendo, em caso de guerra, chegar a 110 aviões.Comprimento: 332,8 m.
Calado: 11,3 m.
Boca: 40.8 m.
Deslocamento: 102000 toneladas.
Propulsão: Nuclear, com dois reatores GE PWR A4W/A1G , mais 4 turbinas a gás, que geram 260 000 HP.
Velocidade máxima: 34 nós (64km/h).
Autonomia: reabastecido a cada 13 anos.
Sensores: Radar de busca aérea: AN/SPS 48E, AN/SPS 49(V)5, Radar Raytheon MK 23 de banda D; Radar de busca de superfície: AN/SPS 67V banda G. Radar de navegação: Raytheon A N/SPS 64 (V)9 de banda L/J.
Armamento: 3 lançadores MK 29 de 8 células de mísseis Sea Sparrow; 4 Canhões CIWS MK-15 Phalanx de 20 mm.
Aviação: Variável conforme a missão, porém tipicamente 68 aeronaves que podem ser distribuídos em 48 F/A-18 E/F super Hornet, 4 Grumman E-2 C Hawkeye, 4 EA-18G Growler, além de 12 helicópteros SH-60 Seahawk.
DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Poucas coisas neste mundo representam tão bem o significado da palavra poder de fogo como a força de porta aviões da Marinha dos Estados Unidos. São navios que operam mais de 60 aeronaves, sendo a maioria absoluta, de combate, podendo, ainda ter esse numero aumentado em caso de necessidade de guerra. E ainda, dentro dessa força, uma classe de navio se destaca pelo sucesso de seu projeto que foi construído em grande número, o que é interessante quando se trata dessa categoria de navios, que são os porta aviões, onde são, no máximo, construídos um ou dois por classe. Para se ter uma ideia do sucesso da classe Nimitz (CVN 68), basta observar que foram construídos, nada mais, nada menos que dez navios.
Acima: O tamanho dos porta aviões da classe Nimitz deixa claro o seu poder. O navio menor do lado direito é um porta aviões britanico Illustrious.
O Nimitz foi o segundo maior navio de guerra do mundo por muitos anos, pois era pouco menor que o USS Enterprise, primeiro navio porta aviões a ser propulsado por reatores nucleares. Com a desativação do Enterprise, o Nimitz passou a ser o maior navio de guerra do mundo. Ele foi construído pelo estaleiro Newport News Shipbuilding, que é propriedade da Northrop Grummam e comissionado no começo de 1975, iniciando uma nova fase na capacidade de combate da marinha dos Estados Unidos (US Navy).
O Nimitz desloca 102000 toneladas quando totalmente carregado e transportam em tempos normais, 68 aeronaves sendo elas 48 F/A-18 E/F super Hornet, 4 Grumman E-2 C Hawkeye, 4 EA-18G Growler, além de 12 helicópteros SH-60 Seahawk. Esses números, são incríveis, principalmente quando verificamos, que um navio da classe Nimitz possui uma força aérea embarcada muito mais poderosa que qualquer força aérea Latino americana ou mesmo a de muitas forças aéreas europeias.
Se você considerar o poder de fogo dos aviões de combate deste navio, será fácil chegar a conclusão de que este é o mais poderoso navio de guerra já construído entre todas as categorias de navios de guerra.
Acima: Atualmente o caça F/A-18E/F Super Hornet representa o braço armado dos porta aviões norte americanos. A partir de 2019 o novo caça F-35C Lighning II deverá fazer companhia aos Super Hornets e dividir as tarefas "quentes" do navio.
A suíte de sensores do Nimitz é formada pelo radar tridimensional SPS-48E com alcance aproximado de 400 Km, e o radar SPS 49 V Bidimensional com alcance aproximadamente 560 Km, para auxiliar na busca aérea. O radar de busca de superfície é p AN/SPS-67V com alcance de 115 km contra alvos de frande porte (um navio cargueiro, por exemplo). Por fim está instalado um sistema de controle de fogo MK-91 para uso com os mísseis SAM Sea Sparrow, que representa a principal defesa orgânica do navio. Para apoio a esses mísseis estão montados sistemas CIWS MK 15 Phalanx com um canhão rotativo em calibre 20 mm que conta com uma provisão de 989 tiros cada e dispara 4500 tiros por minuto. Mais recentemente, a Marinha dos Estados Unidos, está equipando os porta aviões da classe Nimitz com o míssil antiaéreo de curto alcance RIM-116 RAM no lugar de seus sistemas Phalanx; O RIM-116 é um pequeno míssil guiado a calor com alcance de 9 km.
Acima: O radar AN/ SPS-48E é um sensor antiquado, porém seu longo alcance e confiabilidade ainda representa um sistema viável para defesa do Nimitz.
Acima: O radar AN/ SPS-48E é um sensor antiquado, porém seu longo alcance e confiabilidade ainda representa um sistema viável para defesa do Nimitz.
Muitos podem pensar: “Nossa, só isso de armas?” Sim, só isso, porém, lembrem-se que dos 68 aeronaves, 52 são aviões de combate supersônicos e pesadamente armados. Podem ter a certeza, que se um invasor passar pela barreira que é imposta pela aviação de combate do Nimitz, muita coisa deve ter dada errado. A proteção anti-submarina, é exclusiva dos helicópteros SH-60 Seahawk. Por isso os porta aviões americanos estão sempre escoltados por no mínimo, um destróier da classe Arleigh Burke, que já foi assunto de matéria publicada nesse blog.
Acima: O míssil Sea Sparrow deixa seu lançador MK-29. este míssil é o principal elemento de defesa orgânica dos porta aviões da classe Nimitz. Seu sistema de guiagem se dá por radar semi ativo e seu alcance chega a 18,5 km.
Abaixo: O sistema de defesa antiaérea de ponto RAM (Rolling Airframe Missile) usa o míssil RIM-116 para destruir alvos como aeronaves ou mísseis antinavio. O RAM substitui algumas unidades do antigo sistema CIWS MK-15 Phalanx que usa um canhão rotativo M-61 de 20 mm.
Para proteção do navio, existem contramedidas como o lançador de iscas infravermelhas Sippican SRBOC, sistemas para iludir torpedos AN/SLQ-25 Nixie , e iscas antitorpedos SSTDS. Um sistema de guerra eletrônica AN/SLQ-32 (V) detecta as emissões de radar inimigas e, após analisa-las alerta aos sistemas de contra medidas do navio.
Para proteção do navio, existem contramedidas como o lançador de iscas infravermelhas Sippican SRBOC, sistemas para iludir torpedos AN/SLQ-25 Nixie , e iscas antitorpedos SSTDS. Um sistema de guerra eletrônica AN/SLQ-32 (V) detecta as emissões de radar inimigas e, após analisa-las alerta aos sistemas de contra medidas do navio.
A propulsão desta “cidade flutuante” é provida por dois poderosos reatores nucleares A4W que movem 4 turbinas e 4 eixos à produzir um impulso 260 000 HPs. Essa potência, acelera o Nimitz a incrível velocidade, (se considerarmos o tamanho dele) de 34 nós (64 Km/h), o que faz dele um dos mais rápidos navios de guerra do mundo. A tripulação dele é de 3150 tripulantes mais 2600 tripulantes da ala aérea, ou seja, são 5750 tripulantes em cada porta aviões dessa classe!
A nova classe de porta aviões CVN 78 Gerald R Ford terá uma redução importante nesses números devido a automação de uma série de sistemas do navio, que já se mostrou como uma tendência para os futuros navios de guerra americanos.
Acima: O Nimitz opera escoltado por um cruzador e por alguns destróieres, normalmente. estes navios que o protegem contra ataques de submarinos, e ainda, de quebra prestam uma importante capacidade antiaérea extra ao grupo de batalha.
A classe Nimitz foi projetada para operar por 50 anos. O primeiro navio da classe, o Nimitz, deverá ser descomissionado em 2025, e os seus irmãos mais novos se manterão em serviço até meados de 2050. Estes navios são a ponta de lança de ataque convencional do governo norte americano, e sua robusta capacidade de combate garante um fator dissuasivo muito eficaz. Porém, deve-se observar que algumas nações apresentaram armas dedicadas a destruição de navios porta aviões, como o míssil balístico DF-21D da China ou o Brahmos 2 da Índia e que, poderão colocar em xeque a viabilidade do uso desse tipo de navio. Porém, ainda é uma ameaça limitada a duas ou 3 nações e esse tipo de arma deverá ser cara e complexa demais para a grande maioria dos países por muitas décadas ainda.
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