FICHA TÉCNICA
Comprimento: 304,50 m.
Calado: 10,49 m.
Boca: 37 m.
Deslocamento: 67000 toneladas.
Propulsão: 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem 200 000 Hp, 2 turbinas com 50 000 Hp, 9 turbogeradores com 2011 Hp e 6 motores turbodiesel com 2011 Hp.
Comprimento: 304,50 m.
Calado: 10,49 m.
Boca: 37 m.
Deslocamento: 67000 toneladas.
Propulsão: 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem 200 000 Hp, 2 turbinas com 50 000 Hp, 9 turbogeradores com 2011 Hp e 6 motores turbodiesel com 2011 Hp.
Velocidade máxima: 35 nós (65km/h).
Autonomia: 7129 km.
Autonomia: 7129 km.
Sensores: Busca aérea e de superfície: MR-710 Fregat-MA/Top Plate com 300 km de alcance, 2 radares MR-320M Topaz/Strut Pair 2D, Navegação: 3 radares Palm Frond, Controle de tiro: 4 radares MR-360 Podcat (SA-N-9), 6X MR-123 Bass Tilt (Para os sistema Kashstan
Armamento: 12 mísseis de cruzeiro antinavio P-700 Granit. Mísseis anti-aéreos: 24 lançadores verticais SA-N-9 Gauntlet, Canhões anti-aéreos (CIWS): 8 sistemas kashtan composto por 2 canhões de 6 canos rotativos de 30 mm e 8 lançadores de mísseis SA-N-11 Grison, Anti-submarino: 2 lançadores de 10 tubos lançadores de foguetes com torpedos integrados Udav-1.
DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
A Rússia, desde a época da União Soviética, carecia de um navio aeródromo que fosse capaz de operar aviões de alto desempenho. O porta aviões Kiev, era equipado, apenas com aeronaves VSTOL Yak-38 Forger, uma aeronave com um desempenho limitado, e helicópteros Kamov KA-25 Hormone e KA-27 Hellix. A capacidade de defender o navio ou uma esquadra era inexpressivo, principalmente, se considerarmos um combate contra um grupo de batalha norte americano, onde os caças usados eram os Grumman F-14 Tomcat, apoiados por aeronaves Vought A-7 Corsair ll e posteriormente, Mc Donnell Douglas F/A-18A Hornet. Com isso, a marinha soviética solicitou ao estaleiro Nikolayev South que construísse um novo porta aviões de maior deslocamento para poder operar um novo caça naval que seria escolhido entre uma versão navalizada do Mig-29 e o Su-33 Sea Flanker. Esse novo projeto foi batizado como projeto 1143.5 ou classe Orel e foi, posteriormente, batizado de Classe Kuznetsov com seu lançamento feito em 1985.
Acima: O porta aviões Kuznetsov é o único navio do seu tipo em operação na marinha russa. Na terceira década deste século, essa condição deverá mudar com uma nova classe de porta aviões que fará companhia ao Kuznetsov.
Uma característica interessante do Kuznetsov é que diferentemente dos super porta aviões americanos, ele é extremamente bem armado. Na verdade, este navio é mais bem armado que muitas fragatas ou mesmo destróieres ocidentais. O armamento do Kuznetsov é composto por 12 potentes mísseis de cruzeiro antinavio P-700 Granit, também conhecido pela nomenclatura da OTAN como SS-N-19 Shipwreck, que são lançados de 12 silos verticais próximo a proa do navio. Este míssil tem um alcance de 550 km quando armado com uma ogiva convencional. Se for equipado com a ogiva nuclear, seu alcance chega a 630 km, voando contra um navio, a uma velocidade de 1650 km/h. A ogiva nuclear e tem um rendimento de 500 Kt, enquanto que a convencional de alto explosivo (HE) tem 750 kg. Para defesa antiaérea é usado um sistema de lançamento vertical Klinok com 24 lançadores com 8 mísseis cada, somando 192 mísseis SA-N-9 Gauntlet. Este míssil, tem um alcance de 12 km e é eficiente contra alvos voando até uma altitude de 6000 metros. A precisão deste míssil é impressionante, com um índice de 95% de acerto contra aeronaves. Seu sistema de guiagem se dá por comando de rádio. Ainda, para defesa antiaérea de ponto, o Kuznetsov está equipado com 8 sistemas Kashstan, que é composto por dois lançadores de míssil 9M311 (SA-N-11 Grisom, segundo a nomenclatura da OTAN) com alcance de 8 km e guiagem por comando de radio; 2 canhões GSH-30K de 6 canos rotativos de 30 mm, cada, e que são usados contra mísseis a caminho do navio e outros projéteis de precisão que sejam lançados contra o Kusnetsov. Esses canhões atingem uma cadência de tiro da ordem de 9000 tiros por minuto e alcance de 4 km. Outros 6 canhões AK-630 de 30 mm com cadencia de 10000 tiros por minuto e 4 km de alcance também completam a capacidade defensiva de curto alcance do navio.
Para guerra anti-submarina, é usado o sistema de foguetes anti-submarinos Udav-1, com 60 foguetes. Esse sistema é capaz de destruir torpedos que sejam lançados contra o navio e submarinos.
Acima: Uma das principais diferenças entre o Kuznetsov e seus pares ocidentais está em sua capacidade ofensiva. Enquanto os porta aviões ocidentais dependem de sua aviação para atacar seus alvos, o Kuznetsov tem uma capacidade orgânica de combate que supera a maioria das modernas fragatas e mesmo de alguns destróieres.
Pode se observar que existe uma rampa na proa do convés do Kuznetsov. Ela é necessária pois o navio não conta com as catapultas que encontramos nos porta aviões ocidentais, sendo que os aviões decolam do Kuznetsov exclusivamente com a força de seus motores. Embora isso diminua a complexidade do navio, ela limita, e muito a capacidade de transporte de cargas pelos aviões em suas decolagens pois não há espaço suficiente para ganhar velocidade em um navio. O navio iniciou sua vida operacional em 1990 operando 12 caças Sukhoi Su-33 Sea Flankers, derivado naval do super caça Su-27 Flanker. Hoje, em 2015, os Su-33 estão em processo de substituição pelo modelo MIG-29K Fulcrum D, do qual serão operados 20 exemplares monoposto e 4 exemplares biposto MIG-29KUB para treinamento operacional. Além dessas aeronaves de asas fixas, o Kuznetsov transporta 18 helicópteros anti-submarino (ASW) kamov Ka-27 PLO Helix, que permitem uma ampla capacidade de ataque e defesa na guerra anti-submarina. Mais 2 outros helicópteros Kamov Ka-27 S para missões de busca e salvamento (SAR) são transportados, completando a ala aérea do Kuznetsov.
Acima: A foto desse angulo permite ver bem a rampa (sky jump) na proa do Kuznetsov usada para ajudar na decolagem de suas aeronaves de asa fixa.
Todo este poder de fogo proporcionado pela ala aérea e pelas armas transportadas pelo Kuznetsov, não seriam suficientes para manter o navio em atividade, se não fossem os sistemas eletrônicos avançados instalados no navio. O principal radar de busca aérea e de superfície é o radar tridimensional de longo alcance MR-710 Fregat-MA/Top Plate, capaz de detectar um alvo aéreo de grande porte (uma avião de patrulha P-3C orion, por exemplo) a 300 km e rastrear até 48 alvos simultaneamente. Outros 2 radares MR320 Topaz/Strut Pair 2D, fazem busca em apoio ao Top Plate cujo alcance contra alvos aéreos chega a 176 km e para alvos de superfície grandes (um porta aviões inimigo, por exemplo), pode ser detectado a 50 km (a curvatura da terra é um problema para alvos de superfície). Para navegação são usados 3 radares Palm Frond, um dos radares mais usados na marinha russa para esse fim. Para controle de fogo dos mísseis SA-N-9 são usados 4 radares MR-360 Podcat/"Cross Sword".
Para detecção de submarinos, está montado no casco do Kuznetsov um sonar MGK-345 Bronza com um alcance que pode chegar a 4,5 km. Uma suíte de sonar Zvezda-2 também complementa a capacidade de detecção de submarinos.
Acima: O Kuznetsov é usado para apoio a frota de superfície e aos submarinos da frota russa. A próxima geração de porta aviões russos será mais capaz de projetar força e por isso , se presume será maior que o Kuznetsov.
A propulsão do Kuznetsov é convencional e é feita por 4 turbinas a gás TV-12-4 com 8 caldeiras que produzem 200000 Hp de força. Essas turbinas movimentam os 4 eixos das hélices que impulsionam este porta aviões a uma velocidade máxima de 65 km/h. O alcance do Kuznetsov está em 7129 km, em velocidade máxima, ou 15742 km em velocidade econômica de 18 nós (33 km/h). O deslocamento do Kuznetsov é 67000 toneladas quando totalmente carregado e seu comprimento de 304,5 m o coloca como sendo o maior navio de guerra não americano do mundo.
O kuznetsov teve um irmão, que não chegou a ser comissionado na marinha russa. O navio que chamava-se Varyag que acabou sendo vendido a China que reformou o navio e acabou incorporando a sua marinha com o nome de Liaoning, gerando uma nova classe.
A marinha russa usa o Kuznetsov como um navio de apoio a sua força de submarinos, e a seus navios de superfície não sendo, portanto, o centro de um grupo de batalha como são os porta aviões norte americanos. A marinha russa pretende construir uma nova classe de porta aviões que será maior e mais capaz que a classe Kuznetsov e provavelmente dará a seus novos navios uma função mais parecida com as das marinhas ocidentais que é a projeção global de força.
Acima: Dois MIG-29K, um russo e outro indiano no convés do Kuznetsov para testes operacionais. O MIG 29K substituirá os atuais Su-33 Sea Flanbker como componente aéreo do navio.
Acima: O Kuznetsov sendo escoltado por um destróier classe Daring em águas internacionais próximo da Inglaterra durante uma das muitas missões de patrulha que a frota russa está levando a cabo pelo mundo.
Acima: O Kuznetsov serve na frota do norte em Severomorsk, junto do cruzador de batalha classe Kirov,
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