sábado, 20 de janeiro de 2018

VOUGHT M-270 MLRS



FICHA TÉCNICA
Motor: Motor Cummins VTA-903T e 500 Hp.
Peso: 24560 kg.
Autonomia: 485 km.
Velocidade: 65 Km/h.
Passagem de Vau: 1,2 m.
Trincheira: 2,5 m.
Obstáculo vertical: 0,9 m.
Armamento: 12 tubos de foguetes ou 2 mísseis MGM-140 ATCMS.
Alcance dos foguetes: Foguete padrão M-26: 32 km; M-26A1: 45 km; M-30: 60 km; M-39 TACMS: 97 km; MGM-140 A: 165 km; MGM-140B/E: 300 km; MGM-140C: 140 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O sistema de lançamento de foguetes múltiplos (MLRS) teve sua concepção iniciada com o pedido do departamento de defesa dos Estados Unidos em 1976 para um sistema de artilharia com foguetes que tivesse como característica a alta mobilidade e capacidade de saturar o campo de batalha. Muitas empresas ofereceram soluções ao pedido do Pentágono, porém a empresa escolhida foi a Vought, conhecida por algumas criações muito bem sucedidas como o avião de ataque A-7 Corsair e o caça naval F-8 Cruzader. A escolha se deu em 1980 sendo que em 1983 o sistema M-270 MLRS, como ficou conhecido, entrou em serviço no Exercito dos Estados Unidos (US Army). Posteriormente o M-270 foi exportado a 15 nações aliadas dos Estados Unidos, sendo que muitas nações da OTAN adotaram o M-270 como seu sistema de artilharia de foguetes. De forma geral, pode se afirmar que o M-270 MLRS é um dos mais bem sucedidos sistemas de artilharia do ocidente em termos comerciais.
Acima: O sistema de foguetes de artilharia M-270 MLRS é o principal armamento do tipo no ocidente.
O veículo que transporta e lança os foguetes é derivado do veículo de combate de transporte de tropas M-2 Bradley e está motorizado com o mesmo motor Cummins VTA-903T a diesel que proporciona até 500 cavalos de potencia, usado no M-2 Bradley. Esse propulsor permite que o M-270 atinja a velocidade máxima de 65 km/h em estrada, o que pode ser considerado muito bom, para um veículo sobre lagartas que pesa 24,56 toneladas. A tripulação, composta por três homens é protegida por uma fina blindagem capaz de resistir a munições de armas leves, como fuzis de assalto, além, de ter proteção NBQ (Nuclear, Biológico e Químico).

Acima: Hoje, 16 nações usam o M-270 como seu sistema de artilharia de foguetes de saturação. O da foto é da força de defesa de Israel (IDF).
O M-270 transporta 12 foguetes não guiados que podem ser de diversos tipos. Esses foguetes diferem em alcance e ogiva, de forma que a versão básica é chamada de M-26 e usa uma ogiva de submunições com 644 granadas M-77 que se espalham causando estrago em uma grande aérea. O alcance do foguete M-26 é de 32 km e os alvos ideais para esse tipo de foguete são os sítios de mísseis antiaéreos e as baterias de artilharia inimigas. O foguete M-26 tem algumas sub-variantes, como a M-26A1 cujo alcance foi aumentado para 45 km e a ogiva usa sub-munições M-85. Os alvos são os mesmos da versão original. Um tipo de foguete guiado por GPS chamado M-30 GMLRS também pode ser lançado pelo M-270. O alcance desta versão é de 60 km e a ogiva é composta por 404 granadas M-77. Estes foguetes podem ser lançados de forma unitária ou em rajadas com os 12 foguetes sendo lançados simultaneamente. Este ultimo procedimento, no entanto, obriga a se refazer a mira, uma vez que o recuo do lançamento muda o posicionamento do lançador. O recarregamento é feito em até 10 minutos pela própria tripulação com um veículo de apoio M-985 HEMTT que transporta os contêineres com 6 foguetes cada.
Uma alternativa ao uso de foguetes, que pode ser lançada do M-270, é o moderno míssil tático MGM-140A TACMS (Army tactical Missile System). O ATCMS é guiado inercialmente através de um giroscópio laser e seu alcance varia de 140 a 300 km dependendo da versão e sua ogiva pode ser desde submunições na forma de 950 granadas M-74 até uma ogiva unitária de 227 kg de alto explosivo com capacidade d destruir alvos reforçados como Bunkers. O M-270 pode transportar apenas duas unidades do ATCMS.

Acima: O ATCMS é um míssil guiado com alcance que pode chegar a 300 km. Esta é a arma mais potente dentre das que o M-270 é capaz de operar.
Na primeira guerra do Golfo Pérsico, cenas de baterias do M-270 MLRS abrindo fogo de saturação eram muito comuns nos noticiários. Este sistema impôs muitas baixas nas forças iraquianas que estavam estacionadas no deserto que separa o Kuwait e o Iraque e facilitaram as manobras de terra por parte das tropas aliadas se tornando um item imprescindível no campo de batalha.

Acima: O uso de submunições em cada foguete lançado pelo MLRS permite potencializar muito o estrago na área alvo e assim, sua efetividade.

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