Em 1207, deu-se início a formação de um império que ficou famoso por suas atrocidades e pelo alto poder de seu exército: o império mongol. Liderados por Gêngis Khan, um dos comandantes militares mais bem-sucedidos da história da humanidade, os mongóis conquistaram a Sibéria sul-oriental, o Tibete, a China ocidental, o Irã, Pequim, Coreia, Bucara, Samarcanda, Afeganistão e Chang’an. Em termos de espaço, a área conquistada por Khan foi três vezes maior que a do Terceiro Reich, na Alemanha. Todo o êxito dessas conquistas não seria possível se não fosse a maestria e habilidade da Cavalaria mongol.
Na hora da batalha, Khan era rigoroso quanto à hombridade de seus subordinados. Segundo o franciscano Jean de Plano Carpino, enviado em 1246 como embaixador do papa Inocêncio IV: “Numa batalha, se, num grupo de dez, um, dois, três ou mesmo mais fugirem, todos os que restam dos dez são mortos, e, se todo um grupo de dez fugir, serão mortos os que restarem do grupo de cem do qual fazia parte o conjunto de desertores. Do mesmo modo, se um ou dois ou mais avançarem corajosamente no combate, os que restarem no grupo de dez serão mortos se não avançarem também, e, se um dos dez for feito prisioneiro, os companheiros serão mortos se não o salvarem”.
Os mongóis não aprisionavam os adversários. Abatiam todos, inclusive os animais. Ao longo da história ficaram famosos por estas brutalidades. Há quem pense que eles tinham prazer nas execuções. Mas tudo não passava da estratégia de Khan, uma vez que a propaganda negativa corria entre os adversários, espalhando o temor entre eles e evitando possíveis combates.
Demercino Júnior
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