Companhia de Comando da 1.ª Divisão de Exército
Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército | |
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Insígnia de Comando[1] | |
País | Brasil |
Estado | Rio de Janeiro |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando da 1ª Divisão de Exército[2] |
Sigla | Cia C 1ª DE[3] |
Criação | 22 de outubro de 1943[4] |
Patrono | Gen Ex Tacito Theophilo Gaspar de Oliveira[5] |
Lema | Missão não se escolhe e não se discute: Cumpre-se! |
Grito de Guerra | Brasil! Acima de tudo! |
Insígnias | |
Insígnia 1 | |
Insígnia 2 | |
Sede | |
Guarnição | Rio de Janeiro |
Bairro | Vila Militar |
Endereço | Avenida Duque de Caxias, 2266, Vila Militar, Rio de Janeiro, RJ. |
Internet | http://www.1de.eb.mil.br/index.php |
A Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército (Cia C 1ª DE) é a Companhia do Exército Brasileiro[6] que presta apoio de comando ao Quartel-General da 1ª Divisão de Exército. É uma subunidade diretamente subordinada ao Comando da 1ª DE[2] e localiza-se na Vila Militar da cidade do Rio de Janeiro. É uma Organização Militar Expedicionária e tem sua raiz histórica na “Companhia do Quartel-General da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária” (Cia QG 1ª DIE)
Histórico[editar | editar código-fonte]
O Livro Histórico da Companhia do Quartel-General da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária é um documento, constante do Arquivo Histórico do Exército, que remete às raízes da atual Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército [4].
É uma peça de grande valor histórico, redigida a mão pelo primeiro Comandante da Subunidade, à época independente [8], o então Capitão Tacito Theophilo Gaspar de Oliveira [5] (mais tarde General-de-Exército, Chefe do Estado-Maior do Exército e Superintendente do Desenvolvimento do Nordeste) [5], que descreve em detalhes os eventos ocorridos desde a criação da OM até o final da participação na Segunda Guerra Mundial.
Assim diz o Livro Histórico da Companhia do QG da 1ª DIE [4]:
Às 09:00 horas do dia 6 de outubro de 1944, após quase um ano de preparação e aprestamento, a Companhia desembarcou no Teatro de Operações italiano (em Nápoles), desdobrando pela primeira vez o Posto de Comando da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária [4].
Durante o período em que esteve em combate, a Companhia do QG foi coadjuvante silenciosa de eventos memoráveis da História Militar brasileira, assegurando a defesa do Posto de Comando, realizando transportes de tropa, proporcionando alimentação, mobiliando a Banda de Música Expedicionária e executando o apoio de comando ao Comandante da FEB e seu Estado-Maior em operações (em escalão avançado e recuado) [4].
Após a derrota incondicional do nazifascismo no mundo, a Companhia do Quartel-General retornou ao Brasil em 17 de setembro de 1945 [4]. Nesta ocasião, a Bandeira Nacional utilizada pela FEB, conduzida em todo período de operações por militares da Companhia do Quartel-General (e mantida invicta em combate), regressou ao país e se encontra, até hoje, guardada no Museu Histórico Nacional, como testemunha inconteste da determinação e do valor do soldado brasileiro [9].
O valor do pracinha brasileiro nos campos de batalha da Europa foi ratificado pelo desempenho de homens e mulheres que serviram na Cia QG 1ª DIE. Em reconhecimento aos feitos em combate, os seguintes militares foram agraciados:
- Capitão Tacito Theophilo Gaspar de Oliveira, em 19 mai 1945:
- com a Medalha de Guerra, concedida pela prestação de serviços relevantes em tempos de guerra [10];
- com a Bronze Star Medal, a quarta mais alta condecoração militar individual e a nona mais alta por ordem de precedência no Exército dos EUA, concedida por atos de heroísmo, atos de mérito, ou serviço meritório em uma zona de combate [5];
- com a Army Commendation Medal, do governo estadunidense, concedida por ato de heroísmo, realização meritória ou serviço meritório [5];
- 2º Sargento Pedro Maximino Moretto, em 19 mai 1945, com a Cruz de Combate de 2ª Classe, conferida pela participação de feitos excepcionais, praticados em conjunto por vários militares [4];
- 2º Tenente Alcyr Paes Leonardo Pereira e o 3º Sargento José da Silva Leal, em 30 jun 1945, com a Croce al Valore Militare, do governo italiano, conferida para relatar como digno de "honra pública" os autores de atos de heroísmo militar em tempo de guerra [4];e
Após o regresso dos campos de batalha da Europa, recebeu o nome de “Companhia do Quartel-General da 1ª Divisão de Infantaria” (Cia QG/1ª DI) [11], ocupando instalações na chamada “Cota 30”, à retaguarda do histórico prédio que abriga a Divisão desde 1938 [12].
Em 11 de janeiro de 1972, a então 1ª Divisão de Infantaria muda sua denominação para 1ª Divisão de Exército, oportunidade em que ocorre, também, a mudança da denominação da OM para Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército [13]. Em 10 de dezembro de 2005, a Companhia de Comando da 1ª DE teve seu aquartelamento transferido para as antigas instalações da 1ª Companhia de Polícia do Exército, na Av Duque de Caxias Nº 2266, onde permanece até os dias de hoje.
A OM empreendeu uma ampla reforma de suas instalações em junho de 2011. A realização dos V Jogos Mundiais Militares (V JMM), no Complexo Esportivo da Vila Militar, exigiu que a OM fosse empregada para mobiliar o Centro Integrado de Operações Conjuntas (CIOC) em apoio a segurança de todo o evento[14]. A adequação das instalações da Companhia às exigências de uma moderna instalação de Comando e Controle (C²) terminou beneficiando a Instituição com o legado material e operacional daquele grande evento esportivo.
Missão[editar | editar código-fonte]
A Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército tem por missão apoiar, em pessoal e material, o Comando da 1ª DE e prover sua segurança (adaptado do Manual de Campanha C 7-31).
Na condição de Organização Militar de Infantaria, a Subunidade também é responsável pela formação básica e pela qualificação dos Soldados do Efetivo Variável que prestam serviço militar obrigatório na Cia C 1ª DE, bem como a execução do adestramento das praças (eminentemente voltado para o apoio de comando à 1ª DE).
A Cia C 1ª DE contribui também para o adestramento e a capacitação dos Estados-Maiores na área de responsabilidade da 1ª DE. A inauguração do Centro de Aplicação de Exercícios de Simulação de Combate - 1 (CAESC-1), em 2008, nas instalações internas da OM, permite à Força Terrestre realizar exercícios táticos com apoio de sistemas de simulação, utilizando meios informatizados, aprimorando a instrução militar de Grandes Unidades, Unidades e Estabelecimentos de Ensino (tais como a EsAO).
Estrutura[editar | editar código-fonte]
A Cia C 1ª DE está estruturada da seguinte forma:
- Comandante;
- Seção de Comando;
- Pelotão de Comando;
- Pelotão de Segurança; e
- Pelotão de Administração.
Emprego Operacional[editar | editar código-fonte]
A subunidade costuma ser empregada em exercícios e operações organizando o Posto de Comando (PC) para o apoio às funcionalidades do Comando da 1ª DE e de seu Estado-Maior. Merece destaque a recente atuação na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO-92), V Jogos Mundiais Militares (2011), Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20), Copa das Confederações (2013), Jornada Mundial da Juventude (2013) e Copa do Mundo FIFA (2014).
A OM também participa ativamente dos exercícios em que o Comando da 1ª DE está envolvido, tais como a 9ª Edição do Exercício Geral de Resposta à Emergência Nuclear[15] – Operação Angra (2013).
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