Campo de concentração de Dachau
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O campo de concentração de Dachau foi construído em 1933 pelos nazistas em uma antiga fábrica de pólvora, próxima a cidade de Dachau, cerca de dezasseis quilômetros ao norte de Munique, no sul da Alemanha, e inicialmente destinava-se a presos políticos.
Inaugurado por Heinrich Himmler, foi transformado depois num campo de trabalho. No auge, o campo chegou a ter mais de 188 mil presos. Os nazistas documentaram a morte de 31 951 pessoas, embora estudiosos digam que o número de fatalidades pode ter sido bem maior
História[editar | editar código-fonte]
O projeto deste campo de concentração, o primeiro dos nazistas e projetado pelo Kommandant Theodor Eicke, foi o modelo para os outros campos construídos. Dachau chegou a abrigar mais de duzentos mil prisioneiros de mais de trinta países e, a partir de 1941, foi usado para o extermínio de cerca de trinta mil pessoas. Muitas outras pessoas pereceram em virtude das condições do campo. O campo possuía uma câmara de gás, que parece no entanto não ter sido muito utilizada, por motivos difíceis de conhecer.[2]
Segundo cálculos da Igreja Católica, pelo menos três mil religiosos entre padres, bispos e outros foram mantidos lá. Um dos prisioneiros, Karl Leisner, foi beatificado pelo Papa em 1996 (ver: Anticatolicismo e Religião na Alemanha Nazista). Após rumores se espalharem pelo campo em relação a uma directiva de Heinrich Himmler de executar todos os prisioneiros, um dos presos mais célebres do campo, Oskar Müller, enviou mensageiros até o exército norte-americano para que estes dispersassem o campo. A 28 de abril, um alto comissário da Cruz Vermelha, Victor Mauer, tentou convencer o último comandante do campo, Heinrich Wicker, a se render. Wicker decidiu antes retirar a maioria dos guardas SS.[carece de fontes]
No dia seguinte, a 29 de abril de 1945, a 42ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos (EUA) foi encarregada de libertar o campo de concentração. A primeira visão que os soldados tiverem, ao chegar ao campo, foi de centenas de mortos, empilhados, junto a um comboio de 39 carruagens. Segundo consta, os mortos estavam lá havia dias (alguns já em avançado estado de decomposição). Tinham sido retirados apressadamente de outro campo de concentração, Buchenwald, e a maioria morrera de fome durante a viagem.[carece de fontes]
Os soldados, totalmente em estado de choque com a visão, tomaram para eles o lema "Take no Prisoners" (Não fazer prisoneiros) e começaram a executar os primeiros SS que encontraram. Há vários registos de execuções, na maioria actos de vingança individuais de soldados e até de alguns prisoneiros, que atacaram os seus antigos opressores.[carece de fontes]
A situação durou apenas alguns minutos; o tenente da companhia, Felix Sparks, rapidamente tentou controlar a situação, de modo a evitar um banho de sangue desnecessário. Ao todo, morreram cerca de 50 SS (entre a tomada do campo e as já referidas execuções). Foram levados cativos cerca de duzentos guardas.[carece de fontes]
As execuções de Dachau levaram alguns militares da 42ª Divisão a tribunal marcial, acabando todos ilibados (ver: crimes de guerra dos Aliados).[carece de fontes]
Após a libertação do campo, os 32 000 prisoneiros que lá se encontravam saíram num espaço de seis semanas. Durante essa altura, formou-se um Comité de prisoneiros, que funcionando como um governo, se encarregou de evitar fugas de prisioneiros e melhorar as condições dos campos.[carece de fontes]
A libertação dos prisoneiros foi morosa: além dos habituais problemas de desnutrição e dificuldades em arranjar transporte dos presos para o seu país natal, havia uma epidemia de Febre Tifóide que dizimou milhares de presos. Como tal, de modo a evitar uma pandemia europeia, foram curados e vacinados todos os presos.[carece de fontes]
A partir de 1948, o campo de Dachau foi usado como campo de refugiados, situação que perdurou até cerca da década de 1960, onde se erigiu o Memorial que hoje existe.[carece de fontes]
Dachau é célebre não só por ter sido um dos maiores campos de concentração nazis, mas também por ter sido o primeiro a ser construído no regime hitleriano (foi construído cerca de seis semanas após Hitler ascender ao poder).
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