Neuengamme (campo de concentração)
Neuengamme | |
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campo de concentração | |
A praça principal do antigo campo vista em 2010. | |
Coordenadas | |
Localização | Hamburgo, Alemanha |
Operado por | nazistas (SS) 1938– 1945 britânicos – após a II Guerra Mundial |
Atividade | dezembro de 1938 – maio de 1945 |
Mortos | ~50.000 (estimado) |
Libertado por | Reino Unido - maio de 1945 |
Website | Memorial Neuengamme |
Neuengamme foi um campo de concentração criado em 1938 pelo Terceiro Reich nos arredores da pequena localidade de Neuengamme, a 15 km do centro de Hamburgo, Alemanha. O campo foi operado pela Alemanha Nazista entre 1938 e 1945; nos sete anos de seu funcionamento, estima-se que cerca de 106 mil prisioneiros foram instalados lá e em seus subcampos e mais da metade deles morreu ali.
Após a derrota da Alemanha em 1945, os britânicos utilizaram o local como campo de internamento de nazistas e membros da SS até 1948. Neste ano, as instalações foram transferidas para as autoridades prisionais de Hamburgo, que demoliram os alojamentos existentes e construíram um novo complexo penintenciário no local. Após ser usado com essa finalidade entre 1950 e 2004, toda a área foi transformada num memorial.[1]
Neuengamme serviu para os propósitos da máquina de guerra nazista e causou o extermínio de milhares de prisioneiros por trabalhos forçados. Os internos eram espalhados pelo campo principal e por 80 subcampos pelo norte da Alemanha.[2] Pelo menos 50 mil deles morreram de exaustão e doenças devido às condições do local extremamente insalubres, por subnutrição e por violência dos guardas nazistas, com a aplicação de injeções letais após sucumbirem à fadiga, sendo incineados no crematório construído no local no outono de 1944. Algumas centenas de prisioneiros de guerra soviéticos também foram gaseificados por Zyklon B no alojamento de punição do campo.[3] O trabalho no campo principal era basicamente voltado à produção de tijolos, o que incluiu a construção de um canal para o escoamento por rio destes tijolos; os prisioneiros tinham que cavar o solo duro com ferramentas inadequadas e apesar de suas péssimas condições de saúde. A partir de 1942 várias fábricas de armamentos alemães construíram instalações em volta do campo.[3]
Uma das mais maiores atrocidades nazistas ocorridas durante o Holocausto foi cometida em Neuengamme entre o fim de 1944 e o início de 1945. Um grupo de 20 crianças judias, dez meninos e dez meninas entre 5 e 12 anos,[4] trazidas de Auschwitz, foram usadas como cobaias humanas para uma experiência médica de inoculação de bacilos vivos de tuberculose pelo Dr. Kurt Heissmeyer e sua equipe medica da SS, contraindo a doença e sendo depois executadas na escola Bullenhuser Damm, num distrito de Hamburgo, próximo a Neuengamme; as crianças, quatro tutores adultos que as acompanharam e seis prisioneiros de guerra russos foram todos enforcados no porão da escola, pendurados em ganchos de açougue.[5]
Instalado em dezembro de 1938 com suas primeiras fundações erguidas por um grupo de 100 prisioneiros do campo de Sachsenhausen, do qual inicialmente era um subcampo, o campo de concentração de Neuengamme foi definitivamente abandonado em 2 de maio de 1945, quando os últimos soldados SS retiraram-se levando os últimos prisioneiros sobreviventes. Os soldados britânicos que entraram ali pouco depois o declararam "vazio". [3]
Seu principal comandante foi o SS Obersturmbannführer Max Pauly, que o comandou entre setembro de 1942 e o fim da guerra e foi enforcado em outubro de 1946 por crimes contra a Humanidade
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