No início da década de 1970 a empresa francesa Aérospatiale iniciou o desenvolvimento de uma nova aeronave de asas rotativas, visando a substituição de seu modelo Alouette II no mercado civil (pois no mercado militar este modelo havia sido substituído recentemente pelo Gazele), para atender a este mercado, o projeto deveria atender as exigentes especificações dos usuários (reduzidos índices de ruído, vibrações e baixo custo operacional), todo o estudo inicial foi orientado para competir com o americano Bell 206 Jet Ranger. O protótipo AS350-001 dotado com um motor americano Lycoming Avco LTS -101 fez seu voo inaugural em 27 junho de 1974, sendo conduzido pelo piloto de testes Daniel Bernard Certain Bauchart, em 14 de fevereiro de 1975 alçava voo uma segunda célula agora equipada com um motor francês Turbomeca Arriel 1A.
Após obter todas as certificações internacionais a versão destinada ao mercado civil denominada AS350B Écureuil (Esquilo) começou a ser entregue a operadores civis na Europa e Estados Unidos, obtendo também grande êxito em vendas de aeronaves AS-350 no segmento policial e aero médico. O sucesso observado do mercado civil e paramilitar, motivou Aérospatiale a desenvolver uma versão para o mercado militar, tendo como foco primordial o treinamento e conversão de pilotos, tendo como missões secundarias transporte VIP, ligação e observação, este modelo inicialmente passou a contar com os motores Turbomeca Arriel 1A e Turbomeca Arriel 1B, que apresentavam ligeira melhoria de desempenho frente a versão civil.
Ao final década de 1980 a Aerospatiale, observando o grande êxito da comercialização de aeronaves AS-350 no segmento militar e policial, iniciou estudos para o desenvolvimento de uma versão mais adequada não só as missões básicas de treinamento e transporte, mas também com o potencial para desenvolver atividades mais especificas entre elas ataque leve, Combat SAR, patrulha marítima, ASM e ASW. Partindo da célula padrão do AS-350 e AS-355, foram acrescidos reforços estruturais , blindagem para o grupo motriz e para os tripulantes (piso e assentos blindados), nova avionica embarcada mais adequada a missões de combate, preparação para instalação de sistemas de imageamento diurno e noturno (FLIR), óculos de visão noturna (OVN/NVG) e por fim dispositivos de defesa passiva, porém uma das melhorias mais importantes foi centrada na troca da motorização original, por um novo turbo eixo Turbomeca Arriel 2B turboshaft com 847 hp mais potente.
Como sistemas de armas a plataforma foi adequada para portar, um canhão automático de 20 mm Giat M621, pods com metralhadoras FN Herstal de 7,62 mm ou 12,7 mm, lançadores de foguetes não guiados (7 X 70 mm ou 12 X 68 mm), além de misseis anti tanque TOW BGM-71.As versões monomotores desta nova aeronave receberam a designação de “Fennec”, sendo dispostas nos seguintes modelos:
• AS350 L1/L2 Ecureuil – Versão Militarizada do AS350.
• AS550 C2 Fennec – Versão Militarizada e armada com base no AS350 B2.
• AS550 U2 Fennec – Versão Militarizada com base no AS350 B2.
• AS550 C3 Fennec – Versão Militarizada e armada com base no AS350 B3.
As primeiras entregas tiveram início no final da década de 1980, envolvendo usuários como França, Argentina, Brasil, Colômbia, Argélia, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Malásia, México, Singapura, Paquistão, Uberquistao e China (versão produzida localmente como Z-11).
Emprego no Brasil.
Em meados da década de 1980 o Exército Brasileiro se encontrava empenhado no audacioso plano de modernização da força nacional denominado FT-90 (Força Terrestre 90) , umas das vertentes deste projeto enfatizava a necessidade de se implantar uma aviação própria de asas rotativas, com isso, propiciar um maior poder, mobilidade e flexibilidade à Força Terrestre, esta conscientização levou ao início de estudos doutrinários do emprego helicópteros de emprego geral e transporte em proveito das forças de superfície.
Os estudos culminaram na criação da Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) e do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx) no ano de 1986. Fisicamente, a Aviação Militar passou a tomar forma com a instalação do 1º BAvEx na cidade de Taubaté no estado de São Paulo, em janeiro de 1988. Esta localidade foi escolhida, dentre outras, por sua posição estratégica no eixo Rio - São Paulo e por sua proximidade junto aos importantes centros industriais e de pesquisa na área da aviação, como a Embraer, Helibras e Centro Técnico Aeroespacial.
Definida a estrutura conceitual e organizacional, faltava agora definir os vetores, desta maneira em 1987 foi aberta uma concorrência internacional para a aquisição de 36 células divididas em dois modelos distintos, após analises preliminares definiu como vencedor desta demanda o consórcio Aeroespatiale - Helibras , que tinha por diferencial a experiencia no fornecimento de aeronaves para a Marinha e Aeronáutica. Um contrato inicial foi firmado em fins do mesmo ano prevendo a aquisição de 16 Helicópteros HB 350 L1 - Esquilo que passaram a ser designados como HA-1 e 36 unidades do SA-65 K Pantera que receberam a designação militar de HM-1. As primeiras entregas ocorreram a a partir do ano de 1989 sendo finalizadas em 1994, neste período identificou-se a necessidade de e ampliação da frota , gerando assim um aditivo contratual que permitiu a compra de mais 20 células, agora na versão ataque leve do modelo AS 550 A2 Fennec, para o emprego em em missões de escolta e reconhecimento armado.
Em 2011, para solucionar as carências que se apresentavam, após o estudo das linhas de ação disponíveis, foi adotada a opção de modernizar os helicópteros HA-1 através de um upgrade, com previsão de conclusão em 2018. O projeto contempla a instalação de sistemas aviônicos modernos e adaptados ao OVN, configuração do painel de instrumentos no padrão "glass cockpit, piloto automático, novos rádios Nav-Com seguros e equipamentos de missão, tais como bancos, proteção balística, defesa passiva e novos suportes para armamento, prevendo a adoção de misseis ar solo e canhão de 20 mm, além de um completo retrofit das células, permitindo assim estender sua vida útil por mais 25 anos
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