Com o fim da II Guerra Mundial (1939-1945), um grupo de oficiais da Aeronáutica, liderado pelo brigadeiro Casimiro Montenegro Filho, com a colaboração do Massachusetts Institute of Technology (MIT), traçou um plano estratégico para o desenvolvimento da indústria de aeronaves no País. Após observar as imensas dificuldades de iniciativas anteriores para implantar indústrias do setor, entendia-se como prioridade a formação de recursos humanos de alto nível, capazes não só de absorver conhecimentos tecnológicos como de buscar soluções adequadas ao contexto nacional. Surgiu, assim, a ideia de criar escola de engenharia aeronáutica e um cento de pesquisas sobre tecnologia aeronáutica, que se concretizaria na fundação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1950, e do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA – atualmente Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em 1953, ambos em São José dos Campos (SP). Estas instituições colaborariam sensivelmente para disseminar tecnologias e daria suporte à criação de inúmeras empresas do setor aeronáutico, como a própria Embraer.
Antes, porém, algumas iniciativas impulsionada por este anseio e apoio de industrialização de alta tecnologia ganharam destaque , entre elas a empresa Industria Aeronáutica Aerotec S/A, fundada em 1962 na cidade de São José do Campos – SP, pelo italiano Carlos Gonçalves, juntamente com os engenheiros aeronáuticos Wladimir Monteiro Carneiro e Michel Cury que começava a ensaiar a produção de componentes de reposição para aeronaves civis. Seus fundadores atentos as necessidades de substituição de um grande numero de aeronaves FAB incumbidas das missões de instrução e ligação que em sua grande maioria eram oriundas dos grandes fornecimentos nos termos do Leand & Lease Act, ou adquiridas nos anos seguintes após o termino da Segunda Guerra Mundial. Com base neste possível cenário de demanda a equipe de projetos de empresa começou a desenvolver uma série de estudos para o projeto de aeronaves que atendessem a esta possível necessidade. Este cenário começaria a se materializar a partir do final da primeira metade da década de 1960, quando a Força Aérea Brasileira identificou a necessidade emergencial de substituição de sua frota de treinadores básicos que era equipada até então com os já obsoletos Fokker T-21 e T-22 que foram montados sob licença nas instalações da Fabrica de Aeronaves do Galeão a partir de 1953. Seguindo a diretiva estratégica de se fomentar o desenvolvimento de uma industria de defesa nacional, decidiu-se que o substituto dos treinadores holandeses deveria ser projetado e fabricado no Brasil. Os parâmetros básicos para o desenvolvimento deste modelo deviam conceber uma aeronave de asa baixa de pequeno porte, totalmente em alumínio , com assentos lado a lado, alta manobrabilidade e trem de pouso triciclo, o projeto tinha ainda por principal objetivo aliar características ideias de simplicidade, robustez e principalmente baixo custo de operação.
Ciente desta necessidade e primícias básicas de desenvolvimento a Industria Aeronáutica Aerotec S/A apresentou para o Ministério da Aeronáutica em fins de 1964 um projeto que fora concebido pelos engenheiros Carlos Gonçalves e José Carlos de Sousa Reis, que era designado A-122. O conceito inicial foi rapidamente validado, sendo liberara a construção do primeiro protótipo matriculado PP-ZTF, que alçou voo nas instalações da empresa em 02 de junho de 1965. Tratava-se de uma aeronave monomotora, metálica, biplace com assentos a lado a lado, duplo comando,asa baixa, trem de pouso triciclo e empenagem convencional, era equipado com um motor Lycoming, de quatro cilindros opostos horizontalmente. As primeiras avaliações indicariam a necessidade de se melhorar as características aerodinâmicas que traziam grande dificuldade para a aeronave sair de parafusos, que infelizmente acabou resultando em um acidente fatal com o piloto de testes, a fim de se sanar esta falha foi inclusa na fuselagem uma quilha na parte posterior eliminando esta tendencia, verificou-se também necessidade de se aumentar a potencia , resultando na troca do motor original por outro do mesmo fabricante agora na versão 0-320-b2b desenvolvendo 160 HP. Os dois primeiros exemplares de produção pré série voaram entre janeiro e abril de 1968, recebendo a denominação de T-23 pela FAB, além do Brasil a versão militar seria ainda exportada para a a Bolívia que efetuou um encomenda de 18 células em 1974 e para o Paraguai que em 1975 adquiriu 10 células, sendo que estes dois países receberiam mais células doadas pela Força Aérea Brasileira na década de 1980. A versão civil denominada A-122B foi comercializada somente em seu pais de origem, atingindo a produção de 51 aeronaves A partir de 1978 a Aerotec viria desenvolver um sucessor para o T-23 , que passou a ser designado YT-17 Tangará, porém mudanças na sistemática de treinamento da FAB tornariam o T-25 Universal já em serviço como a aeronave substituiria o T-23 na fase de treinamento primário dos cadetes. A partir de 1980 a Aerotec passou a ser um importante fornecedor de componentes para a Embraer, sendo absorvida por este em fins do ano de 1987.
Antes, porém, algumas iniciativas impulsionada por este anseio e apoio de industrialização de alta tecnologia ganharam destaque , entre elas a empresa Industria Aeronáutica Aerotec S/A, fundada em 1962 na cidade de São José do Campos – SP, pelo italiano Carlos Gonçalves, juntamente com os engenheiros aeronáuticos Wladimir Monteiro Carneiro e Michel Cury que começava a ensaiar a produção de componentes de reposição para aeronaves civis. Seus fundadores atentos as necessidades de substituição de um grande numero de aeronaves FAB incumbidas das missões de instrução e ligação que em sua grande maioria eram oriundas dos grandes fornecimentos nos termos do Leand & Lease Act, ou adquiridas nos anos seguintes após o termino da Segunda Guerra Mundial. Com base neste possível cenário de demanda a equipe de projetos de empresa começou a desenvolver uma série de estudos para o projeto de aeronaves que atendessem a esta possível necessidade. Este cenário começaria a se materializar a partir do final da primeira metade da década de 1960, quando a Força Aérea Brasileira identificou a necessidade emergencial de substituição de sua frota de treinadores básicos que era equipada até então com os já obsoletos Fokker T-21 e T-22 que foram montados sob licença nas instalações da Fabrica de Aeronaves do Galeão a partir de 1953. Seguindo a diretiva estratégica de se fomentar o desenvolvimento de uma industria de defesa nacional, decidiu-se que o substituto dos treinadores holandeses deveria ser projetado e fabricado no Brasil. Os parâmetros básicos para o desenvolvimento deste modelo deviam conceber uma aeronave de asa baixa de pequeno porte, totalmente em alumínio , com assentos lado a lado, alta manobrabilidade e trem de pouso triciclo, o projeto tinha ainda por principal objetivo aliar características ideias de simplicidade, robustez e principalmente baixo custo de operação.
Ciente desta necessidade e primícias básicas de desenvolvimento a Industria Aeronáutica Aerotec S/A apresentou para o Ministério da Aeronáutica em fins de 1964 um projeto que fora concebido pelos engenheiros Carlos Gonçalves e José Carlos de Sousa Reis, que era designado A-122. O conceito inicial foi rapidamente validado, sendo liberara a construção do primeiro protótipo matriculado PP-ZTF, que alçou voo nas instalações da empresa em 02 de junho de 1965. Tratava-se de uma aeronave monomotora, metálica, biplace com assentos a lado a lado, duplo comando,asa baixa, trem de pouso triciclo e empenagem convencional, era equipado com um motor Lycoming, de quatro cilindros opostos horizontalmente. As primeiras avaliações indicariam a necessidade de se melhorar as características aerodinâmicas que traziam grande dificuldade para a aeronave sair de parafusos, que infelizmente acabou resultando em um acidente fatal com o piloto de testes, a fim de se sanar esta falha foi inclusa na fuselagem uma quilha na parte posterior eliminando esta tendencia, verificou-se também necessidade de se aumentar a potencia , resultando na troca do motor original por outro do mesmo fabricante agora na versão 0-320-b2b desenvolvendo 160 HP. Os dois primeiros exemplares de produção pré série voaram entre janeiro e abril de 1968, recebendo a denominação de T-23 pela FAB, além do Brasil a versão militar seria ainda exportada para a a Bolívia que efetuou um encomenda de 18 células em 1974 e para o Paraguai que em 1975 adquiriu 10 células, sendo que estes dois países receberiam mais células doadas pela Força Aérea Brasileira na década de 1980. A versão civil denominada A-122B foi comercializada somente em seu pais de origem, atingindo a produção de 51 aeronaves A partir de 1978 a Aerotec viria desenvolver um sucessor para o T-23 , que passou a ser designado YT-17 Tangará, porém mudanças na sistemática de treinamento da FAB tornariam o T-25 Universal já em serviço como a aeronave substituiria o T-23 na fase de treinamento primário dos cadetes. A partir de 1980 a Aerotec passou a ser um importante fornecedor de componentes para a Embraer, sendo absorvida por este em fins do ano de 1987.
Emprego no Brasil.
Após o termino do programa de ensaios em voo e a consequente aceitação da versão final, o Ministério da Aeronáutica assinou com a Industria Aeronáutica Aerotec S/A em outubro de 1967, um contrato para produção de 30 exemplares além das duas células de pré produção e do protótipo. As primeiras unidades foram recebidas em 06 de março de 1970, sendo destinadas inicialmente a Academia da Força Aérea em Pirassununga - SP, para a elaboração da doutrina de uso no processo de instrução básica dos cadetes em substituição imediata aos Fokker T-21 e T-22. Apesar de receber a designação oficial na força área de Uirapuru, foi logo apelidado de T-23 Zarapa. Ao longo de sua carreira o modelo passou a dotar o Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM) sediado na Base Aérea de Natal – RN, pelo menos duas unidades foram destinadas ao Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS), parque apoiador da aeronaves para atuarem como aeronaves orgânicas.
Apesar não apresentar grandes evoluções tecnológicas em relação a seus antecessores, os T-23 Uirapuru dispunham de uma performance melhor, apesar de suas limitações em quanto ao envelope de voo e manobrabilidade, características estas que não seriam necessárias na fases iniciais da instrução dos cadetes da Academia da Força Aérea. Sua robustez, facilidade de pilotagem o tornaram uma aeronave altamente confiável, sendo responsável pela formação de milhares de pilotos da Força Aérea Brasileira. Visando aumenta sua dotação original e repor perdas referentes ao uso, o Ministério da Aeronáutica exerceu a opção de compra envolvendo um contrato de mais 42 aeronaves em 1974, que começaram a ser entregues a partir do ano seguinte, com as células novamente sendo divididas entre a Academia da Força Aérea em Pirassununga e o Centro de Formação de Pilotos Militares. Ao longo de sua carreira os T-23 Uirapuru foram submetidos a diversos programas de modernização de ordem superficial , mantendo assim a operacionalidade da frota.
Em 1978 a Força Aérea Brasileira conduziu estudos para um abrangente programa de retrofit estrutural e atualização de sistemas comunicação e a navegação, incluindo a adoção de sistema GPS, a característica visual mais marcante deste processo seria a substituição da cobertura da nacele original por uma mais aerodinâmica. Ao todo foram escolhidas 45 células em melhores condicões e com menos horas de voo, que no inicio de 1979, foram remetidas as instalações da Aerotec em São José dos Campos para passarem por este processo. Estes modelos depois de entregues passaram a ser designados como T-23B. Neste mesmo período decidiu se por concentrar as “novas” aeronaves na Academia da Força Aérea, encerrando assim sua carreira no Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM). No inicio da década de 1980 o advento das novas aeronaves de alta performance que passaram a dotas as unidades de linha de frente da FAB, demandaria na melhoria na performance das aeronaves de instrução operadas na Academia da Força Aérea e ficou clarificado que o T-23 além de já sofre o peso da idade, não oferecia a capacitação ideal para seguir com suas atividades, desta maneira decidiu-se pela retirada gradual dos modelos em operação, sendo gradualmente substituídos pelos Neiva T-23 Universal que estavam também sendo sucedidos nas tarefas de instrução avançada pelos novos Embraer T-27 Tucano. Em 1 de outubro de 1984 foi realizada na Academia da Força Aérea sua cerimonia oficial de desativação. Cerca de 20 células em bom estado, foram doadas a diversos aeroclubes brasileiros permanecendo em uso ate os dias de hoje.
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