Em meados década de 1950 a empresa inglesa Saunders Roe decidiu, com base na experiência adquirida com a produção do helicóptero Skeeter dar inicio ao novo projeto que visava inicialmente uma concorrência visando o possível fornecimento de aeronaves de asas rotativas para o exército britânico. Este projeto receberia a designação de P.531, com seu primeiro protótipo alçando voo em julho de 1958, após este, em agosto do ano seguinte um segundo protótipo agora equipado com um motor turboeixo Bristol Siddeley Nimbus realizaria seu primeiro voo. Porém no decorrer de 1959 a empresa seria adquirida Westland Aircraft Company, o que levaria o projeto P.531 a seguir novos rumos.
A Westland estava engajada no desenvolvimento de uma aeronave voltada as tarefas de instrução, ligação e observação que pudesse atender as demandas do Exército Britânico e da Marinha Real que buscava um helicóptero de pequeno porte capaz de realizar missões de guerra antissubmarino a partir de uma nova classe de fragatas que se encontravam em processo de incorporação. Assim desta maneira o projeto P.531 foi apresentado como possível solução a estas necessidades, após avaliações iniciais a equipe e técnicos e especialistas do Ministério de Defesa do Reino Unido, solicitaram mudanças a Westland, resultando assim no P.531-2, que teria seu primeiro voo de avaliação em 09 de agosto de 1959.
A primeira versão a ser finalizada do P.531-2 estava destinada ao exército britânico alçou voo em agosto de 1960, e estava equipada com um novo motor Rolls-Royce Nimbus com 1.150SHP, sendo validada em um amplo programa de ensaios em voo o modelo agora designado Westland Scout AH-MC-1, teve suma produção em série iniciada em outubro do mesmo ano, com as primeiras células de um contrato de 150 aeronaves, sendo entregues ao comando da aviação do exército em março de 1961. Finalizado este estagio a empresa voltou suas atenções ao desenvolvimento da versão solicitada pela Marinha Real.
A versão naval designada como Westland Wasp, sofreu consequentes atrasos em seu desenvolvimento, em face de muitas exigências técnicas estipuladas pela Marinha Real Britânica. Com base na célula do Scout como ponto de partida, foram descartados os esquis do helicóptero, instalando em seu lugar um trem de pouso com quatro rodas e um cone de cauda dobrável. Alterações em sua estrutura foram implementadas para que a aeronave pudesse carregar dois torpedos MK44, também foram inclusos os sistemas de disparo do armamento e outras customizações para o emprego embarcado, os primeiros protótipos iniciaram os testes em 28 de outubro de 1962, sendo aprovados e liberados para a aquisição a partir de meados do ano seguinte, com as primeiras células da versão HAS Mk1 sendo entregues para a primeira unidade operadora o 829 Naval Air Squadron no início de 1964. As encomendas inglesas atingiriam o patamar de 98 células.
O batismo de fogo do modelo ocorreu em 1982 na Guerra das Falklands – Malvinas, quando os Wasp operaram embarcados, participaram do ataque que resultou no afundamento do submarino argentino ARA Santa Fé, nas proximidades da Geórgia do Sul. Após este conflito os Wasp começaram a ser substituídos pelas primeiras versões do Westland Lynx, com a última célula deixando o serviço ativo em 1988 com descomissionamento da última fragata inglesa Type 12. O modelo ainda foi exportado para o emprego junto as marinhas da África do Sul, Nova Zelândia , Holanda, Indonésia, Malásia e Brasil, com sua produção sendo encerrada em 1968 atingindo a quantidade de 133 aeronaves entregues.
Emprego no Brasil.
Em meados da década de 1960, a Marinha do Brasil enfrentava grandes dificuldades na operação de frota de aeronaves de asas rotativas, apresentando índices de disponibilidade muito abaixo do recomendável, este cenário se dava muito em função de problemas que afligiam o grupo propulsor a pistão, consequências geradas por uma ausência de oficinas homologadas no pais que pudessem realizar serviços de manutenção de maior complexibilidade, falta de peças de reposição para motores como os Pratt & Whitney R-1340-40 e os Alvis Leonildes 521/2 que já não estavam mais em produção há vários anos. Este cenário recomendava que por ventura as novas aeronaves a serem adquiridas deveriam ser dotadas de motores turboeixo, que além de apresentarem maior confiabilidade de operação podiam também ser facilmente empregadas em missões de guerra antissubmarino, muito em virtude da maior potência apresentada por esta nova tecnologia de motores que já havia sido padronizado mundialmente em helicópteros militares.
Após análise de diversos vetores existentes no mercado, a escolha recaiu sobre o modelo Wasp HAS MK1, do fabricante inglês Westland, empresa com a qual a Marinha do Brasil possuía grande relação, desenvolvida durante o processo de implementação da aviação naval em meados da década de 1950. O contrato inicial previa a aquisição de três células novas de fábrica da versão de exportação denominada Westland Wasp Série 3, as aeronaves foram completadas e entregues nas instalações da empresa em Hayes no Reino Unido em março de1966, foram matriculadas como 7015, 7016 e 7017 Assim as aeronaves foram desmontadas e enviadas ao Brasil onde iniciaram as operações no mesmo ano, no entanto em julho do ano seguinte a célula 7016 foi perdida em um acidente, gerando a substituição por uma aeronave oriunda da Marinha Real que passaria a receber a mesma matricula do helicóptero acidentado.
Nos anos seguintes, os Wasp operaram do convés do Nael Minas A-11 Gerais e dos cruzadores Tamandaré C-12 e Barros C-11, e também a bordo dos navios hidrográficos Canopus H-22 e Sirius H-21 em substituição aos Kawasaki 47G-3B. O recebimento dos navios contratorpedeiros americanos classe “Gearing” e “Allen M. Sumner”, dotados de hangar possibilitaram ao adestramento da operação dos Wasp em missões embarcadas de maior duração, com o primeiro pouso realizado em 18 de abril de 1975 no convoo do contratorpedeiro D-26 Mariz Barros. Apesar de seu pequeno porte, o que impedia a instalação e equipamentos de detecção autônoma de submarinos e navios, os agora designados SH-2 “Abelha” foram empregados em missões de ataque ASW e AS, sendo vetorados até seus alvos por seus navios, sendo armados com torpedos MK-44 ou MK-46, descortinava-se assim um novo horizonte para operações de guerra ASW na marinha, levando o comando da Aviação Naval querer aumentar sua frota de helicópteros.
Visto que a Westland não produzia mais o Wasp, a Marinha do Brasil negociou em março 1977 a aquisição de mais sete unidades da versão HAS MK1 que pertenciam ao acervo da Marinha Real Britânica, que estavam sendo progressivamente desativadas em função do recebimento dos novos Westland Lynx. A primeira aeronave chegou ao Brasil em agosto do mesmo ano sendo transportada a bordo da Fragata Niteroi F-40, com as demais chegando ao Brasil em intervalos regulares até 1979, recebendo as matriculas 7036 a 7042. Estes “novos” Wasp estavam configurados para a operação dos novos torpedos MK46 e misseis ar-superfície AS-11 e AS-12, esta ultima capacidade nunca foi explorada no Brasil, e em seu lugar foram empregados lançadores de foguetes de 37 mm SBAT-37/7. Neste período decidiu se concentrar exclusivamente os Wasp nas operações junto ao contratorpedeiros, deixando as missões de levantamento hidrográfico com os recém recebidos Helibras Esquilo.
O recebimento das primeiras células dos novos Westland/Aerospatiale HAS 21 Lynx a partir de 1978, determinaram a alteração da missão principal do modelo, passando o mesmo a ser focado em missões de transporte e ligação recebendo a designação de UH-2, passando a ser embarcados no porta aviões A-11 Minas Gerais onde operaram como guarda aeronaves, porém coube ao modelo a honra de ser a primeira aeronave militar brasileira a voar na Antártida em 1983 durante a realização da missão Operantar I, operando a partir do navio de apoio oceanográfico H-42 Barão de Teffé. O desgaste e o atrito operacional reduziram a frota para três células, e após 25 anos o UH-2 Abelha encerrou sua carreira com a portaria Nº0007 em 03 de outubro de 1990, oficializando a baixa das aeronaves 7016, 7039 e 7040, sendo as mesmas preservadas no Musal e no complexo aeronaval de São Pedro da Aldeia.
Em meados da década de 1960, a Marinha do Brasil enfrentava grandes dificuldades na operação de frota de aeronaves de asas rotativas, apresentando índices de disponibilidade muito abaixo do recomendável, este cenário se dava muito em função de problemas que afligiam o grupo propulsor a pistão, consequências geradas por uma ausência de oficinas homologadas no pais que pudessem realizar serviços de manutenção de maior complexibilidade, falta de peças de reposição para motores como os Pratt & Whitney R-1340-40 e os Alvis Leonildes 521/2 que já não estavam mais em produção há vários anos. Este cenário recomendava que por ventura as novas aeronaves a serem adquiridas deveriam ser dotadas de motores turboeixo, que além de apresentarem maior confiabilidade de operação podiam também ser facilmente empregadas em missões de guerra antissubmarino, muito em virtude da maior potência apresentada por esta nova tecnologia de motores que já havia sido padronizado mundialmente em helicópteros militares.
Após análise de diversos vetores existentes no mercado, a escolha recaiu sobre o modelo Wasp HAS MK1, do fabricante inglês Westland, empresa com a qual a Marinha do Brasil possuía grande relação, desenvolvida durante o processo de implementação da aviação naval em meados da década de 1950. O contrato inicial previa a aquisição de três células novas de fábrica da versão de exportação denominada Westland Wasp Série 3, as aeronaves foram completadas e entregues nas instalações da empresa em Hayes no Reino Unido em março de1966, foram matriculadas como 7015, 7016 e 7017 Assim as aeronaves foram desmontadas e enviadas ao Brasil onde iniciaram as operações no mesmo ano, no entanto em julho do ano seguinte a célula 7016 foi perdida em um acidente, gerando a substituição por uma aeronave oriunda da Marinha Real que passaria a receber a mesma matricula do helicóptero acidentado.
Nos anos seguintes, os Wasp operaram do convés do Nael Minas A-11 Gerais e dos cruzadores Tamandaré C-12 e Barros C-11, e também a bordo dos navios hidrográficos Canopus H-22 e Sirius H-21 em substituição aos Kawasaki 47G-3B. O recebimento dos navios contratorpedeiros americanos classe “Gearing” e “Allen M. Sumner”, dotados de hangar possibilitaram ao adestramento da operação dos Wasp em missões embarcadas de maior duração, com o primeiro pouso realizado em 18 de abril de 1975 no convoo do contratorpedeiro D-26 Mariz Barros. Apesar de seu pequeno porte, o que impedia a instalação e equipamentos de detecção autônoma de submarinos e navios, os agora designados SH-2 “Abelha” foram empregados em missões de ataque ASW e AS, sendo vetorados até seus alvos por seus navios, sendo armados com torpedos MK-44 ou MK-46, descortinava-se assim um novo horizonte para operações de guerra ASW na marinha, levando o comando da Aviação Naval querer aumentar sua frota de helicópteros.
Visto que a Westland não produzia mais o Wasp, a Marinha do Brasil negociou em março 1977 a aquisição de mais sete unidades da versão HAS MK1 que pertenciam ao acervo da Marinha Real Britânica, que estavam sendo progressivamente desativadas em função do recebimento dos novos Westland Lynx. A primeira aeronave chegou ao Brasil em agosto do mesmo ano sendo transportada a bordo da Fragata Niteroi F-40, com as demais chegando ao Brasil em intervalos regulares até 1979, recebendo as matriculas 7036 a 7042. Estes “novos” Wasp estavam configurados para a operação dos novos torpedos MK46 e misseis ar-superfície AS-11 e AS-12, esta ultima capacidade nunca foi explorada no Brasil, e em seu lugar foram empregados lançadores de foguetes de 37 mm SBAT-37/7. Neste período decidiu se concentrar exclusivamente os Wasp nas operações junto ao contratorpedeiros, deixando as missões de levantamento hidrográfico com os recém recebidos Helibras Esquilo.
O recebimento das primeiras células dos novos Westland/Aerospatiale HAS 21 Lynx a partir de 1978, determinaram a alteração da missão principal do modelo, passando o mesmo a ser focado em missões de transporte e ligação recebendo a designação de UH-2, passando a ser embarcados no porta aviões A-11 Minas Gerais onde operaram como guarda aeronaves, porém coube ao modelo a honra de ser a primeira aeronave militar brasileira a voar na Antártida em 1983 durante a realização da missão Operantar I, operando a partir do navio de apoio oceanográfico H-42 Barão de Teffé. O desgaste e o atrito operacional reduziram a frota para três células, e após 25 anos o UH-2 Abelha encerrou sua carreira com a portaria Nº0007 em 03 de outubro de 1990, oficializando a baixa das aeronaves 7016, 7039 e 7040, sendo as mesmas preservadas no Musal e no complexo aeronaval de São Pedro da Aldeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.