A origem do P-47 Thunderbolt, remonta o ano de 1939, quando a Republic Aviation projetou o modelo XP-41, que era equipado com um motor radial Pratt & Whitney R-1830 com turbo compressor, trem de pouso retrátil e armado com duas metralhadoras, apesar de ser uma promissora aeronave a United States Army Air Corp (USAAC) o rejeitou devido ao desempenho insuficiente, chegando a propor a incorporação do mesmo turbo compressor empregado nos bombardeiros B-17, no intuito que esta aeronave pudesse rivalizar com as possíveis novas ameaças dos caças alemães e japoneses.
Em 1939 a empresa apresentou o XP-41, que incorporava uma fuselagem de desenho mais limpo (cuja proporção traseira era mais alta do que no P-35, e descia do fim da cabine até encontrar a deriva, um perfil aerodinâmico que passou a ser chamado “razorback”), trem de pouso completamente retrátil, e um motor Pratt & Whitney R-1830 com turbo compressor oferecendo 1.150hp de potência, porém o comando do USAAC não achava suficiente essa performance e propôs a utilização de um turbo compressor , como o utilizado nos bombardeiros B-17, gerando assim um novo projeto designado YP-43 Lancer, que alcaçaria voo em setembro de 1940 , no esteio de melhorias a empresa apresentaria ainda o XP-44, sendo que este modelo dispunha de uma cabine mais aerodinâmica, e um cubo de hélice encobrindo o motor, de forma a reduzir o arrasto aerodinâmico. A performance deste novo modelo gerou impressões positivas junto a U.S.A.A.C, gerando uma encomenda inicial de oitenta células, porém com a queda da França , a encomenda foi cancelava, pois estimava-se que o modelo era inferior aos Messerchimitt BF-109 alemães.
Com o cancelamento do XP-44, Seversky e Kartveli propuseram um novo caça, que receberia a designação de XP-47, este projeto seria imensamente modificado em setembro de 1940, visando assim anteder as novas especificações da U.S.A.A.C, sendo equipado com um motor Pratt & Whitney R-2800 de 2000hp com turbo compressor, blindagem para o piloto e oito metralhadoras de 12,7 mm, alcançando a velocidade máxima de 689 km/h e um teto de serviço superior a 40.000 pé
O evoluir do conflito na Europa apresentou necessidades extremas de melhorias sobre o projeto do XP-47A, resultando assim em um segundo protótipo designado XP-47B, que realizou seu primeiro voo em 06 de maio de 1941 com o piloto de testes Lowry P. Brabham nos controles. Comparativamente o novo caça era muito mais pesado que seus competidores contemporâneo monomotores, com um peso vazio de 4,490 kg, ou 65% a mais do que o YP-43, a aeronave receberia um pesado armamento composto por oito metralhadoras Browning AN / M2 de calibre .50 calibre (12,7 mm), dispostas quatro em cada asa. s metralhadoras foram escalonadas para permitir a alimentação de caixas de munição lado a lado, cada uma com uma capacidade de 350 rodadas, todas as oito armas deram ao lutador uma taxa de fogo combinada de aproximadamente 100 rodadas por segundo. A campanha de ensaios em voo novamente trouxe a uma uma série de limitações,as mesmo assim o United States Army Air Corp (USAAC) emitiu um pedido de 171 células, com a primeira aeronave de produção sendo entregue em maio de 1942.
O emprego operacional dos primeiros P-47B abordou a necessidade de implementação de melhorias, confiando no futuro do projeto a USAAC assinou com a Republic um novo contrato para a produção de 602 células de uma nova versão aprimorada que recebeu a designação de P-47C, com as primeiras unidades de produção sendo entregues ao 56th Figther Group em setembro de 1942. Desta maneira as células remanescente da versão P-47B foram relegadas a missões de treinamento ou reconhecimento fotográfico em território americano, sendo todas desativadas do serviço ativo até fins do ano de 1943.
Emprego no Brasil. O emprego operacional dos primeiros P-47B abordou a necessidade de implementação de melhorias, confiando no futuro do projeto a USAAC assinou com a Republic um novo contrato para a produção de 602 células de uma nova versão aprimorada que recebeu a designação de P-47C, com as primeiras unidades de produção sendo entregues ao 56th Figther Group em setembro de 1942. Desta maneira as células remanescente da versão P-47B foram relegadas a missões de treinamento ou reconhecimento fotográfico em território americano, sendo todas desativadas do serviço ativo até fins do ano de 1943.
A história do emprego operacional do P-47B-Re Thunderbolt no Brasil, teve início com a criação da Força Aérea Brasileira em 20 de janeiro de 1941, pois neste período o Brasil estava iniciando sua participação no esforço de guerra aliado com a declaração de Guerra as potencias do Eixo em 22 de agosto de 1942, e precisava desenvolver uma complexa estrutura de apoio e formação técnica operacional, para assim formar os efetivos necessários a operação dos meios materiais recebidos a partir da formalização dos acordos com os Estados Unidos nos termos do Leand & Lease Act (Lei de Empréstimos e Arrendamentos).
Uma destas necessidades foi atendida em 1943 com criação da Escola Técnica de Aviação (ETAv) sediada no bairro da Mooca na cidade de São Paulo , unidade destinada a formação de pessoal capacitado para apoio as atividades de manutenção do acervo de aeronaves da força. Em 1944 a ETAv começou a receber diversas aeronaves para instrução em solo, entre elas estava uma unidade do modelo RP-47B-RE Razor Back (O sufixo "R" representava a indicação de que se tratava de uma célula "war-weary", cansada de guerra e desgastada e não deveria ser usada operacionalmente ) que portava as marcações e o número de série original da U.S.A.F serial 41-06047, tendo servido anteriormente no 386th Fighter Group que estava baseado originalmente no Texas.
Esta aeronave foi transladada em voo dos Estados Unidos em outubro de 1944 pelo segundo tenente aviador brasileiro Moacyr Domingues sendo recebida na inicialmente Base Aérea de Natal em 16 de outubro de 1944, e seu destino final foi a Base Aérea de Cumbica onde seria alocado no 1º Grupo Misto de Aviação (1ºGMA) recebendo a designação P-47B e a matricula FAB 4103.
Antes, porém, que fosse usado em sua função principal , alguns oficiais lotados no Campo dos Afonsos e na Base Aérea de Sao Paulo passaram a realizar alguns voos para conhecer as qualidades do famoso e badalado P-47 que seria o modelo a ser empregado na campanha da Itália, vale citar que apesar da "velhice" P-47B 4103 era o caça bombardeiro mais moderno em território brasileiro naquela época. Após esta fase o modelo foi lotado em São Paulo na Escola Técnica de Aviação na Base Aérea de São Paulo (SP), como aeronave de instrução em solo, onde foi uma ferramenta fundamental na formação dos futuros sargentos especialistas da aeronáutica.
Com a transferência da recém-criada Escola de Especialistas da Aeronáutica EEAR (que substituiu a Escola Técnica de Aviação) para a cidade de Guaratinguetá em 1950, o P-47B foi desmontando e transferido para estas novas instalações juntamente com demais aeronaves do acervo da instituição. Apesar de ser uma aeronave de concepção antiga esta aeronave continuou tendo um papel importante nas tarefas de formação até o inicio da década de 1960, quando se já se encontrava extremamente desgastada por 20 anos de uso, sendo então declarada imprestável sendo assim descarregada dos quadros de material em 14 de setembro 1967 e posteriormente vendida como sucata. Coube ainda ao P-47B FAB 4103 ser o primeiro e o último P-47 a ser operado pela Força Aérea Brasileira.
Esta aeronave foi transladada em voo dos Estados Unidos em outubro de 1944 pelo segundo tenente aviador brasileiro Moacyr Domingues sendo recebida na inicialmente Base Aérea de Natal em 16 de outubro de 1944, e seu destino final foi a Base Aérea de Cumbica onde seria alocado no 1º Grupo Misto de Aviação (1ºGMA) recebendo a designação P-47B e a matricula FAB 4103.
Antes, porém, que fosse usado em sua função principal , alguns oficiais lotados no Campo dos Afonsos e na Base Aérea de Sao Paulo passaram a realizar alguns voos para conhecer as qualidades do famoso e badalado P-47 que seria o modelo a ser empregado na campanha da Itália, vale citar que apesar da "velhice" P-47B 4103 era o caça bombardeiro mais moderno em território brasileiro naquela época. Após esta fase o modelo foi lotado em São Paulo na Escola Técnica de Aviação na Base Aérea de São Paulo (SP), como aeronave de instrução em solo, onde foi uma ferramenta fundamental na formação dos futuros sargentos especialistas da aeronáutica.
Com a transferência da recém-criada Escola de Especialistas da Aeronáutica EEAR (que substituiu a Escola Técnica de Aviação) para a cidade de Guaratinguetá em 1950, o P-47B foi desmontando e transferido para estas novas instalações juntamente com demais aeronaves do acervo da instituição. Apesar de ser uma aeronave de concepção antiga esta aeronave continuou tendo um papel importante nas tarefas de formação até o inicio da década de 1960, quando se já se encontrava extremamente desgastada por 20 anos de uso, sendo então declarada imprestável sendo assim descarregada dos quadros de material em 14 de setembro 1967 e posteriormente vendida como sucata. Coube ainda ao P-47B FAB 4103 ser o primeiro e o último P-47 a ser operado pela Força Aérea Brasileira.
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