No início da década de 1960 a política de independência militar francesa em relação ao alinhamento do pais com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), gerou a necessidade de fortalecimento da indústria de defesa do pais, neste aspecto o comando do Exército Frances emitiu especificações a a empresa francesa Sud Aviation para o desenvolvimento de um helicóptero de médio porte para o transporte de tropas e utilitário com capacidade para 20 soldados totalmente equipados de uso para qualquer tempo.
O contrato para desenvolvimento com o governo francês foi firmado em 1963, e o primeiro protótipo foi completado em 1965, e seu primeiro voo ocorreu em 15 de abril do mesmo ano, as primeiras avaliações demandaram a produção de um lote de seis células pré-produção para a formatação do plano de validação do modelo, tendo a última unidade sido entregue em 30 de julho de 1968. Após as devidas aprovações e validações o modelo foi liberado para produção em série, e o primeiro SA 330 agora batizado de Puma foi entregue ao Exército Frances em 1969. O excelente desempenho apresentado quando em serviço no Exército Frances, despertou o interesse da Força Aérea Real (Royal Air Force - RAF), gerando um acordo de produção conjunta entre a Aeropastiale (que absorveu a Sud Aviation) e a Westland Helicopters no Reino Unido.
Novas versões foram produzidas ao longo dos anos, sendo destinadas não só a França e Reino Unido, mas também a diversos países. Em 1974, Aérospatiale, empresa francesa aeroespacial, iniciou o desenvolvimento de um novo helicóptero de transporte de porte médio com base no seu modelo SA 330 Puma, anunciando o projeto conceitual em seu estande na edição de 1975 do Paris Air Show. Enquanto o novo projeto apesar de apresentar lay out similar ao AS 330 Puma, dispunha de inúmeros melhoramento e inovações entre eles a adoção dos novos e mais potentes motores Turbomeca Makila , que geravam cada um 1877 hp, para propelir o rotor principal composto de quatro pás, sendo desenvolvido para resistir a danos . Possuía ainda como diferencial uma maior extensão da fuselagem, construída de forma mais robusta para resistir ao choque e danos de batalha, recebeu a adoção de uma barbatana ventral sob a cauda e um nariz alongado para acomodar um novo radar meteorológico.
Um protótipo de pré-produção, o SA 331, modificado a partir de uma célula SA 330 com motores Makila e uma nova caixa de velocidades, voou em 5 de setembro de 1977, visando assim testar o desempenho em voo do modelo, os experimentos nestas células geraram o primeiro protótipo do Super Puma, que fez seu vôo inaugural em 13 de setembro de 1978, sendo seguido por mais cinco protótipos. Em comparação ao modelo anterior SA 330 Puma , o AS 330 Super Puma apresentou melhores índices de desempenho, consumo de combustível e estabilidade em voo, gerando assim o interesse por parte dos atuais operadores da versão original do PUMA, o fabricante passaria a classificar a versão militar como AS332B e a Civil como AS332 C.
A partir de 1980 o Super Puma começou a ser entregue a seus operadores militares, paralelamente a Aerospatiale, finalizou o desenvolvimento da sua versão civil AS 332C que passou a ser comercializada a partir de 1981, sendo entregue a empresas de transporte em 12 países. A versão militar composta por variantes da aeronave dedicadas ao transporte de carga e tropas, guerra anti superfície (ASM) equipado com misseis AM39 Exocet , e guerra antissubmarino (ASW) com torpedos e bombas de profundidade e por fim transporte VIP , foi vendida a 38 nações entre elas Brasil, China, Chile, Equador, Finlândia, Bolívia, França, Gabão, Geórgia, Grécia, Indonésia, Jordânia Kuwait ,Mali, Nigéria, Omã, Arábia Saudita, Singapura, Espanha, Suíça, Tailândia, Venezuela, Congo, Togo, Turquemenistão e Uzbequistão, totalizando 536 células construídas e entregues até fins da década de 1990. O sucesso deste modelo foi confirmado ainda pelo desenvolvimento de novas versões, entre elas a AS532 Cougar e o EC725 Caracal que se mantém em produção até a atualidade.
Emprego no Brasil.
Encarregada de prover os meios aéreos necessários às operações anfíbias junto ao Corpo de Fuzileiros Navais, a Força Aeronaval da Marinha do Brasil, passou toda a década de 1970 e os primeiros anos da década seguinte, suprindo esta necessidade inicialmente com os poucos Sikorsky S-61D Sea King então pertencentes ao 1º Esquadrão de Helicópteros Anti Submarino (HS-1) e posteriormente viriam a receber um breve reforço quando da incorporação dos os Augusta ASH-3D Sea King se juntaram àquele esquadrão. As dificuldades em desconfigurar, mesmo que temporariamente uma ou mais aeronaves para efetuar a operação de transporte, era um procedimento ineficiente e pouco produtivo. Ao remover todo o sofisticado equipamento de guerra antissubmarino e preparar o helicóptero ASW, para a execução de uma tarefa tão dissimilar como o desembarque helitransportado, era uma condição desaconselhável tendo em vista das poucas células de Sea King então existentes. Esses fatores aliados a outros, fizeram com que a Força Aeronaval buscasse no mercado internacional uma solução adequada.
Encarregada de prover os meios aéreos necessários às operações anfíbias junto ao Corpo de Fuzileiros Navais, a Força Aeronaval da Marinha do Brasil, passou toda a década de 1970 e os primeiros anos da década seguinte, suprindo esta necessidade inicialmente com os poucos Sikorsky S-61D Sea King então pertencentes ao 1º Esquadrão de Helicópteros Anti Submarino (HS-1) e posteriormente viriam a receber um breve reforço quando da incorporação dos os Augusta ASH-3D Sea King se juntaram àquele esquadrão. As dificuldades em desconfigurar, mesmo que temporariamente uma ou mais aeronaves para efetuar a operação de transporte, era um procedimento ineficiente e pouco produtivo. Ao remover todo o sofisticado equipamento de guerra antissubmarino e preparar o helicóptero ASW, para a execução de uma tarefa tão dissimilar como o desembarque helitransportado, era uma condição desaconselhável tendo em vista das poucas células de Sea King então existentes. Esses fatores aliados a outros, fizeram com que a Força Aeronaval buscasse no mercado internacional uma solução adequada.
No caso a solução foi dividida em duas etapas, sendo a primeira, a criação de um esquadrão de emprego geral que receberia a designação de EsqdHU-2 - Esquadrão Pegasus, que se dedicaria prioritariamente as tarefas de apoio as operações anfíbias junto ao Corpo de Fuzileiros Navais, e a segunda a escolha de um vetor que melhor preenchesse as necessidades identificadas. Estudos foram conduzidos pelo Comando da Força Aeronaval avaliando uma série de opções diversas aeronaves de asas rotativas de médio porte então disponíveis no mercado, com a escolha recaindo sobre um novo helicóptero frances que recentemente havia entrado em produção nas linhas de montagem da Aerospatiale em Marignane na França, o AS 332 Super Puma. Com a formalização do contrato de aquisição de seis células em março de 1985, a Marinha Brasileira seria a primeira operadora da versão naval do modelo,sendo esta variante diferente das demais versões de exportação.
Esta nova versão navalizada designada pelo fabricante como AS332 F!, possuía a capacidade de dobrar (pentear) as pás do rotor no intuito de favorecer a hangaragem nos navios da esquadra, estando também equipada com o novo radar meteorológico Bendix RDR 1400C, dois rádios Collins VHF/UHF e AM/FM Na/ARC-182, um rádio HS/SSB, um computador de missão Nadir MK II, um IFF NA/APX-100 e um radioaltímetro AHV-8, representando o estado da arte em termos de sistemas embarcados de navegação e comunicação. Após a produção das três primeiras células, verificou ainda na fábrica, que mesmo com as pás dos rotores dobrados, o Super Puma, não cabia nos elevadores do porta aviões A-11 Minas Gerais, pois a aeronave era comprida demais, a solução adotada foi o emprego de um cone da cauda dobrável, que tornaria a Marinha Brasileira a única operadora do AS332 F1 com este recurso. Foi necessário aplicar um retrofit nas primeiras três células concluídas, bem como alterar as últimas três que ainda se encontravam na linha de produção.
As primeiras células foram recebidas desmontadas em 15 de abril de 1987, na base aérea de São Pedro de Aldeia no Rio de Janeiro, foram designadas UH-14 e matriculadas de N-7070 á N-7075 e incorporadas ao recém-criado NUEsqdHU-2 (Núcleo do Segundo Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral) embrião da unidade criada para a estruturação e recebimento das aeronaves, as últimas unidades foram recebidas em fevereiro de 1988, ativando assim de fato e direito o EsqdHU-2 Esquadrão Pegasus. Com sua dotação completa em 1988 o esquadrão passou inicialmente a apoiar as operações anfíbias do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), porém ao longo tempo outras missões como , busca e salvamento, lançamento de paraquedistas e mergulhadores de combate, esclarecimento, e missões de apoio as operações noturnas de pouso e decolagens em porta aviões passaram a fazer parte do leque de tarefas da aeronave, sendo embarcadas nos porta aviões Minas Gerais e São Paulo e nos navios de apoio e transporte de tropa NDD Rio de Janeiro, NDD Ceará, NDCC Mattoso Maia e NDCC Garcia D Avila. Apesar da aeronave N-7075 receber a cambagem do radar Omera Orb-32 empregado o lançamento de misseis AM-39 Exocet, porém o mesmo nunca foi operacionalmente utilizado.
Em abril de 1992 a Marinha Brasileira assinou o contrato para a aquisição de duas novas aeronaves, sendo uma destinada a repor a perda do N-7072 ocorrida em setembro de 1990, apesar de serem modelos idênticos aos entregues inicialmente estes receberam do fabricante a designação AS 532F1 Cougar. As duas unidades foram trazidas ao Brasil desmontadas em aviões da FAB, sendo montadas na Base Aérea do Galeão e receberam as matriculas N-7076 e N-7077. Em 2011, o HU2 qualificou suas aeronaves para o uso de metralhadoras FN MAG 7,62mm, operada pelos mecânicos de voo, idêntica as do UH-15 Caracal, permitindo a aeronave sua autoproteção e da tropa durante as operações de embarque e desembarque.
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