A Curtiss Aircraft Company, uma das primeiras empresas de construção aeronáutica americana, desenvolveu em meados da década de 1910, uma família de aeronaves biplanos de treinamento com a finalidade de atender a alta demanda pela formação de pilotos para a Marinha e a Aviação do Exército americano. As primeiras versões designadas JN-1 e JN-2 começaram a ser entregues em fins de 1915 em pequenas quantidades, pois uma nova versão aprimorada a JN-3 já estava em desenvolvimento quando as primeiras células estavam sendo entregues em março de 1916, e entraram em serviço a tempo de participarem como observadores aéreos do Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos durante a operação Pancho Villa no México.
A versão JN-3 foi extremamente elogiada pelos instrutores, pilotos e equipe de manutenção da USAAC e US Navy, este fato não passou despercebido por outras forças armadas, desta maneira a fim de atender a esta demanda a Curtiss criou uma versão específica para exportação que passou a ser designada como JN-4, que teve como seu primeiro cliente a Royal Flying Corps no Canadá. Esta variante modelo diferia das anteriores por contar com uma estrutura mais leve, introdução de ailerons em ambas as asas, um leme maior, novos formatos nas asas, estabilizadores e elevadores. O desempenho superior do JN-4 agradou também os americanos que passara a adotar esta versão em larga escala.
O JN-4 na versão “D” foi possivelmente, a mais famosa aeronave americana a estar presente nos diversos teatros de operações da Primeira Guerra Mundial, sendo amplamente empregado no treinamento de pilotos militares, atingindo a impressionante estimativa de ter colaborado em aproximadamente 95% na formação de todas as tripulações da USAAC e US Navy neste periodo. A versão americana recebeu o nome de “Jenny”, enquanto a canadense que foi empregada também pelos britânicos recebeu o nome de "Canuck".
Embora tenha sido desenvolvido como uma aeronave de treinamento básico, o Curtiss JN-4 foi amplamente modificado para atender a diversas missões no teatro de operações, entre elas a de veículo de socorro médico, com a adoção de uma plataforma removível por trás do cockpit, permitindo a alocação de uma maca e suprimentos, se tornando assim a primeira ambulância aérea. Apesar de poder ser dotado de metralhadoras para autodefesa ou porta bombas leves sob a fuselagem, nenhuma aeronave entrou em combate real neste conflito.
Cabe ainda ao JN-4 o crédito ser a primeira a executar com êxito um ataque de bombardeio de Mergulho, no início do ano de 1919, durante intervenção militar dos Estados Unidos no Haiti, sendo esta missão comandada pelo Tenente Lawson H. Sanderson do Corpo de Fuzileiros Navais, o resultado positivo desta missão levou Sanderson a partir de 1920 iniciar pioneiramente o aprimoramento das técnicas de bombardeiro de mergulho com vistas a fornecer um eficiente apoio aéreo a infantaria. Após o termino do conflito a grande evolução da tecnologia área relegou os Curtiss JN-4 e suas versões posteriores a atividades de segunda linha, sendo ainda fornecido a nações como Brasil, Argentina, Cuba e China Nacionalista, ao todo foram produzidas 6.813 células até fins de 1920.
Emprego no Brasil.
A carreira dos Curtiss Jenny, no Brasil, tem início em meados da década de 1920, quando o comando da Aviação Naval da Marinha Brasileira a fim de incrementar a dotação de aeronaves de instrução adquiriu quatro células da versão JN-4D que eram oriundas dos estoques da Marinha Americana (US Navy), que recentemente haviam sido desativadas por serem consideradas obsoletas, sendo substituídos por aeronaves Consolidated PT-3, se tornando assim uma compra de oportunidade pelo custo oferecido. Após a escolha das células em melhor estado de conservação na Base Naval de Maryland as mesmas foram desmontadas por técnicos da aviação naval americana para serem remetidas por via naval ao Brasil.
Os Curtiss Jenny foram recebidos no início de junho de 1926, sendo encaminhadas ao Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro (CAvN RJ) e foram montadas ao longo do mês de julho, com o primeiro voo sendo registrado em 7 de agosto do mesmo ano. Após verificações e teste de praxe, as quatro aeronaves foram encaminhadas a Escola de Aviação Naval (EAvN) onde foram incorporados a Flotilha de Instrução para compor a Esquadra Terrestre, operando em conjunto com os últimos Avro 504K ainda em operação. A versão recebida a JN-4D, representava o modelo de maior êxito da família Jenny, sendo construídas 4.175 aeronaves. As células foram recebidas portando portavam as cores e numeração serial da Marinha Americana sendo matriculadas 01 a 04, posteriormente receberam as marcações nacionais sendo rematriculados com o padrão da aviação naval recebendo os seriais 421 a 424.
A carreira dos Curtiss Jenny, no Brasil, tem início em meados da década de 1920, quando o comando da Aviação Naval da Marinha Brasileira a fim de incrementar a dotação de aeronaves de instrução adquiriu quatro células da versão JN-4D que eram oriundas dos estoques da Marinha Americana (US Navy), que recentemente haviam sido desativadas por serem consideradas obsoletas, sendo substituídos por aeronaves Consolidated PT-3, se tornando assim uma compra de oportunidade pelo custo oferecido. Após a escolha das células em melhor estado de conservação na Base Naval de Maryland as mesmas foram desmontadas por técnicos da aviação naval americana para serem remetidas por via naval ao Brasil.
Os Curtiss Jenny foram recebidos no início de junho de 1926, sendo encaminhadas ao Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro (CAvN RJ) e foram montadas ao longo do mês de julho, com o primeiro voo sendo registrado em 7 de agosto do mesmo ano. Após verificações e teste de praxe, as quatro aeronaves foram encaminhadas a Escola de Aviação Naval (EAvN) onde foram incorporados a Flotilha de Instrução para compor a Esquadra Terrestre, operando em conjunto com os últimos Avro 504K ainda em operação. A versão recebida a JN-4D, representava o modelo de maior êxito da família Jenny, sendo construídas 4.175 aeronaves. As células foram recebidas portando portavam as cores e numeração serial da Marinha Americana sendo matriculadas 01 a 04, posteriormente receberam as marcações nacionais sendo rematriculados com o padrão da aviação naval recebendo os seriais 421 a 424.
Apesar de, nominalmente, aumentarem a frota de aviões a disposição da EAvN, os quatro JN-4D foram pouco usados durante o ano de instrução de 1926. Dois acidentes ocorridos em setembro e novembro daquele ano reduziram a disponibilidade dessas aeronaves a metade. O ano seguinte não apresentou significativo aumento no emprego dos aviões, que muito raramente registravam mais do que quinze surtidas mensais na primeira metade de 1927. De fato, os voos daqueles quatro JN-4D neste ano totalizaram apenas 319 surtidas. Conquanto o número reduzido de alunos matriculados na EAvN naquele ano explique, em parte a fraca utilização que se deu a estas aeronaves.
Existem ainda indicações que a precariedade das células em visto que já haviam sido adquiridas usadas com um grande numero de horas de voo, tenha influenciado consideravelmente nos índices de disponibilidade. Reduzida a três aeronaves, em face de um acidente que causou a perda total de uma célula em agosto de 1927, a frota de Curtiss JN-4D voou intermitentemente nos primeiros meses de 1928, executando, sobretudo, poucos voos de adestramento em prol da Flotilha de Instrução da Esquadra Terrestre.
Com somente duas células disponíveis para voo no começo do segundo semestre de 1928, problemas no fluxo de peças de reposição e a incorporação de novos aviões de treinamento acelerou o fim da carreira dos Curtiss JN-4D na Aviação Naval, os quais foram desativados antes do fim daquele mesmo ano. Especula-se que outras células tenham servido no país em proveito de missões da Força Pública de São Paulo no início da década de 1920, porém não existem relatos detalhados ou fotos para documentação histórica.
Com somente duas células disponíveis para voo no começo do segundo semestre de 1928, problemas no fluxo de peças de reposição e a incorporação de novos aviões de treinamento acelerou o fim da carreira dos Curtiss JN-4D na Aviação Naval, os quais foram desativados antes do fim daquele mesmo ano. Especula-se que outras células tenham servido no país em proveito de missões da Força Pública de São Paulo no início da década de 1920, porém não existem relatos detalhados ou fotos para documentação histórica.
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