sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

CLASSE TAKANAMI



FICHA TÉCNICA
Tipo:  Destróier antiaéreo.
Tripulação:  175
Data do comissionamento:  Março de 2003.
Deslocamento:  4650 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento:  151 mts.
Calado:  5,3 mts.
Boca:  17,4 mts.
Propulsão:  2 turbinas a gás Kawasaky Rolls Royce Spey SM-1C e 2 turbinas General Electric/ Ishikawajima Harima LM-2500 que juntas produzem 60000 hp que movem dois eixos.
Velocidade máxima: 30 nós (56 km/h)
Alcance:  8350 Km
Sensores:  Radar de busca aérea:  OPS-24 com 450 km de alcance; radar de busca de superfície OPS-28D; radar de navegação OPS-20; Radar de controle de fogo:  FCS-3; Sonar:  OQS-5 montado no casco, OQR-2 rebocado.
Armamento:  1 canhão Otobreda de127 mm, 2 canhões canhões CIWS Vulcan Phalanx MK-15 de 20 mm, 1 lançador vertical MK-41 para 32 mísseis antiaéreos ESSM ou anti submarino RUM-139 VL ASROC, 2 lançadores quádruplos de mísseis Type 90 anti-navio, 2 lançadores triplos Type 68 para torpedos leves de 324 mm.
Aeronaves:  Heliporto para operar um helicóptero médio SH-60J Seahawk.

DESCRIÇÃO
Por Carlos.E.S.Junior
A marinha do Japão, assim como todas as suas forças armadas são extremamente poderosas graças a seu intenso treinamento e a expressiva quantidade de armas que esta nação possui. Alguns desses armamentos são, realmente, o estado da arte em sua categoria como o moderno destróier classe Kongo e Atago. Porém, embora nem todos os seus sistemas de armas sejam tão modernos, ainda tem tem uma representatividade significativa na estratégia de defesa da nação do sol nascente.
O destróier classe Takanami é um desses sistemas de armas, cuja tecnologia, algo ultrapassada frente aos projetos ocidentais contemporâneos, ainda tem sua validade no campo de batalha naval. O destróier classe Takanami é derivada da classe Murasame, especializada em guerra anti-submarino. Porém o Takanami foi projetado para dar ênfase na capacidade de combate antiaéreo e assim poder participar da escolta do grupo de batalha japonês ou de seu principal aliado, os Estados Unidos.
Acima: O destróier classe Takanami representa um melhoramento em capacidade de combate antiaéreo da classe Murasame, do qual o navio herda casco e outras estruturas.
Para cumprir a missão de combate antiaéreo foi instalado um lançador de mísseis vertical MK-41 de com 32 células e que podem ser equipadas com mísseis ESSM (Envolved Sea Sparrow) ou o míssil anti submarino RUM-139 VL ASROC. O ESSM é um míssil antiaéreo cuja capacidade de interceptar até mesmo, mísseis anti-navio supersônicos é bastante importante, considerando os prováveis adversários do Japão, como China, Rússia ou Coreia do Norte. O alcance do ESSM é de 50 km e seu guiamento se dá por radar semi-ativo. Já, para atacar submarinos, é usado o míssil RUM-139 VL ASROC que tem alcance de 22 km e ele transporta um torpedo leve MK-46 que é lançado na água, próximo do submarino inimigo detectado. Esse torpedo, por sua vez, tem alcance de 11 km e faz a busca pelo alvo através de um sonar que funciona ativo e passivamente. A ogiva do MK-46 pesa 44 kg e é composta por alto explosivo PBXN-103, extremamente destrutivo. Para guerra anti-navio está instalado dois lançadores quádruplos de mísseis Type 90 SSM-1B que começaram a substituir os mísseis norte americanos RGM-84 Harpoon. O novo míssil Type 90 é mais veloz (1150 km/h) e tem maior alcance que o míssil Harpoon que ele substitui (200 km), porém seu sistema de guiamento é o mesmo, ou seja, inercial, durante o início do voo e acionando um radar ativo quando estiver próximo do alvo. O Takanami está armado com um canhão italiano Otobreda de 127 mm que consegue uma cadência de 40 tiros por minuto e cujo alcance com granadas convencionais é de 30 km. Uma nova munição assistida por foguete, chamada Volcano, tem alcance ampliado para 100 km. Para defesa antiaérea de ponto são usados dois sistemas CIWS MK-15 Phalanx. Cada sistema Phalanx é composto por um canhão de 6 canos giratórios M61 Vulcan em calibre 20 mm capaz de impor uma cadência de  4500 tiros por minuto e com um alcance efetivo de 2000 a 3000 metros.
Para guerra anti-submarino, ainda há dois lançadores triplos Type 68 para torpedos leves de 324 mm, além de poder operar um helicóptero anti-submarino Sikorsky SH-60J Seahawk.
Acima: Os navios da classe Takanami possuem, além de seu armamento orgânico, um helicóptero SH-60J Seahawk  que é usado para missões anti-submarino, busca e resgate.
O Takanami possui um deslocamento de 4650 toneladas quando totalmente carregado. Sua propulsão, do tipo COGAG (Combinação gás gás) é fornecida por duas turbinas a gás LM-2500 desenvolvida pela General Eléctric e fabricadas sob licença pela empresa japonesa Ishikawajima Harima. Estas turbonas são apoiadas por mais duas turbinas a gás Kawasaki/ Rolls Royce Spey SM-1C que juntas produzem 60000 Hp de força movendo dois eixos e suas hélices. Essa propulsão é a mesma usada no destróier Murasame, Essa composição leva a Takanami a uma velocidade máxima de 30 nós (56 km/h), perfeitamente adequado a operação em grupos de batalha centrado em porta aviões. Em velocidade de cruzeiro de 18 nós (34 km/h) o Takanami tem uma autonomia de 8350 km.
Acima: A propulsão dos destróieres da classe Takanami tem uma configuração incomum, baseada em dois sistemas a gás. 
O  radar de busca aérea usada no Takanami é o radar bidimensional OPS-24 capaz de detectar um alvo de grande tamanho (100 m2) a 450 km de distancia. Esse radar também é derivado de modelos desenvolvidos nos Estados Unidos durante o período da guerra fria. Um radar da busca de superfície OPS-28D proporciona um alcance de 74 km contra navios.O radar de navegação é um OPS-20. 
Dois radares de controle de fogo FCS-3 fazem a iluminação do alvo para os mísseis antiaéreo ESSM. Para guerra anti-submarina é usado o sonar OQS-5 que fica montado no casco do Takanami além de um radar rebocado OQR-2.
Além desses sensores, há ainda uma suíte de guerra eletrônica composta por interferidores (Jammer) NOLQ-3, iscas MK-137 anti radar (Chaffs) e um sistema de iscas anti-torpedo rebocado SLQ-25 Nixie que emite sinais que atraem o torpedo inimigo para longe do casco do navio.
Acima: A composição da suite de sensores da Takanami, embora não represente o estado da arte nesse segmento, ainda sim tem bom desempenho e é capaz de fornecer proteção para um grupo de batalha.
Embora o Takanami seja uma embarcação nova (foi comissionado em 2003), seu projeto mostra uma concepção obsoleta, porém com um armamento que provê um poder de fogo consistente e uma suíte eletrônica capaz de proporcionar sérios problemas em qualquer navio de guerra. O Takanami é um destróier ainda valido no teatro de operação em que o Japão está participando e os cinco navios dessa classe representam um obstáculo a ser estudado atentamente para uma marinha que tenha como missão atacar um grupo de batalha naval japonês. Ao todo, o Japão possui 5 navios desta classe.
Acima: Com um desing já desatualizado, os navios da classe Takanami são mais novos do que aparentam. Sua capacidade de combate permitirá que esses navios se mantenham como uma opção válida para a marinha japonesa por mais uns 20 anos.

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