terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

IWI TAR-21 TAVOR



FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil automático bullpup
Miras: Miras abertas padrão, e trilho picatinny para montagem de miras reflexivas e lunetas.
Peso: (vazio) TAR-21: 3.27 Kg; CTAR-21: 3,18 Kg; MTAR-21: 2,95 Kg.
Sistema de operação: A gás com ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56 X 45 mm (223 Remington).
Capacidade: 30 munições.
Comprimento Total: TAR-21: 72 cm; CTAR-21: 64 cm; MTAR-21: 59 cm
Comprimento do Cano:  TAR-21: 18/16 polegadas; CTAR-21: 15 polegadas; MTAR-21: 13 polegadas.
Velocidade na Boca do Cano: 910 m/seg.
Cadencia de tiro: 750 tiros/min.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O Estado de Israel é uma das nações mais beligerante do planeta, sendo que nunca em sua história houve um período longo de paz. Conflitos armados com todos os seus vizinhos ocorreram no decorrer da história do Estado Judeu e hoje em dia ainda há fortes combates com o povo palestino que luta por um Estado próprio. Os combates urbanos são o cenário mais comum neste ultimo conflito que se arrasta há décadas e que deram aos militares israelenses uma experiência que permitiu um desenvolvimento de sua industria militar e de projetos feitos sob medida para suas forças de combate.
O fuzil padrão do exercito israelense foi durante muito tempo o modelo norte americano M-16  (AR-15)  que serviu ao lado do fuzil Galil de desenvolvimento local usando um sistema de operação similar ao encontrado nos fuzis AK-47 usados pelos inimigos dos israelenses porém produzido em calibres ocidentais 5,56 X 45 mm e 7,62 X 51 mm. As situações de batalha enfrentadas pelas forças de defesa de Israel estavam evidenciando o espaço restrito do cenário urbano, tornando o combate muito difícil de ser executado com os fuzis normais como o M-16 ou o Galil devido ao seu maior comprimento. Assim, foi tentado uma medida paliativa que foi adotar as tropas com versões de cano mais curto do M-16 e do Galil, com um leve prejuízo no que tange a precisão a longas distancias e na balística do tiro que teria menos comprimento de cano para poder acelerar o projétil. Com esse problema ocorrendo, os engenheiros da IMI (Israel Military Industries) trabalharam em conjunto com os militares que combatem os palestinos e caçam os terroristas que atacam Israel para juntos projetarem o que deveria ser o armamento ideal para o teatro de operações em que os Israelenses estavam submetidos.

Acima: O fuzil Galil,desenvolvido pela IMI de Israel com varias soluções copiadas do AK-47 e seu irmão norte americano M-16/ M-4, abaixo, estavam se mostrando inadequadas para operações em ambientes urbanos onde as forças de Israel estavam operando.

O novo fuzil foi batizado de Tavor e a sua designação foi a de TAR-21 (Tavor Assault Rifle for 21 st century) e sua munição é a 5,56X45 mm. A primeira aparição publica do Tavor foi em 1998 e foi surpreendente que os engenheiros da antiga IMI, agora rebatizada de IWI (Israel Weapons Industries), haviam criado um fuzil bullpup (fuzil cujo mecanismo fica dentro da coronha sendo que o carregador fica colocado atrás da empunhadura). A partir de 1999 até 2002 o fuzil foi testado pelas forças israelenses que acabaram por detectar alguns problemas técnicos com a ocorrência de falhas devido a areia fina do ambiente típico onde ele foi usado, que entrava no mecanismo do Tavor, mas que foram totalmente sanados na versão definitiva depois de modificações inseridas no projeto.

Acima: O novo fuzil, batizado de TAR-21 Tavor, apresentava a configuração bullpup, o que surpreendeu a todos os observadores quando a arma foi apresentada em 1998.
O Tavor representa um amalgama das principais técnicas de construção e desenho dos fuzis de assalto desenvolvidos nas ultimas décadas. Nele temos a configuração bullpup que permite um tamanho 30 a 35% menor que um fuzil clássico, porém sem ter que diminuir o cano da arma, mantendo assim as qualidades balísticas do armamento; Uso extensivo de polímero (plástico de alto impacto) o que torna a arma mais leve e econômica de manter; Miras ópticas e desenho modular com varias configurações.
Existem 5 versões principais do Tavor sendo elas: TAR-21 que é o modelo standard. Ele tem um comprimento total de 72 cm (um M-16A2 tem 99 cm); CTAR-21 (versão compacta) cujo comprimento é de 64 cm; MTAR-21 (versão micro) menor versão para uso especial em locais muito apertados. O comprimento desta versão é de 59 cm; STAR-21 (Sharp ShootingTavor Assault Rifle) é versão para atiradores de elite. Esta versão tem o mesmo comprimento do TAR-21 padrão porém possui um bipé para apoio de tiro, sistema de mira mais avançado montado sob um trilho picatinny. Um cano maior e mais pesado pode ser montado, porém não é muito comum; A 5º versão é a de uso civil que funciona apenas em semi-automático. Esta versão está disponível em países cuja legislação é menos restritiva e que valorizam os direitos dos seus cidadão, diferentemente de um certo grande país da América do Sul, que desacredita seus cidadão os tornando indefesos com leis que impedem o acesso a armas de fogo. Voltando, essa versão civil também tem trilhos padrão picattiny sobre toda a parte superior e na lateral do guarda mão para instalação de diversos tipos de acessórios  como miras, lanternas ou apontadores a laser.

Acima: A versão com cano encurtado, chamada de CTAR-21, é particularmente popular nas forças de defesa de Israel, sendo extremamente compacta, mas mantendo a precisão similar a de um fuzil de dimensões standard, como o M-16A2.


Acima: A versão STAR-21 do Tavor é a versão para atiradores designados. Sua configuração com cano de 18 polegadas, seu bipé integrado ao guarda mão e o trilho com uma luneta de maior alcance permitem disparos mais precisos a distancias maiores, aproximadamente 550 metros.
O Tavor é operado por sistema de gás com trancamento por ferrolho rotativo e as versões iniciais não eram equipadas com miras abertas, sendo dependente exclusivamente do aparelho óptico para fazer a visada, porém essa deficiência foi sanada nas versões atuais. O carregador usado é o modelo STANAG com capacidade de 30 munições, usado nos M-16 e extremamente difundido, facilitando a logística pela facilidade de se encontrar carregadores desse tipo no mundo. A arma dispõe de seleção de tiro semi automático ou totalmente automático. Nesse ultimo regime, o Tavor dispara 750 tiros por minuto. Os comandos de liberador de ferrolho e liberador do carregador estão em uma posição centralizada, abaixo da arma, que os tornam ambidestro. A alavanca do ferrolho, montada acima do guarda mão, pode ser mudar de lado de acordo com a necessidade do operador da arma, sendo, também ambidestra. E por ultimo, a tecla de seleção de regime de fogo também é ambidestra podendo ser acionada dos dois lados do Tavor. Nasse ponto, a tecla de regime de fogo tem a posição travado (safe), fogo intermitente (tiro a tiro) e automático (rajada), não havendo a famosa posição para rajadas curtas (burst) comum em vários modelos atuais.
Além das forças de defesa de Israel, o Tavor é usado por algumas forças especiais do mundo já operam este moderno fuzil de assalto, demonstrando que o Tavor parece ter um lugar ao sol no mercado internacional de fuzis de assalto. Dado o bom relacionamento de Israel com muitos dos principais mercados de armas ocidentais e alguns asiáticos, as chances de sucesso no mercado externo desta boa arma são relativamente altos e certamente veremos muitos soldados equipados com o Tavor nos próximos anos.

Acima: O fuzil X-95 é derivado do Tavor, tendo recebido melhorias sugeridas por membros das forças especiais israelenses.


Acima: Nos Estados Unidos é possível a um civil adquirir o fuzil Tavor e por isso esta versão civil foi projetada visando aquele mercado.


Acima: Soldados do exército indiano com seus Tavors. Observem o soldado em primeiro plano com um exemplar equipado com lançador de granadas M-203 calibre 40 mm.

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