sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Artilharias Autopropelidas

Esses veículos têm como objetivo dar à artilharia indireta a mesma mobilidade de um tanque, de forma que o suporte de artilharia seja capaz de acompanhar o avanço do resto da tropa blindada. Em geral essas armas são compostas por um canhão de artilharia montado no topo de um chassi de tanque convencional, que teve sua torreta removida. Alternativamente, também se pode anexar a arma de artilharia, como foguetes, no topo da torreta do tanque, preservando a capacidade de combate direto do veículo. A principal vantagem da artilharia autopropelida é que pode engajar o inimigo de forma mais rápida que a artilharia convencional, recuando ou avançando na mesma velocidade que o corpo blindado e sem a necessidade de se organizar os tratores de reboque para remover as armas de campo.
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M8 Scott
O Howitzer Motor Carriage M8 foi equipou os esquadrões de reconhecimento e assalto das unidades de cavalaria do Exército Americano, com a tarefa principal de dar suporte contra fortificações inimigas. O obus de 75mm montado em cima do chassis do tanque leve M5 Stuart não era utilizado de forma indireta, sendo na verdade utilizado para atirar munição explosiva diretamente contra os alvos inimigos. O M8 foi usado na campanha italiana, na invasão da Normandia, e no Teatro de Operações do Pacífico pelo Exército dos EUA.
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M7 Priest
A plataforma de artilharia M7 Priest é fruto da acoplagem de um canhão padrão de 105mm americano à um chassi convencional de um M3 Sherman sem torreta. O resultado é uma arma de artilharia bem protegida, com velocidade considerável para seu peso e poder de fogo, e ainda capaz de engajar inimigos diretamente com sua metralhadora de defesa pontual, uma Browning .50. Foi um dos canhões motorizados mais utilizados pelos americanos, britânicos e canadenses durante a guerra, vendo ação desde El Alamein, no Norte da África, até a invasão do território alemão em 1945.
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Sexton
Para prover um canhão de artilharia móvel ao exército britânico (um que utilizasse a munição padrão QF 25, e não a americana 105mm) foi desenvolvido um veículo montado por partes puramente britânicas, assim facilitando a superação das dificuldades logísticas. A fim de melhor prestar apoio de artilharia na guerra no deserto altamente móvel da Campanha na África do Norte, o exército britânico tinha que rapidamente adaptar uma série de tanques de Valentine com a arma de artilharia de 25 libras. O primeiro modelo para essa função foi o SPG “Bishop”, que provou ter vários problemas de design. Em particular, a torre deixou pouco espaço para elevação e artilheiros precisavam posicionar o veículo em colinas ou rampas de terra, a fim de obter to efeito desejado para a arma e aproveitar seu alcance. O Bispo foi rapidamente substituído pelo M7 Priest americano, equipado com o canhão de 105 mm montado no chassis do tanque médio M3 Lee.
Entre 1943 e 1945, as Montreal Locomotive Works fabricou um total de 2.150 Sextons para o uso de ambos canadenses e britânicos, a partir do chassis do Ram, um tanque de treinamento canadense. O veículo entrou em serviço em setembro de 1943. Os veículos foram utilizados pela primeira vez em combate na Itália pelo Oitavo Exército Britânico. Os Sextons participariam da invasão da França e a subsequente Batalha da Normandia e da campanha no noroeste da Europa. O veículo permaneceu em serviço britânico até 1956.

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