terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

KRISS-USA VECTOR


FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback cm retardo com ferrolho aberto..
Calibre: 45ACP.
Capacidade: Carregadores com 13 ou 25 cartuchos.
Peso: 2.54 Kg (vazio).
Comprimento Total: 61,72 cm (Estendida), 40,64 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 5,5 polegadas, .
Miras: Alça e massa dobráveis fabricadas em aço, além de acessórios de miras ópticas e miras a laser instaladas nos trilhos picatinny.
Cadência de tiro:  1600 tiros por minuto. 
Velocidade na Boca do Cano: 270 m/seg.

O Full Metal Jacket, seguindo a mesma linha de atuação dos antigos blogs Campo de Batalha, abre espaço para que leitores entusiastas do assunto de armamentos possam expor seus trabalhos de pesquisa. Por isso apresento hoje o nosso novo colaborador Lucas Ferreira, um jovem estudante ainda indeciso se segue carreira militar ou se vai atras da carreira de jornalista  em áreas de conflito e um apaixonado por armas de fogo, carros e música. O Lucas traz um artigo sobre a moderna submetralhadora Kriss Vector, também conhecida como Super V. Acredito que este seja o primeiro texto em português sobre esta interessante arma de uso tático. seja bem vindo  ao Full Metal Jacket Lucas Ferreira!

DESCRIÇÃO
Por Lucas Ferreira.
Com um design futurista, e elevada cadência de disparo, em 2006 foi apresentada pela Kriss USA a submetralhadora Vector, em calibre 45ACP, e que logo no início desse desenvolvimento foi cogitado versões nos igualmente populares calibres .40 S&W, e 9 mm Parabellum, mas foram abandonadas. Ela é produzida em 4 versões sendo uma de uso militar e policial com opção de fogo automático e rajada curta de dois tiros, conhecida como SMG (Submachine Gun);  a SBR (Short Barrel Rifle) que é idêntica a versão SMG, mas limitada ao fogo semi-automático. CRB ou Carbine, carabina com cano de 16 ou 18,6 polegadas para tiro esportivo, e SDP que é uma versão pistola, sem coronha para ser ainda mais compacta e leve.

Acima: O desenho geral da Vector causa estranheza por sair do padrão que todos estamos acostumados nessa classe de armamento. Seu sistema de funcionamento ditou a orientação das linhas deste projeto.
O grande diferencial desta submetralhadora está em seu sistema de ação nada convencional, onde o recuo e a subida da arma são bastante atenuados, fazendo com que a dispersão dos disparos em modo automático seja muito menor que as demais submetralhadoras em calibre .45 ACP, como a HK UMP-45. O sistema patenteado opera como um blowback com retardo, porém, além de recuar para trás, ele também recua para baixo,  "segurando" a arma reduzindo em 95% a subida da arma e em cerca de 60% o deslocamento horizontal durante o disparo. Assim ela se torna uma arma muito mais precisa e controlável pois não há a necessidade de se fazer uma nova visada a cada disparo.

Acima: O mecanismo inovador da Kriss o torna uma arma extremamente controlável, mesmo em rajadas de alta cadência como as que ela dispara.
A tecla seletora de regime de fogo é ambidestra, localizada acima e a frente da tecla do gatilho possuindo 3 posições que são: Intermitente (um tiro por vez), rajada curta de 2 tiros, e automático. A tecla de trava de segurança, na Kriss Vector, fica separada da tecla de regime de fogo diferentemente do que encontramos em outras submetralhadoras onde a mesma tecla controla a trava da arma. A cadência de tiro em modo automático, baixou dos 1500 tiros por minuto no protótipo para aproximadamente 1200 tiros por minuto, que para muitos especialistas ainda é um aspecto negativo, pois em fogo automático, descarrega muito rápido o carregador de 25 tiros que é empregado nessa arma. A Vector é compatível com o carregador de 13 tiros da pistola Glock 21(versão full em calibre 45 ACP da famosa pistola austríaca Glock).

Acima: A Vector apresenta uma tecla de segurança acima da empunhadura e, em separado, uma tecla de seleção de regime de tiro, que se posiciona pouco atras da janela de ejeção dos estojos deflagrados.
A Kriss Vector tem um cano com comprimento de 5,5 polegadas Com a opção de possibilidade de uso de supressores de ruido (silenciadores). As versões civis da Kriss tem canos maiores, porém na submetralhadora, essa configuração mostra um cano relativamente curto para o padrão dessa categoria de armamento. A coronha pode ser rebatível, presente nas versões SMG, SBR e Carabina, exceto em Estados que possuem restrições a este tipo de coronha, na qual é usada uma coronha fixa, também há a opção de usar uma coronha com ajuste de comprimento, semelhante a da M-4 se usuário assim desejar. Já a versão SDP não possui coronha.

Acima: Este exemplar da Kriss Vector apresenta coronha retrátil e freio de boca, demonstrando que existe uma boa capacidade de customização da arma.
Na feira Shot Show, a maior feira de armas de fogo dos Estados Unidos, maior mercado desse segmento, no ano de 2011, foi apresentada o que deveria ser a segunda geração da Vector, conhecida como K-10, tinha um desenho mais compacto e com a coronha telescópica, semelhante a usada na MP-7. Essa proposta foi abandonado. Houve uma pistola baseada na Vector, conhecida como KARD, mais compacta, e com o mesmo sistema de funcionamento, e alavanca de manejo em T na parte posterior da arma como nos fuzis M-16/AR-15, submetralhadoras MP-7 e MP-9, esta também não passou de protótipo. Atualmente a Kriss tem conseguido alguns contratos com poucos departamentos de policia nos Estados Unidos de seu moderno armamento. Porém, mesmo sendo uma arma com alta controlabilidade e isso sendo seu maior atrativo quando comparado com outros modelos de submetralhadoras mais convencionais, ainda não tem conseguido emplacar no mercado como as famosas MP-5 da HK. As versões civis da Vector tem sido distribuídas a preços relativamente altos, configuradas como carabinas. e pistola.

Acima: A versão carabina da Kriss Vector faz disparos apenas em tiro intermitente (um a um) e pode ser vendida a civis nos mercados onde não haja restrições ao direito de posse de armas que possuímos no Brasil.

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