terça-feira, 23 de janeiro de 2018

PROJECT 949A ANTEY (OSCAR II)


FICHA TÉCNICA 
Comprimento: 154 m.
Largura: 18,2 m. 
Calado: 9 m. 
Deslocamento: 23000 toneladas quando submerso.
Velocidade máxima: 32 nós (59 Km/h) submerso ou 15 nós (28 km/h) na superfície.
Profundidade: 500 m normalmente, mas pode chegar a 830 m no máximo. 
Armamento: 4 Tubos para torpedos de 533 mm, 2 tubos para torpedos de 650 mm, somando 24 torpedos;  Míssil anti submarino RPK-2 Viyuga (SS-N-15 Starfish) lançados dos tubos de torpedo de 533 mm; missil antinavio RPK-6 Vodopad (SS-N-16 Stallion) lançados dos tubos de 650 mm; 24 mísseis antinavio P-700 Granit (SS-N-19 Shipwreck). 
Tripulação: 94 a 107 homens.

Propulsão: 2 reatores nucleares OK-650B que produz  e 2 × turbinas a vapor tipo GTZA OK-9 entregando 73.070 kW (98000 shp) para dois eixos.

DESCRIÇÃO 
Por Iuri Gomes
A nova doutrina, de construção de uma poderosa força naval, implantada pelo renomado Almirante Sergey Gorshkov nos anos 70 fez com que a marinha soviética nos anos 80 possuísse uma força de superior a três mil barcos com o objetivo de contrapor à marinha norte-americana (US NAVY). Porém, a marinha soviética (VMF) deu prioridade aos meios submarinos, para escolta de seus submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos (SSBNs) e na preparação para um possível confronto com as Frotas Norte Americanas. Enquanto, a US NAVY possuía e ainda possui uma grande e devastadora força naval de superfície, constituída por gigantescos Navios Aeródromos, que em tempos de guerra, são capazes de transportar cerca de cem aeronaves. Em contraposição a ameaça da frota americana, a marinha russa colocou em operação um gigantesco submarino nuclear lançador de mísseis cruzeiros (SSGN), extremamente silencioso, conhecido como projeto 949- Granit (em russo) e Oscar I (no ocidente) e logo posteriormente uma versão modernizada Projeto 949A- Antey (em russo) e Oscar II (no ocidente). Um submarino, que de acordo com o seu armamento, poderia, até mesmo, derrotar um grupo de batalha. Esse projeto foi realizado com o objetivo de atacar grandes navios de superfície, como cruzadores e porta aviões em qualquer área oceânica do globo terrestre.
Este submarino considerado indestrutível pelos marinheiros russos. Contudo, ficou conhecido mundialmente por protagonizar uma grande catástrofe com o K-141 Kursk no Mar de Barents em 12 de agosto de 2000.
Acima: O submarino classe Oscar II representa um dos maiores trunfos da dissuasão russa atual. Seu desempenho de navegação e seu poder de fogo dão a ele uma capacidade da qual nenhum navio ocidental é capaz de igualar.

ORIGEM
No final da Década de 70 a VMF percebeu que seus SSGNs da classe Charlie possuíam uma capacidade limitada, pois eram ruidosos e levavam apenas oito mísseis P-70 Ametist de curto alcance, um problema crônico dos submarinos soviéticos dos anos 60. O primeiro submarino do Projeto 949 foi encomendado em 1980. No qual, foram feitos somente duas embarcações e em 1982 foi substituído por uma versão atualizada e maior o Projeto 949A.
Assim como os submarinos da classe Typhoon (SSBN), o Oscar possui um casco duplo, um casco de pressão interior e um casco hidrodinâmico exterior. A separação 3.5m entre os cascos interno e externo no Oscar fornece flutuabilidade, reserva significativa e melhor capacidade de resistência contra torpedos convencionais. A inovação externa da variante do Oscar no Projeto 949A foi o aumento do comprimento do submarino em cerca de dez metros, menos ruídos que seu antecessor e atualização do sistema eletrônico.
Embora seja uma embarcação muito grande, com incríveis 23 mil toneladas submersas, 154 metros de comprimento e 18,2 metros de largura, o Oscar II possui uma velocidade superior a 30 nós, bem rápido para seu enorme tamanho e alcança uma profundidade de cerca de 500 metros. Este submarino possui uma cápsula de resgate VSK que pode acomodar 110 tripulantes. Seu casco está divido em dez grandes compartimentos.
I.     Sala de Torpedo
II.    Sala de controle
III.   Estações de combate e rádio
IV.   Sala de estar
V.    Reatores nucleares( compartimento V é dividido em dois)
VI.   Engenharia de propulsão
VII.  Principal turbina de propulsão
VIII. Principal turbina de propulsão
IX.   Motores elétricos
Suas escotilhas de acesso estão localizados nos compartimentos 4 e 9. A cápsula de fuga de emergência se localiza na vela.

Acima: A grande largura do Oscar II é consequência de usar uma configuração de casco duplo, o que o torna extremamente resistente a mergulhos a elevadas profundidades.

ARMAMENTO
Esses submarinos estão equipados com dois tubos de 650 mm e quatro 533 mm de torpedos, capazes de lançar dois tipos de torpedos e mísseis anti-navio. Estes incluem os SS-N-16 Stallion mísseis anti-navio com um alcance de 50 km, levando torpedos, ogivas nucleares ou carga de profundidade nuclear para uso contra navios de superfície ou submarinos.
O submarino está equipado com 24 mísseis localizados em tubos fixados com ângulo de aproximadamente 40º. Os tubos, dispostos em duas filas de doze, são cobertos por seis escotilhas de cada lado da vela, com cada escotilha cobrindo um par de tubos. Os tubos de mísseis são fixados entre o casco de pressão interior e exterior hidrodinâmica, que alojam os famosos SS-N-19 Granit (P-700),  mísseis de cruzeiro com um alcance de 550 km. O míssil tem um comprimento de 10,5 m, pesa 6.9t e transporta uma ogiva de alto explosivo de 750kg ou uma ogiva nuclear de 500kt. Sua velocidade é Mach 1.5 em modo inicial e acelera para mais de Mach 2.5 quando está a poucos quilômetros do alvo. O míssil quando lançado tem o modo de orientação única, um dos mísseis sobe a uma altitude superior e localiza os alvos, enquanto os outros atacam em baixa altitude. O míssil responsável pela designação de alvos sobe em curtos pop-ups, de modo a ser mais difíceis de interceptar. Os mísseis estão ligados por datalinks, que formam uma rede. Se o míssil designador for destruído, o próximo míssil subirá para assumir o seu propósito. Os mísseis são capazes de diferenciar os objetivos, detectar grupos e priorizar alvos automaticamente usando informações recolhidas durante o voo e os tipos de navios e formações de batalha pré-programados em um computador de bordo. Eles atacam os alvos em ordem de prioridade. A tática adotada pelo Oscar II contra um grupo de batalha inimigo é de disparar os 24 mísseis em uma única salva para aumentar o máximo de danos.
Outra arma muito temida do Oscar II é o torpedo VA-111 Shkval. Sua velocidade é muito superior a de qualquer torpedo padrão no mundo, resultado da super cavitação. O torpedo é lançado, com efeito, voando em uma bolha de gás criada pelo desvio para fora da água, pela sua forma especial do cone do nariz e da expansão de gases a partir de seu motor. Ao impedir que a água entre em contato com a superfície do corpo do torpedo, o arrasto é significativamente reduzido, o que permite velocidades extremamente elevadas. O torpedo VA-111 é lançado de tubos de 533 mm, possui a capacidade de transportar uma ogiva nuclear ou ogiva convencional de 210 kg a uma incrível velocidade superior a 200 nós e alcance de 11 a 15 km.

Acima: O  míssil  antinavio SS-N-19 Granit (P-700) sendo carregado em um submarino Oscar II. Este armamento permite que um único submarino desta classe destruir um grupo de batalha naval.
ELETRÔNICA
Um de seus principais equipamentos é o EORSAT (Elint Ocean Reconnaissance Satellite). Um sistema especializado russo de inteligência eletrônica por satélite com objetivo de detectar, identificar e rastrear uma força tarefa que possa estar em qualquer parte do mundo, fazendo a transferência de dados quase simultânea de suas informações de inteligência. Cada EORSAT consiste em uma nave espacial de 3000 kg, com diâmetro de 1,3 metros, um corpo cilíndrico de 17 metros de comprimento e dois grandes painéis solares. No qual, a constelação consiste em vários satélites em dois planos orbitais.
A classe Oscar II está equipada com dois periscópios, rádio sextante, radar de busca de superfície Snoop Pair, radar Rim Hat de interceptação, localizado dentro da área de dispositivos retráteis e uma antena retrátil de comunicação via satélite. O submarino possui uma boia flutuante com uma antena para captar mensagens de rádio, dados de designação alvo e sinais de navegação por satélite em uma grande profundidade e, até mesmo, sob o gelo. Seu sonar é o MGK-503 montado no casco fornece detecção automática do alvo, informando a distancia e a classificação do alvo.

PROPULSÃO
A alta velocidade de propulsão debaixo d'água para o SSGN é fornecida pela usina de energia, que possui dois eixos com duas hélices com sete pás cada, duas configurações de turbina a vapor de forma bifurcada no fim da popa. A principal usina é comum ao projeto 941 Typhoon, já descrito nesse blog, tanto quanto possível, tem uma construção modular e um sistema de duas fases de absorção de choque. A usina inclui dois reatores OK-650B resfriados em água (190 MWT cada) e duas turbinas a vapor com 98.000 CV do tipo GTZA OK-9, que impulsionam dois eixos de transmissão com a ajuda dos redutores, que reduzem a frequência de rotação do parafuso da hélice. Além disso, dois turbo geradores DG-190 estão equipados (2 x 3200 kWt).

Acima: Neste modelo em escala, podemos ver uma das escotilhas do lançador de mísseis P-700 aberta. cada escotilha aberta libera dois mísseis.
UM POUCO DE HISTÓRIA: K-141 KURSK
O Kursk fazia parte da frota do norte da Rússia, que havia sofrido cortes de financiamento ao longo dos anos 1990. Muitos de seus submarinos estavam ancorados e enferrujando na base naval Zapadnaya Litsa, a 100 quilômetros (62 milhas) a partir de Murmansk, pois havia muito pouco recursos para uma quantidade tão grande de navios. No fim da década, em 1999, houve uma espécie de renascimento para a frota. O Kursk realizou uma missão de reconhecimento com sucesso na região do Mediterrâneo, seguindo a sexta frota americana durante a guerra do Kosovo. Em agosto do ano 2000 a Frota Russa buscava o maior exercício naval após nove anos do colapso da União Soviética, envolvendo quatro submarinos de ataque, o navio capitânia da Frota do Norte  Pyotr Velikiy ("Pedro, o Grande" Cruzador nuclear classe- Kirov) e uma flotilha de navios menores. Em 12 de agosto de 2000,o K-141 kursk sofreu uma explosão enquanto se preparava para disparar contra “Pyotr Velikiy” no exercício. Os relatórios posteriores  indicavam que a explosão foi devido à falha de um dos torpedos do Kursk movidos a peróxido de hidrogênio do modelo Tipy 65.
A explosão foi equivalente à detonação 100-250 kg de TNT e registrou um tremor de terra de 2.2 na escala Richter. O submarino afundou em águas relativamente rasas, assentando em 108 metros de profundidade e cerca de 135 quilômetros  ao largo Severomorsk . A segunda explosão, 135 segundos após o evento inicial, medida entre 3,5 e 4,4 graus na escala Richter, o equivalente a 3-7 toneladas de TNT. Uma dessas explosões fez com que grandes pedaços de detritos fosse lançados em volta do submarino. Apesar de tentativas de resgate oferecidas pelos norte-americanos, britânicos e noruegueses , a Rússia recusou as ofertas iniciais de resgate temendo que os segredos de uma de suas mais poderosas armas vazassem. Todos os 118 marinheiros e oficiais a bordo de Kursk  pereceram. O Capitão Tenente Dmitriy Kolesnikov, um dos sobreviventes da primeira explosão, sobreviveu no compartimento 9 na  popa do barco, depois da segunda explosão, que destruiu os espaços a frente do compartimento 9 do submarino. Mergulhadores de resgate encontraram notas sobre seu corpo junto com outros 22  marinheiros de 118 a bordo. A segunda explosão destruiu uma grande parte do submarino (pelo menos 4 dos 9 compartimentos) matando até 95 dos 118 membros da tripulação e fazendo com que o submarino  afundasse. Cerca de 23 membros da tripulação sobreviveram ao naufrágio e refugiou-se no nono compartimento onde morreram devido ao envenenamento por monóxido de carbono na sequência de um incêndio no local (entre 6 e 32 horas após o naufrágio).

Acima: Os tubos de torpedos  do Oscar II expostos. Foi em um desses tubos que começou a pior catástrofe da história submarina mundial: a explosão do Kursk e seu afundamento causando a morte de toda a tripulação.

A IMPORTÂNCIA NA MARINHA RUSSA
A importância dessa classe de navio na marinha russa é notável, pois mesmo com o fim da URSS em 1991 e a decadência dos recursos financeiros, a VMF continuou com a construção de algumas unidades do modelo na década de 90 adiantando a aposentadoria de alguns navios mais antigos para que todos os recursos se concentrassem na construção dos Oscar II. Com o:
•    K-186 Omisk - comissionado em 1993
•    K- 456 Tver - comissionado em 1992
•    K-150 Tomsk - comissionado em 1996
•    K- 266 Orel - comissionado em 1992
•    K – 141 Kursk - comissionado em 1994
A estabilidade econômica da Federação Russa e o novo programa de modernização de suas forças armadas no valor superior a 700 Bilhões de dólares até o ano de 2020, fez com que a VMF criasse um novo ciclo de modernização dos submarinos do Projeto 949A, que mostrarão suas novas garras mais mortíferas, que poderá ser a substituíção dos mísseis Granit por P-800 Onix e 3M-54 kaliber ou uma versão modernizada dos P-700 Granit no futuro. Sem data de aposentadoria, O Oscar II continuará presente nos oceanos do mundo, partindo dos portos do atlântico norte e pacífico.
Acima: Como muitos dos submarinos nucleares russo, o espaço interno do Oscar II é particularmente generoso com sua tripulação, diferentemente dos seus similares ocidentais cujo espaço pé muito claustrofóbico.

CLASSE BOREI



FICHA TÉCNICA
Comprimento: 170 m.
Largura: 13,5m.
Calado: 10 m.
Deslocamento: 24000 toneladas (Submerso e totalmente carregado).
Velocidade máxima: 46 Km/h (submerso).
Profundidade: 450 m.
Armamento: 6 Tubos para torpedos 533 mm, 16 mísseis SS-NX-30 Bulava SLBM (míssil balístico lançado de submarino), 24 torpedos VA-111 Schkval, minas ou mísseis SS-N-22 Sunburn.
Tripulação: 130 homens.
Propulsão: Um reator nuclear OK-50 B e uma turbina AEU que produz 43000 Hp de potência.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Com os elevados custos de operação do super submarinos da classe Typhoon, os maiores e mais poderosos submarinos já construídos, a marinha russa se viu na necessidade de substituir essa embarcação por um novo submarino que fosse menos custoso e operar e mais eficiente. Porém, o novo submarino deveria manter o poder de fogo estratégico que norteia a doutrina russa no pós guerra fria, fazendo com que a Rússia seja capaz de destruir qualquer inimigo no planeta e gerando o efeito dissuasório necessário. O submarino que será responsável para assumir a posição de principal elemento naval de ataque estratégico será o novo submarino do Projeto 955, ou, como é mais conhecido, classe Borei.
Acima: Esta interessante fotografia nos mostra um submarino da classe Borei e ao fundo, atras dele, o super submarino da classe Typhoon, que está sendo substituída por ele. reparem na diferença de tamanho.
O projeto do Borei começou antes da queda da União Soviética, e devido a forte crise financeira na qual a Rússia acabou caindo, houve um significativo atraso na conclusão deste projeto. O primeiro submarino desta classe foi apresentado oficialmente em 15 de abril de 2007 sob o nome de Yury Dolgorukiy e entrou em operação em janeiro de 2013.
Com 170 metros de comprimento, e um deslocamento de 24000 toneladas,  suas dimensões são similares ao submarino norte americano da classe Ohio, sendo  a metade do tamanho do submarino classe Typhoon que o Borei substitui.

Acima: O primeiro submarino da classe Borei a entrar em serviço foi o Yury Dolgorukiy, mostrado aqui ainda durante a sua finalização de sua construção. O esfalecimento da União Soviética levou a esse programa um grande atraso nas entregas dos submarinos.
O Borei possui um sistema de propulsão nuclear baseado em um reator OK-650 B e uma turbina AEU, que conseguem impulsionar o Borei a uma velocidade máxima de 30 nós (55,5 km/h), quando submerso. Na superfície sua velocidade máxima é de 15 nós (27 km/h). O sistema de propulsão é caracterizado pelo sistema de jato de água, que garante uma discrição mais eficaz, sendo que este sistema já foi utilizado no submarino da classe Lê Triomphant da marinha francesa. A capacidade máxima de mergulho do Borei é de 450 metros de profundidade, porém, por motivo de segurança, essa profundidade raramente será atingida, sendo que o navio se limita a mergulhar a apenas 380 m, quando em época de paz.
Acima: O Borei representa a ultima geração de submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos estratégicos da marinha russa. Mesmo que seu numero de unidades não chegue perto da quantidade de submarinos do mesmo tipo da marinha americana, a dissuasão nuclear está totalmente garantida.
Embora os sistemas de sensores do Borei sejam um assunto classificado, tanto  que não há dados detalhados publicados a respeito, o único dado que consegui verificar é que o Borei usa um sonar esférico SCAT-3M na parte interna da proa. Os outros dados que dizem respeito aos armamentos que ele transporta são bem detalhados e pode-se dizer que o Borei é muito bem armado. Em primeiro lugar vamos citar o armamento principal, para o qual o Borei foi planejado para transportar.
O Borei está armado com 16 moderníssimos mísseis balísticos intercontinentais (SLBM) RSM-56 Bulava. O míssil Bulava tem um alcance de 10000 km e transporta 6 ogivas manobráveis apoiadas por iscas para anular os sistemas de defesa antimísseis disponíveis. Cada ogiva tem uma potencia nominal de 150 kt (quilotons) e uma margem de erro (CEP) de 250 m. 
Acima: O lançamento de teste de um míssil RSM-56 Bulava em uma rara foto. Muitos testes desta arma falharam o que acarretou em atrasos no cronograma de entrada em serviço esta moderna arma.
Para combate naval existem 6 tubos de torpedos de 533 mm qualificados para lançamento dos modernos torpedos VA-111 Schkval cuja velocidade máxima chega a mais de 200 nós, ou cerca de 370 km/h, sendo o mais rápido torpedo do mundo e capaz de atingir um alvo a 13 km de distancia. O torpedo USET-80 de 533 mm também faz parte do arsenal do Borei, e seu alcance chega a 20 km, sendo sua guiagem feita através de sonar ativo/ passivo. Ainda pode ser transportado míssil de cruzeiro RPK-2 Viyuga, que são lançados dos tubos de torpedos. Este míssil é usado para atacar outros submarinos e tem como análogo o sistema Subroc norte americano. Assim sendo, o míssil é lançado dos tubos de torpedos e sai da agua, seguindo um trajeto pré determinado e soltando um torpedo na agua perto da área onde o submarino inimigo foi detectado a uma distancia máxima de até 45 km. Como alternativa a esse torpedo, pode ser usado em seu lugar, uma ogiva nuclear de 5 kt de potência. Ao todo podem ser transportados 24 torpedos, minas e mísseis dentro do Borei, além dos 16 mísseis Bulava.
Acima: O Borei possui 6 tubos de torpedos de 533 mm capazes de lançar mísseis de cruzeiro antissubmarino RPK-2 Viyuga ou o torpedo VA-111Schkval, o mais rápido torpedo do mundo.
O submarino da classe Borei representa a 4º geração de submarinos nucleares estratégicos da marinha russa. Hoje pode ser considerado como sendo um submarino no estado da arte, superando todos os modelos do tipo atualmente em serviço, graças a sua discrição e desempenho, além, é claro, de ser a plataforma de lançamento do mais avançado míssil SLBM do mundo, o Bulava. A marinha russa tem planejado adquirir 8 unidades do Borei, sendo que dois submarinos já foram comissionados e até dezembro de 2014, o terceiro submarino desta classe, hoje em testes na frota do Pacífico, deverá ser comissionado também.

MIL MI-28N NIGHT HUNTER




FICHA TÉCNICA
Peso: 7890 kg (vazio)
Altura: 3,82 m.
Comprimento: 17,91 m.
Propulsão: Dois motores Klimov TV-3-117/ VK-2500 com 2500 hp cada.
Velocidade máxima: 300 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 265 Km/h.
Alcance: 435 km, 1100 Km com tanques externos.
Razão de subida vertical: 820 m/min.
Fator de carga: +3 gs
Altitude máxima: 5800 m.
Armamento: Um canhão 2A42 de 30 mm, 16 mísseis AT-6 Spiral  ou 9M120 Ataka V (AT-9 Spiral 2) antitanque, 2 casulos com 20 foguetes de 80 mm ou casulos de 5 foguetes de 122 mm, casulos lançadores de granadas, Dispensadores de submunições KMGU-2.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E S Junior 
O helicóptero de ataque Mil Mi 28N Night Hunter é a versão definitiva do modelo Mil Mi-28 Havoc, produzido em resposta a uma concorrência aberta no inicio dos anos 80 pelo governo soviético para um novo helicóptero de combate que substituísse o Mil Mi 24 Hind nas missões antitanque e de escolta armada e assim permitir ao governo soviético a se contrapor aos sofisticados carros de combate da OTAN. Porém essa concorrência foi vencida pelo avançado concorrente Kamov Ka-50 Hokum. Mesmo assim o desenvolvimento do Mil Mi-28 continuou, mas com menor prioridade sendo que novas versões com melhorias significativas em desempenho, aviônica e capacidade de armamento foram sendo oferecidas para o exercito russo. Em 14 de novembro de1996, um protótipo da mais moderna versão do Mil Mi-28 qualificada para combate a qualquer tempo, de dia ou de noite fez seu primeiro voo. Agora, esta versão avançada, conhecida como Mil Mi-28N foi apelidada de Nigth Hunter, em referencia a sua capacidade de ataque noturno e ela foi adquirida pela força aérea russa.
Acima: O Mi-28N Night Hunter o é resultado do desenvolvimento do Mil Mi-28A Havoc que competiu com o helicóptero Kamov Ka-50 Hokun para assumir a missão de ataque a blindados e escolta das forças blindadas russas.
O Mi-28N tem um desenho mais convencional que seu concorrente Ka-50 e sua hélice do rotor de cauda tem uma configuração em X similar ao encontrada no helicóptero de combate Apache, dos Estados Unidos. Essa característica, somado ao rotor principal com 5 pás, permitem uma diminuição do ruído da operação. O Mi-28N é capaz de atingir a velocidade máxima de 300 km/h, graças a seus dois motores Klimov TV-3-117/ VK-2500 com 2500 hp cada. Esse motor é uma versão do motor usado no Kamov Ka-50 Hokun, com a potencia melhorada e permitem, também, uma razão de subida na ordem de 820 m/min, o que pode ser considerado um excelente desempenho quando se compara com helicópteros da mesma classe. Essa razão de subida, por exemplo, é superior ao seu concorrente norte americano AH-64 Apache Longbow.
Por se tratar de um helicóptero de combate pesado, a blindagem é um recurso que não poderia ser esquecido no projeto do Mi-28N e no caso dele, e essa blindagem é capaz de sustentar impactos de projéteis de calibre 12,7 mm (.50) e de granadas de 20 mm, especificamente na área da cabine da tripulação.
Acima: Os tripulantes do Mi-28N estão abrigados em uma verdadeira banheira blindada capaz de suportar impactos de munição de 20 mm. O resto da aeronave suporta disparos de munição calibre 12,7 mm.
O Mi-28N é equipado com um radar de onda milimétrica  montado sobre a rotor, o que permite uma operação mais discreta, escondido atrás de obstáculos naturais ou edificações em áreas urbanas. Esse radar, um N-025 Almaz-280, tem capacidade de detectar um alvo terrestre como um veículo, a 10 km de distancia. O radome, ou "nariz" do Mi-28 abriga uma antena de rádio usada para guiamento dos mísseis anti tanque 9M120 Ataka (AT-9 Spiral 2 na nomenclatura da OTAN). Abaixo do nariz do Mi-28N há uma torre em forma de globo que é um sistema FLIR GOES-521 usado para navegação. Mais abaixo há uma torre multi sensor maior, como um "tambor" que abriga uma câmera de TV além de um designador de alvos a laser usado para guiar mísseis. Como se pode observar a suíte de sensores do Mi-28N é das mais completas proporcionando uma capacidade de navegação e designação de alvos fantástica.
Acima: A suite de sensores do MI-28N é bem completa e rivaliza com a encontrada em helicópteros de combate já consagrados no campo de Batalha como o AH-64 Apache.
A capacidade ofensiva deste verdadeiro tanque voador poderia ser classificada como “escandalosa”. O peso em armamento pode exceder os 2300 kg. Pode ser transportada uma combinação de 16 mísseis antitanque que pode ser o AT-6 Spiral (9K114 Shturm) com alcance de 5 km e guiado por rádio, ou o míssil AT-9 Spiral 2 (9M120 Ataka V) com 6 km de alcance  e guiado por rádio. A vantagem do AT-9 é ser mais preciso e destrutivo contra blindados. Podem ser transportados 2 casulos de foguetes de diversos calibres sendo os de 80 e 122 mm os mais comuns. O Mi-28N está armado com um canhão Shipunov  2A42 de 30 mm com cadência de tiro controlada eletricamente que pode disparar a uma cadência de 300 tiros por minuto até 900 tiros por minuto em fogo rápido. O compartimento de munição do canhão tem capacidade para 250 cartuchos. A velocidade da granada na boca do cano deste canhão é de 1000 m/seg. Esse canhão é o mais poderoso já instalado em um helicóptero, podendo destruir blindados leves e médios e causar sérios estragos em um tanque MBT. Um detalhe pouco explorado quando lê sobre o Mi-28N, ésua capacidade de transportar 3 pessoas em um compartimento do lado direito do helicóptero, o que lha dá uma pequena capacidade de busca e resgate de combate (C-SAR).
Acima: Nesta foto o Mi-28N mostra a que veio. Toda a capacidade de transporte de armas está em uso pelo exemplar mostrado. São 16 mísseis anti-tanque 9M120 Ataka V, dois casulos com 20 foguetes de 80 mm e seu potente canhão Shipunov 2A42 de 30 mm.
O Mi-28N está em uso na força aérea e exército russo com 65 unidades já entregues e mais 8 unidades encomendadas elevarão essa frota ainda mais. O Iraque tem uma encomenda de 12 unidades do Mi-28N e já recebeu 3 que devem, em breve, se juntar as forças aliadas para destruir o grupo terrorista EI (Estado Islâmico) ou ISIS. Outros países  como a Argélia e o Quênia também se mostram interessados no modelo. O Mi-28N é uma helicóptero de combate pesado, de primeira linha, tipicamente russo, devido a suas enormes dimensões e elevado poder de fogo e deverá ser um pesadelo dos campos de batalha por muitos anos ainda.


FOOD MACHENERY CORP M-113


FICHA TÉCNICA (M-113A2)
Velocidade máxima: 67,6 Km/h.
Alcance máximo: 595 Km (em rodovia).
Motor: Motor GMC Detroit Diesel 16V-53 com 215 hp.
Peso: 11,2 Toneladas.
Altura: 2,52 m.
Comprimento: 4,86 m.
Largura: 2,68 m
Tripulação: 2 +11 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm), Um lançador de mísseis TOW, entre muitas outras armas que variam de acordo com a versão.
Trincheira: 1,65 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,60 m
Passagem de vau: Anfíbio. 

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
Alguns sistemas de armas causam tamanho impacto na história militar que acabam se tornando clássicos e  se mantém operacionais por muito mais tempo do que seus similares. O veiculo M-113 que trataremos a partir de agora se encaixa perfeitamente dentro dessa categoria. Projetado pela  FMC (Food Machinery Corp) no final da década de 50 do século passado, entrou em serviço em 1960 e foi logo enviado para o sudeste asiático prestar apoio as tropas dos Estados Unidos no Vietnã. A grande sacada do M-113 é que ele foi o primeiro blindado fabricado com blindagem feita em  liga de alumínio 5083 o que permitiu uma significativa redução de seu peso, sendo que ele pesa 11600 kg, valor este que se equipara a de veículos sobre rodas, normalmente mais leves que os veículos sobre lagartas. Essa blindagem é suficiente para proteger sua tripulação de 11 soldados mas motorista e artilheiro, contra armas leves (até 7,62 mm). Porém, o M-113 deu origem a dezenas de variantes, sendo algumas com blindagem bastante reforçada.
Acima: O Brasil é um dos maiores operadores do M-113. recentemente se iniciou um programa de modernização deste veículo que o manterá em serviço por muitos anos ainda.
Graças a muitas variantes, a propulsão do M-113 foi, igualmente modificada em muitas nações, porém o principal modelo, o M-113A2 usa um motor GMC Detroit Diesel 16V-53 que desenvolve 215 HP de força, que levam o veículo a velocidade máxima, em estrada, de 67,6 km/h. A transmissão é do tipo automática e foi fornecida pela Allison. A autonomia, também em estrada, chega a 595 km. O M-113 tem capacidade anfíbia para operar em rios e lagos, porém não sendo capaz de operar em mar aberto devido a ausência de sistema de propulsão por hélice.  Na água, a propulsão é feita pelas próprias lagartas do veiculo. A versão em uso no exército brasileiro usa um motor diferente, modelo turbo diesel Mercedes Benz OM-352-A 6 com 6 cilindros em linha menos potente, com 180 HP.
Acima: A versão de transporte de tropas do M-113 transporta 11 soldados equipados, além de seus tripulantes.
A simplicidade do projeto do M-113 veio a ajudar as coisas para facilitar a adaptação dele a inúmeras missões que vão desde o transporte de tropas, passando por centro de comando, sistema antiaéreo com o míssil Chaparral (que não foi bem sucedido), até o sistema M-163 , também antiaéreo, e que usa um canhão M-61 Vulcan em calibre 20 mm. A versão de transporte de tropas, no entanto, é armada com uma metralhadora pesada M-2HM em calibre .50 (12,7X99 mm). No caso do modelo usado no Brasil, essa metralhadora fica dentro de uma semi torre blindada que presta uma proteção ao artilheiro da qual, nos exemplares norte americanos, por exemplo, não tem esse "luxo". Outras armas como a metralhadora FN MAG ou M-60 em calibre 7,62 mm podem ser usada no lugar da M-2HB. Existe, ainda , a possibilidade de se instalar um lançador de mísseis anticarro BGM-71 TOW cujo alcance pode chegar a 4200 metros e com guiamento por fio.
Uma versão, particularmente interessante é a AIFV ((Armored Infantry Fighting Vehicle ou veículo de combate de infantaria blindado) que é uma das versões mais bem armadas do M-113 tendo uma torre com um canhão KBA-B02 de 25 mm que dispara 600 tiros por minuto e ainda tem uma metralhadora FN MAG calibre 7,62 X 51 mm para apoio.
Acima: O M-163 é uma das versões de defesa antiaérea do M-113. Este da foto, além de seu canhão gatling M-61 Vulcan em calibre 20 mm, está armado com um lançador quadruplo de mísseis FIM-92 Stinger. 
Mesmo sendo um projeto com mais de 50 anos de idade, o M-113 continua em operação com plena saúde e isso não deve mudar em curto ou médio prazo. Os Estados Unidos ainda operam 6000 unidades desse veículo. O Brasil, acostumados com números minguados de seus equipamentos, tem uma quebra de padrão com o M-113. Temos uma respeitável quantidade  de 548 unidades deste clássico blindado que está passando por um processo de modernização para adequação as novas necessidades táticas e que deverá manter o M-113 no exército por muito anos ainda. No Brasil, o corpo de fuzileiros navais também fazem uso do M-113. Muitos outros países ainda mantem diversas versões do M-113 operacionais e estão modernizado ele o que, realmente reforça a perspectiva de muitos anos de serviço a o valente blindado.
Acima: O M-113 pode ser configurado para operar como uma ambulância de combate, função bastante usada deste veículo.
Acima: Israel, outro grande operador do M-113, usou sua criativa industria de defesa e desenvolveu um kit de proteção composto por uma blindagem reativa ERA para evitar que granadas propulsadas por foguetes RPG possam destruir seus M-113.

CLASSE VISBY



FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta.
Tripulação: 43 tripulantes.
Data do comissionamento: Dezembro de 2009
Deslocamento: 640 toneladas.
Comprimento: 72,7 m.
Boca: 10,4 m.
Propulsão: CODAG com 4 turbinas a gás Honeywell TF-50A, 2 motores a diesel MTU-16V 2000 N90 que movem dois propulsores jatos de água Kamewa.
Velocidade máxima: 35 nós (65 km/h).
Alcance: 4630 Km.
Sensores: 1 radar Ericsson Sea GIRAFFE AMB 3D com 180 km de alcance, Radar de busca Condor CS-3701, 1 sonar de casco GDC, 1 sonar rebocado Hydra 135, e um sonar de profundidade variável VDS.
Armamento: Um canhão Bofors 57 mm MK3, dois lançadores quádruplos para de mísseis antinavio RBS-15F. 4 tubos de torpedos de 400 mm (2 de cada lado do navio) para torpedos Type 45, e cargas de profundidade.
Aeronaves: Um helicóptero A-109M pode ser operado, mas sem hangar de manutenção.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A Suécia projetou uma das mais modernas corvetas do mundo através de seu estaleiro Kockums sob o nome de Visby, navio líder da classe e que é usado como referência em importantes projetos navais  de vários países, incluindo os Estados Unido que, claramente, se inspiraram na Visby para desenhar seu navio de patrulha litorânea (LCS) da classe Freedon. A Visby foi lançada no ano 2000, porém devido a muitos atrasos, o navio e seu segundo irmão a Helsingborg foram comissionadas só em 2009.
A Kockuns focou pesadamente sobre a capacidade stealth para projetar a Visby e de fato o objetivo foi plenamente atingido. O desenho do navio não deixa a menor duvida sobre sua baixíssima reflexividade de radar. Além de não terem sido adotados mastros para sensores e antenas (todos estes sistemas ficam integrados na estrutura do navio), até as armas fora ocultadas para não refletirem para o radar inimigo. De um total de 6 navios planejados, 5 foram construídos e o ultimo foi cancelado por contenção de despesas (sim, isso ocorre até na Suécia, não sendo uma exclusividade do nosso Brasil).

Acima: Nesta foto a Visby mostra suas formas angulares para desviar o eco radar e seu esquema de pintura para dificultar a sua detecção visual.
A Visby opera um radar multi missão Ericsson Sea GIRAFFE AMB 3 D que faz busca aérea e de superfície, tendo um alcance máximo e 180 km e podendo detectar alvos a 20000 metros de altitude. Porém, contra alvos do tamanho de caças (cerca de 5 m² de RCS), o alcance cai para 75 km e a altitude fica em 10000 metros. Para apoio a este radar, também foi instalado o sistema CS-3701 TRSS (Tactical Radar Surveillance System) que além de de busca, tem integrado sistemas de RWR (Alerta de radar) que avisa a tripulação quando o navio estiver sendo rastreado por um radar inimigo e ainda fornece apoio a medidas eletrônica para guerra eletrônica. Para controle de fogo dos sistemas de armas embarcados é usado o radar CEROS 200 FCRS (Fire Control Radar System ou sistema de radar de controle de fogo). 
Para busca de alvos submarinos, a Visby foi equipada com uma suite de sonares composta por um sonar de casco de alta frequência, um sonar rebocado Hydra 135 e um sonar de profundidade variável VDS.
A Visby está equipada com um avançado sistema de defesa de fabricação alemã Rheinmetall Waffe Munition MASS que lança iscas que interferem em sensores dos mísseis inimigos e podem ser usados contra vários tipos de sensores como radar, sistema infravermelho, lasers e sensores eletro-ópticos dando cobertura contra, praticamente todos os tipos de mísseis que o inimigo possa empregar.

Acima: As corvetas da classe Visby são o principal elemento de combate de superfície da pequena marinha sueca.
O armamento desta pequena corveta é, no mínimo, surpreendente, pois não é comum navios deste porte tem um armamento pesado e eficiente. Provavelmente devido a marinha sueca ser composta  por poucas embarcações e todas de pequeno porte eles acabam prezando pela eficiência de seus meios. O resultado pode ser bem visto na Visby.
O armamento de tubo é composto por um canhão Bofors 57 mm MK3 capaz de uma cadência de 220 tiros por minuto e atingir alvos a 8,5 km de distancia de forma efetiva.
O armamento principal, no entanto, é os dois lançadores quádruplos para 8 potentes mísseis antinavio Bofors RBS-15F MK-2 guiado por radar ativo e apoio de um sistema de GPS. Este míssil entrega 200 kg de alto explosivo pré fragmentado contra um alvo a 200 km de distancia. Para guerra antissubmarino foi instalado 4 tubos lançadores de torpedos de 400 mm para torpedos leves Type 45. Este torpedo pode ser guiado por foi ou por um sonar próprio, montado na cabeça do torpedo.

Acima: A torre do canhão Bofors 57 mm MK3 o mantem oculto até o momento de seu uso, quando se abre duas portas e o canhão é exposto.
A propulsão deste navio é feita  por uma combinação de turbina diesel e gás CODOG. São 4 turbinas Honeywell TF50 a gás e 2 turbinas MTU 16V 2000 N90 a diesel que são conectadas a duas caixas de engrenagens que movem um sistema de propulsão à jatos de água Kamewa. O sistema produz 21480 hp de potencia e podem levar a Visby a uma velocidade máxima de 35 nós (65 kmh), desempenho, este, que excede bastante a média que se observa nesse tipo de embarcação. O alcance da Visby chega, em velocidade de cruzeiro, a 4260 km, mais que suficiente para patrulha do mar báltico, principal zona de tensão da Suécia. O casco do navio é construído com 100% de fibra de carbono, o que a torna leve, resistente e ainda, menos reflexiva aos radares.
A corveta Visby é um marco na tecnologia militar naval. Seu projeto representa uma conquista da moderna engenharia e competência da Suécia em conseguir, exatamente o que projetou. Um pequeno e avançado navio de guerra capaz de por a pique navios muito maiores graças a seu pesado armamento antinavio, e ainda, patrulhar com alta velocidade (mais alta do que de fragatas, destróier, cruzadores, etc...) a tensa região do mar báltico, lugar onde opera uma das principais frotas da poderosa marinha russa.