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domingo, 15 de abril de 2018

Forças Especiais do Exército - Tailândia



Combate na selvaA Tailândia está localizada no sudeste da Ásia, fazendo fronteira com países de governos instáveis e em uma região sempre conturbada por guerras. Por anos os revolucionários comunistas da Malásia usaram o sul do país como refúgio, além das tensões com a Birmânia e da presença constante do Exército vietnamita, a mais experimentada e equipada força terrestre do continente. A história das Forças Especiais do Exército Real tailandês remonta a 1963, quando o 1° Batalhão Ranger foi reorganizado e recebeu a denominação de 1° Grupo de Forças Especiais, ambos aerotransportados. Desde então, essa unidade de elite foi se expandindo consideravelmente e vários grupos foram sendo atualizados e classificados como regimentos.
As suas missões não se diferenciam das de outros grupos similares de todo o mundo, abrangendo operações por trás das linhas inimigas, ações civis e psicológicas, sabotagem, destruição de postos de defesa aérea e centros de comandos. A 1a. Divisão de Forças Especiais foi formada em 1982, compreendendo três destacamentos, com sede em Fort Narai, na província de Lopburi. A 2a.Divisão surgiu no ano seguinte, agregando o seu 3° Regimento. Essa duas unidades, com contigente estimado de 3.000 homens, consolidaram-se no Comando de Operações Especiais, subordinado ao quartel-general do Exército tailandês, possuindo ainda um Batalhão de Operações Psicológicas, uma Patrulha de Reconhecimento de Longa Distância e algumas equipes "A", altamente especializadas.
Infiltração helitransportadaAs Forças Especiais do Exército Real estão incluídas entre as melhores da região. Um treinamento árduo e realista prepara homens bastante motivados. Os voluntários devem cursar escolas de Ranger e pára-quedismo antes de procurarem os regimentos das Forças Especiais, onde adquirirão outras habilidades específicas, como exercícios com paraquedas em Camp Erawan, e sobrevivência na selva, que cobre grande parte do país. A condição física recebe atenção maior, na forma de artes marciais baseada no boxe tailandês, esporte tradicional, que requer aptidão, elasticidade e coragem, usando tanto os pés quanto as mãos.
As armas e equipamentos da unidade são basicamente de origem americana, como o fuzil de assalto M16, a metralhadora M60 de 7.62 mm para emprego coletivo, veículos de transporte, óculos de visão noturna e fuzis para snipers. O fuzil alemão H&K 33, de 5.56 mm, é fabricado no país sob licença. O símbolo principal das Forças Especiais é uma boina grená com um emblema do Exército nacional, em tecido dourado. O uniforme de campo é um conjunto camuflado de duas peças, com divisas e distintivos bordados, e chapéu de selva. Em ocasiões específicas utiliza-se um uniforme todo preto, com gorro na mesma cor, semelhante ao do SAS britânico.

Brigada Folgore - Itália


Soldado com uniforme padrãoO início das forças aerotransportadas italianas pode ser estabelecido em 1938, quando o primeiro batalhão de paraquedistas do país foi formado. A principal unidade de operações de guerra não convencionais atualmente na Itália é o 9° Batalhão de Assalto Aerotransportado (Incursori) da Brigada Folgore. Sua missão é colher informações, realizar operações de guerrilha e sabotagem em território inimigo, ataques a alvos de alto valor, reconhecimento estratégico, contra-terrorismo e resgate de reféns, ações de alto risco em apoio às forças convencionais, e para isto seus escalões contam com tropas alpinas (para operações em montanhas), comandos, artilheiros e outros especialistas. Subordinada ao V Corpo do Exército e baseada na cidade de Pisa, a brigada consiste de uma companhia de engenharia, uma esquadrilha de aviação, um grupo de artilharia e um regimento de infantaria paraquedista com dois batalhões, mais um batalhão de carabinieri. Embora esteja preparada para ações antiterroristas, não é dela a responsabilidade principal por essa atividade dentro da Itália. O batalhão Incursori, cujo contingente é de 250 homens, possui um quartel-general, uma companhia de treinamento e uma de operações, operando em patrulhas de 2 a 20 horas e os demais batalhões servem em funções convencionais, embora todas as unidades sejam lançáveis por paraquedas.
O treinamento da Brigada é orientado para habilidades individuais e de equipe, bem ao estilo das forças especiais americanas. Maior destaque é dado às operações subaquáticas, aerotransportadas e sabotagem terrestre, reconhecimento em profundidade e apoio a forças guerrilheiras aliadas. Os membros do batalhão são todos voluntários e o pessoal alistado recebe graduações. São mais de dezesseis meses de um treinamento que inclui: condicionamento físico (quatro meses), comunicações (dois meses), demolição subaquática (três meses), pára-quedismo (dois meses), esqui (um mês), artilharia (três meses) e alpinismo (um mês). O soldado de operações especiais italiano é considerado em outras nações como de alta eficiência individual.
Treinamento  anti-terrorismoOs membros da Brigada Folgore usam uma boina castanha com o distintivo da especialidade. O uniforme de camuflagem é um dos mais práticos, com joelheiras e cotoveleiras incorporadas, com o emblema da unidade usado numa alça do ombro esquerdo, junto com as divisas de graduação e os distintivos de paraquedistas, quando ostentados, aparecem sobre o lado direito do peito. A insígnia de colarinho consiste de uma estrela de "savóia" prateada e paraquedas alado com adaga, onde a cor de fundo da estrela indica a função da unidade: por exemplo, o preto com borada vermelha é específico para engenheiros e o azul-padrão para todos os membros. A Brigada tem uma grande variedade de armas e equipamentos à sua disposição, incluindo: fuzis Steyr AUG, submetralhadoras da série HK MP-5 e Beretta M-12 de 9 mm, rifles para snipers Barret M-82A1 .50, HK G-3/S e Mauser SP-66, pistolas Beretta 92 de 9 mm e Colt Python .357 Magnum. Para apoio de fogo contam com as metralhadoras pesadas FN Minimi e Beretta MG42. A Brigada Folgore já participou de ações no Líbano, Iêmen, Somália, Bósnia e no Golfo, como integrante de forças de paz da ONU ou como membro de coalizões.

Special Air Services Regiment (SASR) - Austrália


Missão noturna na Guerra do GolfoO Regimento SAS australiano, formado em julho de 1957 sob a classificação de 1a.Cia. de SAS, foi a pioneira das forças especiais da Austrália. Resultou claramente das lições aprendidas na campanha da Malásia, que se desenrolava na ocasião. Em 1960, a unidade foi transferida para o Regimento Real, elemento de infantaria regular do Exército. Em 1964, voltou a ser independente, aumentou seu contingente e transformou-se no Regimento de Serviço Aéreo Especial. O 1° Esquadrão de SAS partiu para Brunei em 1965, como parte da força de contenção contra os indonésios, seguido pelo 2° Esquadrão que se encaminhou para Bornéu.
Ao mesmo tempo a Austrália envolveu-se na Guerra do Vietnã e os três esquadrões revezaram-se naquele país. Sua mais recente atuação foi em março de 2003, na invasão do Iraque pelas tropas americanas, apoiada pelos britânicos e por um contingente de dois mil soldados australianos. O SASR desenvolveu habilidades antiterroristas em 1979, quando assumiu a responsabilidade de combater incursões de praia e defender poços de petróleo da costa. A Austrália conta também com o 1° Regimento de comandos, de 350 homens, criado em 1980 em Sydney, composto basicamente por reservistas e oficiais da ativa, encarregados de executar missões de "golpe-de-mão" e tarefas especiais de assalto. Baseado em Campbell Barracks, Swanbourne, o SASR conta com um efetivo de cerca de 600 homens, organizados em seis esquadrões, sendo três de comandos, um administrativo, um de apoio operacional e um de comunicações.

Treinamento anti-terroristaA exemplo do SAS britânico e outros, não há recrutamento direto entre civis. Os métodos de seleção também são semelhantes, mas uma ênfase maior é colocada nas atividades marítimas, já que a Austrália não possui um corpo de fuzileiros navais. São três anos de treinamento árduo, onde no primeiro ano os voluntários, de acordo com as habilidades de cada um, são encaminhados para os diversas cursos de especialização; no segundo ano são aplicadas as táticas militares tradicionais, incluindo as operações especiais num ambiente de guerra convencional; e no terceiro ano habilitam-se nas operações de comando propriamente ditas e em missões num ambiente de conflitos assimétricos, contra forças não convencionais. As habilidades comuns dos membros do SAS são as operações com paraquedas e rapel, mas eles também recebem treinamento de infiltração com pequenos botes, infiltração vertical, mergulho de assalto, guia de montanha, deslocamentos com veículos de longo alcance e demolição.
Seus membros utilizam, além dos fuzis M16A3 e F88 Austeyr (versão local do Steyr AUG 77), ambos no calibre 5.56 mm, as submetralhadoras Mk5 (L34A1) e Heckler & Koch MP5, fuzis sniper H&K PSG1 e Parker-Hale modelo 82, e pistolas Browning HP9 e SIG Sauer P228, ambas no calibre 9 mm. Por sua responsabilidade em ações antiterroristas em grande escala, esta unidade conta com uma variedade de aparelhos de vigilância de alta tecnologia, escadas especiais, equipamentos de comunicação e visão noturna. O pessoal do Regimento SAS veste o uniforme padrão do Exército. Entretanto, em vez do famoso chapéu de aba larga voltada para baixo, ele usa a conhecida boina areia. O distintivo de metal com uma adaga alada e as asas na manga direita são idênticos aos do SAS britânico.

Força de Serviço Especial - Canadá


Comandos canadenses em uniforme para neveEngajada junto à OTAN, o núcleo desta unidade é o Regimento Aerotransportado canadense, unidade de elite das forças armadas do país. Suas origens remontam ao 1° Batalhão de paraquedistas, criado em Camp Shilo, em 1942. Formado para ser uma unidade ligeira, de divisões combinadas independentes, este Regimento está pronto para atuar em qualquer lugar do mundo, em apoio à operações da ONU, e por isso treinado para ações de selva e deserto.
A Força de Serviço Especial, parte do Comando Móvel do Canadá, encontra-se organizada como brigada leve, com apenas duas unidades de infantaria. As unidades completamente armadas são um regimento blindado (8° de Hussardos canadenses), um batalhão de infantaria (1° Batalhão, Regimento Real) e o Regimento Aerotransportado, este formado por três comandos, equivalentes a uma companhia em termos de tamanho e organização: o 1° Comando é o de língua francesa, o 2° Comando é o de língua inglesa e o 3° Comando é bilíngüe.

O apoio de combate é fornecido por um regimento de artilharia (2º Reg.Real de Artilharia Montada) e um regimento de engenharia. Entre as pequenas armas utilizadas pela unidade estão uma daptação doméstica do M16A1 americano. O fuzil automático de um grupo de combate é o de calibre 5.56 mm e a metralhadora de emprego coletivo é a FN MAG58 belga, de 7.62 mm. 
O uniforme de inverno é o verde escuro de de serviço, com divisas douradas, o de verão é o castanho, também com as mesmas divisas e o de combate consiste de um modelo singular canadense de cor verde-oliva escura.
Os graus de oficial são especificados por meio de tiras douradas e os de praças, genericamente, como no sistema britânico. Uma característica incomum das tropas aerotransportadas está no emblema de qualificação de paraquedista, onde um par de asas aparece encimado por uma folha de boldo. Os soldados qualificados usam a boina grená. Todo membro da Força de Serviço Especial usa um distintivo com uma espada alada e o lema "Osons" ("Ousamos").

Recce Comandos - África do Sul


Tropa  de Recce Comandos aguarda instruções.Ameaças militares internas e externas levaram o Exército da África do Sul a preparar unidades especiais para campanhas de peso contra um inimigo incansável. Entre estas, a principal tropa de elite é, sem dúvida, o Comando de Reconhecimento, popularmente conhecido como Recce Comandos ou simplesmente Recces (abreviatura de Reconnaissance). O uso da palavra Comando já é uma distinção, pois designava unidades similares na Guerra dos Boeres contra os ingleses, no começo do século passado. Sua missão básica é operar profundamente no território inimigo, recolhendo informações e rastreando tropas.
Alguns de seus membros são ex-integrantes da força Selous Scouts da antiga Rodésia. Todos os integrantes são paraquedistas, qualificados em técnicas de queda estática e livre, muitos deles capazes de saltos HALO (lançamento a grande altitude-abertura a baixa altitude). Uma parte também é treinada em operações embarcadas e mergulho. Essenciais ao seu treinamento são o rastreamento e sobrevivência na selva, além das habilidades comuns a forças especiais no uso de explosivos, rádio, armas capturadas, combate corpo-a-corpo e primeiros-socorros. A fase de seleção para os Recce dura 42 semanas e é ministrado duas vezes por ano, aberto a voluntários das três Armas, cuja média de idade é 19 anos e apenas 6 a 10% dos candidatos são aprovados.

Testes médicos e psicológicos são preliminares e o físico inclue marcha de 32 km em seis horas, carregando equipamento completo, fuzil FN FAL e um saco de areia de 30 kg; fazer quarenta flexões, corridas e nado livre com tempo determinado. O curso de seleção realiza-se nas selvas do norte de Zululand, num ambiente operacional, com padrões extremamente árduos, em que procura-se levar os voluntários ao limite de suas capacidades. Num dos testes finais, cada homem deve passar uma ou duas noites sozinho na floresta, apenas com um fuzil e alguma munição, pretendendo-se com isso, formar um soldado altamente habilitado, capaz e motivado, que se sinta à vontade no ambiente de combate do sul da África.
As armas empregadas são as pequenas, tipo padrão, como o fuzil FN FAL de 5.56 mm (algumas vezes com coronha dobrável), o fuzil R-4 de 5.56 mm, de fabricação local baseado no Galil israelense, fuzis H&K da série MP-5 de 9 mm, pistolas Vektor e Beretta, e a metralhadora leve FN MAG. Muitos deles carregam facas como a "feiticeira", um estilete enegrecido para incursões noturnas. Os comandos vestem o uniforme de combate sul-africano, jaquetas e calças beges, coturnos de cano alto e um gorro de selva macio, além do equipamento de lona forte. No campo, os soldados usam uma pintura negra como camuflagem.

Boinas Verdes - Estados Unidos


As Forças Especiais do Exército dos EUA têm uma história curta mas agitada, que começou na Segunda Guerra Mundial, quando da criação de uma unidade combinada canadense/americana, a 1a. Força de Serviço Especial, incumbida de incursões e ataques relâmpagos. Formada por três regimentos, seus homens eram treinados em esqui, alpinismo, demolições, ataques anfíbios e pára-quedismo e atuaram no Pacífico, norte da África, na Itália e no sul da França, sendo desfeita com o fim da guerra. A idéia viria a ser retomada na década de 50: em 1952 ativou-se o 10° Grupo de Forças Especiais(GFE), em 53 criou-se o 77° GFE, a seguir veio o 1° GFE, em 1957, baseado em Okinawa, que no mesmo ano enviou uma pequena equipe para treinar soldados do Exército sul-vietnamita em Nha Trang. O 5° GFE, criado em 1961 e sediado em Forte Bragg, Carolina do Norte, foi logo transferido para o Vietnã, onde seria o responsável por todas as atividades que requeriam forças especiais, iniciando o envolvimento dos Estados Unidos em um conflito desgastante que só terminaria em 1975.
Autorizado pelo presidente Kennedy, fascinado por estas unidades, o uso da característica boina verde, tornou-se marca registrada dos GFE, cujos membros ficaram mundialmente conhecidos como os "Boinas Verdes". As Forças Especiais desempenharam muitas funções no Vietnã do Sul, mas muito pouco pode ser revelado, mas certamente tiveram um relacionamento maior com tropas sul-vietnamitas e com a população do que qualquer outra unidade americana durante o conflito. Porém eram vistos com desconfiança e suspeita pelos comandantes das tropas regulares de seu próprio país, o que por vezes interferia em suas operações. A partir dos anos 70, atuaram na Baviera, em bases na antiga Alemanha Ocidental e na Zona Central do Canal do Panamá, além de participarem ativamente do "aconselhamento" de exércitos da Ásia, África e América Latina.

Organizado em nove grupos de Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos, cada um baseia-se no Destacamento de Operações A, mais conhecido como "Equipe A", composto de doze elementos: um capitão (comandante), um tenente (oficial executivo) e dez sargentos especializados. Quatro Equipes A são comandadas por uma Equipe B, chefiada por um major. Uma equipe A é capaz de organizar, equipar e treinar uma força guerrilheira ou regular equivalente a um batalhão com nada menos de 650 homens. Todos os oficiais e soldados Boinas Verdes devem ser paraquedistas qualificados, com muitos treinados como mergulhadores. Devem ser especializados em pelo menos duas das seguintes áreas: engenharia, inteligência, armas, comunicações, demolição e línguas estrangeiras.
O treinamento é realizado em campos especialmente construídos nas bases do Exército e nos mais diversos tipo de ambientes, desde desertos até montanhas cobertas de neve. Conhecem a fundo todas as armas leves do mundo, mas estão equipados com o confiável e eficaz fuzil M-16A2 ou o Colt Commando, mais curto, ambos de 5.56 mm, com disparo automático ou em rajadas de três tiros, além dos demais equipamentos de última geração, indispensáveis ao bom desempenho de uma tropa de elite. A identificação básica de seus membros é claro a clássica boina verde. A insígnia combina duas flechas cruzadas (distintivo dos batedores índios) com uma adaga semelhante à dos SAS ingleses. Em torno da adaga há um lema em latim: "De Oppresso Liber" (Livre da Opressão). Os uniformes são os mesmos do Exército americano, embora possam ser adicionados alguns itens específicos, conforme as operações.

Batalhão Tonelero - Brasil



Membros do Batalhão Tonelero  em infiltração com botes infláveis.O Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, conhecido como Batalhão Tonelero, unidade especial da infantaria naval da Marinha do Brasil, está preparado para atuar tanto na orla marítima quanto nas regiões ribeirinhas. Criado em 1971, baseado no Rio de Janeiro, iniciou suas atividades com o Curso de Comandos Anfíbios, estruturado por oficiais que tinham freqüentado o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), do Exército Brasileiro. Subordinado ao Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), é composto das seguinte unidades: Companhia de Comando e Serviços; Companhia de Comandos Anfíbios (duas); Companhia de Reconhecimento Anfíbio; Companhia de Reconhecimento Terrestre.
Suas especialidades envolvem as ações de reconhecimento pré-assalto e pós-assalto em apoio às forças de desembarque, com efetivos altamente qualificados como mergulhadores autonômos ou usando o paraquedas como meio de infiltração, com a missão de identificar e relatar atividades do inimigo, conduzir fogos das armas de apoio, implantar sensores no terreno e orientar operações com helicópteros. As ações de comando visam destruir ou danificar objetivos relevantes, retomar instalações, capturar ou resgatar pessoal,obter dados, despistar e produzir efeitos psicológicos. O Curso Especial de Comandos Anfíbios, com duração de dez semanas, possui as seguintes disciplinas: técnicas de infiltração; patrulha; explosivos; socorrismo avançado; combate em áreas urbanas; luta corpo-a-corpo; montanhismo; e técnicas de sobrevivência no mar e em terra.
Membro do Batalhão Tonelero  emergindo  para surpreender o inimigo.Seus membros devem ainda estar habilitados a operar em regiões ribeirinhas e no Pantanal, em montanha e clima frio, em regiões semi-áridas e selva, e para tanto passam por outro exaustivo treinamento com duração de doze semanas. Ainda no âmbito do Batalhão Tonelero foi criado o Grupo Especial de Retomada e Resgate(GERR) adequado ao cumprimento de tarefas específicas como a retomada de instalações de interesse da MB, resgate de reféns ou pilotos abatidos em zona de combate, e luta anti-terrorista. Entre outras habilidades treinam a abordagem de edificações, manuseio de artefatos químicos, tiro de precisão, tiro com besta, técnicas de silenciamento, memorização e negociação. Para poder desempenhar bem suas funções, seus efetivos devem contar com o que há de melhor em armas e equipamentos.
Fazem parte do inventário da unidade, submetralhadoras com silenciadores H&K MP5 SD ou a compacta H&K MP5 KA4, ambas com calibre 9 mm, fuzis para tiros de precisão Parker-Hale M.85, calibre 7.62 mm, fuzis Colt Commando M4, de 5.56 mm, metralhadoras FN Minimi, calibre 5.56 mm, submetralhadoras israelenses Mini-Uzi, de 9 mm, lunetas de visão noturna Kite com aumento de 4x, utilizadas tanto para tiro quanto para observação, dentre outros. Os uniformes utilizados são os mesmos que vigoram nas demais unidades do Corpo de Fuzileiros Navais, totalmente camuflado, usado em combate, exercícios e diariamente nos quartéis. O distintivo, de metal dourado, traz uma caveira que significa morte e destruição ao inimigo, a âncora simbolizando a Marinha do Brasil, um raio referência à rapidez e violência das ações e um par de asas que traduzem a capacidade aeroterrestre.

Força Aerotransportada - Rússia


Na doutrina militar da Rússia, uma força de assalto aerotransportada (Vozdushnii Desant) abrange tropas levadas por via aérea até a retaguarda do inimigo. Este pode ser tático, operacional ou estratégico, com uso de paraquedas, de aviões aterrissando ou os dois recursos. Os russos têm uma longa tradição no pára-quedismo, tendo lançado a primeira unidade do mundo em 1930. Desde então lideram o desenvolvimento desse gênero de operações militares, contando com a maior força mundial de paraquedistas. Normalmente formada por oito divisões é considerada a elite do Exército russo.
Consideradas muito confiáveis, foram sempre as primeiras a atuar em missões no exterior, como na Tchecoslováquia (1968) e no Afeganistão (1979). Para ressaltar seu caráter de elite usam uniformes e insígnias diferentes, armas especiais e possuem um programa de treinamento extremamente rigoroso. Todas as divisões são classificadas na Categoria 1, isto é, mantêm constantemente a totalidade de seus contingentes e equipamentos e têm prioridade na escolha dos soldados recrutados. Cada divisão conta com um contingente de 7.000 homens e aproximadamente 1.500 veículos. O transporte dessa força é feito pela Aviação de Transporte Militar (VTA), que dispõe de grande número de aviões Ilyushin II-76 ("Candid"), Antonov An-12 ("Cub") e An-22 ("Cock").
A arma básica é o fuzil automático AKS-74, de 5.45 mm com coronha dobrável. Os franco-atiradores usam o fuzil semi-automático SVD Dragunov, de 7.62 mm, que com sua mira telescópica tem uma precisão de 1.000 metros. O veículo de combate BMD, especialmente desenvolvido para ser aerotransportado é menor, mais leve e tem a mesma capacidade de um BMP de infantaria. Tem uma tripulação de três soldados e leva seis paraquedistas, conta uma torre com canhão de 73 mm, lançador ATGW Sagger e metralhadora coaxial PKT de 7.62 mm. Também é anfíbio, com propulsão a jato de água. Outro veículo muito utilizado é o ASU-85, armado com um canhão de 85 mm, que dispara quatro tiros por minuto, possui proteção NBC e vários equipamentos para operação noturna. O uniforme de combate é um macacão camuflado, mas no frio são usadas jaquetas pesadas e calças com revestimento.
A cor da boina é azul, diferentemente da maioria das unidades de paraquedistas de outros países que preferem a cor vermelha, bem como azuis são os galões do ombro e as pontas dos colarinhos. Há um emblema especial na manga direita e a insígnia esmaltada dos componentes da "Guarda", mais o emblema de qualificação bordado nas golas e pintados nos veículos. O paraquedas principal é o modelo D-1, que suporta uma velocidade de 190 nós ( 342 km/h) e uma altura mínima de 150 metros. As formações mais conhecidas são a 103a. Divisão Aerotransportada. que tomou o Aeroporto de Praga em 1968, e a 105 a. Divisão Aerotransportada de Guardas, que tomou o Aeroporto de Kabul em dezembro de 1979.

Gurkhas - Grã-Bretanha


Os ingleses lutaram duas vezes contra os gurkhas na Índia, em 1813 e 1816. A difícil vitória das tropas coloniais resultou em considerável respeito pelas qualidades militares desses soldados nepaleses e na criação, já em 1815 de três batalhões gurkhas a serviço do Império britânico. Estas unidades originais cresceram e mudaram de nome ao longo dos anos. Em 1947, após a independência da Índia, onde serviram por mais de um século, os batalhões foram divididos, ficando com o Exército indiano cinco regimentos, o 1°, 4°, 5°, 8° e 9° Gurkha Rifles.
Os demais, 2°, 3º, 6°, 7° e 10° Gurkha Rifles continuaram com o Exército britânico, expandindo seus batalhões incluindo serviços de engenharia, comunicações e transporte. A grande maioria dos oficiais é de origem nepalesa, cujos indivíduos se esforçam extremamente para atingir o oficialato, no posto máximo de major ou oficial conselheiro em assuntos pertinentes aos gurkhas. Os membros dessa tropa são recrutados no Reino do Nepal, entre as tribos que vivem em meio às montanhas do Himalaia. Alistados aos 18 anos, passam por um período de treinamento de nove meses, servindo no mínimo por cinco anos e os melhores ficam até completar os 32 anos.
Os gurkhas usam uniforme camuflado de combate que seria igual ao dos militares britânicos, não fosse a bainha para o famoso kukri, um tipo de punhal muito característico com formado conhecido como "pé de cachorro", com o lado cego da lâmina bem rombudo o que a faz uma arma bem pesada, mas o lado do corte é extremamente afiado tornando-a muito eficiente no combate corpo a corpo. Arma cercada de mitos, foi muito utilizada contra alemães e japoneses na Segunda Guerra Mundial. O uniforme de gala é verde para locais de clima frio e branco nos trópicos, com botões e insígnias em preto. Usam ainda boinas verdes ou o chapéu mole de aba larga e desabada, típico dos gurkhas. O armamento padrão é o fuzil americano M16A1, de calibre 5.56 mm. Atuando na Malásia e em Bornéu, na Ásia, esses temíveis montanheses se destacaram como execelentes combatentes de selva.
Mas tornaram-se mundialmente famosos por sua participação na Guerra das Malvinas, em 1982, com o 1° Batalhão - 7th Duke of Edinburgh's Own Gurkhas Rifles - integrando a 5a. Brigada de Infantaria inglesa. Desembarcaram na Baía de San Carlos e na primeira semana organizaram patrulhas para cercar grupos dispersos de argentinos, que os chamavam de "terríveis selvagens", pela extrema agressividade com que atacavam seus inimigos.

11a. Divisão de Paraquedistas - França



Pára-quedistas franceses no LíbanoEntre as numerosas unidades de paraquedistas do mundo, as francesas são consideradas as que mais fizeram saltos operacionais, em suas campanhas na Indochina (atual Vietnã), Suez (Egito), Líbano, Argélia, Chade e em outras ex-colônias da França. Sempre atuando como tropa de vanguarda, realizaram 156 saltos na Indochina (1954), sofrendo pesadas baixas. Sua atuação neste país culminou com a ocupação de um vale em Dien Bien Phu, na batalha que selou o destino da ocupação francesa, onde juntamente com os legionários suportaram a carga maior do combate.
A 11a.Divisão está baseada em Tarbes, embora suas unidades fiquem aquarteladas em diversos pontos. Integra a força de intervenção rápida, junto com a 9a. Div. de Infantaria Leve da Marinha, a 27a. Div.Alpina, a 6a.Div.de Blindados Leves e a 4a.Div.Aerotransportada. Está organizada em duas brigadas com sete unidades: 1a.RPIMa (paracomandos), 3a., 6a., 8a. RPIMa, a 1a. e a 9a. RCP (infantaria leve) e a 2a. REP (paraquedistas da Legião Estrangeira). Todos os seus integrantes são voluntários e obedecem aos mesmos critérios de seleção e treinamento das demais forças de paraquedistas, sendo exigidos elevados padrões de preparo físico e mental, pois devem estar aptos a atuar em qualquer parte do mundo e em qualquer tipo de terreno, defendendo os interesses da França ou de seus aliados.
Quando o Exército francês resolveu equipar suas tropas com o fuzil FAMAS de 5.56 mm, as unidades de paraquedistas foram as primeiras a utilizá-lo. Projetado e fabricado pelo Arsenal Saint-Étienne, tem um pente com 25 projéteis, pesa apenas 4 kg, tem somente 76 centímetros de comprimento, o que o torna uma arma ideal para paraquedistas, que necessitam de um fuzil curto, leve e eficiente. A metralhadora ainda é a robusta e confiável MAT, de 9 mm. Esta arma possui um dispositivo de segurança na empunhadura que está sempre acionado e só é liberado pela pressão da mão do atirador. Seu uniforme é o padrão do Exército e sua condição é identificada pela boina vermelha, sendo que os da Legião usam boinas verdes. Do lado direito do peito têm um emblema de prata em forma de asa.

GSG 9 - Alemanha



Após os trágicos acontecimentos da Olimpíada de Munique, em 1972, quando um grupo de terroristas do Setembro Negro sequestrou atletas israelenses e numa desastrada tentativa de resgate todos foram mortos, sequestradores e reféns, o governo alemão resolveu criar um grupo antiterrorista especializado, integrado à Polícia Federal de Fronteira (PFF), e o denominou Grenzschutzgruppe 9, ou Grupo de Fronteiras 9 (GSG 9). Com seu quartel-general vinculado ao Ministério do Interior alemão, está organizado em quatro grupos de assalto e várias seções especializadas, com um efetivo aproximado de 300 homens.
Todos os membros do GSG 9 devem ser voluntários saídos das fileiras da PFF, que passam por um curso de treinamento de 22 semanas direcionado para o combate ao terrorismo. As primeiras treze semanas são dedicadas a atividades policiais, questões legais, adestramento com armas e artes marciais. A segunda parte engloba uma análise detalhada dos movimentos terroristas, combinada com o desenvolvimento de habilidades individuais. O treinamento é feito em locais diferentes, como convém a uma força que nem sempre sabe onde será chamada a agir e devido ao seu rigor a taxa de desistência chega a 80% dos incritos.
A arma básica usada pelos membros do GSG 9 é a submetralhadora Heckler & Koch MP-5, calibre 9 mm, equipada com silenciador. Todos os soldados levam uma pistola, normalmente a P7 PSP, de 9 mm, também fabricada pela HK, que tem um dispositivo exclusivo: só dispara quando está sendo empunhada ou a pistola Glock austríaca. Para snipers estão disponíveis rifles Steyr, PSG-1 ou HK G3. O uniforme de combate é a farda padrão da PFF, verde com boina na mesma cor. Em ação usam capacete padrão dos paraquedistas ou de kevlar com viseira, coletes e escudos à prova de balas, equipamentos de comunicação e visão noturna. O grupo teve seu batismo de fogo em 1977, em Mogadíscio, capital da Somália, quando um comando GSG com 27 homens tomou de assalto um avião da Lufthansa seqüestrado pelos terroristas da Fração do Exército Vermelho e libertou os cem reféns praticamente ilesos. O GSG 9 fora testado e correspondera.

Batalhão de Forças Especiais (BFEsp) - Brasil



O 1º BFEsp do Exército Brasileiro, composto por Comandos e Forças Especiais, foi oficialmente criado em 1° de novembro de 1983, mas sua origem remonta ao ano de 1957. Naquele ano um grupo de oficiais e sargentos paraquedistas, utilizando-se da doutrina das Special Forces e dos Rangers americanos, formaram os primeiros especialistas brasileiros em Operações Especiais. Entre as missões principais estão: combate a forças irregulares; operações de contra-terrorismo; busca, localização e ataque a alvos estratégicos; reconhecimento e as mais diversas ações de comandos por trás das linhas inimigas. Para os que aspiram integrar o BFEsp, é necessário, além de excelente preparo físico e psicológico, realizar os Cursos de Comandos e o de Forças Especiais, ministrados na sede do batalhão, no Rio de Janeiro. O primeiro tem duração de 16 semanas, onde o aluno se ambienta com as condições operacionais nas diversas regiões do país, como selva, caatinga e montanhas, adestrando-se em natação, armamento, munições e tiro, técnicas de sabotagem, explosivos e destruições, evasão e combate a curta distância. O segundo curso, com duração de 25 semanas, visa torná-los especialistas em técnicas de guerrilha, subversão, infiltração, exfiltração, inteligência e operações psicológicas, para serem usadas contra movimentos revolucionários ou numa guerra de resistência, contra um inimigo de maior poder de fogo. Há também cursos de Caçadores (sniper) e de Mergulho Operacional.
O uniforme dos membros do 1° BFEsp é o camuflado padrão do Exército Brasileiro, mas dependendo da missão são utilizados uniformes especiais, coletes de assalto e equipamentos de visão noturna. Seu armamento pessoal é composto de pistolas Imbel (mod.M1911A1), Taurus e Glock (mod. 17 e 21), submetralhadoras Heckler & Koch MP5, incluindo o modelo SD com supressor de ruídos, fuzil de assalto Pára-FAL de 7.62 mm. Para o apoio de fogo contam com morteiros franceses Commando de 60 mm, ingleses L16 de 81 mm e a metralhadora belga FN MAG calibre 7.62mm. Para uso anti-carro e contra posições fortificadas são utilizados o lança-rojão AT4 de 84 mm e o canhão sem recuo Carl-Gustaf M3 no mesmo calibre, ambos de origem sueca. Os comandos são treinados no manejo e utilização de armas e equipamentos que não fazem parte da dotação oficial do EB, para poderem se aproveitar de material bélico capturado ou abandonado pelo inimigo.
A partir de janeiro de 2004, esta unidade passou a integrar a então recém criada Brigada de Operações Especiais, sediada em Goiânia, que desde sua ativação integra a Força de Ação Rápida Estratégica (FAR-E) do Exército Brasileiro. O lema desses excepcionais soldados não poderia ser outro: " Qualquer missão, a qualquer hora, em qualquer lugar, de qualquer maneira ".

Tropas Alpinas - Itália



Uma eventual ameaça terrestre à Itália só pode ocorrer ao norte e nordeste, onde quase toda essa região estratégica é montanhosa. Por isso o Exército italiano criou e mantém, unidades de assalto de montanha, as famosas "Truppe Alpine". São cinco as brigadas alpinas: Taurinese, Orobica, Tridentia, Cadore e Julia. Há também um batalhão permanentemente agregado à OTAN. As mais importantes unidades de combate são um regimento de infantaria e um regimento de artilharia. Dispõem ainda de um batalhão fortificado, um pelotão de paraquedistas-esquiadores, um pelotão de carabineiros, uma companhia de engenharia e um regimento de logística, que usa mulas para o transporte de cargas.
O treinamento e seleção está sob a responsabilidade do 2° Regimento Alpino e da escola de operações nos Alpes, que exige um alto padrão de adestramento para seus soldados, embora enfrente problemas com a composição do Exército, em sua maioria recrutas que servem apenas por doze meses e considerando o tempo gasto com treinamento básico e com o especializado, sobra pouco tempo para o serviço numa unidade de combate.
A arma básica dos Alpinos é o fuzil Beretta BM 59, com peso de 4,5 kg, coronha dobrável, empunhadura de pistola e um gatilho especial de inverno para ser acionado por mão enluvada. Um item projetado especialmente para essa tropa e que acabou sendo adotado por mais de 25 países é o obuseiro portátil Oto Melara modelo 56, de 105 mm, que pode ser desmontado em onze partes, facilitando seu transporte. Utilizam também o míssil antitanque Milan, metralhadoras portáteis também da Beretta, entre outras.
O uniforme dos Alpinos tem como característica principal um chapéu de montanhês de feltro cinza-esverdeado, com uma pena de águia negra e um pompom vermelho do lado esquerdo. A insígnia no quepe mostra uma águia sobre um clarim de infantaria contendo o número do regimento. O uniforme completo de montanha, para o combate, é composto de um macacão branco com capuz e capacete de aço coberto com tecido na mesma cor.

Special Air Services (SAS) - Grã-Bretanha



Criado no início da II Guerra, com o nome de 1º Regimento dos Serviços Aéreos Especiais, com dotação de 390 homens, esteve na campanha do deserto, na Itália e no noroeste da Europa, onde firmaram a sua reputação. Atuou também na Malásia (1952), em Omã (1958), na Irlanda do Norte (1969) e nas Malvinas (1982). Todas essas campanhas tornaram os SAS imbatíveis em ações antiguerrilha e antiterroristas, onde desenvolveram técnicas de combate que mais tarde seriam copiadas por forças especiais em todo o mundo.
Atualmente há três regimentos de 600 a 700 homens cada, selecionados entre voluntários de outras unidades do Exército inglês. Estes passam por um curso, na base do regimento em Hereford, que define se os candidatos têm capacidade de recuperação mental, boas condições físicas e autodisciplina. O processo começa com uma marcha solitária pela floresta, culminando com uma marcha forçada de 24 horas por 64 km e com uma mochila de 25 kg. Os que não desistem passam para um treinamento especializado de quatorze semanas, que inclui pára-quedismo, técnicas de combate e sobrevivência. A partir daí, já como membros do SAS, aprendem línguas, medicina de emergência, demolição, tiro de precisão, entre outros. Somente 20% dos candidatos chegam até o fim, pois exige-se uma combinação rara de talentos que só pode ser encontrada em poucas pessoas.
O SAS usa as armas normais do Exército inglês, como a pistola Browning de 9 mm e a metralhadora de uso geral (GPMG) de 7.62 mm, mas seus componentes são treinados para usar praticamente qualquer tipo de arma estrangeira, seja para aproveitar alguma qualidade especial ou para tirar proveito das armas que lhes caiam nas mãos durante uma batalha. O uniforme também é o padrão do Exército, com alguns detalhes que os distinguem dos demais: a boina cor de areia, a insígnia da boina ( uma adaga alada com a frase em inglês "Quem ousa vence") e as letras "SAS" orladas por asas, no ombro direito. Para missões antiterroristas, há um uniforme todo preto.

Rangers - U.S.Army



O Exército dos EUA tem três batalhões de Rangers: o 1° e o 2° do 75° Regimento de Infantaria e o 3° do 77° . O 1/75 está baseado em Fort Stewart, Geórgia, o 2/75 fica em Fort Lewis, no estado de Washington e o 3/77 em Fort Benning, também na Geórgia. Os Rangers são considerados herdeiros dos antigos índios guerreiros do exército colonial pré-revolucionário. Em guerras convencionais têm como tarefa o reconhecimento em território inimigo, ataques estratégicos, emboscadas e outras missões de alta prioridade. Os três batalhões estão organizados em três companhias cada um, com uma força total de 600 homens. Todos são voluntários vindos de outras unidades do Exército e passam por um treinamento de dois anos, que em alguns casos se estende por mais seis meses.
Os voluntários devem ser especializados em pára-quedismo e na Escola Ranger o curso se inicia com testes físicos, natação e cerca de oito saltos de paraquedas. A seguir concentra-se na preparação militar básica, manuseio de armas e táticas de infantaria. O treinamento prossegue com cursos de navegação terrestre, patrulhamento, manuseio de armas, combate corpo-a-corpo, sobrevivência e alpinismo. O cronograma de treinamento é muito rigoroso, onde o ano é dividido em dois períodos de cinco meses e meio, com apenas duas semanas de licença. Nesse período se exercitam não só nos Estados Unidos, mas também em vários países para que os soldados se habituem a atuar nos mais diversos ambientes e climas. Propositadamente submetidos a forte tensão, o nível de aprovação é de 70% e só então podem usar o distintivo Ranger. O uniforme é uma farda padrão do Exército, com boina preta e a ínsignia na manga direita.
Participaram da intervenção americana na ilha de Granada, no Caribe, em 1983, com grande sucesso. Eles lideraram o assalto ao aeroporto, enfrentando resistência razoável, partindo em seguida para a ocupação da Escola de Medicina, onde resgataram os estudantes americanos, tudo isso num espaço de três horas e meia.

Legião Estrangeira - França



Legionários franceses Nenhuma força de elite está cercada de uma imagem mais romântica e nem foi objeto de tantos enganos e mitos como a Legião Estrangeira francesa. Criada em 1831 para atuar na conquista da Argélia, teve seus primeiros anos conturbados pelas freqüentes guerras contra os árabes, pela indisciplina de seus componentes e pelos conflitos internos. Reformulada em 1835, lutou no norte da África, na Criméia (1854/56), na Itália (1859), na Guerra Franco-Prussiana (1870) e em muitas campanhas coloniais. Teve um papel importante nas duas guerras mundiais, consolidando a sua reputação. Na Primeira Guerra (1914/18) perdeu 115 oficiais e 5.172 legionários e seu Regimento de Marcha foi o mais condecorado do Exército francês. Na Guerra da Indochina, na célebre Batalha de Dien Bien Phu, sete batalhões da Legião foram subjugados pelo Vietminh, sem jamais se renderem. Em seguida atuou mais uma vez na Argélia e na crise do Canal de Suez, no Egito, em 1956. A Legião sempre desempenhou bem o seu papel de defender os interesses da França junto às suas colônias na África, no Pacífico e no Caribe.
Em 1988, após uma reestruturação que reduziu drasticamente os efetivos do Exército francês, a Legião ficou reduzida a um quadro de 7.500 homens e teve algumas de suas bases fechadas, embora ainda permaneça como importante unidade estratégica. A Legião é responsável pelo seu próprio programa de recrutamento e treinamento o qual está a cargo do 1º Regimento Estrangeiro, em Aubagne, onde os novos recrutas começam a prestar serviço e do 4° Regimento Estrangeiro, em Casteinaudar, responsável pelo treinamento especializado. As principais unidades de combate são: 1º Regimento Estrangeiro de Cavalaria (1 REC) estacionado em Orange, parte integrante da 6ª Div.Blindada Leve francesa; 2º Regimento Estrangeiro de Infantaria (2 REI), baseado em Nimes, que atuou em várias campanhas nas colônias; 3º Regimento Estrangeiro de Infantaria (3 REI) localizado em Kourou na Guiana Francesa, especializado em operações de guerra na selva e pela segurança do Centro de Lançamento de Foguetes localizado na região; 5º Regimento Estrangeiro (5 RE) responsável pela segurança da área de testes nucleares da França no atol de Mururoa, no Pacífico; e 2º Regimento Estrangeiro de Paraquedistas (2 REP) baseado na ilha de Córsega, uma força de ação rápida especializada em assalto aerotransportado e ações de comandos.
Legionários francese em missão de patrulhaVoluntários vêm de todas as partes do mundo compondo um grupo com mais de cem nacionalidades. Ao se alistarem recebem um apelido e iniciam um treinamento rigoroso durante as três semanas seguintes, onde serão levados aos limites de suas capacidades físicas e psicológicas. Durante o curso podem pedir dispensa por vontade própria ou serem compulsoriamente dispensados, mas se conseguem lograr êxito são obrigados a cumprir mais cinco meses de serviço. O primeiro ano consiste em treinamento no 4º RE, onde é dada grande ênfase ao condicionamento físico e a habilidade no manejo dos mais diversos tipos de armas. Após o curso básico, alguns são selecionados para o treinamento especializado como operador de comunicações, observador avançado, sniper e técnico em explosivos.
Atualmente a Legião Estrangeira existe como uma força de todas as armas, bem organizada e equipada com armamento padronizado do Exército francês. Divide-se em regimentos de dez companhias, algumas especializadas (reconhecimento, morteiros, blindados leves, etc). Destes o mais conhecido é o 2º Regimento Estrangeiro de paraquedistas, baseado na Ilha de Córsega, no Mediterrâneo, com quatro companhias de combate, que orgulha-se de poder montar uma operação para qualquer parte do mundo em apenas 24 horas. O uniforme dos legionários segue o padrão das demais unidades francesas, acrescido do famoso quepe azul envolto num pano branco (para proteção contra o sol e a areia do deserto), com a parte de cima vermelha e emblema dourado. Para combate usa-se o camuflado padrão, normalmente com a tradicional boina verde. Entre as armas da unidade destacam-se o fuzil FAMAS F1, de calibre 5.56 mm e a metralhadora FN Minimi, de calibre 5.56 mm. O lema da unidade é: Legio patria nostra ("A Legião, nossa pátria").

SEAL - U.S.Navy



As Forças Anfíbias da Marinha americana incluem duas forças especiais: Equipes de Demolição Submarina (UDT - Underwater Demolition Teams) e Equipes Mar-Ar-Terra (SEAL - Sea-Air-Land). Praticamente todos os membros das equipes SEAL saíram das fileiras das UDT e receberam um treinamento extra para as novas tarefas de combate. Este se destina basicamente a capacitá-los para operar com um apoio reduzido e em águas inimigas, ou eventualmente, num campo de luta em terra.
Podem ser transportados até próximo da costa por um navio, submarino ou avião, por isso são treinados como pará-quedistas. Estão organizados em dois grupos: o NSWG 1, sediado na Base Naval de Coronado, em San Diego, formado pelas equipes SEAL 1, UDT 11 e 12; o NSWG 2, sediado em Little Creek, na Vírginia, composto pelas SEAL 2 e UDT 21 e 22. Cada equipe SEAL é composta de 27 oficiais e 156 soldados, divididos em cinco pelotões, cada um deles habilitado a realizar quaisquer operações de forma totalmente independente. O curso de formação dura 24 semanas. Nas primeiras quatro cuida-se da preparação física.
A seguir algumas semanas de exercícios teóricos, natação em mar aberto, trabalhos de demolição e treinos de reconhecimento.Uma para treinamento de fuga e evasão, sobrevivência e navegação em terra, seguida de três para o curso de pará-quedismo e por fim a escola de mergulhadores. Além de todo esse treinamento há um estágio de combate, onde se familiarizam com as características de uma guerra não convencional. Devem ter conhecimento de línguas estrangeiras. Entre seus armamentos estão a metralhadora Stoner M63A1, de 5.56 mm, com capacidade para oitocentos disparos, o fuzil M16 A1 e a pistola Smith & Wesson de 9 mm, especialmente fabricada para as SEAL, em aço inoxidável para evitar a corrosão por água salgada. Não utilizam uniformes especiais, a não ser quando em ação, usando roupas adequadas ao mergulho.

Unidades Spetsnaz - Rússia



Parte das forças especiais do GRU (inteligência militar russa), a Spetsnaz também é conhecida como tropa de dissuasão. Suas tarefas incluem ataques a bases nucleares e a centros de comando inimigos, ataques gerais a alvos civis e militares como fontes de energia e centros de telecomunicações. Calcula-se que em tempo de guerra os russos teriam uma companhia Spetsnaz independente por Corpo de Exército (cerca de 40), uma brigada por front, uma brigada por esquadra e uma unidade de inteligência.
Seu efetivo gira em torno 30.000 homens, estando entre os maiores grupos de forças especiais do mundo, servindo tanto ao Exército quanto à Marinha. Uma companhia Spetsnaz conta com nove oficiais, onze suboficiais e 95 soldados. As brigadas possuem grupos de mini-submarinos, batalhões de mergulhadores de combate, um batalhão de paraquedistas e uma companhia anti-VIP treinada para descobrir, identificar e eliminar líderes políticos e militares do inimigo.
Todos seus membros são voluntários e uma vez selecionados são submetidos a um curso intensivo e os que tiverem melhor desempenho passam por um treinamento mais rigoroso para se tornarem sargentos. Os recrutas devem ter condicionamento físico perfeito, a nível de atletas olímpicos, para poderem suportar o treino intenso, exigindo um esforço máximo para reproduzir situações reais. Uma vez por ano todas as unidades Spetsnaz se reúnem para um exercício conjunto.
O armamento utilizado é composto de fuzil AKS-74, de 5.45 mm, uma pistola PRI com silenciador, faca de combate e seis granadas de mão. Cada unidade porta um lançador SA-7, minas, explosivos e lançador de granadas de iluminação. Para aqueles comandos que estejam infiltrados em países hostis antes de deflagrado um conflito, esses equipamentos devem ser contrabandeados para agentes locais e ficar prontos para uso assim que necessário. Para preservar o sigilo, as unidades Spetsnaz não têm uniforme ou emblema específicos e dentro da Rússia utilizam o mesmo uniforme de combate das tropas de assalto aéreo e das forças aerotransportadas.
Uma ação típica envolve o lançamento de tropas táticas de paraquedas, de 500 a 1000 km dentro do território inimigo, em uma operação maciça e coordenada, sendo alvos prioritários bases de mísseis de longo alcance, lançadores móveis de mísseis, aeroportos e bases aéreas. Tropas com tarefas estratégicas podem entrar em países-alvo disfarçadas com trajes civis, sendo que as unidades navais devem se infiltrar em território inimigo utilizando submarinos.

Comando Delta - US Army

Em 1977 o Exército Americano autorizou a criação de uma nova força especial: o 1º Destacamento Operacional das Forças Especiais - Delta, cuja principal incumbência seria lidar com organizações terroristas que afetassem os interesses dos Estados Unidos. Seguindo o modelo do SAS britânico, o Delta divide-se em grupos de dezesseis homens, podendo operar como uma unidade ou subdividir-se em grupos de oito ou quatro efetivos cada um. Em 1980 foi feita uma reavaliação de alto nível, gerando um relatório com os seguinte pontos principais: 1) Recomendação: criar uma força tarefa conjunta antiterrorista com pessoal permanente e forças próprias; 2) Missão: planejar e conduzir operações antiterroristas visando defender os interesses dos Estados Unidos e de seus cidadãos fora do país; 3) Conceito: poder fornecer uma gama de opções para o uso de forças militares dos EUA, desde uma pequena força de pessoal especializado altamente treinado até uma força conjunta maior; 4) Relacionamentos: os quadros de pessoal seriam preenchidos com elementos das quatro Armas, selecionados com base em sua capacidade em operações especiais de vários tipos; 5) Forças: as forças permanentes deveriam ser pequenas e limitadas ao pessoal de capacidade inigualável em operações especiais.
A seleção e o treinamento, como não poderia deixar de ser, são rigorosos, com ênfase no potencial e nas qualidades individuais, em favor do trabalho de equipe. Os padrões de tiro ao alvo são muito elevados e os snipers devem conseguir um índice de 100% nos disparos feitos a 500 metros e de 90% a 900 metros. Todos são exaustivamente treinados em disparos a curta distância, para assegurar que em um confronto em ambientes fechados, como prédios ou cabines de aeronaves, somente os terroristas sejam atingidos, garantindo a vida dos reféns. Pouco é divulgado sobre as armas e equipamento do Delta, embora seja óbvio que seus integrantes estejam aptos a utilizar tudo o que a mais avançada tecnologia possa oferecer. Os atiradores sniper usam fuzis Remington 40 XB, com visor telescópico e as equipes usam metralhadoras M-60 e HK-21, terminais de comunicação portáteis de última geração, óculos de visão noturna, fuzis M-16 aperfeiçoados, pistolas automáticas entre outros equipamentos.
Participaram da fracassada Operação Eagle Claw, em 1980, na tentativa de resgatar os reféns americanos mantidos cativos na embaixada dos Estados Unidos no Irã, por seguidores do Aiatolá Khomeini. Sua mais recente missão foi na ofensiva americana contra o Afeganistão, onde foram os primeiros a desembarcar em solo afegão, na caçada aos terroristas da Al Qaeda e de Osama Bin Laden.