domingo, 15 de abril de 2018

Boinas Verdes - Estados Unidos


As Forças Especiais do Exército dos EUA têm uma história curta mas agitada, que começou na Segunda Guerra Mundial, quando da criação de uma unidade combinada canadense/americana, a 1a. Força de Serviço Especial, incumbida de incursões e ataques relâmpagos. Formada por três regimentos, seus homens eram treinados em esqui, alpinismo, demolições, ataques anfíbios e pára-quedismo e atuaram no Pacífico, norte da África, na Itália e no sul da França, sendo desfeita com o fim da guerra. A idéia viria a ser retomada na década de 50: em 1952 ativou-se o 10° Grupo de Forças Especiais(GFE), em 53 criou-se o 77° GFE, a seguir veio o 1° GFE, em 1957, baseado em Okinawa, que no mesmo ano enviou uma pequena equipe para treinar soldados do Exército sul-vietnamita em Nha Trang. O 5° GFE, criado em 1961 e sediado em Forte Bragg, Carolina do Norte, foi logo transferido para o Vietnã, onde seria o responsável por todas as atividades que requeriam forças especiais, iniciando o envolvimento dos Estados Unidos em um conflito desgastante que só terminaria em 1975.
Autorizado pelo presidente Kennedy, fascinado por estas unidades, o uso da característica boina verde, tornou-se marca registrada dos GFE, cujos membros ficaram mundialmente conhecidos como os "Boinas Verdes". As Forças Especiais desempenharam muitas funções no Vietnã do Sul, mas muito pouco pode ser revelado, mas certamente tiveram um relacionamento maior com tropas sul-vietnamitas e com a população do que qualquer outra unidade americana durante o conflito. Porém eram vistos com desconfiança e suspeita pelos comandantes das tropas regulares de seu próprio país, o que por vezes interferia em suas operações. A partir dos anos 70, atuaram na Baviera, em bases na antiga Alemanha Ocidental e na Zona Central do Canal do Panamá, além de participarem ativamente do "aconselhamento" de exércitos da Ásia, África e América Latina.

Organizado em nove grupos de Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos, cada um baseia-se no Destacamento de Operações A, mais conhecido como "Equipe A", composto de doze elementos: um capitão (comandante), um tenente (oficial executivo) e dez sargentos especializados. Quatro Equipes A são comandadas por uma Equipe B, chefiada por um major. Uma equipe A é capaz de organizar, equipar e treinar uma força guerrilheira ou regular equivalente a um batalhão com nada menos de 650 homens. Todos os oficiais e soldados Boinas Verdes devem ser paraquedistas qualificados, com muitos treinados como mergulhadores. Devem ser especializados em pelo menos duas das seguintes áreas: engenharia, inteligência, armas, comunicações, demolição e línguas estrangeiras.
O treinamento é realizado em campos especialmente construídos nas bases do Exército e nos mais diversos tipo de ambientes, desde desertos até montanhas cobertas de neve. Conhecem a fundo todas as armas leves do mundo, mas estão equipados com o confiável e eficaz fuzil M-16A2 ou o Colt Commando, mais curto, ambos de 5.56 mm, com disparo automático ou em rajadas de três tiros, além dos demais equipamentos de última geração, indispensáveis ao bom desempenho de uma tropa de elite. A identificação básica de seus membros é claro a clássica boina verde. A insígnia combina duas flechas cruzadas (distintivo dos batedores índios) com uma adaga semelhante à dos SAS ingleses. Em torno da adaga há um lema em latim: "De Oppresso Liber" (Livre da Opressão). Os uniformes são os mesmos do Exército americano, embora possam ser adicionados alguns itens específicos, conforme as operações.

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