domingo, 15 de abril de 2018

Recce Comandos - África do Sul


Tropa  de Recce Comandos aguarda instruções.Ameaças militares internas e externas levaram o Exército da África do Sul a preparar unidades especiais para campanhas de peso contra um inimigo incansável. Entre estas, a principal tropa de elite é, sem dúvida, o Comando de Reconhecimento, popularmente conhecido como Recce Comandos ou simplesmente Recces (abreviatura de Reconnaissance). O uso da palavra Comando já é uma distinção, pois designava unidades similares na Guerra dos Boeres contra os ingleses, no começo do século passado. Sua missão básica é operar profundamente no território inimigo, recolhendo informações e rastreando tropas.
Alguns de seus membros são ex-integrantes da força Selous Scouts da antiga Rodésia. Todos os integrantes são paraquedistas, qualificados em técnicas de queda estática e livre, muitos deles capazes de saltos HALO (lançamento a grande altitude-abertura a baixa altitude). Uma parte também é treinada em operações embarcadas e mergulho. Essenciais ao seu treinamento são o rastreamento e sobrevivência na selva, além das habilidades comuns a forças especiais no uso de explosivos, rádio, armas capturadas, combate corpo-a-corpo e primeiros-socorros. A fase de seleção para os Recce dura 42 semanas e é ministrado duas vezes por ano, aberto a voluntários das três Armas, cuja média de idade é 19 anos e apenas 6 a 10% dos candidatos são aprovados.

Testes médicos e psicológicos são preliminares e o físico inclue marcha de 32 km em seis horas, carregando equipamento completo, fuzil FN FAL e um saco de areia de 30 kg; fazer quarenta flexões, corridas e nado livre com tempo determinado. O curso de seleção realiza-se nas selvas do norte de Zululand, num ambiente operacional, com padrões extremamente árduos, em que procura-se levar os voluntários ao limite de suas capacidades. Num dos testes finais, cada homem deve passar uma ou duas noites sozinho na floresta, apenas com um fuzil e alguma munição, pretendendo-se com isso, formar um soldado altamente habilitado, capaz e motivado, que se sinta à vontade no ambiente de combate do sul da África.
As armas empregadas são as pequenas, tipo padrão, como o fuzil FN FAL de 5.56 mm (algumas vezes com coronha dobrável), o fuzil R-4 de 5.56 mm, de fabricação local baseado no Galil israelense, fuzis H&K da série MP-5 de 9 mm, pistolas Vektor e Beretta, e a metralhadora leve FN MAG. Muitos deles carregam facas como a "feiticeira", um estilete enegrecido para incursões noturnas. Os comandos vestem o uniforme de combate sul-africano, jaquetas e calças beges, coturnos de cano alto e um gorro de selva macio, além do equipamento de lona forte. No campo, os soldados usam uma pintura negra como camuflagem.

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