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domingo, 15 de abril de 2018

Marines - EUA


Atuação: Guerra do Vietnã - 1968

Formado em 1775, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos tem uma longa e notável carreira como uma das mais destacadas forças de combate do mundo. Os marines projetaram-se durante a Segunda Guerra Mundial, quando agiram como ponta-de-lança da campanha americana no Pacífico e firmaram sua reputação de impetuosidade. Neste período seu contingente atingiu quase meio milhão de homens, contando com suas próprias unidades de apoio blindado, naval e aéreo.
Seu papel primordial tem sido agir como Força de Deslocamento Rápido, pronta para entrar em ação a qualquer momento. E assim foi na Guerra da Coréia onde os marines estavam entre os primeiros a entrar em luta na defesa do perímetro da cidade de Pusan, em julho de 1950. Depois do conflito coreano, o primeiro envolvimento militar em escala completa dos Estados Unidos ocorreu em 1965, quando os fuzileiros travaram guerra de infantaria contra os vietcongues e o Exército norte-vietnamita nas selvas e arrozais do Vietnã do Sul.
ofensiva do Tet de 1968 intensificou a luta de guerrilha e em pouco tempo os marines estavam envolvidos, principalmente em Khe Sanh e em Hue. No fim de janeiro a isolada base de fogo dos marines em Khe Sanh foi sitiada por mais de 20.000 soldados inimigos, que mantiveram um constante fogo de artilharia por mais de dez semanas. Na cidade imperial de Hue, os vietcongues conseguiram defender a área da cidadela, e os marines foram incumbidos de expulsá-los.
Ocorreram então, durante 24 dias, terríveis combates de rua, que deixaram 5.000 vietnamitas mortos nas suas ruínas. Apesar dessas vitórias, o desgaste externo e a opinião pública interna levaram os Estados Unidos a iniciar, em 1968, o processo de retirada do Vietnã. Desde então, o Corpo de marines tem demonstrado seu valor em várias ocasiões como na intervenção da ONU no Líbano, em 1982, na ilha de Granada, em 1983, no Panamá, na Somália e especialmente na Guerra do Golfo, em 1990.

A ilustração mostra um marine típico do período da ofensiva do Tet. Entre as características especiais do uniforme estão aberturas para fixação de folhagens na cobertura camuflada do capacete (além de um frasco de repelente de insetos preso na correia); colete à prova de balas, com facão suspenso e botas de náilon e couro. Além de uma ferramenta para escavação de trincheira, a pesada mochila inclui calça reforçada extra e jaqueta, impermeáveis; vê-se também um maço de cigarros. Como muitos soldados que combateram no Vietnã, este carrega três cantis de água; lembrando a estação do ano, uma árvore de Natal em miniatura. O armamento consiste na M60, de 7.62 mm, metralhadora muito usada na guerra. Utilizavam também o famoso fuzil M-16, com tiro automático, morteiros e granadas, estas últimas altamente eficazes no combate casa a casa que caracterizou a batalha de Hue.

Fuzileiro Naval - Brasil



Atuação: Litoral e rios do país

O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) tem longa história, iniciada em 1808, quando da chegada de D.João VI e de sua corte ao Rio de Janeiro, trazendo consigo alguns destacamentos da Brigada Real da Marinha portuguesa. Logo esta unidade alistaria brasileiros e no início de 1809 venceria a Campanha das Guianas, lutando contra invasores franceses que pretendiam se apoderar do Amapá. Atuariam de forma decisiva na consolidação da independência (1822), nas guerras do Prata (1825 e 1864), na Guerra do Paraguai (1864-1869) e mais recentemente integrando Forças de Paz da ONU na República Dominicana, em Moçambique e em Angola. Integrante da Marinha do Brasil, o Corpo de Fuzileiros ocupa posição de elite nas Forças Armadas brasileiras.
Em tempo de guerra, está preparado para a defesa das fronteiras marítimas e fluviais, e para o ataque por meio de operações anfíbias de desembarque, contando para tanto com o apoio de mergulhadores de combate, veículos blindados, baterias antiaéreas e helicópteros. Em tempo de paz, desempenha tarefas ligadas à segurança nos mares, portos e instalações da Marinha, vigilância das fronteiras e assistência às populações ribeirinhas. O Comando de Apoio se encarrega das atividades de formação e instrução de tropas e no campo logístico, de pesquisar e desenvolver técnicas para utilização, manutenção e reparos do material das Forças de Desembarque.
Já o Comando de Operações Navais controla a Força de Fuzileiros da Esquadra(FFE) e suas unidades operativas, sempre prontas para a ação. A FFE está encarregada das operações terrestres de caráter naval e age integrada às demais Forças, concentrando unidades de Infantaria, Artilharia, Engenharia, Reconhecimento Anfíbio, Comunicações, Blindados e Viaturas Anfíbias. As principais unidades estão instaladas estrategicamente em todo território nacional, no litoral, de Belém ao Rio de Janeiro e nas regiões fluviais da Amazônia ao Pantanal. As atividades de adestramento do CFN são contínuas e vão de pequenas frações operativas até exercícios conjuntos, que reúnem todos os componentes da FFE. Os ciclos anuais de treinamento culminam na Operação Dragão, realizado a cada ano em uma praia diferente, obtendo alta eficiência estratégica.
Este fuzileiro naval usa uniforme e equipamentos adequados para as operações anfíbias. O armamento é leve, moderno e eficiente, permitindo-lhe deslocamento rápido e adoção de avançadas estratégias de guerra anfíbia, como ocupação de cabeças-de-praia ou operações conjuntas com outras unidades. No cinturão carrega cantil, sabre, estojo de primeiros socorros, carregador para fuzil, faca de combate e granadas defensivas-ofensivas. O fuzil é o FAL de 7.62 mm, atualmente substituído pelo americano M-16.

Fuzileiro Naval argentino


Atuação: Guerra das Malvinas - 1982

As Forças Armadas argentinas eram consideradas as melhores do continente sul-americano, antes da Guerra das Malvinas em 1982. Mas a derrota para os ingleses neste conflito mostrou falhas sérias do sistema de recrutamento, não profissional, na distribuição dos suprimentos e no treinamento de seus oficiais, que pareciam ignorar os princípios táticos e de condução de uma guerra, uma vez que os britânicos não foram atacados em nenhum momento em sua longa operação de desembarque, nem sequer mapearam as minas terrestres que eles mesmos haviam colocado.

Mas os fuzileiros navais da Armada Argentina demonstraram estar mais bem treinados e melhor equipados, em contraste com o despreparo da maior parte do contigente que defendia as ilhas. 
Ofereceram grande resistência ao avanço do inimigo, entrincheirados em pontos estratégicos ao longo da costa e em torno da capital, Port Stanley.

Equipado para enfrentar o clima frio das Malvinas o fuzileiro argentino usa casaco acolchoado por cima do uniforme verde-oliva (os casacos ingleses eram aquecidos por pequenas baterias). Por baixo do capacete americano modelo M1, com cobertura camuflada, há um quepe, que está com as abas abaixadas.

Os óculos escuros servem de proteção para a neve. No peito traz as insígnias correspondentes ao posto (vermelha) e à nacionalidade (azul e branca). As duas bolsas a tiracolo transportam munição para armas portáteis e em torno da cintura está uma bandoleira com bolsos para cartuchos. O fuzil é um FN FAL, de 7.62 mm, no caso com coronha dobrável.