Um míssil de cruzeiro é um projétil capaz de levar uma carga explosiva a distâncias muito grandes com grande precisão, seguindo uma trajetória não balística, ou seja, voando como uma aeronave convencional, a uma velocidade constante e baixíssima altura, o que o torna extremamente fugaz a detecção e acompanhamento pelos radares de vigilância aérea. Podem ser supersônicos ou não e como todo míssil são sacrificados logo na primeira missão, sendo usados apenas como armas e não como UAVs.
Os primeiros mísseis de cruzeiro da história foram as bombas voadoras V-1 alemãs, dotadas de orientação giroscópica e propulsão a jato. Era impreciso e seu efeito militar foi muito pequeno, tendo sido mais eficiente por seu efeito psicológico.
Sua constituição é formada por fuselagem, sistema de orientação, carga útil, e sistema de propulsão. Pequenas asas e empenagem provém sustentação e controle de voo. A ogiva pode ser convencional ou nuclear, podendo carregar submunições ou outra que se deseje. São impulsionados por propulsão a jato tipo turbofan ou ramjet, dependendo da velocidade projetada.
São orientados por alguns sistemas diferentes conforme o projeto, como os sistemas inerciais baseados em giroscópios, o sistema GLONASS/GPS baseado em sistemas de satélites e o Sistema Tercom que compara o terreno através de imagens-radar com dados 3D do mesmo terreno previamente armazenados em sua memória. Este sistema carece de reconhecimento prévio por satélite. Outras formas de direcionamento podem ser integradas como imageadores térmicos para guiagem terminal contra alvos em movimento.Podem ser lançados de bombardeiros, veículos terrestres, navios e submarinos, e são uma das armas mais eficazes para bombardeio estratégico da atualidade, pois reúnem potencia de fogo (ogivas de 300 a 500 kg de HE) a precisão apurada, podendo atingir alvos em movimento do tamanho de um caminhão.
Os modelos mais famosos são o Tomahawk norte-americano, que alcança até 2.500 km a velocidade subsônica, transportando uma ogiva de 450 kg de HE ou uma nuclear de até 200 kt; e o Kh-55 russo com desempenho similar. Um desenvolvimento recente é o modelo supersônico russo-indiano Brahmos que alcança 290 km a velocidades de Mach 2.8 transportando 300 kg de HE, que tem despertado o interesse internacional.
Mísseis de Cruzeiro - Modelos
- Hipersônicos
- BrahMos (Índia/Rússia)
- Supersônicos
- BrahMos (Índia/Rússia)
- C-101 (China)
- C-301 (China)
- C-803 (China)
- C-805 (China)
- KD-88 (China)
- P-800 Oniks (Rússia)
- Kh-31 (Rússia)
- 3M-54 Klub (Rússia)
- Air-Sol Moyenne Portée (França)
- P-500 Bazalt (Rússia)
- P-700 Granit (Rússia)
- P-270 Moskit (Rússia)
- YJ-91 (China)
- Subsônicos de longo alcance
- AGM-86 ALCM (EUA)
- AGM-129 ACM (EUA)
- BGM-109 Tomahawk (EUA/Grã-Bretanha)
- Nirbhay (Índia)
- CJ-10 (China)
- DH-10 (China)
- Hyunmoo III (Coréia do Sul)
- Kh-55 (Rússia)
- Subsônicos de médio alcance
- AGM-158 JASSM (EUA)
- Babur (Paquistão)
- KD-63 (China)
- Raad ALCM (Paquistão)
- SOM (Turquia)
- Storm Shadow (França/Grã-Bretanha/Itália)
- Taurus KEPD 350 (Alemanha/Suécia)
- Subsônicos de curto alcance
- C-801 (China)
- C-802 (China)
- C-602 (China)
- Delilah (Israel)
- Kh-35 (Rússia)
- Nasr-1 (Irã)
- Naval Strike Missile (Noruega)
- RBS-15 (Suécia)
- Silkworm (China)
- Type 80 ASM (Japão)
- Type 88 SSM (Japão)
- Type 90 SSM (Japão)
- Type 91 ASM (Japão)
- Type 93 ASM (Japão)
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