quarta-feira, 7 de junho de 2017

Helicóptero Médio/Pesado Polivalente Agusta/Westland EH-101 Merlin



    Em Dezembro de 2001 foi concluído o concurso para a substituição dos helicópteros SA-330 Puma da Força Aérea e anunciada a aquisição de doze helicópteros Agusta/Westland EH-101 por 446 milhões . Lançado em 1999, o concurso havia seleccionado, anteriormente, três concorrentes: o norte-americano S-92 pela Sikorsky, o EH-101 pela Agusta/Wstland e o Cougar pela Eurocopter.
Refira-se que a aquisição pelo GALE de um número suplementar de helicópteros EH-101 foi, na altura, equacionada pelo Ministro da Defesa (ver notícia), Dr. Rui Pena. Contudo, tal opção foi descartada face à conclusão que o EH-101 constituía uma opção mais dispendiosa e menos eficiente que a oferecida pelo NH-90.
    Para fiscalização de pescas estarão disponíveis duas aeronaves com equipamentos compatíveis com as restantes aeronaves do SIFICAP (Sistema de Fiscalização e Controlo das Actividades da Pesca). Os EH-101 para CSAR (Combat SAR) poderão integrar o agrupamento aéreo do futuro LPD da Armada portuguesa e terão instaladas metralhadoras lateralmente e na rampa da aeronave, assim como, equipamento de detecção e protecção contra guerra electrónica, mísseis e blindagem nos pontos vitais da aeronave.
    Para missões SAR, a aeronave pode realizar missões até 1.750km, isto sem recorrer a reabastecimento aéreo. Para missões CSAR o raio operacional do EH-101 situa-se nos 750km (com 5.550kg de combustível). Tanto os helicópteros para busca e salvamento, como os para CSAR terão capacidade de receber um kit especial que lhes possibilita serem reabastecidos em voo.
    A nível mundial o EH-101 foi adquirido por vários países: Canadá, Itália, Reino Unido, Japão e Dinamarca. Em Janeiro de 2005, foi anunciado que o helicóptero US-101 (versão norte-americana do EH-101 comercializada nos Estados Unidos) fora seleccionado como o novo “Marine One” - aeronave encarregue do transportar do Presidente norte-americano - vencendo a competição com o S-92.
    A 22 de Dezembro de 2004, foi entregue oficialmente, em Itália, o primeiro helicóptero EH-101 da Força Aérea. A entrega dos restantes aparelhos far-se-á ao ritmo de um por mês. A recepção dos primeiros helicópteros em território nacional deu-se em Fevereiro de 2005. A sua operação caberá à esquadra 751, baseada no Montijo, que garantirá, igualmente, dois destacamentos - um nas Lajes (dois helicópteros) e outrro em Porto Santo (um helicóptero). Entretanto, a esquadra 711 (Lajes, Açores) irá ser extinta. Os actuais SA-330 Puma serão abatidos gradualmente até 2005, sendo que estão ser realizados estudos para que possam vir a ser usados no combate a incêndios.

Peso Máx.
14.600kg
Motores
3 RTM322 (o terceiro motor é usado apenas para aterragens, descolagens ou em emergências)
Sistemas
Sistema de busca FLIR/LLTV (Looking Infra-Red/Low-Level Television) Star Saphire II
Radar APS-717P com cobertura a 360º.
Velocidade Máx.
309 km/h
Autonomia
648 km
Capacidade de Carga
30 passageiros
45 militares
16 macas e pessoal médico
1 viatura ligeira
Número de Unidades
2 helicópteros para fiscalização de pescas
6 helicópteros para busca e salvamento (SAR - Search And Rescue)
helicópteros para Combate SAR (CSAR)
Total: 12 helicópteros

Obus M-114


Este modelo, cujo desenvolvimento remonta à década de 40, é ainda hoje usado em inúmeros países do mundo, incluindo em algumas unidades da Guarda Nacional dos EUA. Com a sua produção iniciada em 1941, mais de seis mil peças foram produzidas. Esta peça pode disparar uma vasta gama de munições, das quais a mais regularmente empregue é o projéctil HE M107. O seu alcance de mais de 14 mil metros e calibre tornam esta peça particularmente indicada para apoio de fogo a unidades de retaguarda, já que embora menos móvel que os obuses auto-propulsados, garante um significativo poder de fogo.
O exército português possui 6 unidades rebocadas operacionais, que inicialmente foram atribuídas ao RALIS. Com a sua extinção, foram atribuídos à Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas. Actualmente são usados para instrução, embora possam constituir uma bateria operacional da Unidade para as Brigadas de Defesa Territorial. É possível que existam ainda mais peças em reserva.

Peso 
5.760 kg
Calibre
155mm
Alcance
14,6 km
Tripulação
11
Tipo
Rebocado
Número de Unidades
6

Obus OTO Melera/Otobreda Model 56



Esta peça de artilharia teve o seu início de produção em 1967. Fabricada pelo OTO Melera (actualmente Otobreda) para o exército italiano esta foi exportada e operada por mais de 30 nações, com um total de perto de 2.500 peças produzidas. Caracterizada pelos seus ângulos de elevação e capacidade para combate contra carros de combate - através do emprego de munições especiais - tornaram-na predilecta entre as unidades de infantaria ligeira, nomeadamente entre unidades aero-transportadas e forças da NATO.
Em Portugal foram adquiridos um total de cerca de 24 peças. Serviram no Regimento de Artilharia nº4 até à chegada dos Light Gun, em 1998. 
Actualmente encontram-se em serviço no Grupo de Artilharia de Campanha da BLI (Reg. de Artilharia nº5), embora o grau de operacionalidade destas peças seja bastante reduzido. Estão incorporadas na 2º BBF (Bateria de Bocas de Fogo) perto de 12 peças, utilizadas em conjunto com viaturas tácticas Unimog.

Peso 
1.290 kg
Calibre
105mm
Alcance
10,5 km
Tripulação
7
Tipo
Rebocado
Número de Unidades
12

Obus M-101




Esta peça de origem americana é bastante polivalente, encontrando-se ainda ao serviço de várias nações mesmo após mais de 60 anos do início da sua produção. Em Portugal encontram-se ao serviço do Grupo de Artilharia de Campanha da BMI 12 unidades, embora estejam em fase de substituição pelos obuses auto-propulsados M-109 A5 recentemente adquiridos pelo ramo.




Peso 
2.030 kg
Calibre
105mm
Alcance
11,2 km
Tripulação
8
Tipo
Rebocado
Número de Unidades
12

Obus Auto-propulsado M-109 A2/A5



Integrados na doutrina da mobilidade da BMI, os M-109 A2 e mais recentemente também a versão A5, são meios de  importância relevante no apoio de fogo às unidades de combate do exército. O M-109 foi desenvolvido pelos EUA  na década de 50 e tornou-se num dos obuses mais usados no mundo. O veículo actua em baterias em conjunto com veículos de transporte de munições e de logística, embora possua capacidade para transportar até 36 projécteis. O M-109 A5 é uma versão melhorada do modelo A4 com um canhão M-284 que permite maior alcance. 
Portugal adquiriu seis unidades da versão A2 da década de 80, estando atribuídas ao Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) da BMI. Mais recentemente foi recebido um segundo lote de M-109 A5 destinados a substituir os M-101 de 105mm. O GAC da BMI é, assim, constituído por três baterias, duas dotadas da versão A5 e uma com a versão A2 (em número de seis obuses, cada uma). Os restantes M-109 são usados para instrução e reforço. É, ainda, intenção do Exército de proceder à aquisição de obuses M-109 A5 suplementares para o GAC. 

Peso 
25 toneladas
Calibre
155mm
Alcance
18/22 km
Velocidade Máx.
56 km/h
Tripulação
6 homens
Tipo
Auto-propulsado
Número de Unidades
6/14

Veículo Blindado Ligeiro de Reconhecimento Cadillac Gage V-150



O V-150 começou a ser produzido, pela Cadillac Gage, em 1964. É um blindado de tracção às quatro rodas, com capacidade anfíbia e blindagem ligeira. O comandante e condutor estão alojados na frente protegida da viatura, enquanto as tropas seguem na traseira, junto do compartimento com o motor. No caso da versão portuguesa, dotada com uma torre - armada com uma peça de 90m - esta parte da viatura está preenchida com a estrutura da mesma. O V-150 equipa vários países nomeadamente Malásia, Filipinas, Bolívia, Taiwan, Singapura, Venezuela e Arábia Saudita.
O exército português adquiriu algumas unidades no final década de 80 destinadas a missões de reconhecimento. Embora a Chaimite seja bastante similar a este, o V-150 é um veículo bastante mais moderno que a primeira. 
Os veículos estão atribuídos ao ERec da BAI e ao ERec da BLI. 
Nunca foram empregues operacionalmente em missões de paz, ao contrário das Chaimites que foram destacadas para a missão na Bósnia e, posteriormente, para a do Kosovo. 
Contudo, são apontadas algumas deficiências em relação ao V-150, nomeadamente a sua altura e blindagem que o tornam muito vulnerável, enquanto a torreta dificulta o seu transporte. Já quanto à sua peça, a tracção a quatro rodas, limita a estabilidade da viatura e a precisão do tiro. Está prevista a sua substituição por parte das novas viaturas (seis viaturas) blindadas 8x8, dotadas com uma peça de 105mm.

Peso Máx.
9 toneladas
Armamento
1 canhão de 90mm
1 metralhadora de 7,62mm
Velocidade Máx.
88 km/h
Autonomia
643 km
Tripulação
3+2
Número de Unidades
15

Veículo Blindado Ligeiro de Reconhecimento Panhard M-11



Este veículo foi desenvolvido nos anos 80 pela França de modo a atender às exigências do exército francês em possuir um veículo ligeiro para reconhecimento e luta anti-tanque. Este veículo ligeiro é anfíbio, aerotransportável e possui protecção NBQ. 
Portugal adquiriu o primeiro no início da década de 90 (18 viaturas) foi atribuído ao ERec da BAI e ao ERec da BLI, e mais recentemente, no âmbito da missão nos Balcãs, foi recebido um segundo lote com torreta blindada para protecção do atirador. 
Os VBL são utilizados para reconhecimento e escolta (podendo ser armados com uma metralhadora pesada de 12,7mm ou um lança-granadas automático de 40mm), luta anti-tanque (com lançador simples de mísseis Milan), vigilância do campo de batalha (esta versão conta com o radar AN/PPS-5B), sendo, ainda, alguns usados veículos de comando.

Peso Máx.
3 toneladas
Armamento
Variável
Velocidade Máx.
95 km/h
Autonomia
600 km
Tripulação
3
Número de Unidades
38