sábado, 3 de dezembro de 2016

Leopard-1 A5


Leopard-1 A5



FICHA TÉCNICA
Velocidade maxima: 65 km/h
Alcance maximo: 600 Km.
Motor: 1 motor a turbo diesel MTU MB 838 CaM-500 de 10 cilindros com 830 hp de potência.
Peso: 42,4 Toneladas (carregado)
Comprimento: 9,54 m. (considerando o cano)
Largura: 3,41 m
Altura: 2,76 m.
Tripulação: 4
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 50º
Passagem de vau: 2,25 m (sem preparação), Com preparação: 4 m
Obstáculo vertical: 1,15 m
Armamento: Um canhão L-7 A3 de 105 mm e 52 calibres; 2 metralhadoras FN MAG de 7.62 mm; 8 lançadores de fumaça.


O carro de combate pesado Leopard 1 é um dos mais importantes MBTs da época da guerra fria para os paises da OTAN. Este carro de combate alemão foi o primeiro MBT alemão do pós-guerra, uma vez que depois do termino da segunda grande Guerra os Estados Unidos forneceram muitos velhos Tanques M-47 e M-48 sub-armados com canhões de 90 mm. Em 1956 a Alemanha decidiu que desenvolveria em conjunto com a França, outro país devastado pela guerra, um novo carro de combate blindado que substituísse os tanques norte americanos fornecidos a ambos os paises e que não tinham um desempenho adequado. Porém a parceria entre alemão e franceses durou pouco e cada nação acabou seguindo por caminhos distintos onde a Alemanha decidiu construir o novo carro de combate pesado Leopard 1, enquanto que a França seguiu com seu carro de combate que foi batizado de AMX-30.
O primeiro leopard 1 foi entregue ao exercito alemão (Bundeswehr) em 1965 e iniciou uma nova fase na história daquele exercito e da industria bélica alemã.
Muitas versões modernizadas foram criadas para suprir as necessidades de melhorias para fazer frente a grande superioridade numérica imposta pelas forças do Pacto de Varsóvia, comandada pela União Soviética.
Porém, foge ao escopo deste artigo, apresentar as diversas versões do Leopard 1.
O foco do presente texto é apresentar o modelo Leopard 1 A5, que o exercito brasileiro adquiriu de segunda mão, junto ao exercito alemão em 2006. Ao todo, foram adquiridos 250 unidades deste eficiente carro de combate sendo que os primeiros 10 exemplares chegaram no Brasil em janeiro de 2009 e as entregas devem terminar até o final de 2012, quando o Leopard 1 A5 assumirá a espinha dorsal da capacidade de combate do Exercito Brasileiro.
 O TO provável do Brasil é a Amazônia, atualmente. Lá, um MBT não serve para nada uma vez que a selva é muita fechada e não permite que a principal vantagem de um sistema de armas como um tanque, a sua mobilidade, seja usada. Essa condição, somado ao fato dos carros de combate das nações vizinhas não serem de ultima geração, faz com que o Leopard 1 A5 seja uma letal ferramenta de combate na América do Sul por muitos anos ainda.
A grande melhoria da versão A5 do leopard 1 em relação a seus antecessores está justamente na eletrônica. Sistema desenvolvidos para serem usados no Leopard II, bem mais poderoso que o leopard 1, foram integrados ao Leopard 1 permitindo uma sobrevida nos campos de batalha modernos. Um sistema avançado de controle de tiro Krupp-Atlas Elektronik EMES-18, baseado num computador de tiro desenvolvido, originalmente, para o Leopard 2 é o grande diferencial do Leopard 1 A5. O EMES-18 possui, integrado, uma mira de visão térmica HZF (Hauptzielfernrohr) fabricado pela famosa Carl Zeiss e um telêmetro a laser que substituem os sistemas ópticos anteriormente usados nas versões mais antigas do leopard 1. O computador de controle de fogo calcula soluções para tiro contra alvos distanciados até 4 km de distancia.
O canhão do Leopard 1 A5 é o L-7 A3 de 105 mm e 52 calibres. O canhão é estabilizado o que significa que o leopard 1 A5 pode se mover por um terreno irregular que o canhão se mantém apontado para o alvo, permitindo disparar em movimento com alta probabilidade de acerto no primeiro tiro. O carregamento é feito manualmente, como normalmente é em carros de combate dessa geração. O compartimento de munição tem capacidade de transportar até 55 munições de 105 mm. O armamento secundário é composto por uma metralhadora coaxial FN MAG em calibre 7,62X51 mm, além da metralhadora de mesmo modelo montada acima da torre. Ao todo, são transportadas 5500 munições em calibre 7,62X51 mm para essas metralhadoras.
O leopard 1 A5 recebeu reforços em sua proteção balística através de placas de blindagem extra montadas na torre do tanque. O habitáculo é protegido para condições de ambiente NBQ (nuclear, bacteriológico e químico) como se espera de um carro de combate desenvolvido para uso da OTAN contra uma força soviética na Europa central.


O leopard 1 A5 é propulsado por um motor MTU MB 838 CaM-500 de 10 cilindros que proporciona uma potencia máxima de 830 hp. Esse motor leva o leopard 1 A5 a uma velocidade máxima de 65 km/h em estrada e a 30 km/h em pisos irregulares. A autonomia é de 600 km é conseguida devido ao tanque de combustível com capacidade de 985 litros de diesel. As dimensões avantajadas do leopard 1 A5, somado a o seu desenho, permitem ele boa capacidade de transpor obstáculos como rios e obstáculos verticais.
O Leopard 1 A5 representa um avanço na capacidade de combate entre carros de combate do Exército Brasileiro, e inegavelmente, é um blindado de respeito entre os veículos do mesmo tipo em operação em nosso continente. Lembrando sempre que a tecnologia em sistemas de armas antitanque, conta hoje, com mísseis portáteis extremamente eficazes contra QUALQUER carro de combate, incluindo o M-1 A2, leopard 2 A6 ou o leclerc do exercito francês. Portanto, não vale dizer que, se nosso carro de combate fosse um T-90 russo ou um M-1 A2, teríamos um blindado imune a tudo. Qualquer carro de combate moderno é, literalmente, parado por um míssil Spike ou Kornet, por exemplo, como os que o Peru adquiriu recentemente. O leopard 1 A5 terá uma vida longa nas fileiras do Exército Brasileiro.


Estado Operacional

País: Brasil
Designação Local:Leopard 1 A5
Qtd: Máx:240  
Qtd. em serviço:240
Situação: Em serviço

Operacionalidade: Segundo noticias vindas a público durante 2006, o Brasil terá fechado um acordo com a Alemanha, para a compra de uma parte dos Leopard-1-A5 alemães que foram retirados de serviço.
Trata-se de uma frota relativamente recente e mais moderna que os Leopard-1A1 que o Brasil adquiriu à Bélgica durante os anos 90.
Estes carros de combate, deverão não só substituir os ainda remanescentes M-41, como deverão permitir enviar para a reserva os carros M-60A3-TTS, embora não haja dados concretos sobre a questão.
O M-60 é mais pesado que o Leopard-1 e melhor blindado, ainda que a diferença não seja tanta quando se compara com a versão Leopard-1-A5.
As informações mais recentes, apontam no sentido de que os Leopard-1A5 deverão ser colocados nos regimentos de carros de combate, repassando os Leopard-1A1 mais antigos para os regimentos de cavalaria blindada.

A distribuição dos veículos prevista é a seguinte:

Lote1 70 Leos
6ª Bda Inf Bld: 1º RCC-26; 4º RCC-26; CIBld-4
5ª Bda C Bld: 3º RCC-14

Lote2 70 Leos
6ª Bda Inf Bld: 1º RCC-28; 4ºRCC-28
5ª Bda C Bld: 3º RCC-14

Lote3 80 Leos
5ª Bda C Bld: 3º RCC-26; 5º RCC-54.

As primeiras unidades foram oficiamente incorporadas em Outubro de 2009 e a totalidade dos veículos deverá ser entregue até ao final de 2012.




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