FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta
Tripulação: 133 tripulantes.
Data do comissionamento: Novembro de 1976
Deslocamento: 1.970 toneladas (carregado).
Comprimento: 95.77 mts.
Boca: 11.4 mts.
Propulsão: 1 turbina a gás GE LM 2500 de 27.490 shp; 2 motores diesel MTU 16V956 TB91 de 3.940 bhp.
Velocidade: 27 nós (50 km/h)
Alcance: 7408 Km
Sensores: Radar de busca aérea e de superfície Alenia 2D RAN 20S com alcance de 240 km, Radar de navegação Furuno FR 8252l, radar de direção de tiro Orion RTN-10X, Sonar Atlas Elektronik DSQS-21C.
Armamento: AAW:; 2 canhões Bofors Trinity MK-3 de 40 mm antiaéreos; AsuW: 1 Canhão Vickers MK-8 de 114,5 mm, 2 lançadores duplos de mísseis MBDA MM-40 MK II Exocet; ASW: 2 lançadores triplos MK-32 para torpedos leves MK-46.
Aéronaves: Um helicóptero anti-submarino Westland Super Linx
As origens do projeto que resultou nas corvetas da classe "Inhaúma" remontam a 1977, quando a Marinha do Brasil iniciou estudos visando substituir as dez corvetas classe "Imperial Marinheiro" então em serviço nas Forças Distritais, por uma nova classe de navios-patrulha oceânicos (NaPaOc), com um deslocamento carregado de 700 t. Alem da necessidade urgente de substituir os antigos contratorpedeiros de origem americana, a Marinha do Brasil precisava de um navio maior como resposta á construção pela Argentina das novas corvetas classe Espora (projeto derivado da classe MEKO-140 produzidos pelos estaleiros alemães Blohm+Voss que estavam sendo construídas na Argentina pelos estaleiros AFNE, Rio Santiago).
As especificações da marinha do Brasil foram alteradas e o "Projeto NaPaOc" deu origem ao "Projeto Corveta". Em sua versão final os navios ficaram com um deslocamento superior a 1.900 toneladas, portanto, bem maior do que o previsto originalmente. As corvetas podem ser consideradas, na realidade, como fragatas leves, com um armamento ligeiramente inferior ao das fragatas classe "Niterói”. O "Projeto Corveta" foi desenvolvido pela Diretoria de Engenharia Naval (DEN) com consultoria técnica da empresa alemã Marine Technik, através de contrato firmado em 1 de outubro de 1981.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.
O primeiro lote de dois navios teve sua construção autorizada em fevereiro de 1982 e o segundo lote de dois navios em janeiro de 1986. A Marinha planejava, inicialmente, construir um total de 16 corvetas, em quatro lotes de quatro navios, mas a crônica falta de verbas só permitiu a obtenção de apenas quatro unidades e, mesmo assim, com atrasos consideráveis na construção.
A construção da Inhaúma previa um prazo de dois anos para sua finalização. Em Setembro de 1983, começou a construção, sendo, porém, que sua finalização acabou atrasando um ano e a Inhaúma acabou sendo lançada ao mar em 1986 e apenas em 1989, 6 anos depois, ela foi integrada a frota da marinha brasileira.
O segundo navio da classe, a Jaceguai sofreu o mesmo atraso e só foi lançada ao mar depois de 3 anos do inicio de sua construção, que ocorreu em 1984, sendo incorporada a esquadra somente em 1991.
As corvetas classe "Inhaúma" foram concebidas para prover escolta a comboios de cabotagem e transoceânicos, com capacidade para guerra anti-submarino, guerra de superfície, guerra antiaérea e apoio de fogo naval em operações anfíbias. As corvetas classe "Inhaúma" são capazes de operar em ambientes saturados de emissões e bloqueios eletrônicos, sob ameaça aérea e de mísseis e podem desenvolver altas velocidades a baixo custo por longos períodos. Podem detectar, coletar, avaliar, informar e reagir em tempo suficiente, frente às ameaças rápidas e precisas, graças aos seus sensores modernos, integrados a um ágil sistema de processamento de dados táticos. A guarnição reduzida, adequada à automação, permite o controle de todos os seus sistemas, seja na propulsão, geração, distribuição de energia e controle de avarias, como também na detecção, coleta de informações e resposta tática. Velocidade, manobrabilidade e baixo consumo foram aliados de forma harmônica nessa classe de navios.
A vida útil projetada de cada navio é de pelo menos 25 anos, a um custo de aquisição de US$150 milhões por unidade, com um índice de nacionalização da ordem de 40%. A Marinha já nacionalizou o sistema de guerra eletrônica e os foguetes de chaff.
MODERNIZAÇÃO
Em 2008 teve inicio o processo de modernização de corvetas (Programa MOD/CORV) que é realizado junto com o Período de Manutenção Geral (PMG) e teve o objetivo de revitalizar principalmente as máquinas e substituir alguns sistemas e sensores. Os sistemas táticos de comando, controle e combate foram substituídos, bem como alguns sensores. Não há previsão de substituição de armamentos. A modernização compreendeu nas seguintes instalações: Sistema SICONTA Mk.4; radar de busca combinada Selex Sistemi RAN-20S bidimensional Radar de DT Selex Sistemi RTN-30X; Radar de navegação Furuno FR 8252; MAGE Defensor; Sistema de Navegação Inercial SIGMA 40 INS; Sistema de Controle e Monitoração SCM; Manutenção geral das máquinas; Revisão dos sistemas hidráulicos e elétricos; Revitalização e melhoria das áreas habitáveis.
SISTEMAS DE COMBATE E ARMAMENTOS
O sistema de armas representa 50% do custo da corveta, foi em sua maior parte importada, pois para serem fabricados no Brasil, necessitariam que a Marinha comprasse navios em números bem superiores. O armamento das corvetas é constituído por um canhão Vickers Mk.8 de 4,5 polegadas (114,3mm) com cadência de tiro na ordem de 25 tiros por minuto e um alcance efetivo de 22 km na proa, do mesmo modelo usado nas fragatas da classe Niterói, com capacidade antiaérea e anti-superfície; dois lançadores Plessey Shield de chaff sobre o passadiço; dois lançadores duplos de mísseis superfície-superfície MBDA MM-40 MK 2 Exocet, cujo alcance é de 70 km e com guiagem por radar ativo; dois reparos triplos Mk.32 para torpedos anti-submarino MK-46 de 324 mm à meia-nau capazes de atingir um submarino inimigo a 7,3 km e a uma profundidade máxima de 365 m e dois canhões Bofors de 40mm /L70 Mod.1958. Era previsto a instalação do sistema CIWS americano Phalanx, de 20mm, na popa o Brasil chegou a solicitar a compra de 8 Phalanx aos EUA, mas que acabou barrada pelo Congresso americano pois na época, a Marinha do Brasil também desenvolvia um canhão anti-míssil de tiro rápido de 20mm no IPqM e os americanos provavelmente temiam que o Phalanx fosse “copiado”.
Foto: Carlos Padilha www.alide.com.br
Foto: Carlos Padilha www.alide.com.br
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Um hangar e convés de vôo (famoso por ser o menor no planeta em que um helicóptero naval pode pousar num navio militar) servem para um helicóptero anti-submarino Westland Super Lynx (AH-11A Super Lynx), desempenhando missões de esclarecimento, ataque anti-submarino com torpedos MK-46 , ataque a navios com mísseis Sea Skua guiado por radar semi-ativo e com alcance de 20 km.
Os sensores são controlados por um sistema de gerenciamento de dados táticos Sinconta Mk-4, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM).O principal sensor das corvetas é o radar Alenia 2D RAN 20S que opera na banda E possui um alcance Maximo de 240 km. (com capacidade IFF), operando na banda E/F. Este radar é dotado de MTI (moving target indicator), que remove o clutter (retorno do mar e de terra) e só apresenta alvos móveis, tornando possível o acompanhamento de alvos em vôo rasante sobre o mar (sea-skimmer).
Existe também um Radar de navegação Furuno FR 8252 e um sonar de casco passivo/ativo Atlas Elektronik DSQS-21C de média freqüência. Os canhões são direcionados por um radar de direção de tiro Orion RTN-10X avante, por uma alça eletro-ótica Saab EOS-400 (que proporciona imagem de TV e térmica para apoiar a direção de tiro dos canhões do navio.) O sensor termal detecta o calor de um alvo a uma distancia máxima de 20 km e por duas alças óticas OFDLSE.
Para a guerra eletrônica cada navio dispõe de um Sistema de Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica “Defensor” e que classifica as ameaças eletromagnéticas como ondas de radares inimigas que estejam iluminando o navio para que estas possam ser interferidas. O sistema de combate do navio da série Ferranti WSA-420 é dividido em dois subsistemas: Comando e Controle CAAIS-450 e Direção de Tiro WSA-421, utilizando computadores de 5ª geração e uso dedicado Ferranti FM-1600E. Os subsistemas possuem apenas um programa operacional, o que faz com que troquem informações em tempo real, possibilitando, em caso de avaria ou paralisação de um deles, que o outro assuma as suas funções, sem que haja perdas de processamento. A apresentação dos dados é feita de forma clara e organizada, através de displays, onde podem ser traçadas linhas, círculos, áreas, além de outros recursos gráficos que dão ao comandante a possibilidade de avaliar com clareza e em tempo real a situação tática, permitindo a tomada de decisões precisas e correta. Para fins de treinamento, pode-se também gerar alvos fictícios como retornos do mar, bloqueios eletrônicos, alvos aéreos, alvos de superfície, mísseis e outros contatos que tornam o ambiente bem próximo do real para os operadores. O sistema tem capacidade para abrir e gerenciar contatos radar automaticamente, todos inicialmente designados com categoria aérea (mais alto grau de ameaça), inclusive contatos sobre terra.
Os sensores são controlados por um sistema de gerenciamento de dados táticos Sinconta Mk-4, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM).O principal sensor das corvetas é o radar Alenia 2D RAN 20S que opera na banda E possui um alcance Maximo de 240 km. (com capacidade IFF), operando na banda E/F. Este radar é dotado de MTI (moving target indicator), que remove o clutter (retorno do mar e de terra) e só apresenta alvos móveis, tornando possível o acompanhamento de alvos em vôo rasante sobre o mar (sea-skimmer).
Existe também um Radar de navegação Furuno FR 8252 e um sonar de casco passivo/ativo Atlas Elektronik DSQS-21C de média freqüência. Os canhões são direcionados por um radar de direção de tiro Orion RTN-10X avante, por uma alça eletro-ótica Saab EOS-400 (que proporciona imagem de TV e térmica para apoiar a direção de tiro dos canhões do navio.) O sensor termal detecta o calor de um alvo a uma distancia máxima de 20 km e por duas alças óticas OFDLSE.
Para a guerra eletrônica cada navio dispõe de um Sistema de Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica “Defensor” e que classifica as ameaças eletromagnéticas como ondas de radares inimigas que estejam iluminando o navio para que estas possam ser interferidas. O sistema de combate do navio da série Ferranti WSA-420 é dividido em dois subsistemas: Comando e Controle CAAIS-450 e Direção de Tiro WSA-421, utilizando computadores de 5ª geração e uso dedicado Ferranti FM-1600E. Os subsistemas possuem apenas um programa operacional, o que faz com que troquem informações em tempo real, possibilitando, em caso de avaria ou paralisação de um deles, que o outro assuma as suas funções, sem que haja perdas de processamento. A apresentação dos dados é feita de forma clara e organizada, através de displays, onde podem ser traçadas linhas, círculos, áreas, além de outros recursos gráficos que dão ao comandante a possibilidade de avaliar com clareza e em tempo real a situação tática, permitindo a tomada de decisões precisas e correta. Para fins de treinamento, pode-se também gerar alvos fictícios como retornos do mar, bloqueios eletrônicos, alvos aéreos, alvos de superfície, mísseis e outros contatos que tornam o ambiente bem próximo do real para os operadores. O sistema tem capacidade para abrir e gerenciar contatos radar automaticamente, todos inicialmente designados com categoria aérea (mais alto grau de ameaça), inclusive contatos sobre terra.
PROPULSÃO
O sistema de propulsão das corvetas é do tipo CODOG (Combined Diesel or Gas Turbine combinação com motor diesel ou turbina a gás), com uma turbina a gás General Electric LM-2500 (nacionalizado em 15%, base, invólucro, grupo de descarga de gases e outras peças) de 27.000 HP e dois motores diesel MTU 16V 596 TB91 (nacionalizados em 42%.) de 3.900 HP cada, movimentando dois eixos com hélices de passo controlável KaMeWa e dois lemes, sendo os navios equipados com sistema Vosper de estabilização ativa por aletas. A velocidade máxima sustentada é de 27 nós (50 km/h) com turbinas a gás e de 18 nós com os motores diesel. A autonomia é de cerca de 4.000 milhas náuticas (7.408 km) a 15 nós (28 km/h). As corvetas também são equipadas com o Sistema de Controle e Monitoração (SCM) desenvolvidos integralmente pelo Instituto de Pesquisa da Marinha (IPqM) e foi instalado nas fragatas classe "Niterói" no programa ModFrag. O SCM é composto, por três subsistemas independentes, o SCMPA, que controla e monitora toda a operação dos motores, turbina e máquinas auxiliares, o SCAv – Subsistema de Controle de Avaria e do Subsistema Manual Remoto que permite à tripulação operar a propulsão do passadiço ou desde qualquer um dos consoles remotos do SCM. Entre o Centro de Controle de máquinas e os sistemas monitorados o SCM usar uma rede dedicada de fibra ótica para trafegar seu sinal. O SCAv recebe continuamente informações de centenas de sensores variados espalhados por todo o navio. São medidos fumaça, fogo, inundação, abertura e fechamento de portas, etc. Os fios que saem dos sensores são consolidados em 38 caixas coletoras de dados espalhadas por todo o navio, conectando-se em seguida o processador do sistema no Centro de Controle de Máquinas (CC M) via fios de fibra ótica.
O sistema de propulsão das corvetas é do tipo CODOG (Combined Diesel or Gas Turbine combinação com motor diesel ou turbina a gás), com uma turbina a gás General Electric LM-2500 (nacionalizado em 15%, base, invólucro, grupo de descarga de gases e outras peças) de 27.000 HP e dois motores diesel MTU 16V 596 TB91 (nacionalizados em 42%.) de 3.900 HP cada, movimentando dois eixos com hélices de passo controlável KaMeWa e dois lemes, sendo os navios equipados com sistema Vosper de estabilização ativa por aletas. A velocidade máxima sustentada é de 27 nós (50 km/h) com turbinas a gás e de 18 nós com os motores diesel. A autonomia é de cerca de 4.000 milhas náuticas (7.408 km) a 15 nós (28 km/h). As corvetas também são equipadas com o Sistema de Controle e Monitoração (SCM) desenvolvidos integralmente pelo Instituto de Pesquisa da Marinha (IPqM) e foi instalado nas fragatas classe "Niterói" no programa ModFrag. O SCM é composto, por três subsistemas independentes, o SCMPA, que controla e monitora toda a operação dos motores, turbina e máquinas auxiliares, o SCAv – Subsistema de Controle de Avaria e do Subsistema Manual Remoto que permite à tripulação operar a propulsão do passadiço ou desde qualquer um dos consoles remotos do SCM. Entre o Centro de Controle de máquinas e os sistemas monitorados o SCM usar uma rede dedicada de fibra ótica para trafegar seu sinal. O SCAv recebe continuamente informações de centenas de sensores variados espalhados por todo o navio. São medidos fumaça, fogo, inundação, abertura e fechamento de portas, etc. Os fios que saem dos sensores são consolidados em 38 caixas coletoras de dados espalhadas por todo o navio, conectando-se em seguida o processador do sistema no Centro de Controle de Máquinas (CC M) via fios de fibra ótica.
PROBLEMAS IDENTIFICADOS NA INHAÚMA.
A Classe Inhaúma deveria ser um navio de combate bem mais barato de se adquirir do que as fragatas da Classe Niterói, porém, contanto com quase o mesmo poder de fogo destas (Exocet e torpedos Mk 46) montados num casco menor. Elas seriam, essencialmente, “fragatas em um casco de Navio Patrulha Oceânico”, o que conseqüentemente obrigava usar uma tripulação menor do que a Niterói. A parte as Corvetas demandava um grande número de horas de manutenção pela tripulação o que era incompatível com o número de horas-homem disponíveis para sua realização. Em 1992 foi implementada uma solução de contorno, ao exemplo do que se tem na força de submarinos foi criado um Grupo de Manutenção de Apoio (GruMApo) que seria comporto por praças e que se dedicariam a completar a tripulação da Corveta durante seus períodos em terra. O GruMApo, infelizmente durou pouco, tendo sido debandado poucos anos depois de criado. A pequena tripulação das corvetas gerou um programa de manutenção novo onde a cada três meses de período operativo, se previa um de período de manutenção em terra. Isso era um sistema muito peculiar e único e logo surgiram as mais diversas pressões para que as corvetas adotassem um sistema de manutenção mais próximo do resto da frota de escoltas, mas isso não tinha como ser feito e acabou solapando todo o esforço de manutenção da nova classe. O primeiro PMG, Período de Manutenção Geral que deveria ter ocorrido poucos anos após a entrada de serviço da Inhaúma só se deu aos 17 anos. Não é nenhum segredo que a estabilidade no mar sempre foi a grande dor de cabeça do projeto das Inhaúma.
A Classe Inhaúma deveria ser um navio de combate bem mais barato de se adquirir do que as fragatas da Classe Niterói, porém, contanto com quase o mesmo poder de fogo destas (Exocet e torpedos Mk 46) montados num casco menor. Elas seriam, essencialmente, “fragatas em um casco de Navio Patrulha Oceânico”, o que conseqüentemente obrigava usar uma tripulação menor do que a Niterói. A parte as Corvetas demandava um grande número de horas de manutenção pela tripulação o que era incompatível com o número de horas-homem disponíveis para sua realização. Em 1992 foi implementada uma solução de contorno, ao exemplo do que se tem na força de submarinos foi criado um Grupo de Manutenção de Apoio (GruMApo) que seria comporto por praças e que se dedicariam a completar a tripulação da Corveta durante seus períodos em terra. O GruMApo, infelizmente durou pouco, tendo sido debandado poucos anos depois de criado. A pequena tripulação das corvetas gerou um programa de manutenção novo onde a cada três meses de período operativo, se previa um de período de manutenção em terra. Isso era um sistema muito peculiar e único e logo surgiram as mais diversas pressões para que as corvetas adotassem um sistema de manutenção mais próximo do resto da frota de escoltas, mas isso não tinha como ser feito e acabou solapando todo o esforço de manutenção da nova classe. O primeiro PMG, Período de Manutenção Geral que deveria ter ocorrido poucos anos após a entrada de serviço da Inhaúma só se deu aos 17 anos. Não é nenhum segredo que a estabilidade no mar sempre foi a grande dor de cabeça do projeto das Inhaúma.
O nosso bem conhecido canhão Vickers de 4,5 polegadas acabou sendo muito pesado para as corvetas e seu posicionamento na proa multiplicava a tendência do navio de “caturrar”, oscilar no eixo longitudinal, o que combinado com a proa baixa em mares um pouco mais fortes, acabava por produzir muita entrada de água do mar no convés dianteiro. Isso gerava um desgaste maior das engrenagens do próprio canhão devido ao contato freqüente com a água salgada, além de tornar muito perigosa a presença de militares na proa. Esta restrição atrapalhava em uma série de operações no convés da proa, especialmente a, importantíssima, de transferência de óleo no mar. Como as Niterói e as Greenhalgh, quanto mais longa a pernada, e mais combustível dos tanques era gasto, mais leve ficava a Corveta, elevando seu centro de gravidade e tornando-a ainda mais instável e suscetível os efeitos nocivos do vento de través por sua grande área vélica. Os cascos maiores das demais classes de escolta, pelo menos, lhes permitiam ter tanques dedicados de lastro que iam desde á saída do porto cheios de água, mantendo o deslocamento do navio mesmo com o efeito negativo da queima do combustível.
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