FICHA TÉCNICA
Tipo: Fragata multimissão.
Tripulação: 209 tripulantes.
Data do comissionamento: Novembro de 1976
Deslocamento: 3800 toneladas
Comprimento: 129 mts.
Boca: 13,5 mts.
Propulsão: 2 Turbinas a Gás Olympus TM3B com 56000 hps e 4 motores a diesel T16V956 B-9
Alcance: 8500 Km
Sensores: Radar de busca aérea e de superfície Alenia 2D RAN 20S com alcance de 240 km, Radar de navegação Terma Skanter Mil, radar de direção de tiro RTN-30X, Sonar EDO 997F.
Armamento: AAW: 1 lançador de 8 células para mísseis Aspide Mod 7; 2 canhões Bofors Trinity MK-3 de 40 mm antiaéreos; AsuW: 1 Canhão Vickers MK-8 de 114,5 mm, 4 lançadores de mísseis MBDA MM-40 MK II Exocet; ASW: 2 lançadores triplos MK-32 para torpedos leves MK-46.
Aéronaves: Um helicóptero anti-submarino Westland Super Linx
A marinha do Brasil foi durante um bom tempo a mais moderna e bem equipada marinha da América do Sul, tanto pela quantidade de navios em serviço como pela sofisticação de alguns de seus navios. Parte dessa vantagem estava em sua fragata da classe Niterói, o mais importante navio de guerra da marinha do Brasil até hoje. As fragatas da classe Niterói (F-40) foram parte de um acordo entre a marinha do Brasil e o estaleiro britânico Vosper Thornycroft no ano de 1970, para que este construísse 4 navios do projeto MK-10 e que outros 2 navios desse tipo fossem construído pelo Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, obtendo assim a transferência de tecnologia para esse tipo de navio, o que, mais tarde acabou permitindo o desenvolvimento das corvetas Inhaúma e Barroso, que são fruto dessa transferência para nossa marinha.
Essa modernização, também trouxe uma experiência importantíssima para a marinha do Brasil nesse tipo de empreendimento, para que no futuro, possamos executar esse tipo de trabalho em outras embarcações de nossa marinha e até, em navios de países amigos.
A suíte de sensores nas fragatas classe Niterói foram os sistemas mais atingidos pelo programa de modernização, sendo que o radar principal, de busca aérea e de superfície, é o modelo italiano da Alenia 2D RAN 20S que opera na banda E possui um alcance Maximo de 240 km. Para navegação o radar dinamarquês Terma Skanter Mil operado na banda X tem um alcance maximo de 45 km.
Para direção de tiro um sistema NA-30 composto por um radar RTN-30X com alcance de 45 km contra alvos aéreos e 15 km de alcance contra mísseis em vôo rente a o mar (sea skimmer) e por um sensor Saab EOS 400-10B que proporciona imagem de TV e térmica para apoiar a direção de tiro dos canhões do navio. O sensor termal detecta o calor de um alvo a uma distancia máxima de 20 km. Para detecção de ameaças submarinas um novo sonar modelo EDO 997F, o mesmo usado no moderníssimo novo destróier da marinha britânica o Type 45 Daring, foi instalado. Esse sonar permite uma maior sensibilidade na detecção das ameaças submarinas. Os sensores das Niterói são controlados por um sistema de gerenciamento de dados táticos Sinconta Mk-2, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). Esse sistema gerencia as informações dos sensores dando agilidade de resposta para as ameaças ao navio.
A suíte de guerra eletrônica é composto por um sistema Racal Cutlass B1W de apoio a guerra eletrônica (MAGE) que classifica as ameaças eletromagnéticas como ondas de radares inimigas que estejam iluminando o navio para que estas possam ser interferidas, ou “jameadas” como preferem dizer alguns especialistas. O interferidor usado nas fragatas Niterói é o ET/SLQ-1 desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), que interfere em radares de direção de tiro e de busca, além de gerar sinais eletrônicos que despistam os sensores inimigos, dando uma posição do navio diferente da real.
Para direção de tiro um sistema NA-30 composto por um radar RTN-30X com alcance de 45 km contra alvos aéreos e 15 km de alcance contra mísseis em vôo rente a o mar (sea skimmer) e por um sensor Saab EOS 400-10B que proporciona imagem de TV e térmica para apoiar a direção de tiro dos canhões do navio. O sensor termal detecta o calor de um alvo a uma distancia máxima de 20 km. Para detecção de ameaças submarinas um novo sonar modelo EDO 997F, o mesmo usado no moderníssimo novo destróier da marinha britânica o Type 45 Daring, foi instalado. Esse sonar permite uma maior sensibilidade na detecção das ameaças submarinas. Os sensores das Niterói são controlados por um sistema de gerenciamento de dados táticos Sinconta Mk-2, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). Esse sistema gerencia as informações dos sensores dando agilidade de resposta para as ameaças ao navio.
A suíte de guerra eletrônica é composto por um sistema Racal Cutlass B1W de apoio a guerra eletrônica (MAGE) que classifica as ameaças eletromagnéticas como ondas de radares inimigas que estejam iluminando o navio para que estas possam ser interferidas, ou “jameadas” como preferem dizer alguns especialistas. O interferidor usado nas fragatas Niterói é o ET/SLQ-1 desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), que interfere em radares de direção de tiro e de busca, além de gerar sinais eletrônicos que despistam os sensores inimigos, dando uma posição do navio diferente da real.
O armamento das fragatas Niterói também foi bastante modernizado, visando uma melhora significativa na capacidade antiaérea, antes feita por velhos e ineficazes mísseis Sea Cat, cujo alcance mal passava dos 5 km, além da péssima precisão, para os bem mais poderosos mísseis Aspide Mod 07, guiados por radar semi ativo que conseguem uma probabilidade de acerto de 0.8 (80%) contra um alvo aéreo e com um alcance maximo de 15 km. O lançador usado é do tipo óctuplo (com 8 mísseis), e pode ser modernizado, caso a marinha do Brasil assim o queira para a versão Aspide 2000, com alcance aumentado para 21 km. Foram instalados, também pensando na capacidade anti aérea, dois canhões Bofors Trinity MK-3 de 40 mm, que é apontado elo radar RTN -30C, o mesmo que guia os mísseis Aspide, ou pode ser apontado pela mira optronica EOS 400. As granadas disparadas por este canhão são do tipo de fragmentação e sua detonação se dá por espoleta de aproximação ou ainda programáveis. O alcance maximo é de 10 km contra alvos de superfície, ou 6 km contra alvos aéreos.
Aspide 2000
lançamento de um Missil Aspide 2000
Canhão Bofors Trinity MK-3 de 40 mm
Para guerra anti-superfície, as fragatas Niterói, está armada com 4 lançadores de mísseis antinavio MBDA MM-40 MK 2 Exocet, cujo alcance é de 70 km e com guiagem por radar ativo. O canhão principal é o Vickers MK-8 de 114,5 mm, com cadência de tiro na ordem de 25 tiros por minuto e um alcance efetivo de 22 km. O uso deste canhão se dá contra alvos de superfície e aéreos. Esse canhão já é bem conhecido da marinha pois além das fragatas da classe Niterói, também arma as corvetas Inhaúma e a nova corveta Barroso. O armamento anti-submarino é composto por dois lançadores triplos MK-32 para torpedos MK-46 de 324 mm capazes de atingir um submarino inimigo a 7,3 km e a uma profundidade máxima de 365 metros além do lançador de foguetes anti-submarino Bofors SR-375 cujos foguetes podem atingir um alcance de 3,7 km.
Ainda há, nas Niterói, um helicóptero anti-submarino Westland Super Linx, que pode ser armado com torpedos MK-46 ou mísseis antinavio Sea Skua guiado por radar semi ativo e com alcance de 20 km. Esse míssil usa os dados do radar de médio alcance Sea Sprey MK-3 do Super Linx para atingir seu alvo.
Ainda há, nas Niterói, um helicóptero anti-submarino Westland Super Linx, que pode ser armado com torpedos MK-46 ou mísseis antinavio Sea Skua guiado por radar semi ativo e com alcance de 20 km. Esse míssil usa os dados do radar de médio alcance Sea Sprey MK-3 do Super Linx para atingir seu alvo.
Westland Super Linx Foto: Felipe Sallen www.alide.com.br
Vickers MK-8 de 114,5 mm
lançador de foguetes anti-submarino Bofors SR-375
mísseis antinavio MBDA MM-40 MK 2 Exocet
lançadores triplos MK-32 para torpedos MK-46 de 324 mm
mísseis antinavio MBDA MM-40 MK 2 Exocet
Embora o projeto da classe Niteróis seja um pouco antigo, com mais de 30 anos, atualmente, a modernização pelo qual passou estes navios permite ela que ainda seja considerada como meio naval válido por mais alguns anos. Porém já é hora da marinha do Brasil começar a estudar com seriedade a substituição em médio prazo destes navios. O acordo de cooperação militar assinado com a França no inicio de 2008 poderia ser muito útil nesse caso pois a fragata FREMM já descrita nesse blog é um dos mais avançados projetos nessa categoria de navio e poderia servir muito bem a marinha do Brasil.