sábado, 28 de abril de 2018
Junkers Ju 290
Desenvolvido diretamente do transportador civil e militar Ju 90, o quadrimotor Junkers Ju 290 deveria substituir o Fockw-Wulf Fw 200que, por volta de 1942, já se mostrava vulnerável e lento quando confrontado por aeronaves da RAF. Foi só em 1943 que o Ju 290, que nunca foi muito utilizado em transportes, recebeu extensivas modificações para se tornar uma aeronave de reconhecimento marítimo com a instalações de radares e mais armamentos.
Junkers Ju A-7.
Quando o grupo de reconhecimento Fernaufklärungsgruppe 5 foi formado no verão de 1943, três dos novos Ju 290A-2S foram entregues e serviram em Mont de Marsan na França. Mais tarde cinco Ju 290 A-3 com motores BMW mais potentes e cinco Ju 290 A-4 com torres dorsais melhoradas foram entregues. Em Novembro, novos Ju 290 com capacidade de 6.100km de alcance foram postos em serviço no Atlântico para denunciar as posições de comboios para U-boats.
Onze aeronaves Ju 290 A-5 com maior blindagem e canhões de 20mm foram entregues ao FGRr 5 em 1944. Uma dúzia das variações Ju 290 A-7 eram verdadeiros aviões anti-navios, capazes de carregar até três Henschel Hs 293 ou armas Fritz X sob a fuselagem ou a asa. Também havia uma nova seção no nariz com uma arma de 20mm e um equipamento de rádio FuG 200. Apenas três Junkers Ju 290 A-9, com menor blindagem, menos armamento e alcance de 8.000km, foram produzidos.
Junkers Ju 290 A-3.
Assim que a Batalha do Atlântico tornava-se irreversivelmente a favor dos Aliados com a perda das bases Alemãs na França em 1944, A FAGr 5 foi trsanferida para o leste e utilizada em transportes. Algumas aeronaves voavam sem parar até a Manchúria carregando suprimentos especiais aos Japoneses e trazendo de volta materiais essenciais para a Alemanha.
Especificações do Junkers Ju 290 A-5
Tipo: aeronave de reconhecimento marítimo de nove assentos
Motor: quatro motores radiais BMW 80 ID resfriados ar, desenvolvendo 1.700hp
Performance: velocidade máxima: 440km/h a 6.600 metros; sobe até 1.000 metros em 4,2 minutos; teto operacional: 6.000 metros; alcance máximo: 6.150km
Pesos: vazio: 27.700kg; máximo na decolagem: 45.000kg
Dimensões: envergadura: 42,00m; comprimento: 2864m; altura: 6,83m; área da asa: 204m²
Armamento: 6 metralhadoras MG 151/20 de 20mm, duas torres dorsais, uma metralhadora de 13mm na gôndola ventral; normalmente, bombas não eram carregadas
Fairey Albacore
Eclipsado pelo Swordfish, avião que ele deveria substituir, o Fairey Albacore era uma versão melhorada do Swordfish. Tinha a cabine fechada e um motor mais forte para uma melhor performance. Voou pela primeira vez em Dezembro de 1938 e entrou para o serviço com a Royal Navy's Fleet Air Arm em 1940. Era conhecido como Applecore e sua primeira missão foram ataques em Boulogne em Setembro de 1940.
A maioria dos Albacores ficavam em terra mas tiveram seu momento de glória quando partiram do porta-aviões HMS Formidable e severamente danificaram o navio de batalha italiano Vittorio Veneto em Março de 1941. Após isso, o Albacore foi bastante utilizado em missões de bombardeio no deserto, normalmente durante a noite para prevenir ataques de caças do eixo. Eles foram importantes nas operações que levaram a Batalha de Alamein em Outubro de 1942.
Em operações com porta-aviões o Albacore viu missões no Mediterrâneo, Atlântico Norte, Ártico e no Oceano Índico. Ele também foi utilizado com sucesso como aeronave de apoio em invasões e desembarques como na Sicília, na Itália, e no norte da França. Cerca de 798 Albacores foram produzidos.
Especificações do Fairey Albacore
Tipo: torpedeiro e bombardeiro naval de três tripulantes
Motor: um motor radial Bristol Taurus II de 1.065hp
Performance: velocidade máxima: 259km/h a 2.134 metros de altura; sobe até 1.829 metros em 8 minutos; teto operacional: 6.309 metros; alcance: 1.320km
Pesos: vazio: 3.266kg; máximo na decolagem: 5.715kg
Dimensões: envergadura: 15,24m; comprimento: 12,13m; altura: 4,65m; área da asa: 57,88m²
Armamento: uma metralhadora Vickers de 7,7mm na frente e duas metralhadoras Vickers no cockpit traseiro mais um torpedo de 457mm ou 907kg de bombas
Fairey Barracuda
Lançado para substituir o Albacore, que deveria substituir o Swordfish, o Fairey Barracuda era uma aeronave avançada projetada como um monoplano de alta-performance de acordo com requerimentos de 1937. O motor do projeto inicial foi o Rolls-Royce Exe, mas assim que esse motor foi abandonado a estrutura teve de ser modificada para acomodar o motor Merlin.
O protótipo do Barracuda não voou antes de 7 de Dezembro de 1940 e logo foi verificado que esse pesado avião seria prejudicado pelos motores fracos até então disponíveis. O motor Merlin XXX de 1.260hp foi utilizado no Barracuda MK I e o Merlin 32 de 1.640hp utilizado no Barracuda MK II e Barracuda MK III.
Quando a prioridade de entrega era para a RAF, poucos Barracudas foram entregues para a Fleet Air Arm e somente em 1943 que os primeiros Barracudas MK I começaram a ser utilizados com as forças navais. Estes primeiros Barracudas estavam mais para testes do que serviço pois somente 23 foram entregues.
Os modelos principais utilizados em combate foram o Barracuda MK II equipado com o radar ASV Mk UN e o torpedeiro de reconhecimento Barracuda MK III, equipado com o radar ASV Mk X. O Barracuda viu serviço limitado na marinha e seu grande ponto de sucesso foi o ataque ao navio de batalha alemão Tirpitz, em Abril de 1944.
Especificações do Fairey Barracuda Mk II
Tipo: torpedeiro e bombardeiro de mergulho de três tripulantes
Motor: um Rolls-Royce Merlin 32 V-12 de 1.640hp
Performance: velocidade máxima: 367km/h a 533 metros de altura; sobe até 1.524 metros em 6 minutos; teto operacional: 5.060 metros; alcance: 1.851km
Pesos: vazio: 4.241kg; máximo na decolagem: 6.396kg
Dimensões: envergadura: 14,99m; comprimento: 12,12; altura: 4,60
Armamento: duas metralhadoras Vickers de 7,7mm, um torpedo de 735kg ou quatro cargas de profundidade de 204kg ou seis bombas de 113kg
Blackburn Botha
Em Setembro de 1935 o Ministério Britânico do Ar emitiu uma especificação para uma aeronave de reconhecimento e de bombardeio para três tripulantes e que fosse bimotor. Dois projetos foram aceitos, o Blackburn Botha e o Type 152 (mais tarde chamado de Beaufort) da Bristol. Ambos deveriam utilizar o motor Perseus. Mais tarde o Ministério do Ar revisou a especificação e mudou o número de tripulantes para quatro. O aumento de peso requeria um motor mais forte e enquanto a Blackburn recebeu o motor Perseus de 880hp, a Bristol utilizou o motor Taurus de 1.130hp.
Enquanto pedidos eram emitidos para 442 Bothas em 1936, Beauforts também foram ordenados. O primeiro voo do Botha ocorreu no dia 28 de Dezembro de 1938. A RAF recebeu os Bothas em 12 de Dezembro de 1939 e entraram em serviço com o Esquadrão Nº608 em junho 1940. O Blackburn Botha era utilizado em patrulhas costeiras carregando cargas de profundidade de 50kg ou bombas de 110kg.
O Botha, em serviço, provou ser muito fraco e instável o que causou muitas quedas em 1940. Mais tarde a estrutura e o motor foram alvos de mais desenvolvimento mas foi decidido remover o avião de serviço nas linhas de frente. Nessa altura, o Air Staff tomou a errônea decisão de mandar as unidades sobreviventes para unidades de treino o que resultou em mais acidentes. Em 1944 todos Bothas foram retirados de serviço. 580 Bothas foram produzidos.
Especificações do Blackburn B-26 Botha
Tipo: bombardeiro naval
Tripulação: 4
Motor: 2 motores radiais Bristol Perseus de 940hp cada
Dimensões: envergadura: 17,98m; comprimento: 15,58m; altura: 4,46m; área da asa: 48,12m²
Performance: velocidade máxima:401km/h; alcance: 2.044km; teto operacional: 5.335 metros; velocicade de cruzeiro: 341km/h; velocidade de estol: 120km/h
Pesos: vazio: 5.366kg; máximo na decolagem: 8.369kg
Armamento: 3 metralhadoras de 7,7mm (uma na frente e duas na torre dorsal) e torpedo interno, carga de profundidade ou bombas até907 kg
Séries Karl
As armas conhecidas como Karl foram originalmente concebidas como armas para destruir fortificações de concreto, como a Linha Maginot. Foram produzidas na década de 30 seguindo grandes estudos de matemática e outras teorias realizados na década de 20. A séria Karl é o maior tipo de artilharia autopropulsada já construída. Havia duas versões, uma de 60cm conhecida como Mörser Gerät 040 e o Mörser Gerät 041 de 54cm. Ambas as armas disparavam projéteis especiais perfurantes de concreto. O alcance do Gerät 040 era de 4.500 metros e o do Gerät 041 era de 6.240 metros. Ambas armas tinham a capacidade de perfurar entre 2,5 e 3,5 metros de concreto antes de detonarem. Os projéteis eram massivos, o projétil de 60cm pesava 2.170kg enquanto que o projétil de 54cm pesava 1.250kg.
Mörser Gerät 040.
Por ser uma arma extremamente pesada, seu deslocamento era lento e difícil. Sua razão de tiros também era lenta, no mais rápido, um tiro a cada 10 minutos. Os Karls atrasaram-se para verem serviço contra a Linha Maginot. Em Sebastopol (Sevastopool), foi onde ocorreu seu primeiro grande uso. Seguindo a queda de Sebastopol, os Karls foram utilizados na Varsóvia, em 1944, contra os rebeldes. Eram utilizados para destruírem o centro da cidade e acabar com os rebeldes nos subterrâneos de Varsóvia.
Mörser Gerät 041.
Em 1944, a maioria dos Gerät 040 haviam sido substituídos pelo Gerät 041. Foi em Varsóvia que viram ação pela última vez. A maioria acabou destruido pelos seus operadores.
Especificações do Gerät 041
Tipo: obus autopropulsado de cerco
Peso: 124.000kg
Motor: um motor V-12 desenvolvendo 1.200hp
Dimensões: comprimento do cano: 6,24m; comprimento: 11,15m; largura: 2,65m
Douglas C-47 Skytrain (Dakota Mk I)
Provavelmente uma das aeronaves mais conhecidas de todos os tempos, seja como um avião comercial ou um avião militar, o Douglas C-47 Skytrain evoluiu da aeronave DC-3, que introduziu novos níveis de velocidade e conforto para as viagens da década de 30. Ele voou pela primeira vez no dia 17 de Dezembro de 1935 como uma aeronave comercial. O C-47 não havia sido encomendado pela Força Aérea Americana até 1940. O C-47 tinha motores radiais Pratt & Whitney R-1830 no lugar dos motores Wright Cyclones utilizados nos aviões DC-3. 93 C-47 foram produzidos antes de iniciar-se a produção do modelo C-47A que tinha 24V(volts) no sistema elétrico ao invés de 12V que eram utilizados nos C-47, um total de 4.931 C-47A foram produzidos. Compressores para altitudes elevadas e motores R-1830-90 foram introduzidos nas aeronaves C-47B cuja intenção era que operarassem no sul da Ásia Oriental.
Alunos da escola de paraquedismo em Fort Benning na Geórgia sobem em um Dakota Mk I para treinamento de saltos.
Muitas variantes foram produzidas sob designações diferentes, dos quais o C-53 Skytrooper era o mais importante, sendo uma aeronave padrão para propósitos militares. A produção durante a guerra dos C-47 alcançou o número de 10.048 aeronaves, mais 2.700 produzidos na União Soviética com o nome de Lisunov Li-2. Foi também produzido no Japão sob o nome de L2D. Na Força Aérea Americana o C-47 virou a aeronave padrão para rebocar planadores e realizar transportes durante 1942 e os anos seguintes, sendo utilizado em grande número por forças aerotransportadas durante a guerra. Mais tarde, durante a guerra, alguns 1.895 Dakotas serviram junto de 25 esquadrilhas da RAF (Royal Air Force). O Dakota Mk I correspondia ao C-47, o Dakota Mk II ao C-53, o Dakota Mk III ao C-47A e o Dakota Mk IV ao C-47B. Em 1961, a Força Aérea Americana ainda tinha 1.000 C-47 em seu inventório e eram também utilizados pela Marinha Americana sob o nome de R4D.
Especificações do Douglas C-47 Skytrain (Dakota Mk I)
Tipo: avião de transporte para três tripulantes e 27 passageiros
Motor: dois motores radiais Pratt & Whitney R-1830-92 de 14 cilindros desenvolvendo 1.200hp Performance: velocidade máxima, 370km/h; sobe até 3.048m em 9,6 minutos; teto de serviço 7.315m; alcance 2.575km
Peso: vazio 8.255kg; 11.793kg de peso máximo na decolagem
Dimensões: 29,11m de envergadura; 19,43m de comprimento; 5,18m de altura; 91,69m² de área da asa
Armamento: nenhum
Consolidated B-24 Liberator
O Avião mais produzido nos Estados Unidos durante toda a guerra (a aeronave quadrimotor mais produzida no mundo), o B-24 Liberator, teve seu protótipo, XB-24, testado no dia 29 de Dezembro de 1939. Algumas pequenas mudanças foram feitas em 1940, até o primeiro modelo, B-24D, ser colocado em produção em 1941. Uma decisão política concentrou estas aeronaves no Pacífico, onde os modelos de longo alcance eram bastante efetivos. A maioria dos 2.738 B-24D foram utilizados contra o Japão. Alguns destes aviões serviram na oitava e na nona divisão da Força Aérea Americana no norte da África e na Europa.
Um total 791 B-24E tiveram suas hélices alteradas antes da produção ser alterada para o modelo B-24G, dos quais 430 foram construídos. Esta versão tinha uma torre de duas armas localizada no nariz do avião. 3.100 aviões B-24 também tiveram a mesma torre construída. As versões mais construídas foram a B-24J, das quais 6.678 foram construídas. O B-24L (1.667 foram construídos) tinha duas metralhadoras operadas manualmente localizadas na cauda. O B-24M (2.593 foram produzidos) tinha uma torre de duas armas localizada na cauda. Este grande esforço de produção, que produziu 18.313 aviões em 5 anos e meio, envolveu as indústrias Consolidated, Douglas, Ford e North American. Os B-24 também serviram junto da RAF e da Marinha Americana (sob a designação de PB4Y). Havia um versão para passageiros chamada C-87 e 282 foram produzidos.
Especificações do Consolidated B-24J Liberator
Tipo: bombardeiro médio ou pesado para oito ou dez tripulantes
Motor: quatro motores radiais Pratt & Whitney R-1830-65 de 1.200hp
Performance: velocidade máxima: 467km/h á 7.620m; sobe á 6.096 metros em 25 minutos; teto de serviço: 8.535 metros; alcance: 3.220km com uma carga de 3.992kg de bombas
Peso: vazio: 16.556kg; máximo na decolagem: 29.484kg
Dimensões: envergadura: 33,53m; comprimento: 20,47m; altura: 5,49m; área da asa: 97,36m²
Armamento: torres de duas armas no nariz, na cauda e na fuselagem superior, além de uma carga normal de 3.992kg de bombas
B-24 em ação.
Assinar:
Postagens (Atom)