terça-feira, 23 de janeiro de 2018

CLASSE FREEDOM


FICHA TÉCNICA
Tipo: Navio de combate litorâneo/ Corveta.
Tripulação: 50 tripulantes, porém há acomodação para 75 tripulantes..
Data do comissionamento: Novembro de 2008
Deslocamento: 3200 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 118,6 m.
Boca: 17,5 m.
Propulsão: CODAG com 2 turbinas a gás Rolls Royce MT-30, 2 motores a diesel Colt-Pielstick que movem 4 propulsores jatos de água Rolls Royce que produzem, juntos 113600 hp de potência.
Velocidade máxima: 47 nós (87 km/h).
Alcance: 7408 Km em velocidade econômica
Sensores: 1 radar tridimensional de busca aérea e de superfície EADS TRS-3D com 180 km de alcance máximo, Sonar rebocado Lockheed Martin  AN/SQR-20.
Armamento: Um canhão BAE Systems MK-110 de  57 mm MK3, um lançador MK-49  para 21 mísseis antiaéreos RIM-116 RAM, Lançador de mísseis BGM-176 Griffin Block II B, dois canhões automáticos Bushmaster MK-44 em calibre 30 mm, 4 metralhadoras pesadas M-2HB calibre 12,7 mm.
Aeronaves: dois helicópteros MH-60R Seahawk ou uma composição de um MH-60R Seahawk e três UAVs MQ-8 Fire Scout.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
A Marinha dos Estados Unidos (US Navy), no início do seculo XXI solicitou uma nova classe de navio, com o porte de uma corveta, que serviria a missão de combate litorâneo com vistas ao aumento da guerra assimétrica para os conflitos que estava sendo delineados no horizonte previsível. Assim, um programa chamado LCS (Littoral Combat Ship) ou navio de combate litorâneo foi iniciado e dois concorrentes, a Lockheed Martin e a General Dynamics, ficaram responsabilizados para apresentar suas propostas e um protótipo  para avaliação onde, inicialmente, apenas uma delas seria escolhida e encomendada, nos mesmos moldes que vemos na força aérea dos Estados Unidos, onde esse tipo de concorrência é corriqueira. Porém, diferentemente do que vemos nessas concorrências da força aérea, a marinha dos Estados Unidos decidiu dar o contrato de produção aos dois concorrentes. O modelo do LCS que vou apresentar nesse artigo é o da classe  Freedom, modelo da Lockheed Martin.
Acima: O desenho do Freedom tem forte influencia da tecnologia stealth, com estruturas em ângulos para evitar o retorno do eco radar. 
Com o tamanho que se aproxima de uma fragata, mas com capacidade limitada a de um navio menor, no caso, uma corveta, o navio classe Freedom apresenta um diferencial em relação a outras embarcações de seu porte: Sua elevada velocidade. O navio consegue atingir 47 nós, ou cerca de 87 km/h, o que representa cerca de 36% mais velocidade do que outros navios de guerra da esquadra norte americana. Nada mau para um navio cujo deslocamento atinge, quando carregada, 3200 toneladas. Esse desempenho é conseguido com o uso de uma propulsão do tipo CODAG (combinação de motores a diesel com turbinas a gás) composta por duas turbinas Rolls Royce MT-30 com dois motores a diesel Colt-Pielstick que movem 4 sistemas de jatos de água fornecidos pela Rolls Royce. A autonomia do Freedom, em velocidade de cruzeiro econômico chega a 7408 km, dando assim, capacidade de operação oceânica.
Acima: O Freedom está entre as mais rápidas embarcações de seu porte em todo o mundo. Essa velocidade lhe dá uma vantagem tática importante.
O Freedom, assim como o Independence, o outro navio do projeto LCS que trataremos em uma outra ocasião, são navios projetados para operarem em apoio de outras unidades da esquadra, sendo que, devido a isso, tem seus sistemas eletrônicos e sensores, relativamente mais limitados do que encontramos em navios maiores da marinha norte americana. O Freedom está equipado com um sistema de apoio eletrônico Argon ST WBR-2000 que permite interceptar sinais de radares hostis, identificando estes sinais e fornecendo relatórios para aumentar o nível de consciência situacional da tripulação d navio. O Freedom está equipado, também, com um sistema de iscas para despistar mísseis guiados a radar e torpedos SKWS. O radar usado no Freedom é o modelo europeu TRS-3D fabricado pela EADS. Trata-se de um radar tridimensional de busca aérea e de superfície com alcance máximo de 200 km contra alvos de maiores dimensões voando alto (um avião patrulha, por exemplo). Por se tratar de um radar de alta precisão e que fornece dados do alvo instantaneamente, ele é usado para controle de fogo para os armamentos defensivos do navio, descartando a necessidade de um radar de controle de fogo dedicado.
A suíte de sensores conta, ainda, com um sistema de sonar rebocado AN/SQR-20 que faz busca passiva e ativa de submarinos inimigos.

Acima: O passadiço da Freedom é bastante moderno, embora o navio seja relativamente limitado em recursos de sistemas.
Uma das maiores diferenças entre os navios do programa LCS, do qual a classe Freedom faz parte, e os outros navios de guerra do mundo, é que o armamento do navio é modular. Você pode estar se perguntando o que significa isso, não é mesmo? Bom, vamos dizer que o navio pode ser configurado para 3 perfis de missão trocando seu módulo de missão. Cada módulo tem uma composição de armamentos. Esses módulos são o SUW, o ASW e o MCM e podem ser substituídos em apenas 24 horas. O módulo SUW (anti surface Warfare) ou guerra anti superfície, por exemplo, é composta por um lançador de mísseis MK-60 para mísseis BGM-176 Griffin Block II B guiados por laser, GPS ou INS, e com alcance de 6 km. Esta arma é usada contra pequenas e rápidas embarcações como as usadas por piratas. Nesse modulo também está incluso dois canhões automáticos MK-44 em calibre 30 mm que disparam a uma cadência de 200 tiros por minuto com alcance de 5000 metros. Os helicópteros MH-60R apoia a missão anti superfície fazendo buscas e podendo ser empregado em combate com até 8 mísseis AGM-114 Hellfire, contra pequenas embarcações, além de também estar armado com metralhadoras pesadas M-3 em calibre .50 (12,7 mm) ou metralhadoras de uso geral M-240 em calibre 7,62X51 mm.
Acima: Parte da capacidade ofensiva do Freedom é fornecida pelos seus dois helicópteros MH-60R Seahawk que podem ser armados com mísseis AGM-114 Hellfire, como o que está sendo lançado nesta foto.
Já o módulo ASW (Anti-Submarine Warfare) ou guerra anti submarino, tem uma configuração composta por sistemas eletrônicos dedicados a esse perfil de missão, sendo o sistema Lockheed Martin MFTA composto pelo sonar de operação ativa e passiva, rebocado AN/ SQR-20, seus sistemas de controle e diversos subsistemas. O sistema MFTA tem incorporado um subsistema de contramedidas torpédicas LWT (Light Weight Tow) para interceptar torpedos lançados contra o navio que recebe dados do subsistema de interceptação acústica ACI, também parte do sistema MFTA. O braço armado para ataque contra submarinos, nessa configuração é fornecido pelo uso do helicóptero MH-60R Seahawk que são armados, nesse caso, com o torpede leve MK-54 MAKO cujo alcance chega a 11 km e é guiado por sonar ativo ou passivo. É interessante observar que o helicóptero MH-60R, tem seus próprios sistemas de detecção de submarinos, podendo operar sem apoio do navio, se isso for necessário. E o terceiro módulo de missão é o MCM (Mine Countermeasures Mission) ou missão de contra minagem onde o objetivo é limpar a área de minas navais para que o grupo de batalha possa opera em segurança. Nesse módulo, a Freedon é configurada com o sonar caça minas AN/AQS-20A. São usados veículos multimissão remotamente controlados RMMVs e veículos de contramedidas anti minas SMCM UUV. O helicóptero MH-60R Seahawk, opera com um avançado sensor laser detector de minas ALMDS e um sistema de neutralização de minas AMNS.

Acima: O Freedom foi projetado para ser configurado em módulos de missão, que permitem uma especialização em três tipos de missão: Anti superfície, Anti submarino e anti minas.
Embora o navio tenha seus módulos de operação que acabam personalizando cada configuração de armamento, ainda sim, algumas das armas e sistemas são comuns a qualquer uma dessas configurações. Assim, o Freedom está armado com um canhão de fogo rápido BAE MK-110 em calibre 57 mm. Este canhão é capaz de disparar 220 tiros por minuto contra alvos distantes até 14 km. Outro armamento onipresente em todas as configurações do Freedom é o lançador de mísseis antiaéreos MK-49 com seus 21 mísseis RIM-116 RAM, que são usados contra ameaças de curto alcance, principalmente mísseis antinavio de cruzeiro que ataquem o navio. O míssil RIM-116 pode ser guiado por infravermelho de modo duplo, ou ainda uma combinação de infravermelho e comando por radio. O alcance é de 9 km. Além do helicópteros MH-60R, presente em qualquer uma das configurações de missão como apresentado anteriormente, o Freedom pode operar veículos aéreos não tripulados MQ-8B Fire Scout que podem ser usados para reconhecimento ou combate, armado com foguetes ou mísseis AGM-114 Hellfire.

Acima: O canhão MK-110 em calibre 57 mm é um dos armamentos que estão presente em qualquer uma das configurações de missão do Freedom.
Os dois navios do programa LCS apresentaram graves problemas relacionados a qualidade dos materiais usados em sua construção, assim como de projetos. No caso do Freedom, houve problemas relacionados a rachaduras em seu casco e também uma elevação nos custos de operação, algo que está pesando bastante para o orçamento de defesa dos Estados Unidos que hoje passa por profunda reformulação devido as condições financeiras desfavoráveis da economia norte americana. Ainda sim, eu considero que o armamento instalado no Freedom (e em seu irmão Independence) são fracos considerando as dimensões do navio que poderia receber mais armamentos ofensivos. Embora o objetivo dos navios do programa LCS esteja restrito a operações litorâneas e preveja que as embarcações sempre operem com apoio de um navio maior, ainda sim considero interessante que houvesse uma capacidade antinavio mais robusta, com pelo menos, 4 mísseis do porte do AGM-84 Harpoon, o que daria uma melhor capacidade de defesa contra navios de superfície. O departamento de defesa dos Estados Unidos, no entanto, solicitou uma revisão das capacidades do programa LCS tendo em vista a encomenda de navios mais capazes que os já entregues. A Lockheed martin, fabricante da Freedom, tem um projeto baseado no próprio Freedom, que hoje responde pela sigla SSC que possui capacidades similares a de uma moderna fragata e que, poderia ser operada dentro desse novo contexto.
Acima: O SSC é um projeto de maior porte e mais capaz que o Freedom que poderá ser usado pela marinha na revisão do programa LCS.
Acima: O Freedom tem um hangar capaz de operar dois helicópteros de médio porte MH-60R Seahawk ou uma combinação de um Helicóptero MH-60R mais três veículos aéreos remotamente pilotados MQ-8B Fire Scout.

CAC/ PAC JF-17 Thunder


FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO
Velocidade máxima: Mach 1.6
Velocidade de cruzeiro: Mach 0.90.
Razão de subida: 14000m/min.
Potência: 0,95.
Carga de asa: 74,71 lb/ft².
Fator de carga: +8,5 e -3,5.
Taxa de giro instantânea: 19º/s (instantânea).
Razão de rolamento: 240º/s.
Teto de serviço: 16920 m.
Raio de ação: 1352 km/ 3480 km.
Alcance do radar: NRIET KLJ-7 com 75 km de alcance.

Empuxo: 1 motor RD-93 com 8450kgf de empuxo com pos combustor.
DIMENSÕES
Comprimento: 14,97 m.
Envergadura: 9,46m.
Altura: 4,77m.
Peso: 6586 kg.
Combustível Interno: 5130 lb.
ARMAMENTO
Carga externa: 3629 kg
Ar Ar : Míssil de curto alcance AIM-9L/M Sidewinder, PL-5, PL-7, PL-8, MAA-1 Piranha e  PL-9. Míssil de médio alcance PL-12.
Ar Terra: Míssil AGM-65 Maverick, Míssil anti radar MAR-1, Durandal, Bombas guiadas a laser GBU-10 e GBU-12, LT-2, Bombas  MK-82/83/84, míssil anti navio C-802A, bombas guiadas por GPS LS-6 e bombas eletro-óptica H-2 e H-4.
Interno: 1 canhão GSH 23 de cano duplo e 23 mm.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
No início de 2015, algumas notícias veiculadas na imprensa especializada em defesa, davam conta sobre a possibilidade da Argentina adquirir novas aeronaves de combate de fabricação chinesa. As notícias, sem confirmação na época de sua publicação falava na aquisição de caças J-10B ou de modelos mais simples, o JF-17, cuja produção é compartilhada entre China e Paquistão. A notícia em si causou um certo "alvoroço" pois como sabemos a força aérea argentina se encontra sucateada e ainda tem o agravante de que o país reivindica sua soberania sobre as Ilhas Falklands (Malvinas, do ponto de vista argentino)  sob a bandeira Inglesa que manteve sua soberania sobre as ilhas depois de uma breve, mas violenta guerra com os argentinos em 1982.
Voltando ao foco deste artigo, vamos tratar sobre um dos modelos que apareceram nessas notícias, o caça JF-17 (FC-1 na nomenclatura chinesa).
Acima: O J-7F é a aeronave do qual o JF-17 deriva. Assim, de certa forma, o JF-17 é o ultimo membro da extensa família do MIG-21 soviético.
A história sobre o JF-17 começa em um empreendimento da empresa chinesa Chengdu que estava desenvolvendo, em 1986, um caça derivado de seu J-7 (versão local do MIG-21) sob o nome Super 7. Este desenvolvimento tinha apoio da empresa norte americana Grumman (fabricante do super caça F-14 Tomcat) e seria um produto conjunto. A Grumman, porém, se retirou desse projeto devido aos acontecimentos na praça da paz celestial causando um massacre de civis chineses e que tinha colocado a China sob embargo internacional. A Chengdu manteve o programa independentemente nos anos seguintes, quando o Paquistão identificou que esse projeto poderia servir a suas necessidades de uma aeronave de combate cuja produção seria compartilhada com sua industria e que se tornaria isenta de embargos de fornecedores norte americanos que haviam causado problemas sérios aos paquistaneses com embargos  por motivos políticos.
Assim, em 1995, China e Paquistão assinaram uma carta de intenção para o desenvolvimento conjunto do novo caça que passou a ser chamado JF-17 no Paquistão e FC-1 na China. O contrato definitivo para produção do JF-17 se deu em 1999 em que ficou definido que 50% do caça seria desenvolvido por cada um das nações envolvidas.  Mais tarde, em agosto de 2003, o primeiro protótipo fez seu primeiro voo. Durante a fase de testes, algumas modificações aerodinâmicas foram incorporadas ao projeto do JF-17 e o avião se tornou operacional na força aérea paquistanesa em março de 2007. A China optou por não adquirir o modelo, o qual foi considerado abaixo do desempenho que os chineses queriam para caças do mesmo tipo em sua força aérea.
Acima: Com um desenho convencional, aerodinamicamente. o JF-17 é um caça de baixo custo que traz um desempenho superior a de modelos desenvolvidos na década de 50 e 60 do século passado e que ainda estão em serviço em nações com orçamentos militares limitados.
O JF-17 é considerado uma aeronave de 3º geração (sim, você não leu errado. Ele não é de 4º e nem de 5º geração, como os últimos caças ocidentais), dado a sua maior simplicidade. O objetivo do projeto foi fornecer um caça supersônico capaz de executar missões ar ar e ar solo, sem as complexidades dos caças de 4º geração e com isto, conseguir um custo muito mais baixo (cerca da metade de um caça de 4º geração). Assim sendo, o JF-17 tem uma configuração aerodinâmica bem convencional com asas a frente, e tailerons, e uma deriva. A estabilidade, porém, é artificial, proporcionada por um sistema Fly By Wire, o que garante um desempenho de manobra bastante superior ao de uma aeronave naturalmente estável. O resultado dessas características somadas a uma relativamente baixa carga de asa de 106,61 lb/ft² levam a capacidade de curva instantânea de 19º/ seg. Esse valor reflete um desempenho de curva levemente inferior a da primeira versão do Falcon, o F-16A (e bem melhor do que consegue um caça F-5EM Tiger II usado pela força aérea brasileira (FAB) que atinge 14º/seg a baixa altitude. A fuselagem do JF-17 é capaz de suportar cargas de 8,5 Gs positivos ou até 3,5 Gs negativos em manobras, o que o coloca bem próximo da maioria dos caças de 4º geração também.
O motor instalado no JF-17 é de origem russa, o Klimov RD-93 que é uma versão de exportação do motor RD-33 usado no MIG-29, mas com algumas melhorias, como o aumento da potencia, por exemplo. O motor RD-93 atinge 8450 Kg de empuxo máximo com pós-combustão. O JF-17 é um caça com uma relação empuxo-peso de 1,05 quando estiver apenas com o combustível interno. Na pratica, quando se instalar misseis nele, esse valor cairá um pouco para algo em torno de 0,95, o que ainda é muito bom, e proporciona uma boa capacidade de aceleração. As entradas de ar do motor apresentam uma solução moderna, a diverterless Inlets, usada em caças de 5º geração para controlar o fluxo de ar turbulento em seus motores para melhorar o funcionamento do motor, principalmente em velocidades supersônicas O sistema pode ser usado para substituir os métodos convencionais de controle da camada limite de fluxo de ar durante o voo supersônico a velocidades de até Mach 2 e ainda, de quebra, fornece uma diminuição da seção reta de radar o que dificulta sua detecção a maiores distancias pelos radares inimigos. Nesse ponto, vale observar que o RCS do JF-17 é de 3m2, pouco abaixo da média para aeronaves de combate de sua geração. 
Em demonstrações acrobáticas que foram feitas em feiras aéreas internacionais, o JF-17 causou uma boa impressão geral, devido a sua agilidade, tipica de aeronaves de combate leves.
Acima: O JF-17 apresenta estabilidade relaxada, e o uso de um sistema FBW para garantir sua estabilidade. Assim, ele tem um desempenho acrobático particularmente surpreendente para um modelo tão simples.
O JF-17 está equipado com um radar NRIET KLJ-7, com alcance de 105 km contra um alvo do tamanho de um caça convencional (5m2 de RCS) voando alto e 85 km contra o mesmo alvo voando baixo. Este radar pode atacar 2 alvos simultaneamente além de rastrear 10 alvos ao mesmo tempo. A suíte de guerra eletrônica é particularmente completa e conta com um sistema de alerta de iluminação de radar RWR, um sistema de detecção de aproximação de mísseis MAWS que dá cobertura de 360º informando o piloto quando um míssil foi lançado contra a aeronave, a direção de onde vem e o tempo previsto de impacto, dando melhores condições para o piloto tomar medidas evasivas. A aeronave possui um sistema de lançadores de iscas chaffs e flares para desorientar os mísseis guiados a radar e a infravermelho. O avião tem a disposição um HUD (display na altura da cabeça) como quase todos os caças, porém existe a previsão de instalação de um sistema HMS (mira montada no capacete) está sendo instalado para permitir que o piloto engaje alvos fora da linha de visada com mísseis de 4º geração, e ainda mantenha a atenção nos dados de navegação, mesmo quando tiver que movimentar a cabeça. O cockpit é composto por 3 telas multifuncionais, típico de uma aeronave de 4º geração, não sendo, a ultima palavra em painéis de controle, mas ainda sim, muito mais fáceis de operar que os painéis analógicos típicos dos caças de 3º geração. Foi instalado um sistema de barramento de dados MIL-STD-1553B que facilita a integração de armamentos e sistemas ocidentais na aeronave. E por ultimo, o JF-17 pode receber um casulo WMD-7  de designação eletro/ óptico com apontador laser para guiagem de armamentos guiados a laser como bombas planadoras e mísseis.
Acima: O painel de controle do JF-17 segue a configuração de caças de 4º geração e promove uma boa diminuição de carga de trabalho para o piloto, para que ele possa focar nos elementos da missão.
O JF-17 pode transportar até 3629 kg de armas divididos em 7 pontos fixos entre asa e fuselagem. Há um canhão instalado de cano duplo GSH 23-2 de 23 mm que dispara 3600 tiros por minuto e é efetivo contra alvos a 1500 metros. Informações do fabricante dão conta de que este canhão poderia, caso o cliente assim quiser, ser substituído por um canhão GSH-30-2 de 30 mm.
O JF-17, é usado exclusivamente pelo Paquistão, atualmente, e mesmo tendo uma interface de dados para armamentos padrão MIL- STD 1760, que permite a integração de armas ocidentais com facilidade, por enquanto a maioria do armamento já integrado ao caça sino paquistanês é de origem chinesa e paquistanesa mesmo. Assim, para missões ar ar, o JF-17 pode ser armado com mísseis de curto alcance guiados a infravermelho PL-5 (versão chinesa do AA-2 Atoll) cuja eficácia é bastante questionável, tendo efetividade maior apenas nas ultimas versões o qual se aproxima do desempenho do míssil AIM-9L norte americano, também considerado uma arma ultrapassada; Os mísseis PL-7 e PL-8, ambos de curto alcance e derivados de de modelos como o R-550 francês e o Python III israelense, também podem ser usados no JF-17.Míssil de curto alcance PL-9, este mais sofisticado e com capacidade de engajamento off boresight (fora da linha de visada) de cerca de 60º. Para tanto, este míssil precisa ser operado em conjunto a um sistema HMS (mira montada no capacete). O PL-9 tem alcance de 18 km contra alvos se aproximando pelo setor frontal. O Brasil forneceu ao Paquistão o míssil de curto alcance MAA-1 Piranha, com capacidade de atacar uma aeronave inimiga a 10 km de distancia. O modelo, porém tem limitada capacidade de engajamento, sendo capaz de atacar o alvo apenas pelo quadrante traseiro. Para engajamento fora do alcance visual (BVR) o único armamento integrado é o míssil chinês PL-12, com desempenho similar a do norte americano AIM-120 Amraam, sendo guiado por radar ativo e com alcance de 70 km.
Acima: O JF-17 é capaz de transportar uma carga externa de 3629 kg entre armas, casulo de sensores ou tanques de combustível externos.
para missões ar superfície, pode ser usado o míssil anti radar MAR-1, fabricado no Brasil. O míssil segue o sinal do radar inimigo (guiagem passiva por radar) ou pode ser guiado pela fonte de interferência, caso algum sistema tente sabotar a guiagem do míssil (Home on jam). O alcance do MAR-1 é confidencial, porém, estima-se que o modelo de exportação, usado pelos paquistaneses, tenha um alcance de 60 km, entregando uma ogiva de 90 kg de alto explosivo. Embora não seja confirmado que o míssil AGM-65 Maverick esteja integrado ao JF-17, é bem provável que ele ainda venha a ser, pois o Paquistão usa este míssil em seus F-16. O míssil Maverick tem alcance de 27 km e sua guiagem varia de acordo com a versão podendo ser feita por TV , infravermelho e laser.. é uma arma muito usada para destruir alvos blindados como um carro de combate e bunkers reforçados. Para atacar navios, o míssil chinês C-802A está integrado ao JF-17 e permitirá ele afundar navios do porte de destróieres a distancias de 180 km. O míssil é guiado por radar ativo e transporta uma carga explosiva de 165 kg. 
Com relação a bombas, a variedade é ampla e o JF-17 é capaz de operar desde bombas burras da familia MK (todas), bombas guiadas a laser GBU-10 e GBU-12 e LT-2 (chinesa) de 570 kg, bombas guiadas por GPS LS-6 (chinesa) e bombas guiadas por sensor eletro óptico H-2 e H-4.

Acima: O JF-17 desta foto está armado com o míssil PL-12 de médio alcance. Observem como se assemelha ao modelo AIM-120 Amraam norte americano.
O caça JF-17 é uma aeronave de combate leve que tem um desempenho que excede com boa margem o encontrado em caças antigos como o F-5E Tiger II, MIG-21 Fishbed e o Mirage III. Se pensarmos em um custo unitário que pode variar de U$ 25 milhões a U$35 milhões de dólares (fonte: Deagel), temos um caça zero quilometro que custa metade dos caças de 4º geração e que representa uma solução interessante a nações com orçamentos muito reduzidos para sua defesa, mas que não abrem mão de ter uma capacidade de combate atualizada. Hoje só o Paquistão opera a aeronave com 49 unidades entregues e com um total de 110 exemplares encomendados. Para os argentinos, nação que foi protagonistas dos diversos boatos de compra de caças chineses que hora davam conta de ser o modelo JF-17, hora mencionavam o mais capaz J-10B, o modelo deste artigo seria uma solução legitima, pois a força aérea da Argentina está sucateada e necessita, urgentemente, de um caça mais atual para poder executar a defesa de seu espaço aéreo. Porém, duas ultimas observações devem ser feitas: Premeiro é que o JF-17 é incapaz de proporcionar capacidade crível para a Argentina tentar alguma aventura militar nas ilhas Falklands uma vez que a defesa aérea desta ilha está nas mãos de um dos melhores caças do mundo, o Typhoon II, muito superior em absolutamente todos os aspectos ao JF-17. E segundo lugar, a própria China optou por não usar o modelo, investindo seu orçamento em caças J-10, mais capazes e um  verdadeiro caça de 4º geração.
Acima: O JF-17 fornece uma solução cuja relação custo benefício é particularmente favorável, principalmente para países onde o orçamento de defesa for muito limitado.
Acima: Um JF-17 decola com potencia máxima. Seu motor RD-93 é uma versão do motor RD-33 usado no caça MIG-29 de fabricação russa.

PATRIA AMV


FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 100 Km/h.
Alcance Maximo: 800 Km (em rodovia) 600 km (off road).
Motor: Motor Caterpillar C-9 com 400 hp a diesel.
Peso: 17 toneladas (vazio) 27 Toneladas (máximo).
Altura: 2,4 m.
Comprimento: 7,9 m.
Largura: 2,8 m
Tripulação: 2 +10 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm, um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm, ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm)
Trincheira: 2,1 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,70 m
Passagem de vau: Anfíbio.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
O exército da Finlândia estava usando um veículo blindado sobre rodas para transporte de tropas e reconhecimento conhecido como Patria XA-180  Pasi, configurado com tração 6X6 e que foi bastante popular na década de 80 do século passado. Com a evolução da dinâmica do campo de batalha, surgiu a necessidade de um veículo mas capaz, protegido e com maior flexibilidade de emprego. Com esse objetivo traçado, o exército finlandês queria um veículo modular, para que não fosse necessário grandes mudanças estruturais para adaptar a missões diferentes e que, acima de tudo, fosse configurado para tração 8X8. Os estudos começaram em 1999 e um primeiro protótipo do veículo que foi chamado de AMV (Armored Modular Vehicle) ou "Veículo Blindado Modular" foi entregue em 2001 pela empresa Patria. As primeiras encomendas ocorreram nos anos subsequentes e as entregas começaram em 2004.
Acima: De conceito ultrapassado e pouco eficiente dentro dos novos desafios do campo de batalha do seculo XXI, o popular XA-180  Pasi precisou ser substituído por um veículo muito mais capaz no final da década de 90 do seculo passado.
Um aspecto que chama a atenção quando tratamos do AMV é sua resistente proteção blindada. Graças a sua elevada modularidade, a blindagem pode ser reforçada até o limite de resistir a granadas de 30 mm perfurante APFSDS no arco frontal do veículo. Sem preparação alguma, o AMV padrão suporta impactos de munição calibre 7,62X51 mm por todos os lados. Sua resistência a minas ou IEDs é considerável também, podendo resistir a explosões equivalente a 10 kg de TNT sob seu assoalho. Para se ter uma ideia da boa proteção do AMV, basta observar que dois AMVs poloneses destacados no Afeganistão foram atingidos por RPG-7 sem que houvesse penetração e sua blindagem. O AMV vem com proteção para ambientes NBQ (Nuclear Biológico e Químico) e sistemas contra incêndio no veículo como padrão de todas as versões.
Acima: O AMV é um dos mais modernos veículos modulares do mundo atualmente. Sua capacidade de proteção, mobilidade e flexibilidade de emprego são admiráveis, mas tem seu custo.
A excelente mobilidade do AMV é fornecida por, alternativamente, dois modelos de motores Scania, podendo ser um DC-12 com 480 Hps ou um DI-12, mais potente, com 530 Hps, ambos movidos a diesel. A escolha do motor varia de acordo com a escolha do cliente e da variante do AMV. Com qualquer uma dessas duas opções de motorização, o AMV atinge 100 km/h em estrada e consegue uma autonomia de 800 km em estradas ou 600 km em terreno irregular. Uma característica do AMV que considero interessante é que, mesmo ele podendo virar as quatro rodas da frente, ele ainda pode travar todas as rodas de um lado para fazer curvas, como um carro de combate sobre lagartas. O veículo é anfíbio e possui duas hélices propulsoras que permitem uma velocidade de navegação de 10 km/h.
Acima: Desenvolvido para operar em qualquer tipo de ambiente e ter alta mobilidade, o AMV pode ser equipado com dois modelos de motores fabricados pela Scania. Sua velocidade, em qualquer um dos tipos pode superar 100km/h.
O armamento básico que pode ser usado no AMV é composto por metralhadoras de uso geral FN MAG em calibre 7,62X51 mm, porém não há problemas para instalar metralhadoras de modelos diferentes caso o cliente assim queira. No lugar da metralhadora pode ser instalado um lança granadas automático LAG-40 de 40 mm capaz de lançar 215 granadas por minuto. Alternativamente pode ser instalado uma metralhadora pesada M-2HB em calibre 12,7 mm (cal .50). Versões especiais como o AMC HWP (Heavy Weapon Plataform) pode ser equipado com sistemas de armas mais pesados como o sistema de lançamento de morteiro automático AMOS (Advanced Mortar System), em calibre 120 mm capaz de disparar 16 morteiros por minuto garantindo um consistente suporte de fogo de campo de batalha a distancia de até 10 km ou até 1550 metros com fogo direto. A Patria desenvolveu, também um lançador de morteiro automático remotamente controlado chamado de Nemo, que também lança morteiros de 120 mm. A empresa CMI Defense disponibiliza a torre Cockerill LCTS 90MP com um canhão calibre 90 mm para o AMV que permitira ele operar em missões de reconhecimento e caça tanques. Pode, ainda, receber torres com canhões de 25 ou 30 mm de diversos modelos e origens assim como lançadores de mísseis antitanque.
Acima: O moderno sistema de morteiros automáticos AMOS instalado no AMV permite alta cadência de tiro e eficiente suporte de fogo até 10 km de distancia.
O AMV é um produto premium em um mercado com muitas opções de diversas qualidades, capacidades e, acima de tudo, preço. Hoje a Suécia, Finlândia, Polônia, Croácia, Eslovênia e África do Sul operam este moderno e capaz veículo. Os Estados Unidos está avaliando o AMV, através de uma joint venture entre a Patria e a poderosa empresa de defesa Lockheed Martin (fabricante do caça F-22 Raptor e do F-35 Lightining II) que está oferecendo o AMV com o nome de "Havoc" para osseu corpo de fuzileiros navais dos (USMC). O Emirados Árabes Unidos também está avaliando o AMV para suas forças armadas. O Brasil chegou a avaliar o modelo que poderia ser construído no Brasil pela Imbel, porém, o modelo foi preterido em favor do modelo Guarani da Iveco. O elevado custo do AMV, cerca de U$ 3 000 000,00 cada um deve ter sido decisivo na desclassificação do modelo no Brasil.
Acima: Outro armamento avançado que pode ser empregado no AMV é o morteiro NEMO, mais leve que o sistema AMOS,, mas com o mesmo calibre, 120 mm, com cadência de 10 tiros por minuto.

Acima: Um protótipo de um AMV armado com uma torre Cockerill LCTS 90MP com canhão de 90 m m que pode ser usado como caça tanques.

CLASSE SACHSEN F-124



FICHA TÉCNICA  
Tipo: Fragata de escolta antiaérea. 
Tripulação: 243 tripulantes. 
Data do comissionamento: Novembro de 2004. 
Deslocamento: 5600 toneladas (totalmente carregado). 
Comprimento: 143 mts. 
Boca: 17,44 mts. 
Propulsão: 2 motores a diesel MTU 20 V1163-TB 63 e 1 motor a gás General ElectricLM 2500que produz uma potência de 52070 hps.
Velocidade máxima: 29 nós (54 km/h). 
Alcance: 8000 Km. 
Sensores: radar de busca: Thales Nederland  SMART-L de varredura eletrônica. Um radar Atlas Elektronik 9600 –M /I/J ARPA  para busca e guiagem dos mísseis antiaéreos, Sensor infravermelho Thales Nederland Sirius IRST, Sonar DSQS-24B. 
Armamento: AAW: 1 lançador vertical MK-41 de 32 células para mísseis ESSM e Standard SM2, 1 lançador MK-49 para 21 mísseis RIM-116 RAM; SSM: 2 lançadores quádruplos para mísseis Harpoon, 1 canhão OTO Melara 76 mm/62; 2 canhões MGL-27 de 27 mm; ASW: 2 lançadores triplos MK-32 para torpedos Eurotorp. 
Aeronaves: 2 Helicópteros NH-90.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior 
Os navios F-124 ou Classe Sachsen, como são conhecidos na marinha alemã,  foram desenvolvidos pelo estaleiro Blohm + Voss representando a nova geração de navios de guerra daquela marinha, e são os mais bem equipados para a a guerra antiaérea já incorporados na Alemanha pós-guerra. O primeiro navio dos três encomendados, o  FGS Sachsen (F219, foi entregue em novembro de 2002, FGS Hamburgo (F220), que foi o primeiro a ser projetado. O terceiro navio, FGS Hassen (F221) foi entregue em dezembro de 2005. O sistema de controle de combate é feito pela Thales Nederland que integra 17 consoles multifunção e displays grande tela, a 12 unidades de dados que processam as informações e as distribuem para toda a rede, em alta velocidade. 
Acima: Nesta interessante foto podemos ver os três navios da classe Sachsen reunidos. Estes navios representam o que de mais moderno e capaz a marinha alemão dispõe atualmente.
O principal sensor é o radar Thales Nederland  SMART-L de varredura eletrônica de longo alcance, que consegue um alcance máximo de 400 km. Esse radar faz as buscas aérea e de superfície. Além deste radar, existem outro radar Atlas Elektronik 9600 –M /I/J ARPA, multimissão para serem usado para designação de alvos para os mísseis antiaéreos Standard SM-2. Este radar tem alcance de 150 km.
O navio está equipado com um sensor de busca infravermelho, também da Thales Nederland Sirius IRST de longo alcance que proporciona um sistema passivo de busca e rastreio de alvos. Um sensor eletro-óptico STN Atlas MP-500 para controle de fogo fornece os parâmetros de tiro do canhão principal. Para guerra antissubmarino, um sonar da Atlas Elektronik , modelo DSQS-24B foi instalado no casco do navio. Para a defesa do navio contra ataques de mísseis inimigos, foi instalado uma suíte de contramedidas eletrônicas compostas pelo sistema EADS FL 1800S-II e 6 lançadores de chaffs e flares Sippican Hycor super RBOC.
Acima: O radar Atlas Elektronik 9600 –M /I/J ARPA tem um alcance de 150 km é é usado para designar alvos para o sistema SM-2 e ESSM de defesa antiaérea.
Embora a missão principal dos navios da classe Sachsen seja o de guerra antiaérea, ele ainda está armado com outras categorias de armas, para combate a superfície e contra submarinos. Para a guerra antiaérea, está instalado um lançador vertical MK-41 de 32 células para mísseis ESSM (Envolved Sea Sarrow Missile) com alcance de 50 km e guiados por radar semi ativo, com atualização de meio curso com data link, e 24 mísseis Standard SM-2 com 75 Km de alcance, guiados a radar semi ativo. Para guerra antinavio, o navio está armado com 2 lançadores quádruplos de mísseis RGM-84 Harpoon, que atingem um alcance de 130 km e são guiados por radar ativo. Para se defender de ataques de mísseis antinavio foram instalados 2 lançadores MK-49 para 21 mísseis RIM-116 RAM de curto alcance (9 km) sendo sua guiagem por infravermelho  ou por comando de rádio, dependendo da versão. Esses mísseis são capazes de destruir um míssil em rota de colisão, e em voo “sea skimming” (rente ao mar) contra o navio permitindo uma maior sobrevivência em batalha.
Acima: Embora se trate de uma classe de navio multimissão, a fragata Sachsen se destaca pela sua muito boa capacidade antiaérea. nesta foto vemos o momento do lançamento de um míssil antiaéreo SM-2 do lançador vertical MK-41.
Um canhão Oto Melara de 76 mm capaz de disparar 85 tiros por minuto e atingir alvos a 16 km usando granadas convencionais. Este canhão, no entanto, pode disparar munições de alto desempenho como a SAPOMER que atinge 20 km de distacia ou a Vulcano, guiada por GPS e com alcance estendido para 40 km. Existem mais 2 canhões Mauser MGL-27 de 27 mm, estão montados para serem usados contra alvos aéreos, ou pequenas embarcações. Esses canhões operam com uma cadência de 1700 tiros por minuto. O canhão principal, Oto Melara, é controlado pelo sensor infravermelho IRST Sirius.
Para atacar submarinos, 2 lançadores triplos MK-32 para torpedos leves Eurotorp MU-90 com alcance de 23 km e guiados por sonar passivo/ ativo. A fragata Sachsen está preparada para operar 2 helicópteros NH-90, que são usados para localizar e atacar submarinos e para transporte.
Acima: As fragatas Sachsen foram projetadas para poder operar helicópteros médios NH-90 e para isso possuem um hangar e um heliporto em sua popa.
A propulsão dos navios da classe Sachsen é do tipo CODAG (combinação diesel e gás) como a maioria dos modernos projetos de navios de guerra. Os motores ficam montados numa cápsula com vedação total antirruído e operam 2 eixos que trabalham independentemente um do outro. Os motores a diesel são do tipo MTU-20V 1163 TB-63, e são operados em conjunto com uma turbina a gás General Electric M-2500 PF/ MLG  que produzem 23500 KW de energia. Os componentes deste sistema combinado CODAG produz 52070 hp de força o que permite ao navio, atingir a velocidade máxima de 29 nós (54 Km/h), sendo um dos mais rápidos navios de guerra europeus. Sua autonomia, também apreciável, chega a 4000 NM (7400 km), quando navegando a velocidade de cruzeiro de 18 nós (33 km/h).
Acima: O desempenho marinheiro da Sachsen permite que o navio seja operado como parte da escolta de grupos de batalha em missões em qualquer ponto do planeta.
Embora quatro unidades da Sachsen tenham sido planejadas, apenas três foram efetivamente encomendadas e construídas, elevando a capacidade de escolta antiaérea da marinha alemã a um novo patamar. Um ponto a ser destacado é que o desenho do casco da Sachsen segue a tendência atual de desenvolvimento de navios onde os traços visam diminuir a reflexão das ondas de radares inimigas, atrasando a detecção do navio. 
Sem dúvidas esta classe merece ser estudada pelas marinhas que pretendem reequipar suas frotas com meios de superfície efetivamente modernos e altamente capazes, a um custo não tão alto quanto dos grandes destróieres. E pensando por este lado, a marinha brasileira com seu programa PROSUPER, deverá avaliar, com carinho esta classe para este importante programa de modernização das frágeis capacidades de combate naval da nossa marinha de guerra.