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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Classe "João Belo"



Constituem juntamente com as fragatas Meko 200 os principais meios de combate da Armada. Inicialmente foram recebidos quatro navios, porém, actualmente apenas se encontram na activa três fragatas.
Estes navios pertencem à classe  "Comandant Rivière" de construção francesa e foram encomendados pelo governo português na década de 1960 e construídos nos estaleiros franceses de Nantes. Atendendo aos requisitos da Armada para operar nos combates nas colónias africanas as fragatas foram equipadas para realizar estas missões.
Com o fim da Guerra Colonial, ficou patente que o seu armamento era incapaz de fazer frente às mais recentes ameaças de mísseis de cruzeiro. A capacidade de defensiva (principalmente anti-míssil) e ofensiva (que não incluía mísseis de cruzeiro) tinham sido neglicenciadas a favor de outras mais indicadas para operações ao largo da costa. Uma modernização envolvendo a capacitação destas fragatas com novos sensores e sistemas de armas deveria ter sido feita, mas acabou por não se realizar e apenas com a chegada de novos navios se veria estas necessitadas colmatadas.
A modernização destes navios apenas ocorreria no final da década de 1990 (quando tinham já uma vida operacional de 30 anos), com a modernização a ocorrer em apenas três dos quatros navios iniciais, visto que a N.R.P. "Roberto Ivens" tinha sido abatida em 1998.  A falta de verbas implicou apenas algumas alterações: foram modernizadas as acomodações e instalações para tripulantes, a capacidade para armazenamento de água doce foi aumentada, os sensores e sistemas electrónicos modernizados, e retiraram-se a terceira peça de 100mm (Mod55) e o morteiro anti-submarino. Esta modernização permitiu essencialmente capacitar o navio para o cumprimento de missões de manutenção de paz e prolongar a sua vida operacional.
Actualmente cumprem na Armada as missões de treino e luta ASW, embora mais recentemente tenham participado em missões de paz e em vários exercícios. 
Em 2000,  no âmbito da missão da UNTAET, parte para Timor-Leste a N.R.P. "Hermenegildo Capelo", tendo como função render a N.R.P. "Vasco da Gama" (Meko 200), prestando auxílio à população timorense durante o processo de transição.
Recentemente, em 2001, a fragata N.R.P. "Sacadura Cabral" integrou a EUROMARFOR uma frota constituída por vasos de guerra de Portugal, França, Espanha e Itália. No âmbito desta missão participou entre outros, nos exercício Trident d'Or e Tapon cujo fim é avaliar as prestações dos navios nas missões de luta ASW.
Espera-se que estes navios continuem a navegar até 2010, altura em que se pensa virem a ser substituídos por unidades novas ou usadas que correspondam aos requisitos da Armada para um navio com capacidade de defesa de área.

Tipo
Fragatas de Luta ASW (Classe Commandant Rivière)
Comprimento
102m
Tonelagem
2.230 toneladas
Velocidade Máx.
26 nós
Autonomia
7.500 milhas
Armamento
2 peças de 100mm Mod55
2 peças de 40mm Bofors para luta anti-aérea
2 lançadores triplos de torpedos Mk 32
Torpedos Mk 46
Guarnição
197
Número de Unidades
3

Classe "Vasco da Gama"



Presentemente as fragatas da classe "Vasco da Gama" são os navios mais modernos e capazes da Armada Portuguesa. As três fragatas foram encomendadas na década de 1980, tendo sido entregues ao longo de 1991. Cabe a estes navios a missão principal de luta ASW, embora possuam capacidade para realizar outras missões. 
A sua aquisição significou um grande avanço tecnológico com a  introdução de sofisticados armamentos e sensores, como mísseis, e permitiu a operação de helicópteros a partir dos navios da Armada Portuguesa, já que até aí as plataformas existentes não possuíam hangar. 
Os navios estão capacitados para conduzir modernas operações militar (inclusive de manutenção de paz), para as quais estão equipados com modernos sensores e equipamentos electrónicos, como o MCCIS (Mariteme Comand and Control Information System) e um sistema de comunicações de concepção portuguesa, o SICC (Sistema Integrado de Controlo de Comunicações).
As fragatas embarcam no seu hangar dois helicópteros Westland Super Lynx Mk 95, que são usados principalmente para missões de lutas ASW para as quais podem ser armados com os torpedos Mk 46.
Cabe também a estes navios a patrulha da costa portuguesa, garantindo quando necessário a busca e salvamento na ZEE, assim como a fiscalização das pescas nesta. 
Após ter participado nas operações de embargo naval à Jugoslávia, a fragata N.R.P. "Vasco da Gama" esteve em missões na Guiné em 1998 aquando do resgate de portugueses durante a guerra civil, e em 2000 deslocou-se a Timor para apoiar as populações durante o período de transição. Mais recentemente coube a Portugal o comando da Stanavforlant e durante este período foram as fragatas da classe "Vasco da Gama" que serviram como navio de comando da restante esquadra. Convém referir que Portugal mantém permanentemente nesta esquadra da NATO uma fragata desta classe.

Tipo
Fragatas de Luta ASW (Meko 200)
Comprimento
115m
Tonelagem
3.300 toneladas
Velocidade Máx.
32 nós
Autonomia
4.100 milhas 
Armamento
1 peça de 100mm Mod68 CADAM
2 lançadores quadrúplos de mísseis Harpoon
1 lançador óctuplo de mísseis Sea Sparrow
1 sistema de defesa de ponto Vulcan Phalanx 20mm
2 lançadores triplos de torpedos Mk 32
Torpedos Mk 44 e Mk 46
Helicópteros
2 Westland Super Lynx Mk 95
Guarnição
180 (inclui grupo aéreo)
Número de Unidades
3