quarta-feira, 7 de junho de 2017

Westland Super Navy Lynx Mk95



Presentemente, os helicópteros Lynx constituem um importante sistema de armas na Armada portuguesa. Equipando as fragatas Meko 200 estas aeronaves fornecem às forças navais capacidade para realizar missões de luta ASW para lá do alcance dos sistemas de armamento dos navios dos quais são orgânicos, e graças à sua reconhecida polivalência são igualmente usados pelo ramo na execução de outras missões e no apoio a outras unidades operacionais.
O Lynx teve origem num acordo entre a França e Inglaterra em 1968, com o qual ambos os países produziram conjuntamente três modelos de helicópteros. As primeiras entregas deram-se em 1974.
A Guerra das Malvinas em 1982, foi o primeiro conflito bélico deste helicóptero, onde obteve enorme sucesso na destruição dos navios argentinos. Na Guerra do Golfo, repetiu-se o sucesso, os Lynx destruíram várias lanchas iraquianas usando mais uma vez os mísseis Sea Skua. 
Na marinha portuguesa, a sua aquisição deu-se com a chegada das três fragatas da classe "Vasco da Gama", tais navios possuem capacidade para transportar e operar até dois helicópteros, para equipar os navios foi escolhido o modelo britânico Westland Super Lynx. O contracto para aquisição de cinco aparelhos foi assinado em 1990, tendo as cinco unidades (três novas e duas modernizadas) foram recebidas entre Agosto e Novembro de 1993, sendo incorporadas à Esquadrilha de Helicópteros da Armada. Assim, as Meko 200 apenas passaram a dispor das aeronaves embarcadas operacionais a partir de Janeiro de 1995.
Operacionalmente os Lynx são também usados pelo Corpo de Fuzileiro da Armada, permitindo o treino dos militares em operações de transporte táctico e heli-assalto. Os mergulhadores e o Destacamento de Acções Especiais (DAE) são outras forças que podem recorrer aos helicópteros Lynx, como já o faz em exercícios, para realizar incursões em território inimigo e transporte de tropas.
Uma das mais importantes participações destas aeronaves num cenário bélico foi em 1998, na Guiné-Bissau. Tendo sido usadas no resgate dos civis. Em Timor, embarcados nas fragatas Meko 200 realizaram missões de apoio às populações locais.
Para luta ASW, os os Lynx recorrem aos seus modernos sensores, como o sonar acústico Bendix AQS-18, ou sendo guiados pelo sonar das fragatas. Como armamento estão armados com os modernos torpedos Mk 46, dando a estes helicópteros capacidade quer contra submarinos, quer contra navios de superfície.
No futuro existe a intenção de adquirir mais 3 unidades de modo a garantir um total emprego destes meios nas fragatas (dois em cada fragata) e manter uma capacidade treino em terra. Certo é que os Lynx continuaram a ser um dos mais importantes meios da Armada garantido uma rápida e eficaz resposta a qualquer missão para a qual sejam chamados.

Peso Máx.
5.126 kg
Armamento
Torpedos Mk 46
Velocidade Máx.
400 km/h
Autonomia
593 km
Tripulação
3
Número de Unidades
5

Helicóptero Utilitário Ligeiro Sud-Aviation/Aerospatiale SE-3160 Alouette III


    O Alouette III é um helicóptero ligeiro polivalente e com uma sólida experiência bélica. Esta aeronave resulta de uma evolução do Alouette II, desenvolvido pela Sud-Aviation, de modo a atender às exigências dos militares franceses de um helicóptero ligeiro polivalente. O primeiro protótipo fez o seu primeiro vôo em 1959.
    Portugal adquiriu as primeiras unidades em 1963, e desde logo se tornou num dos maiores operadores deste helicóptero com um total de 142 aparelhos encomendados e foi o primeiro país a usá-lo em combate. Durante os vários anos em que actuaram nas colónias ultramarinas realizaram vários tipos de missões, desde transporte ou evacuação médica até apoio de fogo e escolta. No total perderam-se 30 aparelhos. Com o fim da Guerra Colonial a maior parte destas aeronaves foram vendidas ou canibalizadas para fornecerem peças sobresselentes aos Alouette III operacionais. 
    Presentemente servem na Esquadra 552 destacada na Base Aérea nº11- Beja. Das 18 aeronaves existentes, foram destacadas 4 para a missão da ONU em Timor em 2000. Durante esta missão, num trágico acidente que vitimou aos dois ocupantes, tendo a tripulação saído ilesa, foi perdido um Alouette III. Em Abril de 2002 ocorre um novo acidente, desta vez em Portugal, que provoca a perda de um aparelho e dos ocupantes. 
    A Esquadra 552 conta com um total de 16 aeronaves operacionais. Às quais cabem as missões de transporte aéreo táctico, escolta, apoio de fogo e evacuações médicas e actuando conjuntamente com os helicópteros SA-330 Puma e forças militares do Exército. 

Peso Máx.
2.200 kg
Armamento
Variável
Velocidade Máx.
210 km/h
Autonomia
520 km
Tripulação
1+6
Número de Unidades
16

Helicóptero de Transporte Médio Sud-Aviation/Aerospatiale SA-330H Puma



    O Puma teve o início do projecto na década de 60, quando o Exército Francês requeriu um estudo para o desenvolvimento de um helicóptero táctico de transporte. O primeiro protótipo voou em 1965,  e após algumas modificações no projecto original e testes com o novo protótipo o Puma começou a ser entregue em 1969.
    Em Portugal a aquisição do Puma teve origem na necessidade de complementar os Alouette III em serviço. Foram recebidos um total de 13 aeronaves do tipo SA-330C entre 1969 e 1971. Posteriormente foram destacados para missões em Angola e Moçambique, tendo sido inclusive os primeiros Puma a entrar em combate.
Com o fim dos conflitos em África, os helicópteros foram destacados de novo em bases aéreas portuguesas. Em 1979 os Puma recebem uma modernização nas OGMA para os padrões SA-330H com a instalação de modernos equipamentos de navegação (incluindo um radar) e flutuadores insufláveis necessários às missões de busca e salvamento. Posteriormente em 1988 os Puma sofreram uma remotorização, as turbinas Turboméca Turmo IV de 1.400 hp foram substituídas pelas Turboméca Makila A1A de 1.990 hp.
    Presentemente executam missões de busca de salvamento e de combate SAR, estando as 10 aeronaves existentes atribuídas às Esquadra 751 da Base Aérea nº6- Montijo e Esquadra 711 da Base Aérea nº4- Lajes. As actuais aeronaves serão substituídas pelos novos EH-101, um total de 12 aeronaves adquiridas em 2001, estando prevista a chegada destas primeiras aeronaves a partir de 2004.
    O abate dos Pumas ocorrerá, gradualmente, entre 2004 e 2006. Eventualmente, alguns poderão ser adaptados para apoio ao combate a incêndios, mantendo-se a sua operação e manutenção a cargo da FAP.

Peso Máx.
6.400 kg
Velocidade Máx.
310 km/h
Autonomia
560 km
Tripulação
3+16 
Número de Unidades
10

Helicóptero Médio/Pesado Polivalente Agusta/Westland EH-101 Merlin



    Em Dezembro de 2001 foi concluído o concurso para a substituição dos helicópteros SA-330 Puma da Força Aérea e anunciada a aquisição de doze helicópteros Agusta/Westland EH-101 por 446 milhões . Lançado em 1999, o concurso havia seleccionado, anteriormente, três concorrentes: o norte-americano S-92 pela Sikorsky, o EH-101 pela Agusta/Wstland e o Cougar pela Eurocopter.
Refira-se que a aquisição pelo GALE de um número suplementar de helicópteros EH-101 foi, na altura, equacionada pelo Ministro da Defesa (ver notícia), Dr. Rui Pena. Contudo, tal opção foi descartada face à conclusão que o EH-101 constituía uma opção mais dispendiosa e menos eficiente que a oferecida pelo NH-90.
    Para fiscalização de pescas estarão disponíveis duas aeronaves com equipamentos compatíveis com as restantes aeronaves do SIFICAP (Sistema de Fiscalização e Controlo das Actividades da Pesca). Os EH-101 para CSAR (Combat SAR) poderão integrar o agrupamento aéreo do futuro LPD da Armada portuguesa e terão instaladas metralhadoras lateralmente e na rampa da aeronave, assim como, equipamento de detecção e protecção contra guerra electrónica, mísseis e blindagem nos pontos vitais da aeronave.
    Para missões SAR, a aeronave pode realizar missões até 1.750km, isto sem recorrer a reabastecimento aéreo. Para missões CSAR o raio operacional do EH-101 situa-se nos 750km (com 5.550kg de combustível). Tanto os helicópteros para busca e salvamento, como os para CSAR terão capacidade de receber um kit especial que lhes possibilita serem reabastecidos em voo.
    A nível mundial o EH-101 foi adquirido por vários países: Canadá, Itália, Reino Unido, Japão e Dinamarca. Em Janeiro de 2005, foi anunciado que o helicóptero US-101 (versão norte-americana do EH-101 comercializada nos Estados Unidos) fora seleccionado como o novo “Marine One” - aeronave encarregue do transportar do Presidente norte-americano - vencendo a competição com o S-92.
    A 22 de Dezembro de 2004, foi entregue oficialmente, em Itália, o primeiro helicóptero EH-101 da Força Aérea. A entrega dos restantes aparelhos far-se-á ao ritmo de um por mês. A recepção dos primeiros helicópteros em território nacional deu-se em Fevereiro de 2005. A sua operação caberá à esquadra 751, baseada no Montijo, que garantirá, igualmente, dois destacamentos - um nas Lajes (dois helicópteros) e outrro em Porto Santo (um helicóptero). Entretanto, a esquadra 711 (Lajes, Açores) irá ser extinta. Os actuais SA-330 Puma serão abatidos gradualmente até 2005, sendo que estão ser realizados estudos para que possam vir a ser usados no combate a incêndios.

Peso Máx.
14.600kg
Motores
3 RTM322 (o terceiro motor é usado apenas para aterragens, descolagens ou em emergências)
Sistemas
Sistema de busca FLIR/LLTV (Looking Infra-Red/Low-Level Television) Star Saphire II
Radar APS-717P com cobertura a 360º.
Velocidade Máx.
309 km/h
Autonomia
648 km
Capacidade de Carga
30 passageiros
45 militares
16 macas e pessoal médico
1 viatura ligeira
Número de Unidades
2 helicópteros para fiscalização de pescas
6 helicópteros para busca e salvamento (SAR - Search And Rescue)
helicópteros para Combate SAR (CSAR)
Total: 12 helicópteros

Obus M-114


Este modelo, cujo desenvolvimento remonta à década de 40, é ainda hoje usado em inúmeros países do mundo, incluindo em algumas unidades da Guarda Nacional dos EUA. Com a sua produção iniciada em 1941, mais de seis mil peças foram produzidas. Esta peça pode disparar uma vasta gama de munições, das quais a mais regularmente empregue é o projéctil HE M107. O seu alcance de mais de 14 mil metros e calibre tornam esta peça particularmente indicada para apoio de fogo a unidades de retaguarda, já que embora menos móvel que os obuses auto-propulsados, garante um significativo poder de fogo.
O exército português possui 6 unidades rebocadas operacionais, que inicialmente foram atribuídas ao RALIS. Com a sua extinção, foram atribuídos à Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas. Actualmente são usados para instrução, embora possam constituir uma bateria operacional da Unidade para as Brigadas de Defesa Territorial. É possível que existam ainda mais peças em reserva.

Peso 
5.760 kg
Calibre
155mm
Alcance
14,6 km
Tripulação
11
Tipo
Rebocado
Número de Unidades
6

Obus OTO Melera/Otobreda Model 56



Esta peça de artilharia teve o seu início de produção em 1967. Fabricada pelo OTO Melera (actualmente Otobreda) para o exército italiano esta foi exportada e operada por mais de 30 nações, com um total de perto de 2.500 peças produzidas. Caracterizada pelos seus ângulos de elevação e capacidade para combate contra carros de combate - através do emprego de munições especiais - tornaram-na predilecta entre as unidades de infantaria ligeira, nomeadamente entre unidades aero-transportadas e forças da NATO.
Em Portugal foram adquiridos um total de cerca de 24 peças. Serviram no Regimento de Artilharia nº4 até à chegada dos Light Gun, em 1998. 
Actualmente encontram-se em serviço no Grupo de Artilharia de Campanha da BLI (Reg. de Artilharia nº5), embora o grau de operacionalidade destas peças seja bastante reduzido. Estão incorporadas na 2º BBF (Bateria de Bocas de Fogo) perto de 12 peças, utilizadas em conjunto com viaturas tácticas Unimog.

Peso 
1.290 kg
Calibre
105mm
Alcance
10,5 km
Tripulação
7
Tipo
Rebocado
Número de Unidades
12

Obus M-101




Esta peça de origem americana é bastante polivalente, encontrando-se ainda ao serviço de várias nações mesmo após mais de 60 anos do início da sua produção. Em Portugal encontram-se ao serviço do Grupo de Artilharia de Campanha da BMI 12 unidades, embora estejam em fase de substituição pelos obuses auto-propulsados M-109 A5 recentemente adquiridos pelo ramo.




Peso 
2.030 kg
Calibre
105mm
Alcance
11,2 km
Tripulação
8
Tipo
Rebocado
Número de Unidades
12