domingo, 15 de abril de 2018

Helicóptero de ataque Tiger - França / Alemanha

helicóptero de ataque EC 665 Tiger tem suas origens em requerimentos dos exércitos alemão e francês para uma aeronave anti-tanque de segunda geração e em 1984 foi assinado um memorando de entedimento para o desenvolvimento conjunto. O primeiro protótipo voou em 1991 e a produção em série teve início em 2002. Foi desenvolvido em três configurações: HAP - para apoio de fogo e proteção; HAC - para combate anti-tanques; e HAD - para apoio de fogo e destruição. A configuração ARH (para reconhecimento armado) é uma modificação da versão HAP para atender uma encomenda do Exército australiano. O Tiger tem uma fuselagem delgada, de baixo arrasto aerodinâmico, com dois assentos em tandem, trem de pouso fixo, duas pequenas asas para a carga bélica e com previsão de uma torreta para o canhão na parte de baixo do nariz da aeronave. Sua estrutura faz uso extensivo de materiais compostos (cerca de 80%), com as molduras e longarinas fabricadas em Kevlar e fibra de carbono, assim como as pás dos rotores principal e de cauda feitas de Nomex, com montagem interna em forma de colméia, que além de reduzir o peso da aeronave contribuem para uma baixa assinatura radar. A redundância dos sistemas hidráulicos, elétricos e de combustível possibilitam uma maior sobrevivência do Tiger no campo de batalha. Cada cockpit está equipado com dois displays coloridos multi-função da francesa Thales Avionics, com um head up display (HUD) na estação do piloto e um display para as imagens do FLIR e da câmera, com geração digital de mapas, feito pela alemã Dornier/VDO, na estação do atirador. Contam ainda com um display CDU (Control and Display Unit) que além de integrar os sistemas de navegação e comunicação, permite a inserção de cartões de memória (Data Insertion Device) com dados da missão previamente gravados em solo. Todas as tripulações utilizam capacetes com visores integrados, do tipo HMDS (Helmet Mounted Sight Display) que permitem uma melhor visão situacional da arena de combate e diminui a carga de trabalho do piloto e do atirador. As contramedidas eletrônicas são compostas por um sistema de alerta radar (RWR), alerta laser, detector de lançamentos de mísseis hostis e dispensadores de chaff / flare Saphir-M.

EC 665  TigerO sistema de navegação conta com dois giro estabilizadores a laser, dois computadores de bordo, rádio altímetro, GPS e um radar CMA 2012 pulso Doppler, de quatro bandas, da BAE Systems. A motorização das versões HAP e HAC estão a cargo de duas turbinas MTU/Turbomeca/Rolls-Royce MTR 390, de 1.170 hp e a versão HAD conta com duas MTR390-E, de 1.460 hp, todas abastecidas por tanques de combustível auto-selantes, com supressor de explosões e válvulas que impedem o refluxo. A versão HAC possui um visor Osiris montado acima do rotor principal, com uma câmera de infra-vermelho e designador laser, além de um sensor FLIR no nariz da aeronave. Pode ser equipado com quatro mísseis ar-ar Mistral ou Stinger, mísseis anti-tanque HOT 3, Trigat LR ou Hellfire II e lançadores de foguetes de 70 mm. A versão HAD pode ser armada com oito mísseis Hellfire II ou Spike ER, além de contar com um canhão Nexter de 30 mm na torreta frontal, lançadores de foguetes de 70 mm e quatro mísseis Mistral. A versão HAP pode ser equipada com canhão Nexter AM-30781 de 30 mm, quatro mísseis Mistral e lançadores de foguetes SNEB de 68 mm. A versão ARH, do Exército australiano, está armada com mísseis anti-tanque Hellfire II, mísseis ar-ar Stinger, lançadores de foguetes Hydra de 70 mm e um canhão frontal Nexter de 30 mm. A França encomendou inicialmente 80 unidades, sendo 40 HAP e 40 HAD. A Alemanha adquiriu 80 unidades, todas na versão HAC. A Austrália assinou contrato em 2001 para fornecimento de 22 unidades da versão específica ARH, a serem montados na subsidiária local da Eurocopter, a Australian Aerospace. Em 2003 foi a vez da Espanha selecionar o Tiger como seu novo helicóptero de ataque, encomendando um total de 24 unidades, todos na versão HAD.


Origem
França / Alemanha
Dimensões
Comprimento: 13,8 m / altura: 3,8 m
Peso
5.910 kg (máximo na decolagem)
Velocidade
320 km/h (máxima)
Raio de ação
800 km
Motores
2 turbinas MTR 390, com 1.170 hp ou MTR 390-E, com 1.460 hp
Armamento
Diversos, de acordo com a versão: mísseis ar-ar Mistral ou Stinger, mísseis anti-tanque Hellfire II, Trigat LR ou HOT 3, foguetes de 70 mm e canhão de 30 mm.

Mil Mi-24 Hind - Rússia

Desde que apareceu pela primeira vez, o potente MIl Mi-24 "Hind" tornou-se o rei dos helicópteros de combate sobre o campo de batalha. Esta grande e poderosa máquina é um exemplo clássico da filosofia da "força bruta" que dominava o pensamento militar soviético durante a Guerra Fria. Foi dimensionado para transportar uma seção de assalto de oito soldados, que desembarcam pelas grandes portas laterais, apoiados por seu pesado armamento que garante a eliminação de qualquer resistência por parte do inimigo. A carga bélica externa compreende quatro mísseis anti-carro e quatro casulos lança-foguetes UV-32. Sua principal missão não é combater unidades blindadas e sim prover apoio aproximado às tropas em terra, atuando como uma espécie de artilharia aérea, com grande potência de fogo e mobilidade. A versão inicial de série foi o Hind-A, que tinha uma tripulação de vôo de quatro homens; piloto, co-piloto, navegador/artilheiro e observador. O rotor principal com cinco pás de aço revestidas com fibra de vidro e com cubo em titânio o torna bastante resistente ao fogo anti-aéreo. Os motores potentes são parcialmente blindados, dotados de separadores de partículas nas tomadas de ar e dispositivos nas saídas de escape para reduzir a emissão de radiação infravermelha. O Hind-B, primeira versão operacional, tinha semi-asas para fixação do armamento, e o Hind-C apresentava um novo rotor de cauda, situado à esquerda da deriva, para produzir um efeito de tração em vez de empuxo.

  
A mais numerosa de todas as versões foi o Hind-D, com nova cabine dianteira biposto, em tandem, com o artilheiro ocupando a posição da frente e o piloto atrás, num plano superior. Em volta do nariz existem vários sensores todo-o-tempo e sistemas de pontaria das armas, incluindo um radar, uma câmera de tv de baixa intensidade luminosa (LLTV) e um visor térmico FLIR. A torre de metralhadora traz uma arma de tiro rápido, de quatro canos rotativos de 12,7 mm. O Hind-E tem uma aviônica melhorada e utiliza mísseis teleguiados 9M114 (AT-6 Spiral). As semi-asas podem levar uma grande variedade de armas, entre mísseis, foguetes de diversos calibres, bombas, casulos com canhões GSh-23L de 23 mm de cano duplo, disseminadores de minas ou tanques auxiliares. As contramedidas incluem um sistema Ispanka L-166V-1AE para interferir nas radiações infravermelhas, lançadores de fogos-de-bengala IR e tiras anti-radar (chaff). O Hind-F teve a metralhadora do nariz substituída por um canhão GSh-30-2 de 30 mm e cano duplo, no lado direito da fuselagem. Outras versões do Hind incluem o Mi-35, o Mi-24 RCh, um helicóptero de reconhecimento NBQ e o Mi-24K (Hind-G2) para controle de tiro de artilharia. Nos últimos 20 anos foram construídos cerca de 2.300 unidades, metade das quais ainda está a serviço das forças armadas da ex-União Soviética e os demais exportados para mais de 15 países, entre eles Cuba, Índia, Líbia, Iraque, Paquistão, Síria e Peru.


Origem
Rússia
Tripulação
2 (piloto e artilheiro)
Dimensões
comprimento: 21,2 m / altura: 6,5 m
Velocidade
310 km/h (máxima)
Alcance
750 km
Peso
12,5 toneladas
Motores
2 turbinas Klimov 117, com empuxo unitário de 2.186 hp
Armamento
Metralhadora de quatro canos de 12 mm, foguetes de vários calibres, mísseis anti-tanque 9M114, canhões de cano duplo de 23 ou 30 mm, bombas e disseminadores de minas.

Helicóptero de ataque AW-129 Mangusta - Itália

Desenvolvido para atender a um requerimento do Exército italiano em meados da década de 70 como o primeiro helicóptero leve de ataque para qualquer condição de tempo, em operações diurnas ou noturnas, a incorporar um sistema de gerenciamento integrado totalmente computadorizado e redundante, para diminuir a carga de trabalho da tripulação e aumentar sua consciência situacional na arena de combate. O primeiro dos cinco protótipos do então designado A-129 Mangusta, impulsionado por duas turbinas Rolls-Royce Gem Mk.2-1004D fez seu voo inaugural em setembro de 1983. Três anos depois, os cinco estavam voando para os testes dos sistemas e para as certificações necessárias, e a primeira aeronave de série, de um lote inicial de 15 unidades de um requerimento total de 60 a serem entregues à Aviação do Exército, sairia da linha de produção no fim de 1987. Aparentemente planejava-se criar apenas dois esquadrões operacionais dentro do 49º Gruppo Squadroni "Capricornio", em Casarsa. Embora a fábrica da Agusta Westland tivesse capacidade para montar até dezoito aeronaves por ano, as entregas sofreram atrasos devido à falta de recursos da Aviação do Exército para adquirir os 60 sistemas de mísseis antitanque TOW da empresa americana Raytheon, que fariam parte do armamento original dos Mangusta. Em 2007, objetivando o mercado internacional, o helicóptero foi redesignado como AW-129, recebendo turbinas que produziam 40% a mais de potência e um rotor principal de cinco pás, ao invés das quatro originais. A estrutura do helicóptero é semi-monobloco, montada com painéis em liga de alumínio, sendo que os materiais compostos correspondem a mais de 50% do peso da fuselagem. A cabine, as turbinas e as pás do rotor principal e de cauda possuem uma proteção balística que pode resistir a tiros de armas até cal. 12.7 mm. Os cockpits do piloto e do atirador estão dispostos em configuração em tandem, com o atirador/co-piloto à frente e o piloto atrás, ambos equipados com capacetes HMD (helmet mounted display ou capacete com visor LCD que replica as informações dos sistemas da aeronave). As cabines estão equipadas com telas multifunção, que apresentam informações do sistema integrado de gerenciamento, produzindo imagens sintéticas de mapas com waypoints, dados de navegação, status dos armamentos, seleção de armas, comunicações e dados gerais de voo. O Mangusta está equipado também com um sistema automático de controle de voo que permite a navegação a baixa altitude seguindo os contornos do terreno e provê o necessário nível de estabilidade para uma mira precisa dos alvos.
A suíte de contramedidas eletrônicas inclue um RWR da Elettronica ELT-156, um aviso de iluminação laser BAE Systems RALM-101, um jammer infravermelho AN/ALQ-144A e um radar ELT-554. Para funções de reconhecimento e aquisição de alvos, o Mangusta possui uma mini câmera infravermelha FLIR, montada em uma plataforma móvel localizada no "nariz" da aeronave, cujas imagens são refletidas nos HMD com miras acopladas do piloto e do atirador, possibilitando o acompanhamento automático e preciso do alvo, podendo ser usada em ações de dia ou a noite. Um visor montado acima do mastro do rotor principal pode ser instalado, dando ao Mangusta a capacidade de acoplar alvos e disparar suas armas por cima de pequenas elevações ou árvores, sem se expor ao fogo inimigo. Sua carga bélica normal é de 1.200 kg, disposta em dois pilons em cada uma das pequenas asas, numa composição variada: oito mísseis TOW-2A ou HOT; ou seis mísseis Hellfire, Stinger, Mistral ou AIM-9 Sidewinder; até 52 foguetes cal. 70 mm ou 81 mm; ou pods com metralhadoras cal. 7.62 mm, 12.7 mm ou 20 mm. Para aumentar ainda mais seu poder de fogo, o Mangusta está equipado com um canhão de 3 canos tipo Gatling, cal. 20 mm, montado sob o "nariz" da aeronave em uma torreta giratória. Atualmente, os AW-129 são equipados com duas turbinas LHTEC-T800 de baixo nível de ruído, com empuxo unitário de 1.335 hp, que estão montadas separadamente de cada lado da fuselagem, com dois sistemas independentes de combustível, o que permite ao piloto voar apenas com uma das turbinas em caso de pane ou danos ao outro motor. A assinatura termal é minimizada pela instalação de supressores de calor nos sistemas de exaustão das turbina e os tanques de combustível são resistentes a impactos e auto-selantes para o caso de serem perfurados, aumentando assim a segurança e o nível de sobrevivência da aeronave e de sua tripulação quando da execução de suas missões de combate. O AW-129 Mangusta como um helicóptero de ataque multifunção está perfeitamente equipado para executar missões de reconhecimento armado e vigilância, engajamento e destruição de alvos terrestres de grande valor estratégico, escolta armada de comboios no solo ou de helicópteros de transporte, apoio de fogo e supressão de ameaças aéreas. E estas características permitiram que os A-129 do Exército italiano fossem empregados com sucesso em operações da ONU na Somália, em Angola e no Kosovo ou como parte das forças de coalizão no Iraque (Operação Iraq Freedom) e no Afeganistão (NATO International Security Force - ISAF). Em setembro de 2007, a Turquia encomendou 51 unidades (mais 41 opções) do Mangusta a serem montados naquele país, com a designação local de T-129. O Exército Brasileiro efetua estudos para uma futura aquisição de helicópteros de ataque para sua Aviação e o AW-129 Mangusta está sendo considerado como uma das aeronaves que atendem plenamente aos requisitos da Força.

Origem
  
Itália
Dimensões
comprimento: 14,3 m / altura: 3,3 m
Peso
5 toneladas
Velocidade
294 km/h
Alcance
560 km
Turbinas
2 x LHTEC T-800, com empuxo unitário de 1.335 hp
Armamentos
Canhão de 3 canos cal. 20mm,
mísseis TOW, Hellfire ou Sidewinder, e
foguetes de 70mm ou 81mm

AH-64 Apache- EUA

O helicóptero AH-64 Apache produzido pela Boeing é o helicóptero principal do Exército dos Estados Unidos e é considerado o melhor helicóptero de ataque do mundo, sendo empregado em diversos ambientes hostis e com elevadas taxas de sucesso em suas missões. Nos anos 70, em plena Guerra Fria, com o intuito de compensar a superioridade numérica das forças blindadas do Pacto de Varsóvia estacionadas na Europa oriental, o Exército americano elaborou as especificações para um helicóptero avançado de ataque, que após mais de uma década de desenvolvimento, se materializou como AH-64 Apache. O principal requisito era a capacidade de combater tanto de dia como de noite e em quaisquer condições meteorológicas. Projetado para suportar duros golpes, seus tripulantes e a transmissão estão protegidos por uma blindagem de material composto de boro, kevlar e aço. As pás do rotor, que montadas de forma assimétrica geram muito menos ruído, podem aguentar impactos repetidos de projéteis de 23 mm e o sistema de escapamento do motor reduz a temperatura dos gases, diminuindo a sua assinatura térmica. Está equipado com o TADS (Target Adquisition and Designation System), um sistema combinado de infravermelhos e câmeras de TV de baixa intensidade luminosa, que usado em conjunto com o de visão noturna do piloto, permite ao helicóptero voar e combater na escuridão. Seu armamento compreende mísseis Hellfire e Stinger, foguetes de 70 mm e o potente e preciso canhão M 230 Chain Gun, de 30 mm, com cadência de 750 tiros/minuto, capaz de perfurar facilmente uma blindagem leve. Este pode ser controlado pelo piloto através do IHADSS, visor que projeta imagem diretamente na pupila, permitindo apontar a arma para onde se está olhando. O modelo avançado, o AH-64D Apache Longbow, está equipado com uma suite de sensores e armamento melhorados. A melhoria de destaque deste modelo sobre a variante A é o Longbow Fire Control Radar, instalado sobre o rotor principal. A posição elevada da redoma permite a detecção e ataque por míssil a alvos localizados atrás de obstáculos (como terreno, árvores ou edifícios). Para além disso, um modem integrado com a suite de sensores permite a esta variante D a partilha dos dados com outros AH-64D e AH-64A que não dispõe de linha-de-vista para o alvo. Desta forma, um grupo de Apaches pode atacar múltiplos alvos apenas exibindo a redoma de um Apache modelo D. Apesar de seu alto custo de aquisição e manutenção, o AH-64 Apache provou na Guerra do Golfo, no Kosovo e recentemente no Afeganistão, ser o mais letal sistema anticarro atualmente em serviço.
Usuários: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Israel, Egito, Arábia Saudita, Cingapura, Holanda, Grécia e Emirados Árabes Unidos.

 



Tripulação
2 homens
Dimensões
comprimento: 17.7 m / altura: 4,9 m / rotor: 14,6 m
Velocidade
365 km/h (máxima)
Alcance
400 km ou 1.900 km com tanques externos
Peso
9.525 kg (máximo)
Motores
2 turbinas T-700 GE 701, com 1.789 hp cada
Armamento
Mísseis Hellfire e Stinger (auto defesa), foguetes de 70 mm e 01 canhão Boeing M230, de 30 mm

AH-1 Cobra - Estados Unidos

No início de 1962, um comitê do Exército americano (US Army) elaborou um relatório que constituiu a primeira aprovação ao uso de helicópteros armados de escolta no âmbito da guerra aérea moderna. Em 1965, a necessidade urgente de um helicóptero de ataque para ser usado na Guerra do Vietnã, fez com que o US Army anunciasse as especificações para o seu Advanced Aerial Fire Support System (AAFSS, sistema aéreo avançado de apoio de fogo). Como aeronave provisória foi escolhido o modelo 209, da Bell Textron, com uma fuselagem estreita e esguia, com uma tripulação de dois homens. Este possuía apenas uma turbina T-53-L-11 de 1.115 hp e utilizava muitos componentes do robusto UH-1 Iroquois, sendo designado AH-1G Cobra, dos quais 1.200 unidades foram fabricadas. Pós-Vietnã surgiu a versão AH-1Q, utilizando mísseis anti-tanques TOW, para enfrentar a ameaça blindada soviética na Europa. O US Marine Corps logo se interessou pelo Cobra, mas optou pela versão bimotor, o AH-1J. A versão atual AH-1W Super Cobra deve as suas origens a uma proposta de estudo para a Aviação iraniana de um aparelho atualizado chamado AH-1T, no qual as turbinas T53 foram substituídos pelas turbinas T-700-GE-401 de 1.660 hp. Graças a estes motores mais potentes, o Super Cobra goza de melhor relação empuxo/peso do que qualquer helicóptero de sua categoria. O rotor principal com duas pás de 14,6 m, com o uso de materiais compostos em sua confecção, proporciona grande sustentação ao AH-1W. Os dois membros da tripulação, o piloto no assento traseiro e o artilheiro à frente, ocupam um cockpit confortável, em tandem, com HUD e aviônicos de alta tecnologia compatíveis com óculos de visão noturna, numa cabine totalmente blindada.



O armamento padrão do Super Cobra é constituído por um canhão de 20 mm M-197, com 750 projéteis, instalado numa torre debaixo da proa. O AH-1W pode transportar 998 kg de armas, incluíndo mísseis anti-tanques BGM-71 TOW ou AGM-114 Hellfire, Minigun XM-18, pods para 19 foguetes Hydra de 70 mm, em quatro suportes subalares, mísseis ar-ar AIM-9L Sidewinder e anti-radar AGM-122A Sidearm. O sistema de armas, otimizado para combate noturno, permite que o canhão e os mísseis sejam ligados aos visores montados nos capacetes dos tripulantes ou apontados por meio dos visores de imagem térmica NSTF-65. O sistema de navegação é o Teledyne AN/APN-217 Doppler. As contramedidas estão a cargo do receptor de alerta radar (RWR) modelo AN/APR-44, dos liberadores de chaff/flare AN/ALE-39 e um jameador AN/ALQ-144 IR. Testado pela primeira vez em combate, durante a operação Tempestade do Deserto, na Guerra do Golfo de 1991, para onde foram enviados os esquadrões HMLA-169 "Vipers", HMLA-269 "Gunrunners", HMLA-367 "Scarfaces" e HMLA-369 "Gunfighters", os AH-1W Super Cobra provaram que os Marines e a indústria Bell tinham concebido, projetado, construído e posto em ação um vencedor. Estes helicópteros se destacaram nos duros combates pela cidade de Khafji e no apoio à vanguarda dos Marines na ofensiva pela retomada do aeroporto de Al Jaber, onde destruíram 60 blindados iraquianos. Em 1992 os AH-1W também deram apoio às tropas americanas e às forças da ONU durante a intervenção na Somália e em 1995 atuaram na Bósnia em apoio às operações C-SAR. O AH-1 Cobra foi exportado para o Japão, Coréia do Sul, Israel, Jordânia, Paquistão, Irã, Tailândia e Turquia, sendo que estes dois últimos adquiriram também algumas unidades da versão AH-1W. Primeiro helicóptero de ataque do mundo, o versátil AH-1 Cobra tem atuado de forma contínua durante mais de trinta anos, com tal eficiência que qualquer adversário que decida enfrentá-lo deve pensar duas vezes antes de fazê-lo.

Usuários: Estados Unidos, Israel, Turquia, Coréia do Sul, Jordânia, Taiwan, Paquistão, Japão e Tailândia.


Origem
Estados Unidos
Velocidade
314 km/h (máxima)
Dimensões
comprimento: 17,6 m / altura: 4,3 m
Peso máximo
6.690 kg
Raio de ação
635 km
Motores
2 turbinas GE T-700-401, com potência de 1.660 hp
Armamento
Canhão M-197 de 20 mm, mísseis TOW ou Hellfire e foguetes Hydra de 70 mm.

UH-60 Black Hawk - EUA

Depois de uma acirrada concorrência com a Boeing, que durou quatro anos, o UH-60 da Sikorsky foi finalmente escolhido, em dezembro de 76, pelo Exército americano como seu novo helicóptero UTTAS (Utility Tactical Transport Aircraft System), que substituiria o lendário Bell UH-1 "Huey".
Projetado para transportar três tripulantes e onze soldados equipados, além de uma carga externa de 3.629 kg, é acionado por duas turbinas General Eletric T-700 que lhe conferem uma grande potência, reduzido consumo e uma velocidade máxima de 296 km/h ao nível do mar. O cubo do rotor principal com mancais de elastômero que dispensam lubrificação, sustentam as pás feitas de um composto de titânio, grafite, Nomex e fibra de vidro, permitindo ao UH-60 realizar manobras violentas, raras em helicópteros de seu porte. É dotado de equipamento completo de navegação, GPS, comunicações, contramedidas eletônicas e radar Doppler NA/ASN-137 com sistema de seguimento do terreno.
Seu rotor de cauda está inclinado de maneira a que uma pequena parte de sua energia seja aproveitada para sustentação da traseira. Dispõe de aberturas laterais para duas metralhadoras ligeiras M60 de 7.62 mm. Aproveitando as excepcionais qualidades do Black Hawk foram desenvolvidas diversas versões entre elas o EH-60C "Quick Fix" para ambiente de guerra eletrônica, o UH-60Q "MedVac" para evacuação médica, o MH-60K "Pave Hawk" para apoio às forças especiais, o VH-60N "Presidential Hawk" para transporte VIP e o SH-60 "Sea Hawk" usado pela US Navy. Por tudo isso ele é considerado o melhor e mais veloz helicóptero médio do mundo, chamado de "caminhão voador" por seus operadores do US Army, que possui 1.400 aeronaves.
O Brasil adquiriu quatro unidades do UH-60, para apoio à missão de demarcação das fronteiras entre o Peru e Equador (MOMEP) e hoje servem no 4° Esquadrão de Aviação do Exército, em Manaus. Recentemente mais 18 unidades foram adquiridas para a Força Aérea Brasileira.
Usuários: Estados Unidos, Brasil, Chile, Austrália, Colômbia, Egito, China, Israel, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Japão, México, Malásia, Coréia do Sul e Taiwan.



Origem
Estados Unidos
Dimensões
comprimento: 19,7 m / altura: 3,7 m / diâmetro do rotor: 16,0 m
Velocidade
296 km/h (máxima)
Alcance
600 km
Peso
9.185 kg (totalmente carregado)
Motores
2 turbinas GE T 700-700, com 1.534 hp cada uma
Armamento
02 metralhadoras M60, de 7.62mm (padrão)

Lynx - Grã Bretanha / França

O Lynx naval, desenvolvido em conjunto pela Aérospatiale francesa e pela Westland britânica na década de 60, é uma variante com rodas do aparelho multifunção com esquis que serve às forças terrestres. Suas funções incluem combate anti-superfície, anti-submarino, busca e salvamento e transporte leve. Mais de 200 unidades estão operacionais em onze Marinhas e já foi provado em combate em dois grandes conflitos, na Guerra das Malvinas, em 1982 e na Guerra do Golfo, em 1991. A estrutura principal do pod semi-monocasco e da lança dos Lynx foi feita com uma liga metálica leve, usando fibra de vidro para as carenagens e portas de acesso. Os dois tripulantes sentam-se lado, com o piloto à direita e o navegador à esquerda. A propulsão do aparelho é feita por um rotor principal semi-rígido de pás de plástico reforçado com fibra de vidro sobre um núcleo de Nomex. As pás podem ser dobradas para trás e a deriva para a frente, facilitando a guarda nos pequenos hangares dos navios. As versões navais usam duas turbinas Rolls-Royce GEM-42, com 1.128 hp de empuxo unitário. Sua operação nos convés de popa exige técnicas especiais, e para tanto possui uma trava hidráulica, um arpão para prendê-lo a uma rede metálica na plataforma, rodas totalmente articuladas e freios de recuo, que usados em conjunto facilitam e tornam mais seguros os pousos e decolagens em alto mar. O protótipo voou em maio de 1972 e após um programa normal de desenvolvimento, o primeiro esquadrão operacional de Lynx da Royal Navy estabeleceu-se a bordo do Birmingham, em 1978.


Dispõe de vários sistemas avançados, incluindo o radar Ferranti ARI 5979 Sea Spray, montado dentro de um radome removível no nariz da aeronave, com bom desempenho mesmo diante de interferência eletrônica, podendo ser usado também para vigilância marítima ou como sinalizador de alvos além do horizonte para os mísseis antinavio BAe Sea Skua. Quatro deles podem ser levados pelo Lynx, em cabides laterais. Com alcance de 15 km, este míssil após o disparo desce até o nível preestabelecido de acordo com a altura das ondas no momento, orientando-se então pela energia refletida do radar Sea Spray até atingir o alvo. Suas armas podem incluir ainda torpedos Mk44 ou Mk46 e uma metralhadora de uso geral, montada na porta da cabine. Entre seus usuários estão as Marinhas da Grã-Bretanha, Brasil, França, Dinamarca, Portugal, Noruega e Alemanha. A mais recente versão é o Super Lynx 300, com radar Sea Spray 3000, sistema FLIR Safire, sonar AN/AQS-18, sistemas ESM e MAD, motores mais potentes com FADEC, novos aviônicos e um glass cockpit com sete telas de cristal líquido coloridas. Pequeno, ágil, rápido e bem armado, o Lynx é capaz de golpear decisivamente navios e submarinos, graças a seus modernos sistemas de navegação, detecção e ataque
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Marinha do Brasil possui 13 unidades do modelo Super Lynx (equivalentes aos Mk21A da Royal Navy), denominados AH-11A, que operam a bordo das fragatas das classes Niterói e Greenhalgh, das corvetas da classe Inhaúma e do navio-aeródromo São Paulo.
Usuários: Grã-Bretanha, Brasil, Dinamarca, Alemanha, Malásia, África do Sul e Portugal.


Dimensões
comprimento: 15,1 m / altura: 3,4 m / diâmetro do rotor: 12,8 m
Velocidade
232 km/h
Alcance
595 (máximo)
Peso
4.763 kg
Motores
2 turbinas Rolls-Royce GEM-42, com 1.128 hp cada uma.
Armamento
Mísseis Sea Skua, torpedos Mk46 ou uma metralhadora.