Com o aumento das hostilidades na Europa, a Inglaterra viu a necessidade de aperfeiçoar seus aparatos militares, assim surge a ideia do tanque leve vickers. Seu casco tinha um design básico, com espaço para tripulação de três pessoas – motorista, comandante e operador de radio, a blindagem atingia entre 4mm e 14mm de espessura que permite proteção contra pequenas armas e fragmentos de metal. Seu principal armamento era um canhão QF 40mm instalado na torre, o que deu ao veículo um poder de fogo decente contra outros tanques leves, projeteis de 50 x 40mm poderiam ser carregados para prover um mix de ataques HE e AP se necessário. A metralhadora 7.92mm BESA foi montada coaxialmente a arma principal para ser usada como medida anti-infantaria.
O desenvolvimento de outros veículos, principalmente tanques médios, levou a obsolescência do Tetrarch, sendo útil pela sua velocidade e proezas anti-infantaria se limitando ao reconhecimento ou suporte de infantaria em ações de urgência. Contudo seu peso de pouco mais de 8 toneladas o tornou útil novamente como suporte de operações aéreas, o tanque poderia então ser preparado pela tripulação e lançado ao combate em planadores especializados onde sua velocidade e armamento poderiam chocar forças levemente despreparadas. Com a potência de um motor de 150 cavalos, o Tetrarch poderia atingir até 64 km por hora, com alcance operacional de 230km.
Procurando aperfeiçoar as falhas iniciais do 35(t), o exército tcheco exigiu um novo modelo de tanque leve. O exército alemão ocupou a Tchecoslováquia quando a produção do tanque estava no auge, assim o 38(t) foi aceito pelo exército alemão sob o nome de PzKpfW 38(t), SdKfz 140.
Apesar de sua performance adequada inicialmente, rapidamente o armamento e a blindagem se tornaram obsoletos contra inimigos fortes. Os primeiros modelos do 38(t) contavam com uma estrutura rebitada, levando qualquer impacto direto a enviar esses rebites como balas para dentro da torre e do casco, um prejuízo letal para a tripulação. Assim, chapas soldadas foram introduzidas nos modelos mais novos, 25mm de blindagem extra trouxeram proteção frontal, resultando em 50mm de espessura no seu revestimento. Seu armamento consiste em um canhão de 37mm Skoda A7 montada na torre, também equipada com uma metralhadora 7.92mm. A arma principal poderia disparar tanto contra blindados (AP) ou alto-explosivo (HE) sendo determinado pelo comandante ou artilheiro segundo o alvo. Seu motor de 150 cavalos possibilitava uma velocidade máxima de 42 km por hora com alcance operacional máximo de 200km.
O 35(t) é um tanque de origem checoslovaca, tendo inicialmente armado quase metade do corpo blindado alemão de 1940, sendo usado pela Wehrmacht em campanhas subsequentes. Seu design era convencional para a época, contudo utilizava um sistema de ar comprimido que ajudava o motorista na direção e a reduzir fadiga durante longas operações, dando ao tanque uma espécie de vantagem de alcance e velocidade sobre os demais contemporâneos. O casco, de construção rebitada media de 12mm a 35mm de espessura em blindagem e o tanque era tripulado por quatro pessoas – motorista, artilheiro que operava uma metralhadora 7.92mm ZB vz 35 (or ZB vz 37), o comandante e um operador de rádio. Seu armamento principal equipava a torre e consistia em um canhão de 37.2mm Skoda vz 34 acoplado com a metralhadora supracitada. Com um motor de 120 cavalos, o PzKpfW 35(t) poderia atingir velocidade máxima de 40 km por hora com alcance operacional de 193 km.
De fabricação francesa e inicialmente designado para suporte da infantaria o H35 era um tanque leve convencional padrão dos anos 30, com suporte pra duas pessoas – motorista e comandante. Seu armamento era centrado em um canhão 37mm SA 18 como arma principal, mas que logo seria ineficaz contra os tanques alemães em sequência. A arma principal era apoiada por uma metralhadora 7.5mm Reibel que servia para defesa e anti-infantaria, ademais a torre oferecia rotação de 360 graus. A blindagem para a tripulação era medida em 40mm na torre e 34mm de espessura em outras partes do casco, com um motor de 78 cavalos conseguia chegar a velocidade de 17 milhas por hora com alcance operacional de 80 milhas.
O H35 foi utilizado em ação de combate em 1940 durante a invasão alemã na França, os proejetistas franceses acertaram na produção de tanques leves porém a falta de uso correto dos blindados no campo levou a perda ou captura de vários H35 para exército alemão. Deste modo, os alemães reconhecem um bom sistema quando o veem, e reconstituíram o veículo francês para uso próprio, por conseguinte o H35 se tornou o PzKpfW 35-H 734 (f) no inventário do exército alemão.
Pesando 9 toneladas, era humildemente blindado nas suas partes frontais (15mm no seu máximo), inúteis contra implementos antitanque e poderia atingir 25 milhas por hora com um alcance de 125 milhas, com potência de 140 cavalos. As diferenças entre os modelos se dão por sutis implementações na blindagem e potência.
Ausf F
Tornou-se a maior forma final de produção do Panzer II e foi designado como tanque de reconhecimento, era visualmente diferente de seus predecessores apresentando um casco frontal redesenhado e internamente equipado com blindagem adicional (35mm no seu máximo), seu peso de 11 toneladas forçou uma diminuição da sua velocidade, na estrada atingindo 34 milhas por hora com alcance máximo de 125 milhas, seu sucessor Ausf J apresenta progresso na blindagem que passa para 80mm na parte frontal e equipado com canhão automático Kw.K 38 L/55.
Ausf L/Luchs
O panzerkampfwagen II Luchs também carrega a designação Pz.Kpf.W II, mas era um tipo de tanque essencialmente diferente designado especificamente para reconhecimento cross-country em alta velocidade. Mantêm um design exterior diferente comparado a outras derivações de Panzer II, além de abrigar um motor de 180 cavalos de potência e pesar 12.79 toneladas. O Luchs também poderia abrigar quatro pessoas (motorista, comandante, artilheiro oficial e operador de rádio), podendo atingir 37.7 milhas por hora. Armado com um canhão automático de 20mm ligado a uma metralhadora 7.92mm com pontaria a distância realizada através da mira óptica.
O Panzer II originou-se primeiramente como uma exigência do departamento militar a lemão, dessa vez propondo o desenvolvimento de um tanque leve de 10 toneladas, armado com canhão de 20mm e metralhadoras 7.92mm, que também seria apresentado sob o disfarce agrícola por causa do tratado de Versalhes.
Seu armamento foi sutilmente aprimorado em comparação as metralhadoras do Panzer I, o Panzer II equipava-se com um poderoso canhão automático 20mm Kw.K 30 L/55 (ou Kw.K 38 L/55) à esquerda da torre e uma metralhadora 7.92mm MG34 na parte direita para defensa anti-infantaria. O canhão automático foi estranhamente limitado a fogo automático total, resultando na prática padrão de disparar a arma em rajadas controladas. A mira era efetuada através de pontos de referência fixos ao longo da arma, ou através de um telescópio óptico 2.5. De pouca potência, com blindagem fraca e armamento leve como o seu anterior Panzer I, o Panzer II experimentou altas dificuldades no campo de batalha devido principalmente a armamentos antitanque.
Com o tratado de Versalhes a produção de elementos de batalha estava negada, o que levaria a Alemanha a fazê-lo secretamente. Ademais da crise pós fim da primeira guerra e crise de 1929, os recursos econômicos alemães não o possibilitavam grandes investimentos, partindo então para a produção de tanques leves que poderiam ser feitos em grandes quantidades e por um preço relativamente baixo. Assim, uma exigência oficial foi apresentada para obter um novo tanque leve sob o limite de peso de 5 toneladas que pudesse também servir nos treinamentos das equipes (considerando que pela restrição ao uso de tanques no tratado, treinamentos eram realizados com veículos cobertos de lona). Deste modo, entregue sob o disfarce de implemento agrícola surge o Trator Krupp (nome da empresa criadora), sendo oficialmente renomeado pelo exército alemão de Pz.KpfW I Ausf. A (Sd.Kfz. 101) ou ainda Panzer I, em abril de 1936.
Com o tratado de Versalhes a produção de elementos de batalha estava negada, o que levaria a Alemanha a fazê-lo secretamente. Ademais da crise pós fim da primeira guerra e crise de 1929, os recursos econômicos alemães não o possibilitavam grandes investimentos, partindo então para a produção de tanques leves que poderiam ser feitos em grandes quantidades e por um preço relativamente baixo. Assim, uma exigência oficial foi apresentada para obter um novo tanque leve sob o limite de peso de 5 toneladas que pudesse também servir nos treinamentos das equipes (considerando que pela restrição ao uso de tanques no tratado, treinamentos eram realizados com veículos cobertos de lona). Deste modo, entregue sob o disfarce de implemento agrícola surge o Trator Krupp (nome da empresa criadora), sendo oficialmente renomeado pelo exército alemão de Pz.KpfW I Ausf. A (Sd.Kfz. 101) ou ainda Panzer I, em abril de 1936.
O Panzer I Ausf. A foi o primeiro desenvolvimento de tanque alemão no período pós-primeira guerra. Seu sistema reduzido possibilitava a tripulação de apenas duas pessoas – um motorista e um comandante –. Enquanto o motorista localizava-se na parte frontal do tanque, o comandante ocupava a torre, armada com metralhadoras 2 x 7.92mm. Sua blindagem era mínima, feita para suportar impactos diretos de pequenas armas de fogo e um pouco mais, a espessura de sua blindagem era de pouco mais de meia polegada na melhor das hipóteses. Apresentava cinco rodas laterais para aderência, cada uma envolta em borracha e rodas dentadas localizadas na parte frontal de cada esteira. Seu peso operacional foi listado em 5,9 toneladas, podendo exercer velocidade máxima de 38 quilômetros por hora, com alcance operacional de 135 km cross-country e 200 km em estrada.
Embora de certa forma tenha falhado como veículo de combate,já obsoleto no início da guerra, o Panzer I começou uma linha de tanques utilizados pelo exército alemão na guerra, cada qual se desenvolvendo mais, porém todos com a mesma origem.