quarta-feira, 7 de junho de 2017

Veículo Blindado Ligeiro de Reconhecimento Cadillac Gage V-150



O V-150 começou a ser produzido, pela Cadillac Gage, em 1964. É um blindado de tracção às quatro rodas, com capacidade anfíbia e blindagem ligeira. O comandante e condutor estão alojados na frente protegida da viatura, enquanto as tropas seguem na traseira, junto do compartimento com o motor. No caso da versão portuguesa, dotada com uma torre - armada com uma peça de 90m - esta parte da viatura está preenchida com a estrutura da mesma. O V-150 equipa vários países nomeadamente Malásia, Filipinas, Bolívia, Taiwan, Singapura, Venezuela e Arábia Saudita.
O exército português adquiriu algumas unidades no final década de 80 destinadas a missões de reconhecimento. Embora a Chaimite seja bastante similar a este, o V-150 é um veículo bastante mais moderno que a primeira. 
Os veículos estão atribuídos ao ERec da BAI e ao ERec da BLI. 
Nunca foram empregues operacionalmente em missões de paz, ao contrário das Chaimites que foram destacadas para a missão na Bósnia e, posteriormente, para a do Kosovo. 
Contudo, são apontadas algumas deficiências em relação ao V-150, nomeadamente a sua altura e blindagem que o tornam muito vulnerável, enquanto a torreta dificulta o seu transporte. Já quanto à sua peça, a tracção a quatro rodas, limita a estabilidade da viatura e a precisão do tiro. Está prevista a sua substituição por parte das novas viaturas (seis viaturas) blindadas 8x8, dotadas com uma peça de 105mm.

Peso Máx.
9 toneladas
Armamento
1 canhão de 90mm
1 metralhadora de 7,62mm
Velocidade Máx.
88 km/h
Autonomia
643 km
Tripulação
3+2
Número de Unidades
15

Veículo Blindado Ligeiro de Reconhecimento Panhard M-11



Este veículo foi desenvolvido nos anos 80 pela França de modo a atender às exigências do exército francês em possuir um veículo ligeiro para reconhecimento e luta anti-tanque. Este veículo ligeiro é anfíbio, aerotransportável e possui protecção NBQ. 
Portugal adquiriu o primeiro no início da década de 90 (18 viaturas) foi atribuído ao ERec da BAI e ao ERec da BLI, e mais recentemente, no âmbito da missão nos Balcãs, foi recebido um segundo lote com torreta blindada para protecção do atirador. 
Os VBL são utilizados para reconhecimento e escolta (podendo ser armados com uma metralhadora pesada de 12,7mm ou um lança-granadas automático de 40mm), luta anti-tanque (com lançador simples de mísseis Milan), vigilância do campo de batalha (esta versão conta com o radar AN/PPS-5B), sendo, ainda, alguns usados veículos de comando.

Peso Máx.
3 toneladas
Armamento
Variável
Velocidade Máx.
95 km/h
Autonomia
600 km
Tripulação
3
Número de Unidades
38

Veículo Blindado Ligeiro de Transporte Bravia Chaimite



Os EUA desenvolveram durante a década de 60 uma série de veículos sobre rodas para transporte de tropas e missões de apoio. Em Portugal foi fabricada uma versão nacional, a Chaimite, pela Bravia. O modelo fabricado em Portugal possui algumas semelhanças com o veículo blindado 4x4, de origem norte-americana, Cadillac Gage Commando.
Este veículo tem um total de nove versões. Entre elas, o V-700 com mísseis anti-tanque Hot ou Swingfire, o V-400 com torre equipada com um canhão de 90mm e a versão porta-morteiros (V-600) que pode ser equipada com morteiros de 120mm e 81mm.  
A versão de transporte (V-200) foi usada na Guerra Colonial e mais recentemente equipou também as forças portuguesas nos Balcãs. Nos Balcãs devido às condições climatéricas adversas foi incorporado um pára-brisas no lugar do condutor para o proteger do frio que se faz sentir nesta região durante o Inverno (foto de cima).
Os veículos receberam uma remotorização na década de 80. Actualmente o exército português opera as versões V-200 e V-600, que estão atribuídas aos ERec da BAI e da BLI e a outras unidades do Corpo do Exército.
Outros cinco países adquiriram este veículo à Bravia, e no total foram produzidos mais de 400 veículos, tendo apenas sido adquiridos perto de 80 por Portugal, operados quer pelo exército, quer pelos fuzileiros, embora estes últimos já não os usem. Os restantes foram adquiridos pelas Filipinas (20 veículos), Líbano (30 para a polícia), Peru (40 veículos para os fuzileiros), Líbia e Malásia.

Peso Máxima
7 toneladas
Armamento
Variável
Velocidade Máxima
99 km/h
Autonomia
804 km
Tripulação
11
Número de Unidades
81

Veículo Blindado de Socorro M88 A1



Esta viatura blindada foi desenvolvida para servir nas unidades de manutenção dos carros de combate M48 A5. Devido a tal motivo, usa vários componentes idênticos ao referido carro de combate.
Com o abate deste veículo, o M88 continuou a servir nas unidades de manutenção, apoiando o sucessor deste, o carro de combate M-60. 
O exército português adquiriu o M88 em 1978 estando atribuído ao ERec da BMI e ao Batalhão de Apoio de Serviços. A viatura tem capacidade para rebocar veículos com peso superior ao seu, e o guindaste é capaz de elevar até 13 toneladas.




Peso Máx.
60 toneladas
Armamento
1 metralhadora de 12,7mm
Velocidade Máx.
42 km/h
Autonomia
483 km
Tripulação
4
Número de Unidades
8

Veículo Blindado M113



Mundialmente famoso, a viatura blindada M113 equipa um enorme número de países fornecendo transporte de tropas blindado e capacidade polivalente para inúmeras missões, desde comando, defesa anti-aérea e transporte e apoio de fogo.
Portugal possui um total de cerca de 526 veículos, contudo calcula-se que apenas parte destes - entre 300 e 350 - estejam operacionais. Encontram-se ao serviço do exército português várias versões deste veículo, incluindo uma com lançador simples de Tow e duas versões porta-morteiro, o M106 (nos modelos A1 e A2) com morteiro de 107mm e o M125 (no modelo A1) com morteiro de 81mm. Estão atribuídas a várias unidades da BMI. As primeiras unidades foram recebidas em 1978 e mais recentemente em 1996 o exército recebeu veículos da versão A2.
Já a versão de comando, o M577, foi desenvolvida para atender às necessidades de um veículo de comando. Na prática é um M113 com tecto sobrelevado e com maior capacidade para a instalação de um maior número de sistemas electrónicos. A sua tripulação de cinco homens conta com a protecção da blindagem do veículo e a sua mobilidade, estando a plataforma armada com uma metralhadora de 7,62mm e tendo uma autonomia de 560km. Entrou ao serviço do exército português em 1981, estando atribuída à BMI, na secção de comando do Grupo de Carros de Combate e dos Batalhões de Infantaria Mecanizada, para além de outras unidades da BMI. O exército possui cerca de 39 M577 A2.

Peso Máximo
11 toneladas (M113 A1/A2)
Armamento
Variável
Velocidade Máximo
60 km/h
Autonomia
480 km
Tripulação
2+11 (M113 A1/A2)
Número de Unidades
526

Veículo Blindado de Luta Anti-Tanque M901 ITV



Projectado e produzido nos EUA desde a década de 70 este veículo destinado à luta anti-tanque, tendo sido produzidas mais de três mil unidades, equipando um total de oito nações. O ITV tem como base o veículo blindado M113, tendo-lhe sido incorporado um lançador duplo de mísseis anti-tanque TOW que garante protecção blindada ao atirador enquanto dispara. Este resulta de uma evolução natural dos M113 destinados a luta anti-tanque que posseum um lançador simples de Tow, nos quais o atirador está, contudo, exposto a fogo inimigo. O veículo tem capacidade para transportar até 12 mísseis.
Portugal recebeu estas viaturas em 1990, tendo sido incorporadas no Grupo de Carros de Combate da BMI. Em 1993, os EUA propuseram a cedência de cerca de 25 viaturas M901 A1, sendo que as mesmas acabaram por ser recusadas devido a problemas com as mesmas, nomeadamente mecânicos e hidráulicos com o lançador duplo de mísseis.

Peso Máx.
11 toneladas
Armamento
1 lançador duplo de mísseis TOW 
1 metralhadora de 7,62mm
Velocidade Máx.
67 km/h
Autonomia
483 km
Tripulação
4/5
Número de Unidades
4

Carro de Combate Médio M60 A3



Carro de combate de origem norte-americana foi desenvolvido na década de 70. Ao longo da sua vida operacional adoptou várias versões, incluindo uma com blindagem reactiva. A versão operada por Portugal possui capacidade para fazer disparos em movimento e em quaisquer condições de visibilidade, uma grande evolução em relação aos M48 então em serviço. A nível internacional o M60 continua ainda a ter bastantes usuários entre Espanha, Taiwan, Brasil, Turquia, Israel e outros.
O exército português recebeu as primeiras unidades em 1992, tendo atribuído os carros de combate ao Esquadrão de Reconhecimento (ERec) e ao Grupo de Carros de Combate da BMI. A EPC tem atribuídos 8 carros de combate para instrução, estando ainda mais 19 em reserva. Actualmente está em curso uma modernização dos seus sensores e direcção de tiro, que se encontra cancelado. 

Peso Máximo
52 toneladas
Armamento
1 canhão de 105mm
1 metralhadora de 12,7mm
Velocidade Máximo
48 km/h
Autonomia
480 km
Tripulação
4
Número de Unidades
100