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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Classe "João Coutinho"



    A corveta "João Coutinho" é o primeiro da série de seis navios construídos em estaleiros estrangeiros, com base num projecto nacional. A urgência na construção ditou, em parte, a atribuição da encomenda a estaleiros estrangeiros. Assim, os três navios primeiros foram entregues aos estaleiros Blohm & Voss na Alemanha e os outros três na empresa Nacional Bazan (actual IZAR) de Construções Navais Militares em Espanha. Os navios possuem pista para helicóptero, podendo servir como navio de apoio a operações anfíbias. Como armamento principal contam com um reparo duplo de 76,2mm.
    Entre os anos de 1970 e 1975 levaram a cabo diversas missões em África, nas ex-colónias portuguesas de Angola, Moçambique, Guiné e Cabo Verde.
    Com a descolonização, em 1975, as corvetas passam a desempenhar actividades na ZEE nacional: busca e salvamento, vigilância e fiscalização das águas territoriais, participando ainda em exercícios nacionais e viagens de instrução.
    Em 1998, duas corvetas - "Honório Barreto" e "João Coutinho" - desta classe fizeram parte da força naval que Portugal enviou para resgatar civis nacionais e guineenses durante a guerra civil na Guiné-Bissau.


Tipo
Corveta
Comprimento
85m
Tonelagem
1.380 toneladas
Velocidade Máx.
22 nós
Autonomia
5900 milhas a 18 nós
Armamento
1 reparo duplo de 76mm US Mk33
1 reparo duplo Bofors de 40mm/60
SensoresRadar de navegação RM 1226C
Radar de navegação KH1007
Guarnição
72
Número de Unidades
4

Classe "Baptista Andrade"



  As corvetas “Baptista Andrade” resultam de uma evolução das “João Coutinho” com vários avanços tecnológicos e algum armamento e sensores mais sofisticados. A nova classe foi concebida para missões de escolta oceânica. A deia original era usar esta classe em missões da NATO, mas restrições financeiras impediram a aquisição do armamento e equipamento inicialmente desejados.
    Na década de 80 ainda se estudou a instalação de mísseis anti-navio Exocet nas “Baptista Andrade”, mas por falta de verbas tal acabaria por não ocorrer. Para além do seu armamento contam com uma pista que permite receber um helicóptero abordo.
    Em 2000 os navios foram alvo de remodelação, que consistiu entre outras coisas, na degradação da sua capacidade como navios de combate, adequando-os, essencialmente, para o desempenho de missões de patrulha e busca e salvamento na ZEE.  A sua substituição está prevista a curto prazo, com a construção em estaleiros portugueses dos patrulhas oceânicos (NPO 2000).

Tipo
Corveta
Comprimento
84,5m
Tonelagem
1.400 toneladas
Velocidade Máx.
23 nós
Autonomia
5.900 milhas a 18 nós
Armamento
1 peça de 100mm Mod 68  (Creusot-Loire)
2 reparos Bofors de 40mm para luta anti-aérea
lançadores triplos de torpedos Mk 32 (desactivado)
Sensores
Radar de busca aérea Plessey AWS-2
Radar de navegação Decca RM-316P
Direcção de Tiro Thomson-CSF Pollux
Guarnição
107
Número de Unidades
3