Espada reta curta de dois gumes, junto com o pilum, arma principal do legionário clássico (séculos II a.C. a III d.C.). O exercito romano só a adotou muito tempo após a criação das legiões, quando se descobriu que feridas superficiais de 10 cm de comprimento (golpes de gume) eram menos mortais que feridas de 10 cm de profundidade (golpes de ponta). O gládio parece ter sido adotado quando romanos estavam enfrentando a guerrilha dos ótimos espadachins piberos para conquistar o resto da Hispânia, após Segunda Guerra Púnica. O gládio também deu nome aos lutadores profissionais que se enfrentavam em arenas para deleite da plateia.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Armamentos Medievais
O Machado de Batalha
Era utilizado no combate entre dois guerreiros ou ainda podia ser atirado por cavaleiros de suas montarias sobre os inimigos. O cabo de madeira tinha, em média, 150 cm. A lâmina media, por sua vez, 25 cm e tinha o formato crescente a partir de sua conexão com o cabo. Feito de aço, essa arma era capaz de provocar ferimentos letais como a decapitação do inimigo ou a extirpação de um de seus membros. Durante os combates era comum que os guerreiros agitassem seus machados de batalha com as duas mãos para demonstrar força, coragem e virilidade. Isso os deixava desprotegidos, pois não tinham como portar um escudo quando assim agiam.
Capacetes Metálicos
Os capacetes apresentavam um formato cônico e eram semelhantes aos que haviam sido utilizados pelos Romanos. Elaborados a partir de uma base de bronze ou ferro coberta por folhas de cobre ou bronze. Uma guarda nasal era também parte essencial desse instrumento de defesa. Além de proteger o guerreiro, essa guarda nasal também servia para dar maior firmeza ao capacete na cabeça de seu portador. Eram muito importantes na defesa contra ataques desferidos com espadas, pedras, flechas ou paus. Não resistiam muito quando os ataques eram feitos com os machados de batalha.
Arco em Cruz
Eram muito usados pelos normandos. Normalmente tinham dimensões reduzidas, sua matéria-prima básica era a madeira e eram utilizados na horizontal (por esse motivo também são conhecidos como arcos horizontais). Para atirar com essas armas os guerreiros tinham que se apoiar em algum lugar que lhes desse solidez e segurança. Havia um gatilho no final do arco para disparar a flecha.
Arco e Flecha
Eram considerados como armas de soldados desqualificados. Muitos povos medievais utilizaram arcos e flechas com grande freqüência em seus combates. As flechas tinham, aproximadamente, 50 cm e eram feitas de madeira. Ao tensionar a corda os arqueiros a puxavam até a altura de seus peitos e conseguiam dispara-la no máximo a uma distância de 90 metros. No final do século XII as flechas longas passaram a substituir os arcos e flechas comuns.
Escudo
Eram comuns os escudos longos, triangulares com o topo arredondado, usados tanto pelos normandos quanto pelos saxões (entre outros povos bárbaros). Feitos de madeira, ferro e couro, sua principal função era a defesa dos soldados e guerreiros contra as flechas disparadas pelos exércitos inimigos. Eram tão compridos que protegiam não apenas o peitoral, mas também as pernas dos combatentes. Muitas vezes também eram usados para atacar cavaleiros inimigos em suas montarias.
Lanças
As lanças eram armas utilizadas pelos cavaleiros. Seu tamanho aproximado era de quase 2 metros. A partir do século XIII o tamanho desse armamento aumentou para 3 metros. Normalmente eram feitas de madeira com a lâmina cortante em seu topo sendo feita de aço ou ferro. Os cavaleiros as carregavam debaixo de seus braços e as utilizavam para perfurar os soldados inimigos. Muitas vezes a ponta das lanças também carregavam as bandeiras representativas dos locais de origem desses cavaleiros.
Clava
A clava era uma arma feita de madeira ou aço que apresentava uma pesada ponta cheia de espinhos produzidos em ferro ou aço. Pancadas desferidas com as clavas medievais podiam matar ou quebrar ossos mesmo quando o cavaleiro oponente estivesse utilizando armadura. Eram armas utilizadas por religiosos que não podiam portar qualquer tipo de recurso bélico que usasse lâminas.
Espadas
A arma mais importante de um cavaleiro era a sua espada. Normalmente elas eram nomeadas e passadas de geração para geração dentro de uma mesma família. Tinham, por esse motivo, grande valor afetivo para seus proprietários, pois constituíam uma relíquia familiar. Era comum que tivessem lâminas afiadas e que cortassem dos dois lados. Tinham, em média, entre 70 e 80 cm. As melhores espadas eram feitas de aço, justamente para que não pudessem se quebrar durante as batalhas. A empunhadura era feita de madeira ou ferro, mas as guardas dessas armas tinham que ser sempre de aço ou ferro.
Garra de Arquimedes
Desenvolvida para proteger a cidade de Siracusa da invasão dos romanos, esse aparato tem um funcionamento que chega a parecer mentira. Quando um dos navios inimigos se aproximasse do muro que protegesse o local do lado do mar, a gigante “mão” de madeira levantaria sua ponta até que a embarcação virasse e naufragasse.
Escudos-lanterna
Com funções das mais variadas, esses escudos especiais poderiam ser considerados os canivetes suíços dos escudos medievais. Como se não bastasse seu uso no bloqueio dos ataque inimigos, eles também eram equipados com lâminas, pequenas lanças serrilhadas, manoplas de combate e muito mais. Chegar perto de um guerreiro com um desses certamente não era uma boa ideia.
Estrepes
Feitos de pregos e outros metais retorcidos, esses pequenos espinhos portáteis eram especialmente úteis na hora de fugir da cavalaria inimiga. Durante o combate, uma grande porção deles poderia ser espalhada no terreno entre os dois exércitos, diminuindo o avanço das tropas adversárias.
Culverins
Ancestrais dos primeiros canhões de grande porte, os culverins eram armas de fogo medievais feitas para serem usadas quando os soldados estivessem montados em cavalos. Muitas vezes elas eram utilizadas em ataques coordenados, quando uma tropa de cavaleiros passava correndo por seus alvos, cada um disparando uma vez no trajeto.
Cadáveres e rios
Como dito quando falamos dos trabucos e catapultas mais acima, os corpos de vítimas de pestes e de animais adoecidos muitas vezes eram usados para espalhar doenças por dentro das fortalezas inimigas. E, quando uma das grandes armas de arremesso não estava disponível, a solução era despejar os cadáveres nos rios mais próximos, infectando o suprimento de água dos adversários.
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