sábado, 28 de abril de 2018

Aerosan

NKL-26.

Os aerosans são tipos de snowmobiles ou motos de neve propulsionados por uma hélice que foram produzidos na União Soviética primeiramente por Igor Sikorsky entre 1909 e 1910. Eram utilizados em comunicações, auxílio médico, patrulhamento de fronteiras e serviram na Guerra de Inverno e na Segunda Guerra Mundial. Os variados modelos podiam levar desde dois até cinco homens e alguns eram equipados com uma metralhadora.

RF-8.

Durante a Segunda Guerra foram muito utilizados em missões de reconhecimento graças a sua alta mobilidade em neve profunda. Sua velocidade ficava entre 25km/h e 35km/h na neve profunda, onde a maioria dos veículos não conseguia nem ao menos se mover. Eram também utilizados em combate em cooperação com unidades equipadas com esquis. Feitos de madeira compensada e revestidos por uma fina blindagem de metal eles não eram utilizados em missões de assalto por serem muito vulneráveis.


Especificações do RF-8

Tripulação: 2
Peso: 0,82 toneladas
Dimensões: largura: 2,5m; comprimento: 5,1m; altura: 2,7m
Performance: velocidade máxima: 50km/h 
Motor: GAZ-M-1 desenvolvendo 50hp
Armamento: uma metralhadora de 7,62mm

Blackburn Skua


Desenvolvido após uma especificação do Ministério do Ar, o Blackburn Skua era um monoplano de asa baixa construído de metal com cockpit fechado e trens de pouso retráteis. Sua performance como avião de caça era comprometida por seu fraco motor, o que resultava numa baixa velocidade. Chegava a 362km/h mas ao ser comparado com outros aviões da época, como o Messerschmitt Bf 109 que chegava a 467km/h, era uma lenta aeronave. Foi desenvolvido na década de 30 e viu serviço nos primeiros estágios da Segunda Guerra.


Os Skuas tem o crédito da primeira morte confirmada por uma aeronave Britânica: um bombardeiro Dornier Do 18 foi derrubado no Mar do Norte no dia 26 de Setembro de 1939 por três Skuas do 803 Naval Air Squadron que decolaram do porta-aviões HMS Ark Royal. Durante a Invasão da Noruega o crusador alemão Königsberg foi afundado por 16 Skuas comandados por William Lucy. Esse foi o primeiro grande navio a ser afundado por bombardeiros de mergulho mas quando os Skuas dos esquadrões 800 e 803 foram enviados numa tentativa de bombardiar o cruzador de batalha alemão Scharnhorst em 13 de Julho de 1940, das 15 aeronaves enviadas, 8 foram derrubadas.

Apesar de se sair bem contra bombardeiros na Noruega e no Mediterrâneo, o Skua sofria grandes baixas quando confrontado por caças modernos e assim acabou retirado dos serviços de linha de frente em 1941. A aeronave foi largamente substituída pelo Fairey Fulmar que tinha mais armamento e era cerca de 80km/h mais rápido.

Especificações do Blackburn Skua MK. II

Tipo: caça/bombardeiro de merguho
Tripulação: 2
Motor: um motor radial Bristol Perseus XII desenvolvendo 905hp
Dimensões: envergadura: 14,1m; comprimento: 10,8m; altura: 4,3m; área da asa: 29m² Performance: velocidade máxima: 360km/h a 2.000 metros; alcance: 1.300km; teto operacional: 6.150 metros 
Pesos
: vazio: 2.490kg; carregado: 3.730kg

Armamento: 4 metralhadoras Browing de 7,7mm, uma metralhadora Lewis ou Vickers K montada no cockpit traseiro, uma bomba de 227kg ou uma bomba de 113kg mais 4 bombas de 18kg ou 8 bombas de 9kg

Blackburn Roc


Desenvolvido pela Blackburn Aircraft Ltd., o Blackburn B-25 Roc foi originalmente construído com flutuadores. O primeiro protótipo caiu mas modificações fizeram os outros três capazes de voar. O primeiro voo ocorreu em 23 de Dezembro de 1938 mas a vida do Roc foi curta pois seu projeto foi logo considerado obsoleto.

O Roc foi desenvolvido a partir do bombardeiro de mergulho Skua e utilizava o mesmo conceito de torre do Boulton Paul Defiant e assim, todas suas 4 metralhadoras Browing de 7,7mm localizavam-se na torre. O baixo poder de fogo (comparado ao Hawker Hurricane) era compensado pela habilidade de atirar para quase todas as direções. Na prática, o peso da torre deixou o avião muito lento e antes mesmo da produção começar o Ministério do Ar decidiu que ele seria melhor utilizado como um avião de treinamento. Apesar da Blackburn ter projetado o Roc, quem produziu os 136 aviões foi a Boulton Paul e o Roc, apesar de ser diferente e precisar de uma linha de montagem diferente, utilizava a mesma torre do Defiant.

Projetado para ser utilizado em porta-aviões, o Roc acabou servindo em aeródromos da Fleet Air Arm entre Fevereiro de 1940 e Agosto de 1941. Durante a Campanha Aliada na Noruega um pequeno contingente de Blackburn Rocs serviu no porta-aviões HMS Ark Royal junto dos esquadrões 800 e 803. O Roc também serviu em missões sobre o Canal da Mancha durante a evacuação de Dunquerque.

O Roc serviu como avião de treinamento até 1943 quando foi retirado de serviço. Mas em 1944 quatro Rocs serviram no HMS Daedalous e suas torres foram utilizadas para defesa antiaérea. A única vitória do Roc foi confirmada no dia 28 de Maio de 1940 quando um Roc acompanhado de dois Skuas derrubou um dos Junkers Ju 88 que atacavam um comboio.

Especificações do Blackburn B-25 Roc

Tipo: caça/bombardeiro de mergulho
Tripulação: 2
Motor: um motor radial Bristol Perseus XII desenvolvendo 890hp
Dimensões: envergadura: 14,02m; comprimento: 10,85m; altura: 3,68m; área da asa: 28,8m²
Performance: velocidade máxima: 359km/h a 10.000 metros de altura; alcance: 1.304km; razão de subida: 7,6m/s
Pesos
: vazio: 2.782kg; carregado: 3.614kg

Armamento: 4 metralhadoras Browing de 7,7mm e 8 bombas de 14kg

Handley Page 75 Manx


Projetada por Handley Page, o H.P. 75 Manx voou pela primeira vez em 11 de Junho de 1943. A aeronave chamava atenção devido a falta de uma cauda e de ser propulsada ao invés de tracionada, como é o mais comum nos aviões. Outro diferente detalhe eram os trens de pouso, enquanto o trem de pouso do nariz era fixo, os outros eram retráteis.

O Manx foi construído para participar em programas de pesquisas que investigavam problemas associados a aeronaves que não tinham cauda. O estabilizador vertical e os elevons, que controlam os movimentos de rolagem e arfagem, localizavam-se nas asas.


O Manx foi construído pela Dart Aircraft. Diversos problemas atrasaram o desenvolvimento da aeronave e após ter sido entregue, em 1939, ele teve de ser reprojetado por que era muito pesado e tinha problemas estruturais. Os testes começaram em 1940 mas inspeções descobriram diversos problemas de deterioração na estrutura das asas. Estes e futuros problemas atrasaram o seu voo de estréia até 1943. Algumas fontes citam o dia 11 de Junho como o primeiro voo enquanto que outras citam o dia 25 do mesmo mês. O primeiro teste foi cancelado cedo por que a capota foi perdida mas o piloto conseguiu aterrisar o avião em segurança. O Manx acumulou apenas 17 horas de voo em cerca de 30 voos de teste até o fim de seus testes em Abril de 1946. O único exemplar construído foi desmanchado em 1952.


Especificações do Handley Page H.P. 75 Manx

Tipo: experimental
Tripulação: 2 (piloto e observador)
Motor: 2 motores em linha de Havilland Gipsy Major, 140hp cada
Dimensões: envergadura: 12,2m; comprimento: 5,5m; área da asa: 22,8m²
Performance: teto: 4.575 metros; velocidade de cruzeiro: 240km/h
Pesos
: vazio: 1.361kg; carregado: 1.814kg

Armamento: nenhum

Fiat CR.42 Falco


Sempre comparado no conceito e no projeto com o Gloster Gladiator, avião contra o qual ele lutou muito em 1940 e 1941, o Fiat CR.42 Falco não voou antes de 1939. Baseado no CR.32, o Celestino Rosatelli CR.42 era equipado com um motor radial Fiat A74 R1C 38 de 840hp e atingia uma velocidade máxima de 441km/h. Quando a Itália entrou na guerra, em 1941, a Regia Aeronautica ja possuia 330 aviões deste modelo.

O Falco viu serviço pela primeira vez na invasão da França. Mais tarde, 50 destes aviões do Corpo Aero Italiano voaram até a Bélgica para participaram de ataques ao sul da Inglaterra no fim da batalha da Grã-Bretanha, mas sofreram muito ao fogo das armas dos Hurricanes da Royal Air Force. Apesar do Falcon ser muito útil contra o Gladiator, quando Hawker Hurricanes apareciam, ele se tornava um alvo fácil.

Havia a versão CR.42AS (caça-bombardeiro) que era adaptado para carregar até 100kg de bombas e seguiu em serviço até 1942. Um total de 1.781 CR.42 foram produzidos (alguns serviram na Suécia e na Hungria). Em Setembro de 1943, data do armistício Italiano, apenas 64 CR.42 encontravam-se em serviço.

Especificações do Fiat CR.42 Falco

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor radial Fiat A 74 R1 C38 desenvolvendo 840hp
Performance: velocidade máxima: 441km/h a 6.000m de altura; sobe até 6.000m em 9 minutos; teto de serviço: 10.100m; alcance: 780km
Pesos: vazio: 1.784kg; máximo na decolagem: 2.295kg
Dimensões: envergadura: 9,70m; comprimento: 8,26m; altura: 3,05m; área da asa: 22,40m²
Armamento: duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm (alguns modelos tinham duas metralhadoras extras de 12,7mm sob as asas) e provisão para 100kg de bombas

Fiat G.50 Freccia


O caça Fiat G.50 Freccia foi projetado entre 1935 e 1936 por Giuseppe Gabrielli em conjunto da Fiat e fez seu primeiro voo em 26 de Fevereiro de 1937. Apesar de quebrar com a tradição dos biplanos, ele oferecia um menor potencial do que aviões contemporâneos como o Hawker Hurricane e o Messerschmitt Bf 109. Foi o primeiro avião monoplano feito totalmente de metal com hélice de velocidade constante e trem de pouso retrátil a ser aceito pela Regia Aeronautica.

Chamado de Freccia (Flecha) ele foi posto em produção na CMASA, uma subsidiária da Fiat e 12 das primeiras aeronaves foram enviadas a Espanha para avaliação operacional. Mesmo com a superioridade do Macchi C.200, foi decidido ir adiante e equipar um stormo e um gruppo com o G.50. Uma ordem inicial de 200 aeronaves foi emitida. Em Novembro de 1939 as aeronaves foram entregues ao 51º Stormo e logo em seguida ao 52º Stormo. Quando a Itália entrou na guerra havia 118 Freccias em serviço.


Em Novembro de 1940, 48 aeronaves do 51º Stormo foram enviados a Bélgica para tomar parte na Batalha da Grâ-Bretanha. Mas viram pouca ação, e foram mais utilizados em missões de vigilância. Um novo modelo, o G.SObis, apareceu com um cockpit reforçado e maior capacidade de levar combustível. Este modelo entrou em produção para um eventual serviço no Norte da África.

Com uma velocidade máxima de 460km/h e um armamento de apenas duas metralhadoras, o G.50 não era páreo para os caças da RAF mas manteve-se em serviço até 1943. Cerca de 245 G.50, 421 G.SObis e 108 modelos de treino com dois assentos, o G.50B, foram produzidos. O G.50 foi também fornecido a Finlândia e a Croácia.

Especificações do Fiat G.50 Freccia

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor radial Fiat A 74R C38 desenvolvendo 840hp
Performance: velocidade máxima: 640km/h a 4.000m de altura; sobe até 4.000m em 4,6 minutos; teto de serviço: 10.750m; alcance: 580km
Pesos: vazio: 1.965kg; máximo na decolagem: 2.400kg
Dimensões: envergadura: 11,00m; comprimento: 7,80m; altura: 3,28m; área da asa: 18,25m²
Armamento: duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm localizadas no nariz

Fiat G.55 Centauro


O Fiat G.55 Centauro era um caça monoplano de asa baixa feito todo de metal e foi projetado por Giuseppe Gabrielli. Este caça representava um grande avanço em comparação ao G.50. Possuía trem de pouso retrátil e seu cockpit dava ao piloto uma excelente visão. Foi um avião muito popular entre os pilotos.

O primeiro dos três protótipos voou em 30 de Abril de 1942. O terceiro protótipo (MM 493) foi o primeiro a levar armamento que consistia de quatro metralhadoras e um canhão montados na fuselagem. Mas até Setembro de 1943 apenas 16 G.55/0 da linha de pré produção e 15 G.55/I da linha de produção inicial haviam sido entregues a Regia Aeronautica. Ao fim da produção, cerca de 274 haviam sido completados.


Antes do armísticio de Setembro de 1943, os G.55 foram utilizados na defesa de Roma com a 353º Squadriglia da Regia Aeronautica. Após o armistício, eles foram utilizados com a Aeronautica Nazionale Repubblicana e posicionados em Venezia Reale. Também serviram com o 2º Gruppo Caccia Terrestre mas as baixas foram grandes devido aos ataques dos Aliados nos campos de pouso.

Enquanto a guerra seguia, a Fiat testou protótipos do G.56 que foi desenvolvido a partir do G.55 mas que utilizava o motor Daimler-Benz DB 603A muito mais forte. Construídos durante a primavera de 1944, eles sofreram poucas mudanças estruturais e tiveram suas metralhadoras montadas na fuselagem retirada.

Especificações do Fiat G.55/I Centauro

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor de 12 cilindros em "v" invertidos Fiat RA 1050 RC-58 Tifone desenvolvendo 1.475hp
Performance: velocidade máxima: 630km/h; sobe até 6.000m em 7 minutos e 12 segundos; teto de serviço: 12.700m; alcance: 1.200km
Pesos: vazio: 2.630kg; máximo na decolagem: 3.718kg
Dimensões: envergadura: 11,85m; comprimento: 9,37m; altura: 3,13m; área da asa: 21,11m²
Armamento: um canhão de 20mm Mauser/MG 151/20 montado próximo ao motor, dois canhões similares montados nas asas, duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm mais provisão para duas bombas de 160kg