domingo, 15 de abril de 2018

UH-60 Black Hawk - EUA

Depois de uma acirrada concorrência com a Boeing, que durou quatro anos, o UH-60 da Sikorsky foi finalmente escolhido, em dezembro de 76, pelo Exército americano como seu novo helicóptero UTTAS (Utility Tactical Transport Aircraft System), que substituiria o lendário Bell UH-1 "Huey".
Projetado para transportar três tripulantes e onze soldados equipados, além de uma carga externa de 3.629 kg, é acionado por duas turbinas General Eletric T-700 que lhe conferem uma grande potência, reduzido consumo e uma velocidade máxima de 296 km/h ao nível do mar. O cubo do rotor principal com mancais de elastômero que dispensam lubrificação, sustentam as pás feitas de um composto de titânio, grafite, Nomex e fibra de vidro, permitindo ao UH-60 realizar manobras violentas, raras em helicópteros de seu porte. É dotado de equipamento completo de navegação, GPS, comunicações, contramedidas eletônicas e radar Doppler NA/ASN-137 com sistema de seguimento do terreno.
Seu rotor de cauda está inclinado de maneira a que uma pequena parte de sua energia seja aproveitada para sustentação da traseira. Dispõe de aberturas laterais para duas metralhadoras ligeiras M60 de 7.62 mm. Aproveitando as excepcionais qualidades do Black Hawk foram desenvolvidas diversas versões entre elas o EH-60C "Quick Fix" para ambiente de guerra eletrônica, o UH-60Q "MedVac" para evacuação médica, o MH-60K "Pave Hawk" para apoio às forças especiais, o VH-60N "Presidential Hawk" para transporte VIP e o SH-60 "Sea Hawk" usado pela US Navy. Por tudo isso ele é considerado o melhor e mais veloz helicóptero médio do mundo, chamado de "caminhão voador" por seus operadores do US Army, que possui 1.400 aeronaves.
O Brasil adquiriu quatro unidades do UH-60, para apoio à missão de demarcação das fronteiras entre o Peru e Equador (MOMEP) e hoje servem no 4° Esquadrão de Aviação do Exército, em Manaus. Recentemente mais 18 unidades foram adquiridas para a Força Aérea Brasileira.
Usuários: Estados Unidos, Brasil, Chile, Austrália, Colômbia, Egito, China, Israel, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Japão, México, Malásia, Coréia do Sul e Taiwan.



Origem
Estados Unidos
Dimensões
comprimento: 19,7 m / altura: 3,7 m / diâmetro do rotor: 16,0 m
Velocidade
296 km/h (máxima)
Alcance
600 km
Peso
9.185 kg (totalmente carregado)
Motores
2 turbinas GE T 700-700, com 1.534 hp cada uma
Armamento
02 metralhadoras M60, de 7.62mm (padrão)

Lynx - Grã Bretanha / França

O Lynx naval, desenvolvido em conjunto pela Aérospatiale francesa e pela Westland britânica na década de 60, é uma variante com rodas do aparelho multifunção com esquis que serve às forças terrestres. Suas funções incluem combate anti-superfície, anti-submarino, busca e salvamento e transporte leve. Mais de 200 unidades estão operacionais em onze Marinhas e já foi provado em combate em dois grandes conflitos, na Guerra das Malvinas, em 1982 e na Guerra do Golfo, em 1991. A estrutura principal do pod semi-monocasco e da lança dos Lynx foi feita com uma liga metálica leve, usando fibra de vidro para as carenagens e portas de acesso. Os dois tripulantes sentam-se lado, com o piloto à direita e o navegador à esquerda. A propulsão do aparelho é feita por um rotor principal semi-rígido de pás de plástico reforçado com fibra de vidro sobre um núcleo de Nomex. As pás podem ser dobradas para trás e a deriva para a frente, facilitando a guarda nos pequenos hangares dos navios. As versões navais usam duas turbinas Rolls-Royce GEM-42, com 1.128 hp de empuxo unitário. Sua operação nos convés de popa exige técnicas especiais, e para tanto possui uma trava hidráulica, um arpão para prendê-lo a uma rede metálica na plataforma, rodas totalmente articuladas e freios de recuo, que usados em conjunto facilitam e tornam mais seguros os pousos e decolagens em alto mar. O protótipo voou em maio de 1972 e após um programa normal de desenvolvimento, o primeiro esquadrão operacional de Lynx da Royal Navy estabeleceu-se a bordo do Birmingham, em 1978.


Dispõe de vários sistemas avançados, incluindo o radar Ferranti ARI 5979 Sea Spray, montado dentro de um radome removível no nariz da aeronave, com bom desempenho mesmo diante de interferência eletrônica, podendo ser usado também para vigilância marítima ou como sinalizador de alvos além do horizonte para os mísseis antinavio BAe Sea Skua. Quatro deles podem ser levados pelo Lynx, em cabides laterais. Com alcance de 15 km, este míssil após o disparo desce até o nível preestabelecido de acordo com a altura das ondas no momento, orientando-se então pela energia refletida do radar Sea Spray até atingir o alvo. Suas armas podem incluir ainda torpedos Mk44 ou Mk46 e uma metralhadora de uso geral, montada na porta da cabine. Entre seus usuários estão as Marinhas da Grã-Bretanha, Brasil, França, Dinamarca, Portugal, Noruega e Alemanha. A mais recente versão é o Super Lynx 300, com radar Sea Spray 3000, sistema FLIR Safire, sonar AN/AQS-18, sistemas ESM e MAD, motores mais potentes com FADEC, novos aviônicos e um glass cockpit com sete telas de cristal líquido coloridas. Pequeno, ágil, rápido e bem armado, o Lynx é capaz de golpear decisivamente navios e submarinos, graças a seus modernos sistemas de navegação, detecção e ataque
.
Marinha do Brasil possui 13 unidades do modelo Super Lynx (equivalentes aos Mk21A da Royal Navy), denominados AH-11A, que operam a bordo das fragatas das classes Niterói e Greenhalgh, das corvetas da classe Inhaúma e do navio-aeródromo São Paulo.
Usuários: Grã-Bretanha, Brasil, Dinamarca, Alemanha, Malásia, África do Sul e Portugal.


Dimensões
comprimento: 15,1 m / altura: 3,4 m / diâmetro do rotor: 12,8 m
Velocidade
232 km/h
Alcance
595 (máximo)
Peso
4.763 kg
Motores
2 turbinas Rolls-Royce GEM-42, com 1.128 hp cada uma.
Armamento
Mísseis Sea Skua, torpedos Mk46 ou uma metralhadora.

Helicóptero NH90 - Europa

O NH90 é um helicóptero militar de tamanho médio, biturbina e multifunção. Foi desenvolvido em resposta aos requisitos da OTAN para um helicóptero de campo de batalha, que também fosse capaz de ser operado em ambientes navais. Ele foi projetado e fabricado pela NH Industries, uma empresa colaborativa de propriedade da Airbus Helicopters, Leonardo (anteriormente AgustaWestland) e Fokker Aerostructures. Em 1985, a França, a então Alemanha Ocidental, a Itália, a Holanda e a Grã-Bretanha se uniram para desenvolver um helicóptero de transporte e antinavio/antissubmarino para a OTAN na década de 1990. A Grã-Bretanha deixou o consórcio em 1987. Em setembro de 1992, a NH Industries assinou um contrato de design e desenvolvimento com a NAHEMA (Agência de Gestão de Helicópteros da OTAN). Os trabalhos no detalhamento do projeto da aeronave começaram em 1993 e já em dezembro 1995 o primeiro protótipo realizou seu voo inaugural. Em seguida vieram mais dois protótipos, iniciando-se então a fase de testes de voo e a campanha de certificação junto às agência de administração aeronáutica. O primeiro helicóptero do tipo entrou em serviço operacional em 2007. Até janeiro de 2017, o NH90 havia registrado 127.000 horas de voo nas Forças Armadas de treze nações. O NH90 tem a distinção de ser o primeiro helicóptero de produção a ser montado com controles de voo totalmente fly-by-wire. Foram desenvolvidas duas variantes principais: o helicóptero de transporte tático (TTH) para o uso do exército e o helicóptero navalizado para fragatas da OTAN (NFH), que mantêm uma comunalidade entre si de 75% de seus componentes. Além disso, muitos dos operadores solicitaram configurações específicas para suas próprias frotas de helicópteros, pelo que o NH90 de cada nação é efetivamente personalizado para os requisitos do usuário final. Como tal, seu design reúne múltiplos padrões nacionais e internacionais, incluindo processos de aeronavegabilidade militar na Alemanha, França, Itália e Holanda; conformidade com os padrões de projeto FAR 29 e MIL-STDS, bem como o desempenho das condições de gelo DEF-STN 00-970 e a compatibilidade eletromagnética. Um piloto automático de quatro eixos também está integrado com o sistema fly-by-wire, assim como sistemas de missão e navegação para permitir uma maior autonomia durante as operações e reduzir a carga de trabalho do piloto. O envelope de voo do NH90 permite operações diurnas e noturnas sob quaisquer condições de tempo, operações navais durante os piores estados de mar, em uma faixa de temperatura de -40°C a +50°C, a uma altitude máxima de até 6.000 metros.
A potência é fornecida por um par de motores turboshaft, que dependendo da seleção do cliente, pode ser equipado com o Rolls-Royce Turbomeca RTM322 ou o General Electric T700E. Os gases de escape dos motores são filtrados através de um sistema de resfriamento para diminuir sua assinatura infravermelha. De acordo com a Airbus Helicopters, o NH90 possui a menor assinatura radar (RCS - radar cross-section) em sua classe, principalmente devido à sua fuselagem em forma de diamante (chanfrada ao longo de seu comprimento) e aos materiais compostos (composite) usados em sua construção. Esta estrutura avançada, projetada para tolerância balística, lhe confere um alto nível de resistência a impactos contra o solo, menor peso e uma durabilidade da célula 30% maior em relação às metálicas. As quatro lâminas do rotor principal também são feitas em materiais compostos, aumentando a resistência à fadiga e a vida útil, proporcionando maior tolerância ao dano. A área de cabine principal desobstruída pode ser acessada através de duas grandes portas de correr em ambos os lados da fuselagem ou através de uma rampa traseira, sendo projetada para acomodar pacotes de equipamentos modulares (pallets) para permitir que o helicóptero seja rapidamente reconfigurado, proporcionando flexibilidade operacional. Em uma missão de transporte de tropas, a cabine pode acomodar até 20 soldados totalmente equipados, ou até 12 macas na configuração de evacuação médica, e possui amplitude bastante para transportar alguns veículos leves. Está equipado com sistemas de controle ambiental e isolamento acústico a fim de melhorar as condições dos passageiros. Para a realização de operações navais, os NH90 geralmente estão equipados com o sistema de arpão para ajudar em sua imobilização quando do pouso em convés, sistema automático de dobragem das lâminas do rotor principal e do rotor cauda para facilitar sua acomodação no hangar e outros sistemas de manobra para conduzir com segurança as operações navais em quaisquer condições meteorológicas. Para missões antinavio ou antissubmarino, também pode ser equipado com radar 360° de varredura de superfície, sonar de profundidade e sonobóias. O NH90 possui uma variedade de sistemas aviônicos personalizáveis, dependendo da seleção e finalidade do operador final. Em alguns modelos, a empresa francesa Thales Group fornece o cockpit com monitores digitais multifunções a cores (glass cockpit), sistemas de missão tática, sistemas de comunicação criptografados, capacete HMD TopOwl (helmet-mounted sight and display), codificador IFF (Identification Friend or Foe) e sistemas de navegação autônomos. Outros sistemas incluem torreta giroestabilizada com sensores FLIR, radar meteorológico, sistema de geração de mapas digitais, sistema avançado de alerta de proximidade do solo e rádios táticos VHF/UHF. Em 2015, o NH90 tornou-se o primeiro helicóptero a receber um sistema de prevenção de colisão no ar com base em laser. Todos os sistemas de missão a bordo possuem redundância e são gerenciados de forma abrangente por meio da fusão de sensores, o que possibilita ao piloto visualizar as informações de diferentes sistemas em uma única tela de LCD.
Em junho de 2000, as nações parceiras colocaram uma grande ordem de produção, no valor de US$ 8,6 bilhões, para um total de 366 unidades. As encomendas adicionais seguiram desde clientes da Europa, Ásia, Oriente Médio e Oceânia, totalizando até o momento 507 helicópteros NH90 de todas as variantes encomendados por vários clientes. Os operadores atuais são os seguintes, considerando-se as aeronaves já entregues e as encomendadas: Alemanha (90 unidades); Austrália (47); Bélgica (10); Finlândia (20); Espanha (22); França (95); Grécia (20); Holanda (16); Itália (105); Noruega (14); Nova Zelândia (8); Omã (20) e Suécia (18).

Origem
  
Alemanha, França, Itália e Holanda
Dimensões
Comprimento: 16,3 m / altura: 4,1 m
Peso
10,6 ton. (máximo na decolagem)
Alcance
980 km
Velocidade
300 km/h (máxima)
Turbinas
2 x RR RTM322-01, com empuxo
unitário de 2.380 hp
Tripulação
piloto e copiloto

Helicóptero Mil Mi-17 - Rússia

O helicóptero multimissão Mil Mi-17 (também conhecido como Mi-8M a serviço das Forças Armadas russas, codinome OTAN "Hip") está em produção em duas fábricas, em Kazan e Ulan-Ude desde 1975. É um helicóptero de transporte médio biturbina, que pode também exercer a função de aeronave de ataque. Desenvolvido a partir da fuselagem básica do Mil Mi-8, o Mi-17 está equipado com duas turbinas TV3-117MT, rotores e transmissão desenvolvidos para o Mi-14, juntamente com melhorias na estrutura para poder transportar cargas mais pesadas. O fabricante disponibiliza turbinas opcionais para condições de grandes altitudes e elevadas temperaturas, como a Isotov TV3-117VM, com potência de 2.070 hp. O Mi-17 se diferencia do Mi-8 por ter o rotor de cauda no lado da porta, em vez de estibordo, e filtros de poeira na frente das entradas das turbinas. Os capôs dos motores são mais curtos do que no Mi-8 e não se estendem até a cabina da aeronave. Em caso de falha em uma das turbinas a outra recebe automaticamente um incremento de potência, que permite à aeronave continuar voando até encontrar um local seguro para aterrisar. As modificações podem incluir uma nova porta grande no lado direito, placas de blindagem em klevar ao redor da área da cabine e das turbinas e uma rampa de carga em lugar das portas traseiras habituais, permitindo embarcar pequenos veículos. O trem de pouso é fixo porém reforçado para suportar pousos e decolagens em condições adversas, o cubo do rotor principal é de titânio e suas cinco pás são feitas em liga de alumínio. A tripulação é composta por piloto, navegador e mecânico de voo e o cockpit ainda traz muitos instrumentos analógicos. Está equipado com sistema de navegação PNKV-8PS, radar YuR-40.1 e sistema termal de busca e resgate TAPAS. Para aumentar a sobrevivência em combate, o Mi-17 possui reforço de blindagem na cabine, sistema de extinção de fogo automático, tanques de combustíveis auto-selantes e sistemas elétricos e hidráulicos duplicados. Possui capacidade para transportar até trinta soldados ou 3.000 kg em seu gancho externo. A variante armada, normalmente designada Mi-17V, está equipada com uma metralhadora calibre 12.7 mm, pods para foguetes S-5, estando apta a lançar mísseis antitanque 9M17P Skorpion ou bombas de 250 kg. Números atuais do modelo variam de acordo com o construtor, tipo de motor, e outras opções. Como exemplo, os 16 novos helicópteros, montados em Ulan-Ude para a Força Aérea Tcheca em 2005, com motores modelo VM, foram designados como Mi-171Sh, sendo um desenvolvimento a partir do Mi-8AMTSh.
Em maio de 2008, a produção licenciada do Mi-17 começou na China, em uma joint venture entre a Mil Moscow Helicopters e a Sichuan Helicopter Company Limited, em Chengdu, província de Sichuan. A fábrica produziu 20 helicópteros em 2008, montados a partir de kits fornecidos pelos russos e a produção deveria chegar a 80 helicópteros por ano, eventualmente. As variantes a serem construídas incluirão as versões Mi-171, Mi-17V5, e Mi-17V7. Por ser a “espinha dorsal” das forças helitransportadas russas, o Mi-17 foi amplamente utilizado pela Força Aérea e Exército no conflito da Cherchênia. O Mi-17 foi usado também pelo Exército colombiano na Operação Jaque, realizada em 2 de julho de 2008, onde 15 reféns mantidos por guerrilheiros das FARC, foram resgatados na selva de Guaviare. A Marinha mexicana utiliza seus Mi-17 para operações anti-narcóticos, na localização de campos de maconha e no transporte de fuzileiros para erradicar as plantações. As forças aéreas eslovaca e croata operaram seus Mi-17 no Kosovo, como parte da KFOR, missão da ONU na região dos Balcãs. Em julho de 2010, dois Mi-17 foram levados por uma equipe mista de Força Aérea dos EUA e pessoal da Força Aérea do Afeganistão em uma missão de 13 horas, que resgatou 2.080 civis das águas de uma grave inundação. Este foi o maior resgate por dois helicópteros da história da USAF. O piloto da USAF, Tenente-Coronel Gregory Roberts, recebeu o Distinguished Flying Cross por esta missão. Em 15 de dezembro de 2008, foi noticiado que a Índia iria comprar 80 Mi-17V-5, que seriam entregues à Força Aérea da Índia entre 2010 e 2014 para substituir os veteranos Mi-8. Uma ordem adicional para mais 59 unidades foi colocada em agosto de 2010. O primeiro helicóptero Mi-17V-5 entrou em serviço na Índia em fevereiro de 2012. Em agosto de 2010 foi assinado um contrato pela Força Aérea Argentina para aquisição de dois Mi-17E novos de fábrica, com opção para mais três, para prestar apoio a sua base na Antártida. Com baixos custos de aquisição e manutenção, comprovadas robustez, eficiência e versatilidade operacional, o Mi-17 em suas diversas versões é amplamente utilizado por mais de cinqüenta Forças Armadas ao redor do planeta.

Origem
Rússia
Dimensões
comprimento: 25,3 m / altura: 5,6 m 
Tripulação
piloto, navegador e mecânico de voo
Velocidade
250 km/h (máxima)
Peso
12.000 kg
Alcance
930 km
Motorização
duas turbinas Klimov TV3 117-MT,
com potência unitária de 1.923 hp

AS 532 Cougar / Super Puma - França

Fabricado pela empresa Eurocopter, a família de helicópteros biturbina Cougar está a serviço de 28 forças aéreas, 8 exércitos e 5 marinhas em todo o mundo, com mais de 350 unidades vendidas. Evolução do excelente helicóptero de emprego geral Puma, desenvolvido pelos franceses na década de 70, o AS 532 Cougar está equipado com motores mais potentes, tem um nariz mais longo, novo trem de pouso, rotor mais eficiente, pás de fibra de vidro e aviônicos de última geração. Sua estrutura quase toda em materiais compostos, tem um alto nível de resistência a impactos e redundância dos sistemas vitais. Foi projetada para garantir a sobrevivência de seus ocupantes a uma eventual queda a velocidade de até 11 m/s, com reforços estruturais que absorvem a energia do choque. O tanque de combustível é autoselante, com sistema de alimentação cruzado, que permite a continuidade do abastecimento mesmo se um dos circuitos falhar. O rotor principal e o rotor de cauda são feitos de Spheriflex, material altamente resistente, suportando impactos de canhões de 20 mm ou metralhadoras de 12,7 mm. A aeronave foi projetada para cumprir uma variedade de missões como transporte de tropas (25 soldados equipados), operacões especiais, busca e salvamento, vigilância marítima, combate SAR e evacuação médica (6 macas).

O Cougar possui um "all-glass cockpit" com seis displays de cristal líquido de matriz ativa: quatro displays multi-função de 15x20 cm e dois de 10x12,5 cm, podendo ser configurados com os requerimentos operacionais de vôo, navegação e parâmetros da missão, integrados pelo AHCAS (Advanced Helicopter Cockpit and Avionics System). Está equipado com radar Doppler, FLIR para dia e noite, GPS e sistema de navegação inercial. Pode ser armado com metralhadoras de 7.62 mm, canhões de 20 mm ou lançadores de foguetes. As contramedidas eletrônicas incluem receptor de alerta radar, alerta de designador laser, aviso de aproximação de mísseis e dispensadores de chaff e flares. O Cougar é impulsionado por duas turbinas Turbomeca Makila 1A2, com empuxo unitário de 1800 hp.
As forças armadas do Brasil possuem um total de 24 unidades assim divididas: sete AS-332 Super Puma (Marinha), nove AS-332 Super Puma (FAB) e oito AS-532 Cougar (Exército). Recentemente foi assinado um contrato com a Eurocopter para a produção no Brasil de 50 unidades do modelo EC 725 Cougar, a serem distribuídos entre as três Armas.
Usuários principais: França, Brasil, Argentina, Chile, Alemanha, Grécia, Japão, África do Sul, Espanha, Turquia, Suécia, Arábia Saudita, Coréia do Sul, Venezuela, Jordânia, Kuwait, Indonésia, Holanda, Cingapura, México, Emirados Árabes Unidos, Equador, Tailândia, Suíça e China.


Origem
França
Tripulação
2 homens
Dimensões
comprimento: 18,7m / altura: 4,9 m
Velocidade
304 km/h
Alcance
570 km
Peso
9.350 kg
Motores
2 turbinas Turbomeca Makila 1A2, de 1.800 hp cada uma
Armamento
Metralhadoras de 12,7 mm, canhão de 20 mm e lançadores de foguetes.

CH - 53 Super Stallion - Estados Unidos

Quando a empresa americana Sikorsky iniciou em 1964 a fabricação de um novo modelo de helicóptero de transporte para o US Marine Corps, foi o começo de uma revolução. O Sikorsky S-65, batizado CH-53A Sea Stallion pelos marines, tornou-se uma maravilha à época da Guerra do Vietnã, pois era um helicóptero de transporte de assalto com uma carga útil e perfomances bem superiores às de qualquer outro helicóptero até então construído, dando vida a toda uma família de aeronaves de combate, ainda hoje a mais potente e versátil do ocidente. Os primeiros CH-53A bimotores, com sua excepcional capacidade de carga foram fundamentais na campanha dos marines no Vietnã, confiando a ele o transporte de pessoal e aprovisionamento. A US Air Force utilizaram o HH-53 B/C "Super Jolly" para funções SAR de combate e a US Navy aplicava seus RH-53D Sea Dragon na dragagem de minas em águas vietnamitas. O CH-53D veio a seguir com alguns melhoramentos e motores mais potentes, tendo sido fabricados 120 exemplares desta versão. Em 1974, atendendo pedido do USMC de um helicóptero com o dobro da capacidade de elevação, mas que pudesse continuar operando da coberta dos navios de assalto anfíbio, nasceria o S-80 designado CH-53E Super Stallion, que dispunha de um terceiro motor instalado atrás do rotor e alimentado por uma tomada de ar no lado de bombordo, além de um novo rotor de sete pás confeccionadas com materiais compostos. A deriva foi inclinada lateralmente para a esquerda, modificação esta necessária para resolver problemas aerodinâmicos causados pela adição do terceiro motor.



Numa missão típica um CH-53E pode levar 55 soldados equipados ou 24 macas, ou ainda 13.600 kg de material que podem ser carregados por sua rampa traseira. Apesar de suas dimensões é um helicóptero extremamente ágil e estável, podendo realizar algumas manobras acrobáticas. As Forças Especiais utilizam o MH-53J equipado com sistema de rastreamento do perfil do terreno, com perturbador ALQ-136, receptor de alerta radar AN/AAR-47, tanques extras e sonda para reabastecimento em vôo. A Alemanha é o principal usuário externo do CH-53, tendo construído sob licença 110 unidades designadas CH-53G. Israel também possui cerca de 30 unidades, muito úteis numa variedade de tarefas nas Forças de Defesa do país. O Japão adquiriu onze unidades do modelo MH-53E, semelhantes aos utilizados pela US Navy como draga-minas. Este magnífico helicóptero, em suas diversas versões, tem correspondido plenamente às demandas das Forças Armadas dos Estados Unidos, ao longo de três décadas, tendo operado com eficácia no Vietnã, na Bósnia, no Afeganistão e nas duas campanhas no Golfo Pérsico, sempre com elevada aptidão operacional.
Usuários: Estados Unidos, Alemanha, Israel, Japão e México.


Origem
Estados Unidos
Dimensões
comprimento: 30,2 m / altura: 8,6 m
Peso
31.630 kg
Velocidade
314 km/h (máxima)
Alcance
420 km
Motores
3 turbinas GE 416, com 4.380 hp de potência unitária
Capacidade
de carga
13.600 kg (interior) ou 16.300 kg (externa, com guincho)

CH- 47 Chinook - Estados Unidos

Em serviço com o US Army e com outras armas aéreas em todo o mundo, atualmente com cerca de 1.170 unidades operacionais, o helicóptero pesado CH-47 Chinook é um verdadeiro "cavalo de trabalho" (workhorse) dos exércitos modernos, tendo ganho esta fama por sua soberba perfomance na Guerra do Vietnã, desde então sendo objeto de diversas modernizações e contínuos aperfeiçoamentos. Desenvolvido a partir do provado conceito Vertol de dois rotores em tandem, o protótipo do Chinook ainda com a designação V-144 fez seu primeiro vôo em  setembro de 1961 e o primeiro CH-47A foi entregue ao Exército americano em agosto do ano seguinte. Com a montagem das turbinas na parte superior traseira da fuselagem e pela colocação dos dois rotores de três pás em estruturas à frente e atrás, também acima da cabine, a deixam completamente livre para transportar tropas, cargas variadas ou pequenos veículos. A cabine com um volume de 43 m³ pode acomodar dois veículos Humvee ou um veículo e um obuseiro de 155 mm. A rampa traseira combinada com uma leve inclinação da fuselagem torna o serviço de carga e descarga extremamente simples e rápido, um fator importante para operações de combate sob fogo inimigo. Impulsionado por duas turbinas Textron Lycoming T55-L712, com potência unitária de 2.796 hp, o Chinook pode transportar internamente até 55 soldados ou cerca de 14 toneladas de equipamentos, com possibilidade de transportar cargas externas de até 12 toneladas, em três ganchos sob o assoalho. A reserva de potência é tal que apenas uma turbina pode manter girando os dois rotores em caso de falha da outra turbina. Seus rotores são contra-rotativos, dispensando o uso de rotor de cauda, e as pás de fibra de carbono de ambos giram de forma sincronizada, com uma inclinação de 60º entre elas. A tripulação normal é composta por dois pilotos e um mestre de carga, que têm à sua disposição um cockpit avançado com telas de cristal líquido multi-função e equipamentos de navegação totalmente digitais, sendo compatíveis com o uso de óculos de visão noturna. A suíte de comunicações inclui sistemas HF/UHF resistentes a interferência e um interrogador IFF (amigo ou inimigo) AN/APX-100. Os sistemas de contramedidas eletrônicas variam de acordo com as versões, podendo incluir o ATK AN/AAR-47 (alerta de aproximação de mísseis), o interferidor ITT ALQ-136(V) ou o Raytheon APR-39A (alerta radar). O Chinook MH-47E, versão para as forças especiais, está equipado com um avançado radar AN/APQ-174A que incorpora as funções de vôo com acompanhamento do terreno, alcance de armas ar-superfície e mapeamento do solo, além de um sistema FLIR AN/AAQ-16 instalado no nariz da aeronave. Sua versatilidade permite que seja utilizado em diversos tipos de missões tais como lançamento de paraquedistas, evacuação aeromédica, operações SAR e C-SAR, ajuda humanitária e apoio aéreo. Mais de 160 helicópteros Chinook CH-47D participaram das campanhas americanas "Operação Desert Shield" e "Operação Desert Storm".

Para visualizar detalhes do Chinook CH-47, passe o mouse sobre a imagem acima.
O US Army e a Guarda Nacional possuem um total de 480 unidades do CH-47D, mas a maioria já está sendo modernizada para o padrão CH-47F, além de uma encomenda de 109 unidades novas de fábrica. As forças especiais operam 36 aeronaves nas versões MH-47D e MH-47E, atualmente em processo de modernização para a versão MH-47G. Fabricado pela Boeing, o Chinook foi exportado para Argentina, Austrália, Canadá, Grã-Bretanha, Espanha, Noruega e Holanda. Também foi produzido sob licença no Japão pela Kawasaki e na Itália pela Agusta Westland, esta última autorizada a exportá-lo para Egito, Grécia, Irã, Líbia e Marrocos. Do Vietnã até a Guerra do Golfo, o Chinook CH-47 tem sido o helicóptero pesado de maior sucesso do Ocidente. Rápido, potente, com amplo espaço interno, ele pode fazer o que outros helicópteros não podem: transportar pesados canhões, veículos blindados e até mesmo outros helicópteros. Com constantes melhorias em termos de motorização e aviônica, o CH-47 permanece em produção após quase cinquenta anos de seu primeiro vôo, e continua imbatível em sua categoria.


Origem
Estados Unidos
Dimensões
comprimento: 30,1 m  /  altura: 5.7 m 
Peso
22.680 (máximo na decolagem)
Velocidade
298 Km/h
Alcance
2.026 km
Motores
2 turbinas Textron Lycoming T55-L712, com potência unitária de 2.796 hp