sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

blindados medios

Os tanques médios eram parte vital do corpo de blindados de todo exército durante a Segunda Guerra Mundial. Possuíam maior blindagem e poder de fogo que os tanques leves, mas contavam com maior manobrabilidade e velocidade que tanques pesados como o Panzer Tiger e o Churchill. Dada essa versatilidade, eram os mais numerosos dos subtipos de blindados.
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M4 Sherman
No lado dos Aliados, o principal tanque desta categoria foi sem dúvida o M4 Sherman americano. Produzido desde o ano de 1941 nos Estados Unidos da América, o Sherman se provou um exemplo de design de blindado por conta de sua eficiência em combate e fácil adaptação para diversas funções. Sua versão padrão pesava cerca de 30 toneladas e possuía uma altura de 2,74 metros. A blindagem soldada possuía duas espessuras: 93 e 118 mm, variando de acordo com a versão produzida. O armamento principal era um canhão de 76mm capaz de perfurar blindagens d outros tanques médios. Como arma secundária era equipado com duas metralhadoras Browning .30 nas laterais e uma M2 .50 montada no topo , que eram usadas para defesa secundária contra tropas inimigas. A anatomia de funcionamento era 193 km com o tanque de 660 litros cheio. Chegava a uma velocidade máxima de 48km/h em boas condições. O Sherman recebeu muitas variações com diversas funções, como o M4 Crocodile, onde o canhão principal é substituído por um lança chamas.
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Tanque Cromwell Mk VII
No exército britânico se encontravam tanques médios e tanques de cruzeiro. Os tanques médios tinham as mesmas características dos tanques médios de outros exércitos, mas os tanques de cruzeiro eram versões menores e mais rápidas com o objetivo de flanquear blindados inimigos com sua velocidade superior. O principal desses tanques era o Cromwell, espinha dorsal do corpo de blindados britânico. Pesando 28 toneladas e com 2,49 metros de altura, o Cromwell contava com um canhão de 75mm como armamento principal e 2 metralhadoras de 7,92mm como armamentos secundários nas laterais. Chegava à uma velocidade máxima de 64km/h e possuía uma autonomia de funcionamento de 130km em terreno aberto e 270km em estradas.
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Panzerkampfwagen III
No lado do Eixo, os dois principais tanques médios são o Panzer III e o Panzer IV. O Panzer III foi começou a ser desenvolvido em 1935 com o papel de ser um tanque de apoio à infantaria. Porém após o inicio da guerra. Seu papel foi modificado para ser um tanque de combate á outros tanques. Armado com 1 canhão de 75mm e 3 metralhadoras calibre 7.92mm. Sua blindagem tinha 50 mm de espessura frontal e 15mm nas laterais e ele pesava 23 toneladas com e tinha uma altura de 2.5m. Contava com uma autonomia de 165km e velocidade máxima de 40km/h em estradas e 20km/h fora delas, vemos que o Panzer III é inferior aos outros tanques da mesma categoria. Isso levou o comando alemão a encomendar o desenvolvimento de um aprimoramento do Panzer III, o Panzer IV.
Im Westen, Panzer IV
Panzerkampfwagen IV
O Panzer IV foi desenvolvido após a necessidade de um tanque mais eficiente para combater os M4 Sherman americanos e Cromwell ingleses durante o curso da guerra. Originalmente o Panzer IV seria um tanque de suporte para ser usado contra artilharias antitanque e fortificações inimigas. Porém foi se necessário adapta-lo ao combate entre blindados após se constatar a baixa eficiência do Panzer III. Ele pesava 25 toneladas tinha 2,68 metros de altura. Sua grande vantagem estava em sua armadura e armamento. O armamento principal era um canhão de 7.5cm e duas metralhadoras de 7.92mm como armamento secundário. A blindagem possuía espessuras diferentes em cada parte do tanque. A parte frontal tinha a espessura de 80mm, a lateral 30mm e a retaguarda 20mm. Possuía uma autonomia de 200 km e velocidade máxima de 42 km/h. Podemos ver que o Panzer IV é um enorme avanço em design de blindados. Ele provou um blindado eficiente e confiável, sendo um problema para as forças aliadas. As duas variações mais utilizadas na região e época da Operação Market Garden eram a Ausf.G e a Ausf.H. O Ausg.G foi uma das primeiras variações do modelo original do Panzer IV. Suas principais modificações eram um aprimoramento da armadura lateral, que apesar de ser suficiente contra os tanques russos de média velocidade da época, tornava o Ausf.G mais pesado, diminuindo sua velocidade. As torres foram equipadas com lançadores de granadas de fumaça e foi nesse modelo que foi introduzido o canhão de alta potência Kwk 40L/48. O Ausf.H foi o modelo de Panzer IV mais produzido durante a guerra, e contou com importantes aprimoramentos em relação ao seus antecessores. A armadura lateral introduzida com adicional no modelo Ausf.G agora era parte integral da armadura. O Ausf,H também possuía agora uma armadura inclinada que dificultava a penetração de munição antitanque.  Também foi adicionada uma metralhadora antiaérea ( a MG 34), aumentando o poder de fogo. Porém todos esses adicionais acabaram por diminuir ainda mais a velocidade do Panzer, que agora chegava a no máximo 15km/h em condições de combate.

M20 Armored Utility Car


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M20  Armored Utility Car
Além do M8, os americanos também utilizaram o M20 Armored Utility Car, produzido pela Ford durante a Segunda Guerra Mundial. Seu nome original era M10 Armored Utility Car, porém para não fazer confusão com o M10 Wolverine Tank Destroyer, ele foi renomeado como M20. Era uma ótima viatura blindada de comando. A modificação foi mais feita no canhão de 37mm que foi retirado para se colocar um compartimento extra que contem dois assentos laterais, mesa, suportes para armas leves e o equipamento de rádio, para sua proteção se adicionou sobre essa estrutura um trilho circular para suporta uma metralhadora .50 rotativa.

M8 Greyhound


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M8 Greyhound
Pelos Estados Unidos, foi desenvolvido em julho de 1941, o M8 GREYHOUND foi construído para ser o novo caçador de tanque para substituir o M6 37 mm Gun Motor Carriage. Protótipos foram dados para Studebaker (T21), Ford (T22) e Chrysler (T23), todos eram similares na estrutura e na aparência. Em abril de 1942 a versão T22 da Ford foi selecionada. Porem era claro que o canhão de 37mm não seria páreo para a blindagem dos tanques nazistas. Originalmente seu nome é M8 Light Armored Car porem foi nomeado de Greyhound pelos Ingleses por conta de sua alta velocidade e fina blindagem. Contratos foram feitos para que sua produção tivesse começo em março de 1943; tendo sido exportado pelo programa de arrendamento de guerra estadunidense para ampla utilização na frente de combate pelos exércitos britânico, francês e brasileiro, todos aliados dos Estados Unidos naquele conflito.

AMR 35 ou Renault ZT


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AMR 35 ou Renault ZT
O AMR 35 ou Automitrailleuse de Reconnaissance 35 foi um tanque de combate leve de construção francesa, criado durante o período entre-guerras e utilizado até 1940 no serviço ativo na França e posterior a queda da França em 1940 pelos alemães em funções de combate contra os partisans (membro de uma tropa irregular formada para se opor à ocupação e ao controle estrangeiro de uma determinada área). A resistência checa usou 3 veículos capturados dos alemães durante o Levante de Praga em 1945. Foi uma evolução considerável em relação ao seu antecessor AMR 33.

Daimler Armoured Car Mk II


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Daimler Armoured Car Mk II
Outro veículo utilizado pelos ingleses foi o Daimler. O Daimler Armoured Car foi um carro blindado britânico de sucesso, que continuou em serviço nos anos 1950. Ele foi projetado para scouting, mas pode ser útil em “ações policiais”, como um tanque de rodas. A Daimler Armoured Car foi um desenvolvimento paralelo ao Daimler Dingo, um pequeno veículo blindado para papéis de scout. Uma versão projetada para ser maior sobre Dingo, equipado com a torre semelhante ao do tanque Mark VII e um motor mais potente. Como um carro batedor, incorporou alguns dos conceitos de design mais avançados da época e é considerado um dos melhores AFVs britânicos da segunda Guerra Mundial.

M5 STUART


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Tanque Leve M5
O M5 Stuart é uma extensão da linha original M3 Stuart de 1941 e trazido de volta pela realocação de suprimentos de guerra do exército americano. Essa iniciativa gerou o tanque leve Stuart modificado inicialmente conhecido como ”M4”, mas renomeado para M5 para se diferenciar do clássico tanque médio M4 Sherman. O sistema do novo tanque fornecem uma melhora na performance de corrida e redução de barulho, o novo design do casco trouxe maior proteção balística, a arma principal de 37mm M5/M6 foi preservada, assim como o uso da metralhadora M1919A4 e a tripulação. O M5 também poderia ser equipado opcionalmente com uma arma antiaérea Browning calibre 0.30, acoplada a torre, porém necessitando de um membro exposto para operá-la. Sua potência se aperfeiçoou para 296 cavalos, sua velocidade na estrada continuou a mesma do modelo M3, cerca de 60 km por hora, enquanto seu alcance operacional passou para 160 km de distância. Variantes do M5 atuaram bastante durante os anos da guerra, incluindo uma forma de tanque de comando com equipamento de comunicação aperfeiçoado e um modelo de reconhecimento sem torre armado unicamente com uma metralhadora pesada de calibre 0.50. – criado sob a designação ”T8”. Tanques lança-chamas também foram desenvolvidos, em que a metralhadora seria substituída por um lança-chamas.

M3 STUART


M3 Stuart
Tanque Leve M3
A rápida expansão alemã pela Europa alertou os americanos a desenvolverem um novo modelo de tanque leve, visto que os anteriores já haviam se tornado obsoletos, assim surge o M3 Stuart com design influenciado pelo seu predecessor tanque leve M2. Pressionado em serviço durante a guerra, o M3 Stuart se saiu bem inicialmente como veículo de suporte da infantaria ou como batedor rápido, mas foi rapidamente superado por novos modelos de tanques médios. Possuidor de um motor com potência de 250 cavalos, o veículo chegava a velocidade de quase 60 km por hora, com alcance operacional de 120 km. Projetado para permitir a tripulação de quatro pessoas – motorista, comandante, artilheiro e operador de rádio, tinha seu armamento centrado na arma de 37mm M5 (M6 mais tarde) e ainda uma metralhadora Browning M1919A4 calibre 0.30. Ademais, quatro metralhadoras adicionais foram instaladas, incluindo uma sobre a torre, na frente direita do casco e o par restante em estabilizadores laterais individuais ao longo da estrutura frontal do painel. A arma principal estabelecia uma montagem única em que poderia percorrer 20 graus para além da torre, isso deu alguma flexibilidade sem a necessidade de toda a torre se mover. No geral, o M3 tinha um design clássico de um tanque leve do período, utilizando muitos recursos de design estabelecidos visto em modelos concorrentes em outros lugares.