quarta-feira, 7 de junho de 2017

Classe "Viana do Castelo"



    Esta classe - de concepção e construção portuguesa - foi projectada na década de 90 com o fim de substituir um grande número de navios que eram usados, de forma inadequada e custosa, na patrulha da ZEE portuguesa (corvetas das classes "João Coutinho" e "Baptista Andrade" e patrulhas "Cacine"). O programa prevê um total de doze navios cuja construção em estaleiros portugueses se iniciou em 2003 com a entrega dos dois primeiros navios prevista para 2005. Dez navios serão configurados para patrulha costeira, havendo dois optimizados para operações de balizagem e combate à poluição. Além de equipamento adicional, estes receberão provavelmente algumas alterações no casco e no projecto e uma motorização diferente. Aos navios desta classe caberão as seguintes missões: patrulhar, vigiar e fiscalizar as águas costeiras e oceânicas de jurisdição nacional; apoiar e controlar actividades económicas, cientificas e culturais ligadas ao mar; executar operações de busca e salvamento (SAR) no mar; colaborar na defesa do ambiente, nomeadamente na prevenção e combate à poluição marítima.
    Em 2004, o primeiro navio da classe foi baptizado "Viana do Castelo", em homenagem à cidade e a sua vocação marítima, bem como, ao facto de ser nos Estaleiros Navais de Viana do castelo (ENVC) que se leva a cabo a construção de tais navios.
    O primeiro NPO 2000 terá um custo aproximado de 35 milhões de euros, sendo previsível uma redução de preço para os seguintes. O navio deslocará 1.600 toneladas e terá cerca de 79 metros de comprimento. Com uma guarnição de apenas trinta e dois homens poderá receber provisoriamente outras trinta e duas pessoas, o que o torna particularmente útil para missões de busca e salvamento e apoio a operações anfíbias. O navio armado com uma peça de 40mm disporá de capacidade de comando e controlo, comunicações de concepção nacional e de pista para helicóptero. A sua autonomia é de cerca de trinta dias de operação ou cinco mil milhas à velocidade de quinze nós (pode atingir os vinte nós).
    Recentemente, no decurso de visita oficial do Ministro da Defesa português à Tunísia foi discutida a possibilidade deste país adquirir navios da classe NPO 2000 para a sua Marinha. Anteriormente outras nações - nomeadamente a Argentina, Marrocos e a Argélia - haviam mostrado, igualmente, interesse no projecto dos ENVC.

Tipo
Navio de Patrulha Oceânico (NPO 2000)
Comprimento
83,1m
Tonelagem
1.600 toneladas
Velocidade Máx.
20 nós
Autonomia
5.000 milhas a 15 nós
Armamento
1 reparo de 40mm
SensoresOs radares dos NPO serão 2 Manta 2000A fornecidos pela Kelvin Hughes, usados como radar de navegação e de apoio de aproximação ao helicóptero.
Guarnição
35 (apto a receber mais 32 elementos)
Número de Unidades
12 (dois navios em construção de doze encomendas firmadas)

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