segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Guerra das Rosas

A guerra das Rosas foi uma guerra civil pela conquista do trono inglês, travada entre 1453 e 1485.
Nela se enfrentaram a família real de Lancaster, cujo brasão tem uma rosa vermelha, e a de York, que traz no seu uma rosa branca.
Teve como origem a disputa entre senhores feudais ingleses para compensar a perda de seus territórios na França na Guerra dos Cem Anos. Durante 30 anos, a Coroa britânica alterna-se entre as duas casas, o que provoca um enfraquecimento da nobreza.

A Rosa Vermelha dos Lancaster

A Rosa Branca dos York
O conflito teve início quando Ricardo, duque de York, o maior senhor feudal inglês e aspirante ao trono, aprisiona Henrique VI, rei da Inglaterra e membro da família Lancaster.
Os York foram derrotados em 1460 na Batalha de Wakefiel. Um ano depois, Eduardo IV, também da casa de York, toma o trono dos Lancaster na Batalha de Towton, mas acaba traído pela nobreza e é obrigado a devolvê-lo a Henrique VI.
O rei é morto em 1471 na Batalha de Barnet, junto com outros membros da casa real de Lancaster. Dois anos depois morre também Eduardo IV, e Ricardo III apodera-se do trono e manda assassinar os sobrinhos, primeiros na linha de sucessão. A guerra termina em 1485, quando Henrique Tudor derrota Ricardo III na Batalha de Bosworth.
O novo rei então unifica as duas alas da nobreza, pois é genro de Eduardo IV, da casa de York, e ligado aos Lancaster por parte de mãe. O Parlamento, que tinha como principal base de sustentação uma nobreza feudal dizimada e arruinada, é esvaziado.
Henrique Tudor sobe ao trono da Inglaterra sob o nome de Henrique VII iniciando assim a dinastia Tudor (1485-1603), restaurando a autoridade real e implantando o absolutismo na Inglaterra.

A Rosa de Tudor, unindo ambos emblemas , criada no término da guerra civil.

Guerra dos Treze Anos

A Grande Guerra ou Guerra dos Treze Anos (1593 / 1606) foi uma das inúmeras guerras entre a Monarquia de Habsburgo e o Império Otomano, que ocorreram após a Batalha de Mohács.

Os integrantes da guerra foram a Valáquia, os Habsburgos, a Transilvânia, a Moldávia (com a ajuda do Sacro Império Romano-Germânico, Ferrara, Toscana, Mântua e dos Estados Pontifícios) e o Império Otomano.

A guerra teve início em 29 de julho de 1593, quando o exército otomano, sob o comando de Sinan Pasha iniciou uma campanha militar contra a monarquia Habsburgo e continuou até a Batalha de Keresztes ou Cerestes em 24-25 de outubro de 1596, pondo fim a paz de Zsitvatorok, em 11 de novembro de 1606.
A guerra ocorreu, sobretudo na Hungria Real (hoje o sul da Eslováquia), no Império Otomano (localizado principalmente na Transdanúbia e na atual Croácia) e no sul da atual Romênia. A última fase da guerra (1604 - 1606) corresponde à revolta de Stephen Bocskay.

A Primeira Cruzada

A Primeira Cruzada foi proclamada em 1095 pelo papa Urbano II e teve uma importante motivação de natureza religiosa: a reconquista da cidade de Jerusalém pelos cristãos.
Desde 1076, os muçulmanos haviam conquistado a cidade sagrada e, por meio de proteção militar, dificultavam a peregrinação dos cristãos que queriam conhecer um dos mais importantes locais por onde Jesus Cristo passou.
Na verdade, a Primeira Cruzada não foi um único movimento, mas um conjunto de ações bélicas de natureza religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres, a Cruzada Germânica e a Cruzada de 1101.
A Primeira Cruzada representou um marco na mentalidade e nas relações de cristãos ocidentais, cristãos orientais e muçulmanos. Apesar das suas conquistas terem eventualmente sido completamente perdidas, também foi o início da expansão do ocidente que, juntamente com a Reconquista da Península Ibérica, resultaria na aventura dos descobrimentos e no imperialismo ocidental.
Em 1095, na cidade de Clermont, durante um concílio, Urbano II fez um discurso chamando os reis e príncipes católicos para que unissem suas forças contra a presença dos infiéis, os muçulmanos, na cidade de Jerusalém. Aderindo o apoio dos nobres europeus, a Primeira Cruzada partiu em 1096. 
Utilizando cruzes vermelhas, que indicavam a motivação religiosa do conflito, os participantes da Primeira Cruzada iniciaram sua batalha sitiando várias cidades até atingir o seu destino final.
Contando com sérias dificuldades em prosseguir a jornada, os cruzados passaram por inúmeras privações. Alguns chegaram a beber a própria urina e o sangue de animais devido à falta de água potável. 

Em 1097, um contingente de 10.000 pessoas estava em Constantinopla, prontas para o avanço até Jerusalém. Divididos em pequenos exércitos, os cruzados conquistaram as cidades de Niceia e Antioquia. Logo depois, os exércitos avançaram sobre Jerusalém e provocaram um grande massacre contra os muçulmanos que ali habitavam. Depois da conquista, Godofredo de Bulhão foi eleito chefe do Reino de Jerusalém. Após sua morte, em 1100, foi sucedido por seu irmão, Balduíno de Bolonha. 

Guerras da Gália

Historiograficamente, designa-se por Guerras da Gália ou Gálicas a série de campanhas de Júlio César (58 a.C.-51 a.C.) que permitiram estabelecer o domínio romano sobre a Europa a oeste do rio Reno (Gália).
César, após atravessar a Gália Transalpina, expulsou as tribos germânicas fixadas ao sul e ao leste, as belgas ao norte e os vênetos a oeste. Atravessou o Reno para mostrar o poder de controle das fronteiras. Favorecido pela desunião intertribal, reprimiu implacavelmente as costas norte e oeste. Invadiu duas vezes (55 a.C. e 54 a.C.) a Bretanha, que era vista como refúgio belga e ameaça para Roma. No inverno de 53 a.C.-52 a.C., Vercingetórix reuniu as tribos da Gália central numa unidade incomum. Em longa e dura batalha, César derrotou Vercingetórix e os seus sucessores, culminando na rendição do chefe gaulês.
A Gália, que ocupava apenas uma parte do noroeste da península Itálica (Gália Cisalpina) e uma estreita faixa de terra ao sul da atual França (Gália Narbonense), passou a incluir o equivalente ao atual território da França e da Bélgica.

As guerras macedônicas

As guerras macedônicas foram conflitos ocorridos entre Roma e Macedônia nos séculos III e II a.C..
Tiveram seu início pela disputa política e territorial. Na primeira guerra macedônica, ocorrida entre 211 - 205 a.C., Filipe V enfrentou a oposição de uma aliança entre Roma, Etólia e Pérgamo. Porém, como Roma estava envolvida com a Segunda Guerra Púnica, Felipe V obrigou a Etólia a aceitar os termos como sua aliada, na tentativa de enfraquecer a aliança e derrotar Roma. A primeira guerra terminou  rapidamente, pois Roma também estava muito envolvida com a segunda das guerras púnicas.

    Filipe V
A segunda guerra macedônica aconteceu no ano de 200 a.C, quando Roma exigiu que os macedônicos se retirassem completamente da Grécia. Filipe V aceitou em parte, pois queria continuar mantendo o poder sobre algumas cidades gregas, fato que não foi aceito pelos gregos. Filipe V foi definitivamente derrotado em Cinoscéfalos em 197 a.C.. 

No ano de 179 a.C., Perseu, filho de Filipe V, subiu ao trono, dando início a uma bem-sucedida política de influências e boas relações coma Grécia. Ao contrário de seu pai, que via os gregos como inferiores, ele possuía um contato muito próximo com a Grécia e com isso obtinha vantagens. Isso acabou gerando grande preocupação em Roma, dando início assim, a Terceira Guerra Macedônica, esta também com vitória romana, em Pidna no ano 168 a.C.
A Macedônia acabou dividida em quatro repúblicas todas sob o domínio romano. Entre os anos de 149 a.C. - 148 a.C., Andrisco, que afirmava ser filho de Perseu,  tentou subir ao trono, mas foi derrotado e a Macedônia tornou-se província romana, pondo fim à série de guerras entre Roma e Macedônia.

Guerras Samnitas

As Guerras Samnitas foram conflitos armados ocorridos na Antiguidade, entre 343 a.C. e 290 a.C., nos quais Roma enfrentou o povo itálico dos samnitas, que dominavam os Montes Apeninos ao sul do Lácio, Itália.
Aconteceram três guerras entre os estes dois povos, que culminaram com a completa subordinação dos samnitas ao poderio romano.

Primeira Guerra Samnita (343 a 341 a.C.)

Durante anos, os povos que viviam nos Montes Apeninos haviam lutado para expandir-se até as terras baixas da Campânia e da costa do Mar Tirreno. Porém, tanto os etruscos como os latinos haviam impedido estas invasões.
Os samnitas eram uma destas rudes tribos apeninas que haviam se expandido até a costa da Campânia, onde tiveram contato com a mais avançada civilização grega, e que se supunha sua saída natural para o mar para dominar, assim, os mercados do Mar Tirreno. Por sua vez, os bruttios e os lucanos pressionavam as colônias gregas da Magna Grécia, sendo Tarento (atual Taranto) a principal delas.
Entre 343 e 341 a.C aconteceu a primeira Guerra Samnita. Após derrotarem os auruncos, os romanos pretendiam conquistar também a Campânia, consolidando assim a fronteira oriental que, mediante o Rio Liris, colocaria em contato a República Romana com o Sâmnio. Os samnitas, por sua vez, começaram a pressionar os sidicinos da cidade de Cales, os quais buscaram a ajuda de Capua. Entretanto, Capua foi derrotada pelos samnitas e então foi solicitada a ajuda de Roma. Desta maneira, Roma teve a desculpa que precisava para atacar seus antigos aliados.
Os romanos, comandados por Marco Valério Corvo, obtiveram algumas vitórias em Campânia e no próprio Sâmnio. Entretanto, a guerra não foi bem vista em alguns setores da sociedade romana. Existiram, inclusive, rebeliões em algumas guarnições romanas em Campânia, que foram reprimidas por Valério Corvo.
A guerra terminaria, anos mais tarde, com um compromisso de paz no qual os samnitas reconheceram a adesão de Capua a Roma e dos interesses romanos em Campânia. Os romanos, por sua vez, entregaram os territórios sidicinos ao domínio samnita. Imediatamente, os aliados latinos de Roma se rebelaram contra esta, já que foram obrigados a lutar contra os samnitas sem serem consultados e se sentiram oprimidos pelo controle que Roma exercia sobre eles, razão pela qual acabou dando origem a Segunda Guerra Latina.

Segunda Guerra Samnita (326 a 304 a.C.)

A Segunda Guerra Samnita, foi a mais longa de todas, ocorreu entre os anos 326 e 304 a.C., após a Segunda Guerra Latina, na qual os samnitas apoiaram Roma. Os samnitas interpretaram como casus belli (expressão latina para designar um fato considerado suficientemente grave pelo Estado ofendido, para declarar guerra ao Estado supostamente ofensor) tanto o apoio que Roma deu a Nápoles, ameaçada pelos samnitas, como a fortificação de Fregelas (328 a.C.), situada na margem oposta do Rio Liris, que, até então, havia sido a fronteira entre ambos os povos.
É possível apontar duas fases do enfrentamento. Na primeira fase em  327 a 321 a.C., os romanos trataram de cercar o território samnita. Porém, em 321 a.C., os samnitas cercaram o exército romano nas Forcas Caudinas, permitindo sua retirada em condições degradantes. Em 316 a.C., Roma reiniciou os combates, mas foi novamente derrotada na Batalha de Lautulae, em 315 a.C.. Sua estratégia seguinte foi a construção da Via Apia, que a comunicava com Capua, estabelecendo colônias ao longo de seu trajeto para conter os samnitas dentro de seu território.
Em 310 a.C., os romanos venceram os etruscos, que eram aliados samnitas desde 311 a.C.) na Batalha do Lago Vadimon, às margens do Rio Tibre. Após o avanço sobre a Apulia, os romanos tomaram Boviano, a capital samnita.
No final da segunda guerra, em 304 a.C., Roma dominou a Campânia.

Terceira Guerra Samnita (298 a 290 a.C.)

A Terceira Guerra Samnita ocorreu entre 298 e 290 a.C. Os samnitas organizaram uma aliança contra Roma composta de etruscos, sabinos, lucanos, umbros e celtas do norte da Península Itálica. Roma obteve vitórias fazendo frente a todos eles e reocupou Boviano em 298 a.C. As tropas samnitas fugiram para o norte atrás de etruscos e celtas e, em 295 a.C., a aliança lutou contra os romanos na Batalha de Sentino, na qual foram derrotados.
Após firmar acordo de paz com os etruscos, Roma fundou a colônia Venusia, em Apúlia, para conter os samnitas, que finalmente renderam-se no ano de 290 a.C. Desde então, os samnitas foram obrigados a ceder tropas auxiliares para Roma, sendo gradualmente assimilados pela cultura romana.

Campanhas de Alexandre, o Grande

Cerco de Tiro

Alexandre, o Grande, tentou conquistar Tiro, uma base estratégica costeira na guerra entre os gregos e os persas em 332 a.C.. Como não conseguiu invadir a cidade, cercou-a durante sete meses, entretanto Tiro resistiu. Alexandre usou então os destroços da cidade abandonada do continente para construir uma ponte, e, quando chegou suficientemente próximo das muralhas, usou seus instrumentos de cerco para atingir e abrir brechas nas fortificações. Consta que Alexandre ficou de tão furioso com a resistência dos habitantes de Tiro e com a perda dos seus homens que destruiu meia cidade.
De acordo com Arriano, Tiro teve cerca de 8.000 baixas enquanto que os macedônios perderam 400 guerreiros. Alexandre concedeu o perdão ao rei e família, e os 30.000 residentes e estrangeiros foram feitos escravos.

Batalha de Gaugamela

A Batalha de Gaugamela, também conhecida como Batalha de Gaugamelos, travada em 331 a.C., foi uma batalha decisiva onde Alexandre derrotou Dario III da Pérsia. A batalha também é chamada equivocadamente de Batalha de Arbela.

Batalha de Granico

A Batalha de Granico ocorrida em 334 a.C. foi a primeira grande vitória de Alexandre, o Grande contra o Império Persa. Nesta batalha, travada no noroeste da Ásia Menor perto de Tróia, Alexandre venceu as forças dos sátrapas persas aliados do soberano persa Dario III da Pérsia, incluindo um grande número de mercenários gregos.

Górdia

Durante a jornada militar de Alexandre,o Grande, Górdia, cidade situada próxima ao canal Granico  foi cenário de uma de suas batalhas, dando-lhe o domínio da Ásia segundo conta a história.

Batalha de Hidaspes

A Batalha de Hidaspes foi um confronto no qual os macedônios, liderados por Alexandre, o Grande derrotaram indianos liderados por Poro.
A batalha teve lugar nas margens orientais do rio Idaspe, hoje chamado de Jehlum, afluente do rio Indo, próximo às cidades de Lilla e Bhora, no Paquistão.

Batalha de Isso

Batalha de Isso foi uma batalha ocorrida em 333 a.C., próxima à cidade de Isso, na Ásia Menor, na qual o rei macedônio Alexandre, o Grande da Macedônia venceu Dario III, rei dos persas.