quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Granada No.82 ‘’ Gammon’’


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Granada No. 82
A Gammon era uma granada de mão bastante simples e adaptável para uma variedade de usos no campo de batalha. É composta por um tipo de tampa no topo, seguida por um tipo de bolsa flexível como componente de corpo principal, podendo ser preenchido com conteúdo explosivo ou fragmentos para se adequar ao papel na batalha – anti-infantaria, antitanque, etc. – uma vez pronta, a granada poderia ser lançada contra o alvo inimigo. Diferentemente das demais, essa granada era detonada por impacto e não com base em um temporizador, como tal o operador tinha que tomar algum cuidado para não cair em uma explosão resultada de um manuseamento incorreto. As granadas Gammon se mostraram bastante eficazes e foram usadas onde quer que seu poder explosivo fosse necessário

Granada Mk II / ‘’Abacaxi’’


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Granada Mk 2
A granada Mk II é um tipo de Granada de fragmentação introduzida pelas forças armadas americanas em 1918. Apesar do Mk1 também apresentar design de ‘’abacaxi’’, foi a MkII a conhecida deste modo, talvez por seu formato um pouco mais ovalado, assim que o anel de metal fosse retirado o temporizador se ativava para aproximadamente cinco segundos para então partir para o arremesso. Ao detonar, seu corpo de ferro se estilhaçava em varias direções, causando danos por fragmentos em basicamente tudo localizado no raio de explosão.

Granada Mills/ Mk1


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Granada Mills Mk 1
De Produção britânica, exteriormente, a Granada Mills apresenta um design de ‘’abacaxi’’ clássico que fornecia melhor aderência às mãos. O pino de segurança se encontrava no topo e removido por um anel de metal, acionando então o temporizador de detonação que variava de sete segundos em modelos originais para quatro segundos em formas de produção final, podendo assim ser arremessada contra a posição do inimigo. A direção da sua fragmentação era aleatória, podendo afetar a própria posição do lançador (raio de explosão de 35 metros), necessitando de extremo cuidado em sua utilização.

Modelo 39


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Granada Modelo 39
Com design suave e consistente com as outras granadas do período, o modelo 39 cabia confortavelmente na mão com cerca de 7cm de comprimento e 51cm de diâmetro, a variante base do modelo possuía um tempo de detonação em 4.5 segundos, prevenindo o inimigo de capturar a granada jogada e arremessar de volta (outras variantes com tempos variados também eram usadas e diferenciadas por cor). O modelo 39 também poderia ser equipado com um ‘’fusível instantâneo’’ para fins de armadilha em que eram necessárias detonações rápidas – muito útil para uma força de exercito desesperado ou recuando. O modelo 39 mostrou-se eficaz durante todo conflito pela sua facilidade de utilização e transporte, a infantaria poderia lançar esse modelo mais longe do que seu primo, o modelo 24, aumentando o valor tático do atirador no ataque a um inimigo entrincheirado.

Modelo 24/”Espremedor de Batatas”


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Granada Modelo 24
Esse tipo de granada se tornou uma arma facilmente reconhecível no seu tempo pelas suas dimensões únicas e portar um bastão de apoio. Geralmente referida pelos aliados como ”espremedor de batatas” devido ao seu formato que relembra o utensilio de cozinha. Design basicamente composto de um bastão de madeira ligado a uma base cilíndrica de metal, esta sendo a granada propriamente dita. Um cabo de tração pode ser encontrado na base do bastão, e uma vez removido, o temporizador é definido em cinco segundos e a granada pode ser arremessada na zona alvo. Seu design assegurava que a granada não cairia e rolaria em direção ao lançador, entretanto seu tamanho relativamente grande fez sua identificação fácil para os inimigos, que poderiam recolher a granada antes de sua detonação e joga-la de volta em direção ao inimigo. Sua parte superior era feita de metal, que quando detonado se partia em múltiplos fragmentos, contudo não é considerada oficialmente uma granada de fragmentação, pois depende muito mais do choque de sua explosão do que acertar alvos com estilhaços.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

LEWIS MACHINE & TOOLS (LMT) L-129A1 SHARPSHOOTER


FICHA TÉCNICA
Calibre: 7,62X51 mm.
Operação: Aproveitamento de gás e ferrolho rotativo.
Comprimento: 0,90 m (Coronha rebatida); 0,99 m (coronha estendida)
Comprimento do cano: 406 mm (16 pol)
Capacidade:  Carregador com 20 munições.
Mira: Luneta Trijicon ACOG 6X48 (Exército Britânico) Mas aceita modelos diversos.
Peso: 4,5 Kg (standard)
Velocidade do projétil: 854 m/seg (boca do cano)
Alcance efetivo: 900 metros.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
As tropas britânicas que atuam no Afeganistão tem obtido muitas experiências de combate e aprendizados que só e possível adquirir em ação real. Um desses aprendizados foi a observação da necessidade de um novo fuzil de precisão que fosse operado em sistema semi-automático e que calçasse o potente calibre 7,62X51 mm, para ser usado pelos seus “designated marksman” ou “caçadores” como são chamados no exercito brasileiro os soldados que são responsáveis pelos tiros de precisão dentro do batalhão e são, normalmente, equipados com armamento especifico para melhor execução da tarefa. Essa necessidade se deu para poder fornecer um melhor poder de fogo a distancias de 800 a 1000 metros, pois os fuzis L-85A1 e A-2 em calibre 5,56X45 mm não conseguem efetividade nessas distancias. O fuzil que era, exclusivamente, usado para essa função, o L-96, em calibre 7,62X51 mm, operado por ação de ferrolho (bolt action) tem um natural reduzido poder de fogo em caso de necessidade de uma ação de assalto uma vez que a cada tiro o ferrolho precisa ser movimentado manualmente para liberar a câmara e colocar um novo cartucho para o disparo, fazendo com que o "caçador" fique em desvantagem nesse cenário.
Acima: As tropas inglesas desdobradas no Afeganistão estavam recebendo ataques executados com atiradores usando fuzis Dragnunov SVD em calibre 7,62X54 mmR (já descrito aqui no FMJ). O único armamento que podia responder no mesmo alcance era o fuzil L-96, de ação por ferrolho. Era necessário o mesmo alcance que o L-96 dava, porém com maior poder de fogo, que só uma arma semi automática pode dar.
Para essa necessidade do Exército Britânico foram avaliados o excelente fuzil alemão Heckler & Koch HK-417, o  belga FN SCAR-H MK-17 e o fuzil norte americano Lewis Machine & Tools (LMT) LM-7, todos em calibre 7,62X51 mm. A concorrência foi relativamente rápida uma vez que a necessidade desta nova arma era urgente e ao final de 2009 o ministério da defesa britânico escolheu o modelo LMT LM-7, que representa uma versão customizada do celebre fuzil de batalha Armalite AR-10, que deu origem ao famosíssimo fuzil AR-15/ M-16. O Exército Britânico solicitou algumas modificações na configuração do LM-7 e acabou por rebatizar a nova arma de L-129A1 Sharpshooter.
Acima: O fuzil civil LW308MWS  da Lewis Machine & Tool, foi escolhido para ser base de um fuzil militar para o Exército britânico, derrotando nomes consagrados do mercado de armas de fogo.
O L-129A1 opera através do mecanismo baseado no sistema de aproveitamento de gases do disparo que movimenta, através de um embolo (pistão), e com trancamento da culatra por ferrolho rotativo com 7 ressaltos, bastante confiável. Este modelo opera exclusivamente em regime semi-automático. O L-129A1 utiliza um carregador com capacidade para 20 cartuchos, uma capacidade comum para armas desse calibre.  O cano do L-129A1  é do tipo "flutuante "e tem 16 polegadas o que, somado com o potente calibre 7,62X51 mm, permite uma precisão elevada a distancia de 900 metros, e dependendo das condições atmosféricas, pode chegar até 1000 metros. O fuzil possui uma coronha retrátil, do mesmo modelo visto em carabinas de plataforma AR, como as M-4A1 que dispõe de regulagem que permite dar mais conforto ao soldado que for utilizar. O comprimento do L-129A1 é de 0,99 m, quando com a coronha estendida o que pode ser considerado relativamente curto considerando o tipo de armamento.
Acima: Com um cano flutuante, a precisão do fuzil L-129A1 é bastante adequado a função que lhe é dada. Notem a mira reflex da mira ACOG 6X48. Esse recurso permite o uso da arma de forma mais rápida em caso de uma combate de curta distancia que exija maior agilidade para uma visada instantânea. 
O L-129A1 possui, em sua parte superior, um trilho picatinny para acessórios como lunetas e outros tipos de mira, enquanto que na lateral e na parte de baixo do guarda mão (ou telha, como preferem algumas pessoas), há outros trilhos picatinny para acessórios que podem ser apontadores a laser, grips de apoio ou bipés para apoio em tiros que exijam maior precisão.
Falando de precisão ainda, não podemos deixar de comentar sobre a moderna mira escolhida para o L-129A1, que é a da marca Trijicon, modelo ACOG 6X48 com aumento de 6X e que, interessantemente, possui um pequeno trilho acima com uma mira reflex para engajamentos rápidos.
Um bom atirador consegue atingir precisão de 1 MOA a 800 metros, que, em se tratando de uma arma semi automática, é bastante relevante.
Acima: O lote inicial foi de 440 fuzis L-129A1. Atualmente a Nova Zelandia, também usa o L-129A1 em suas forças armadas.
O L-129A1 é, sem duvida, uma arma de extrema qualidade e capacidade testada sob rígidos parâmetros para ter conseguido ser preferido em cima de nomes tão consagrados como a HK e a FN, de forma que pode ser considerada uma excelente opção entre os grupos de operações especiais do mundo. O desenho e operação baseado na plataforma AR, extremamente popular entre forças armadas do mundo todo, também reflete em uma maior facilidade na adaptação de novos operadores com o armamento e familiarização com seus sistemas. Esse elevado padrão de qualidade coloca o fuzil L-129A1 Sharpshooter como um produto "premium" cujo custo varia entre U$ 3249,00  a U$ 5200,00 no mercado norte americano. Para quem não é familiarizado com preços de armas de fogo no mercado dos Estados Unidos, basta dizer que um fuzil AR-15 fabricado pela Colt tem custo em torno de U$ 1000,00. Ou seja, é claro que o L-129A1 não é para todos os "bolsos".


Acima: O L-129A1 tem forte influencia do fuzil AR-10 em seu projeto, porém com peças como o cano produzidos para garantir melhores precisão.

BERETTA ARX-160


FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil de assalto.
Miras: Diversos modelos, entre aço dobrável,  miras reflex e ópticas, todas instaladas sobre o trilho picatinny
Peso: 3,1 kg (vazio).
Sistema de operação: A gás com ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56x45 mm, 7,62x39 mm e 22LR (treinamento).
Capacidade: 30 munições.
Comprimento Total: 82 cm (coronha estendida e cano de 16 polegadas). 75,5 cm (coronha estendida cano de 16 polegadas)..
Comprimento do Cano: 16 polegadas, 12 polegadas (versão curta).
Velocidade na Boca do Cano: 950 m/seg
Cadência de tiro: 700 tiros/ min.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
No mundo das armas de fogo, algumas marcas são verdadeiras lendas ou ícones que são considerados referências para os entusiastas e mesmo profissionais do segmento de defesa e segurança. A Smith & Wesson, Heckler & Koch, Colt, entre tantos. A Itália tem  a famosíssima Beretta, conhecida pela sua ótima pistola modelo 92F, usada pelo exército dos Estados Unidos (US Army), dentre outras forças armadas pelo mundo todo e que já foi foco de matéria no blog FMJ. 
A Beretta, no entanto, não se limita apenas a produção de pistolas. Seu portfólio de produtos engloba espingardas de caça e táticas (de ótima qualidade, diga-se de passagem), carabinas em pequenos calibres de pistola como as CX-4 Storm, e mesmo, fuzis de assalto. Sim fuzis! Embora pouco comentados na mídia especializada, os fuzis Beretta tem boa confiabilidade, embora os modelos que foram comercializados até agora tivessem um acabamento menos elaborado que seus concorrentes mais bem estabelecidos no mercado.O mais recenete produto militar desta consagrada empresa pode mudar um pouco a sua história no segmento dos fuzis e colocar o nome Beretta, em destaque nesse mercado. O moderno fuzil ARX-160, em calibre 5,56 x 45 mm, vem de encontro aos requisitos do exército italiano para um fuzil a ser integrado a seu novo uniforme "Soldato Futuro" que representa o programa de modernização da infantaria italiana para o século 21.
Acima: O moderno ARX-160 abaixo do seu antecessor o fuzil SC-70/90. Atualmente as duas armas estão em serviço no exército italiano, porém, a tendência é que o ARX-160 substitua todos os exemplares do SC-70/90.
O ARX-160 foi projetado tendo recebido algumas inovações já encontradas em outros fuzis modernos como o uso de polímero (plastico de alto impacto) em sua estrutura levando a uma diminuição do peso e maior resistência a ambientes agressivos como por exemplo o marinho ou o desértico, e outras inovações próprias deste projeto, como o sistema de ejeção dos cartuchos deflagrados que podem ser feito por ambos os lados do fuzil, simplesmente configurando o lado da alavanca do ferrolho. Outro recurso inovador do ARX-160 é o sistema de troca de canos que permite que essa ação seja efetuada sem, absolutamente, nenhuma ferramenta, bastando apenas manter o ferrolho travado na posição aberta, e soltar duas travas na parte traseira da telha para que o cano todo se solte.O sistema de operação é o já clássico sistema de aproveitamento de gases que empurram um pequeno pistão que movimenta um ferrolho com travamento rotativo. Este sistema tem sido aperfeiçoado durante décadas e não há nada tão confiável como ele para justificar sua substituição. Os disparos são feitos com o ferrolho fechado.
Acima: O ARX-160 tem suas teclas e comandos totalmente ambidestro, e sua desmontagem é feita totalmente sem ferramentas, o que facilita a manutenção e limpeza em zonas de combate.
Como não podia faltar, o ARX-160 faz uso de trilhos picatinny para facilitar a instalação de acessórios como lanternas, lunetas, miras holográficas  miras ACOG, apontadores lasers e lançadores de granadas. Alias, este ultimo, também de fabricação da Beretta, modelo GLX-160 de 40 mm, é um lançador de granadas projetado especialmente para uso no ARX-160. Porém, é possível usar outros modelos de lançadores através de adaptadores. Embora seja mais comum o uso de miras ópticas nos campos de batalha de hoje, o ARX-160 tem suas próprias miras convencionais dobráveis e removíveis (são presas ao trilho picatinny integral superior). A alça da mira tem 5 regulagens para alcance com limite de até 600 metros. Porém, deve-se observar que com uma mira óptica, esse alcance é ampliado para pelo menos 900 metros. A coronha, também em polímero, é caracterizada por ser ajustável em comprimento e ainda pode ser dobrada para o lado direito.
Acima:  O ARX-160 foi desenvolvido junto com um lança granadas para ser empregado com ele. O lança granadas GLX-160 em calibre 40 mm. Abaixo um militar italiano portando um ARX-160 com o referido lança granadas.
O peso do fuzil, com o cano maior (16 polegadas ou 40,06 cm) é de apenas 3,1 kg. Ou seja, é menor que todos os modelos ocidentais no mesmo comprimento. Possivelmente ARX-160 seja o mais leve fuzil de assalto do mundo. O cano do ARX-160 é cromado por dentro e forjado com o processo de martelamento a frio, bem conhecido por nós brasileiros, pois é o mesmo processo de fabricação dos canos do fuzil FAL feitos pela Imbel, o que garante uma maior durabilidade da peça. A Beretta incorporou no projeto, a possibilidade de troca facilitada de calibres diferentes do original. O ARX-160 pode operar em calibre 5,56X45 mm, 7,62X39 mm, sendo que nesse ultimo, será possível o uso dos carregadores do famoso fuzil AK-47 russo e o diminuto calibre 22 LR para fins de treinamento com custo reduzido. Foi desenvolvido e fabricado uma versão deste fuzil no potente calibre 7,62X51 mm (o mesmo do FAL usado pelo Exército Brasileiro), que recebeu a denominação ARX-200 e já se encontra no mercado militar. E falando em "versões', o ARX-160 tem uma versão "civil", para mercados mais democráticos que o brasileiro, como é o caso dos Estados Unidos. A versão civil é denominada ARX-100 e é operada em sistema semi- automático no calibre 5,56X45 mm.
Atualmente, também podem ser encontradas a versão A-2 do ARX-160, equipada com uma coronha mais compacta e um curto trilho picatinny a frente e abaixo do guarda mão, usado, especialmente por forças de elite ou operações especiais, e a verdão mais recente que é o ARX-160A3, com um guarda mão redesenhado com maiores janela de refrigeração e trilho do guarda mão integral.
Acima: Projetado para operar com munição calibres 5,56X45 mm, e munição soviética em calibre 7,62X39 mm (foto), o ARX-160 aproveita o carregador do AK-47/AKM quando nesta configuração. Abaixo: O ARX-200 que é a versão em calibre 7,62X51 mm do ARX-160.
Atualmente o exército italiano é o principal usuário deste moderno fuzil. Além da Itália, vários países dentre eles, Egito (marinha), México (policia federal), Albânia (forças especiais), dentre outros. A Argentina está avaliando este fuzil para uma eventual substituição de seus velhos FAL. O ARX-160 participou da segunda fase da concorrência para substituição da carabina M-4 (e provavelmente seus M-16) no Exército dos Estados Unidos (US Army), mas a concorrência foi cancelada antes de apontar um vencedor por medidas de corte de custos. Um relatório justificou, ainda, que nenhum dos fuzis novos, incluindo o HK-416 e o FN SCAR tinham apresentado superioridade significativa sobre os atuais M-4 para justificar o investimento de 1,8 bilhões na sua substituição. Eu, pessoalmente, não acredito na informação de que os modelos mais modernos de fuzis do mundo não demonstraram superioridade, uma vez que em um teste feito pelo mesmo exército, o M-4 falhou duas vezes mais que o FN SCAR e o HK-416, de forma que só o corte de recurso financeiro  dos investimentos em defesa, devem ter sido o real responsável pelo cancelamento do programa.
Acima: Nesta foto podemos ver em detalhe a alça e a massa das miras de aço, dobráveis que vem junto com o fuzil. Reparem no sistema rustico de escala da alça para 100 metros (posição 1) e 600 metros (posição 6).