terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

FN HERSTAL SCAR


FICHA TÉCNICA SCAR L MK-16
Tipo: Fuzil de assalto
Miras: Miras de aço dobraveis e diversas miras ópticas.
Peso: SCAR L CQC: 3.04 Kg; SCAR L Standard: 3.29 Kg; SCAR L long: 3,49 kg.
Sistema de operação: A gás com ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56 X 45 mm.
Capacidade: Carregadore STANAG de 30 munições ou Beta de 100 munições.
Comprimento Total: (coronha estendida):SCAR L CQC: 78,7 cm ; SCAR L Standard: 88,9 cm ; SCARL long: 99 cm 
Comprimento do Cano: SCAR L CQC:10 pol; SCAR L Standard: 14 pol; SCAR L long: 18 pol.
Velocidade na Boca do Cano: 871 m/seg.
cadencia de tiro: 625 tiros/min.

FICHA TÉCNICA SCAR H MK-17
Tipo: Fuzil de assalto
Miras: Miras de aço dobraveis e diversas miras ópticas.
Peso: SCAR H CQC: 3.49 Kg; SCAR H Standard: 3.58 Kg; SCAR H long: 3,72 kg.
Sistema de operação: A gás com ferrolho rotativo.
Calibre: 7,61X51 mm.
Capacidade: Carregador de 20 munições.
Comprimento Total: (coronha estendida):SCAR H CQC: 88,9 cm ; SCAR H Standard: 96,5 cm ; SCAR H long: 106 cm 
Comprimento do Cano: SCAR H CQC:13 pol; SCAR H Standard: 16 pol; SCAR H long: 20 pol.
Velocidade na Boca do Cano: 714 m/seg.
cadencia de tiro: 625 tiros/min.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Em 30 de novembro de 2004 foi oficialmente anunciado pelo Comando das Forças Especiais dos Estados Unidos (US SOCOM), a escolha do novo fuzil da FN desenvolvido para uma concorrência daquela corporação. Naquela concorrência se requisitava um novo fuzil que tivesse como características a maior confiabilidade que os modelos AR-15 então em uso pelos forças especiais, que fosse leve e ainda fosse capaz de mudar de calibre facilmente com a troca de poucas peças pelo próprio infante. Esse ultimo requisito fez com que o outro projeto de fuzil em andamento, o Heckler & Koch XM-8, fosse descartado, dessa licitação uma vez que não tinha esta característica.
As duas versões iniciais, foram o SCAR L (light) em calibre 5,56X45 mm, e a versão SCAR H (heavy), que usa a munição 7,62x51 mm, consideravelmente mais potente.
Uma versão de tiro de precisão chamada de SCAR MK-20 SSR (Sinper Support Rifle), também em calibre 7,62X51 mm foi desenvolvida, garantindo uma modularidade inédita para este gênero de arma. A ultima versão do SCAR é uma compacta arma de defesa pessoal chamada FN SCAR PDW que se caracteriza pelas dimensões ultra compactas que poderiam servir até para ser levadas por pilotos de combate junto a cadeira ejetável do caça para ser usada como defesa do piloto quando cai em território hostil.


Acima: Membro de uma tropa Ranger do exército dos Estados Unidos (US Army) em ação com eu FN SCAR L MK-16. Notem que o exemplar da foto usa um carregador de polímero da marca Magpul.

Foi cogitado no início do projeto do SCAR o uso de canos e kits para adaptar o fuzil ao calibre soviético 7,62X39 mm, amplamente usado em muitas nações que normalmente fazem oposição aos Estados Unidos, porém essa ideia não vingou e não há expectativa que a FN produza esta versão do SCAR. 
Na metade de 2005, a FN iniciou a produção em grande escala deste fuzil, e começou a entregar ele à força de operações especiais norte americanas. A designação da arma é feita no padrão da Marinha, usando o termo Mark, com a abreviação MK. Sendo assim, o SCAR L foi designado como SCAR MK 16, e o SCAR H, como SCAR MK 17. Essas duas versões substituirão, gradativamente, todos os fuzis e carabinas em uso pelas forças especiais americanas, como o M-4, M-16 e M-25 Sniper rifle. Um fato interessante que ocorreu depois que o desenvolvimento da arma foi finalizado é que devido a problemas de peso e custo, o SCAR definitivo só muda de calibre quando na versão MK-17 podendo receber kits para reduzir seu calibre para o 5,56 mm enquanto que a versão MK-16 não tem mais essa possibilidade. O protótipo da versão MK-16 que podia ter seu calibre modificado se mostrou mais pesado que uma carabina M-4 e isso desagradou o comando das forças especiais que orientaram a mudança no projeto de forma a apenas uma (a versão mais pesada MK-17) poderia mudar de calibre.

Acima: Um soldado das forças especiais norte americana faz visada com seu FN SCAR H MK-17 com apoio de um suporte na janela de um helicóptero UH-60 Blackhawk.

O SCAR é um fuzil operado por gás e usa o confiável sistema de ferrolho rotativo com seis ressalto em todas as suas versões e calibres. Esse mecanismo, embora similar ao que encontramos em fuzis bem conhecidos como o M-16, tem o sistema de recuo curto como diferencial. Esse sistema tem se mostrado menos suscetível a falhas causadas pela areia fina ou poeira dentro do mecanismo da arma.  
O SCAR é feito de alumínio em sua parte superior do corpo e de polímero (plástico de alta resistência) em sua porção inferior, onde fica o poço do carregador, o que diminui seu peso. A troca de canos é feita com poucas ferramentas, e não há necessidade de ajustes maiores posteriormente. Seletor de tiro tem disponível, apenas a posição intermitente, fogo automático e travado. A confiabilidade mecânica do sistema é uma de suas maiores qualidades. Em uma avaliação levado a cabo pelo exército dos Estados Unidos, o SCAR disparou 6000 tiros tendo 226 falhas de disparo. Para se ter uma ideia de referência o quanto isso foi um bom desempenho, o modelo M-4A1 apresentou 882 falhas de disparo no mesmo teste. Essa avaliação foi feita com as armas colocadas em um ambiente agressivo de areia, o que costuma levar a falhas mecânicas nas armas de fogo.

Acima: O SCAR é uma das mais confiáveis armas de sua categoria. Em testes nos Estados Unidos a arma falhou 226 vezes durante 6000 tiros, mostrando uma confiabilidade 3 vezes maior que da carabina M-4A1 que ele substitui.

Uma característica que chama a atenção, também, é a existência de um longo trilho para acessórios montado em toda parte superior da arma, que serve para a montagem de diversos tipos de miras. Esses trilhos podem ser observados, também, na parte inferior e lateral da telha e podem receber apontadores lasers e lanternas táticas também. As miras fixas são de aço e dobráveis para facilitar a adaptação de miras ópticas pelo operador. O modelo de carregador que é usado é o STANAG, o mesmo do fuzil M-16, com 30 tiros, para a versão MK-16 e um carregador 20 tiros, na versão MK-17. Não há previsão de uso de baionetas nesse novo fuzil. Ambas as versões podem usar carregadores tipo Beta com capacidade de 100 munições para ambas as versões. A coronha do SCAR tem total regulagem em comprimento (telescópica) e ainda pode ser dobrada, o que dá uma das maiores flexibilidades de configuração dentre todos os fuzis de assalto.
O SCAR pode ser equipado com um lançador de granadas em calibre 40 mm desenvolvido especificamente para ele pela FN Herstal, chamado EGLM (Enhanced Grenade Launching Module) também conhecido por MK-13.
Todos os comandos do SCAR, como a tecla de seleção de disparo ou a alavanca do ferrolho são ambidestros, de forma que podem ser montadas de qualquer lado da arma facilitando sua operações por canhotos.

Acima: Soldado das forças de operações especiais do exército do Peru com um FN SCAR L MK-16 com lançador de granadas EGLM de 40 mm.

O fuzil FN SCAR está em uso em várias unidades de operações especiais dos Estados Unidos como os SEALs, Rangers, Delta Force, Boinas Verdes entre outras. A Bélgica, país da FN Herstal, também encomendou o SCAR que deverá se tornar o fuzil padrão do seu exército a partir de 2015. Na América do Sul, o Peru e o Chile usam o SCAR em tropas de operações especiais também. É interessante que se previa que o preço por cada fuzil SCAR ficasse abaixo do que é cobrado por um fuzil M-16 e seus derivados, porém não foi isso que se pode observar. No ultimo catalogo de comercio de armas do mercado norte americano "The Complete Book Of Guns 2015, o custo de um SCAR está entre U$ 2995,00 a U$ 3349,00 contra U$ 1104,00 a U$ 1617,00 de um fuzil AR-15 da Bushmaster, um dos mais vendidos dentre todos os fabricantes de ARs no mercado norte americano. Isso acaba por dificultar que mais clientes possam adquirir este excelente fuzil. Vale observar um detalhe interessante sobre fuzil. Embora seja, efetivamente, uma arma muito eficiente, confiável e precisa, o SCAR tem uma fragilidade. O uso de polímero em uma arma de batalha a torna suscetível a danos sérios como trincas em sua porção de polímero. Um exemplo dessa fragilidade foi uma quebra do SCAR quando estava sendo avaliado pelo exército do Peru durante testes de queda de altura de 2,80 metros. Muitos de vocês podem questionar se  esse teste é relevante, porém, conversando com amigos que atuam em forças militares e policiais, me foi informado que sempre ocorre quedas das armas em infiltração com helicópteros ou com uma ação com Rappel ou fast rope.. Ou seja, se um SCAR cair nessas situações reais, a arma pode trincar, como ocorreu, efetivamente nos testes do exército equatoriano. O problema poderia ser a qualidade do polímero que a FN usou, uma vez que este problema não foi observado em outras armas com o mesmo material. De qualquer forma, é difícil que haja alguma arma perfeita no mundo e vendo por este ponto de vista, o SCAR representa um dos melhores fuzis em uso atualmente e é uma referência para outros projetistas devido a suas boas qualidades.

Abaixo: Aqui temos todas as principais versões do FN SCAR.
FN SCAR L MK-16 CQC.

FN SCAR L MK-16 STD.

FN SCAR L MK-16 STD com lança granadas EGLM de 40 mm.

FN SCAR H MK-17 CQC.

FN SCAR H MK-17 STD.

FN SCAR H STD com lança granadas EGLM.
FN SCAR MK-20 SSR.

FN SCAR PDW.

BENELLI M-3 SUPER 90



FICHA TÉCNICA (M-3 Super 90)
Tipo: Espingarda de combate.
Miras: Alça regulável com insertos de tritium e massa fixa.
Peso: 3,2 Kg (carregador vazio).
Sistema de operação: Aproveitamento de gases (semi auto) e pump action.
Calibre: 12.
Comprimento Total: 1,15 m.
Comprimento do Cano: 19,75 polegadas.
Capacidade: 7+1 tiros.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
Como prometido em recente matéria, eu continuarei a apresentar espingardas de combate neste blog. Este tipo de arma, muito usado para caça, acabou tendo uma boa utilidade a serviço da defesa residencial e em combate policial, além de que, muitas tropas especiais militares também fazem uso do excelente poder de parada que estas interessantes armas são capazes de proporcionar.
O armamento que é foco deste artigo se chama M-3 Super 90 e é fabricado pela famosa empresa italiana Benelli, mais conhecida pelas suas excepcionais motocicletas. Na verdade a divisão da Benelli que produz armas se chama Benelli  Armi, localizada na cidade de Urbino, e foi fundada pelos dois irmãos Benelli que têm um gosto especial pela atividade de caça. Como este tipo de arma é extremamente flexível em seu uso, não demorou para que fossem produzidos modelos destinados ao uso tático policial, como a M-1 em meados dos anos 80, uma espingarda semi automática que é, até hoje, muito popular nas mãos de muitos policiais, principalmente nos Estados Unidos.
Acima: Com uma ótima ergonomia, a M-3 Super 90 representa o que há de melhor em termos de qualidade e eficiência em espingardas táticas.
A grande sacada que torna as espingardas Benelli diferentes e melhores que suas concorrentes é seu sistema de funcionamento semi-automático que usa o aproveitamento de gases para movimentar um ferrolho rotativo com dois ressaltos que torna o processo de ciclagem extremamente rápido. As espingardas desta marca são consideradas as mais rápidas do mundo de forma que é possível disparar 5 vezes o potente cartucho calibre 12 em apenas um segundo, fato este pode ser considerado uma façanha numa arma semi automática  que dispara uma munição de elevado nível de recuo.
A M-3 Super 90, especificamente tem um outro ingrediente que a torna, ainda mais interessante frente a suas irmãs mais velhas. Ela opera em dois modos: No sistema semi-automático, como descrito acima, e caso o atirador- prefira, no modo manual, conhecido como ação de bomba, ou pump action, A mudança de sistema se dá pela manipulação de um botão montado na ponta do tubo do carregador  (cano de baixo) que quando comprime a mola, deixa a arma em funcionamento manual, e quando este botão é solto, e aberto, ele permite o funcionamento exclusivamente em semi automático. A M-3 Super 90 original tem capacidade de 7 cartuchos no tubo carregador mais um na câmara, dando uma boa persistência de combate.
Acima: Detalhe do mecanismo de seleção de regime de fogo da M-3. Notem que quando no modo Pump, a telha fica em uma posição mais a frente. 
Foram produzidas algumas versões desta excelente espingarda, sendo elas a M-3T (tactical), com coronha rebatível e empunhadura de pistola (pistol grip); A M-3 Super 90 com a empunhadura de pistola e coronha rígida; a M-3 super 90 Shorty, com cano extremamente curto e coronha retrátil, para ser usada em ambientes apertados como o interior de uma casa, por exemplo. Porém, atualmente a Benelli produz o modelo M-3 convertible, configurada  com um carregador reduzido com 5 cartuchos no tubo de carregador mais um na câmara. Neste modelo, a alça da mira é regulável e possui inserto de tritium para um rápido enquadramento em condição de baixa luminosidade.
Embora seja uma espingarda considerada cara, dentro de sua categoria, onde há modelos de boa qualidade a um custo mais baixo, a vantagem tática proporcionada por esta excelente espingarda coloca o seu usuário um passo a frente em situação de combate. Por isso, é mais comum encontrar a M-3 Super 90 nas mãos de soldados de elite, tanto policiais como em forças militares, cujas missões exigem uma ferramenta de capacidade diferenciada.
Acima: O modelo M-3 Convertible é a mais recente versão da M-3.

Acima: A M-3 pode disparar cartuchos 12 Magnum, reduzindo sua capacidade em um disparo, devido ao maior comprimento deste tipo de munição.

HECKLER & KOCH HK-21



FICHA TÉCNICA
Tipo: Metralhadora
Sistema de operação: Blowback com retardo e tomada de gases.
Calibre: 7,62 X 51 mm (possibilidade de troca de calibres para 5,56X45 e 7,62X39 mm)
Capacidade: Cinta M13 de elos metálicos, carregador de 20 cartuchos, ou tambores de 50,80 e 100 cartuchos. 

Peso: 7,6 Kg (sem bipé).
Comprimento Total: 1,14 m.
Comprimento do Cano: 22 polegadas(560 mm).
Miras: Massa fixa; Alça regulável com posição que varia de 100 a 1200 metros.

Velocidade na Boca do Cano: 910 m/seg.
Cadência de tiro: 800 tiros/ min.


DESCRIÇÃO
Por Ottavio Brunno
Em 1961, a Heckler & Koch ou HK, como é mais conhecida, viu a oportunidade de expandir seus negócios fabricando uma metralhadora de uso geral com base no seu fuzil G3 cujas vendas iam muito bem. A HK decidiu que tal investimento valeria a pena, pois a nova metralhadora  de uso geral (GPMG) seria muito próxima do G3 em termos de design e manutenção, facilitando o intercambio de peças, assim surgiu a família HK-21, composta por várias versões de acordo com as exigências do mercado.
O sistema de ação é o bastante confiável Blowback com retardo do fuzil G3, que consiste em um sistema em que os gases do disparo impulsionam o ferrolho para trás diretamente dentro da câmara onde dois rolos cilíndricos localizados nas extremidades da cabeça do ferrolho se movem até serem pressionados e travados interrompendo o movimento do corpo do ferrolho abrindo a culatra e diminuindo a pressão, então a mola recuperadora o impulsiona para frente, completando o ciclo.

Acima: O famoso fuzil G-3, amplamente usado por muitas forças militares no passado e em algumas atualmente, foi a base do desenvolvimento da metralhadora HK-21.
A HK-21 é operada por um sistema de ferrolho fechado, ocasionando o superaquecimento da arma em fogo sustentado. o que limita seu uso, diferente das metralhadoras convencionais que operam em ferrolho aberto tendo uma melhor refrigeração, por outro lado isso contribuiu para a implantação de um sistema de seleção de fogo, entre E, automático, F, semiautomático, sistema não presente nas metralhadoras convencionais.
A HK-21 pode ser alimentada pelo carregador de 20 cartuchos do fuzil G3, ou um tambor de 50, 80 ou até 100 cartuchos, ou ainda por uma cinta de elos metálicos. Um fato interessante dessa arma é que para fazer a recarga da cinta basta ao operador inserir a lingueta do cinto na abertura lateral à esquerda e puxa-la pela direita, já que a arma não possui a telha de abertura, muito popular entre a maioria das metralhadoras, tornando a operação um pouco dispendiosa. Também pode se escolher entre os calibres 7.62x51mm e 5.56x45mm, bastando apenas trocar o cano e o ferrolho.
Acima: O HK-21 pode ser alimentado por uma cinta M13 com elos metálicos como mostrado na foto, ou com carregadores padrão do G-3 ou tipo caixa.
Com pouco mais de 7 kg em sua versão padrão, a HK-21 era mais leve que suas concorrentes, como a M-60 (10 kg), MAG (11 kg) e MG-3 (10 kg). Ela tem como padrão um cano do tipo “heavy” com supressor de flash, miras ajustáveis, estas se constituindo de variações de regulagem entre 100 e 1200 metros. A HK-21 padrão tinha coronha de polímero fixa, porém as variantes tinham a coronha dobrável e removível, além de uma manopla de manejo no guarda mão. Além do bipé, ela podia ser montada sobre um tripé ou em um veiculo.
A HK-21 é utilizada por mais de 30 países, a maioria africanos e asiáticos. México, Irã, Turquia e o Brasil, onde é utilizada pelo BOPE e foi também utilizada pela Delta Force dos EUA durante a desastrosa Operação Eagle Claw. Foi também fabricada sobre licença em Portugal e Grécia, estando em uso até dias atuais, seja por forças policiais, ou militares.

Acima: Nesta foto podemos ver um policial do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de janeiro, armado com uma HK-21.
As variantes incluíam:
HK-11E, que era a versão alimentada por carregadores do tipo box e era classificada como um rifle automático no calibre 7.62x51mm NATO.
HK-13E, versão rifle automático no calibre 5.56x45mm NATO.
HK-21E, versão de exportação com cinta de munições no calibre 7.62x51mm NATO.
HK-22E: Versão de exportação com cinta em calibre  7,62X39 mm para Russia e  países que faziam parte da União Soviética.
HK-23E, versão de exportação com cinta de munições no calibre 5.56x45mm NATO.
HK G8, versão oferecida com mira telescópica, cano com troca rápida, carregadores de 10, 20 munições e tambor com 50 munições. Usado por algumas unidades do Heer, Marine e Bundespolizei.


Acima: O sistema de regulagem da alça da mira da HK-21 contempla distancias que variam dos 100 a 1200 metros.


CESKA ZBROJOVKA SKORPION EVO 3 A1


FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback.
Calibre: 9X19 mm.

Capacidade: Carregadores de 20 e de 30 munições.
Peso: 2.1 Kg (vazio) 2.77 Kg (carregado)
Comprimento Total: 66 cm (Extendida), 41 cm (coronha rebatida)
Comprimento do Cano: 7,72 polegadas .
Miras: Massa fixa; Alça regulável. Miras opticas de varios tipos podem ser instalados nos trilhos de acessórios em cima da arma, assim como apontadores laser e lanternas nos trilhos laterais.

Cadência de tiro: 1100 tiros por minuto
Velocidade na Boca do Cano: 366 m/seg.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior 
A empresa Ceska Zbrojovka, ou apenas CZ, como é mais conhecida, com sua tradição em desenvolver e produzir armas de fogo de qualidade reconhecida dos quatro cantos do mundo, está produzindo uma nova submetralhadora que pode ser a primeira real ameaça a hegemonia da quase onipresente HK MP-5 de fabrico alemão, já descrita nas paginas do Full Metal Jacket blog. Essa nova submetralhadora foi batizada de Skorpin EVO 3 A1. O nome Skorpion foi aproveitado devido ao sucesso de um de seus mais conhecidos produtos, a pistola metralhadora Skorpion Vz-61 em calibre 7,65X17 mm, lançada no mercado em 1959. A história da Skorpion EVO 3, porém, não começou dentro da CZ. Na verdade nem na Republica Checa. A Skorpion começou a tomar forma no país vizinho, a Eslováquia, sob o nome Laugo LG 205. A CZ viu e gostou do projeto e adquiriu o direito da patente em 2007 para desenvolver a arma e a produzir, criando a Skorpion EVO 3 A1. Para completar, em 2009, o engenheiro eslovaco Ján Lučanský, um dos pais do projeto da Laugo, foi contratado pela CZ para liderar o desenvolvimento da EVO 3, refinando o projeto. 
Acima: A submetralhadora eslovaca Laugo LG 205A foi a base do desenvolvimento da submetralhadora checa CZ Skorpion EVO 3 A1, mostrada abaixo.
A EVO 3 tem suas partes externas em polímero, seguindo com a tendência atual visando a diminuição de seu peso frente a armas de projetos mais antigos como a MP-5. Até mesmo seu carregador de 30 munições é de plastico translucido, que além de ser mais leve, facilita a consciência do operador sobre a quantidade de munição disponível. Sua coronha, também em polímero, é do tipo retrátil (telescópica como preferem alguns) e rebatível. Outro ponto a ser observado é que a coronha também é totalmente removível o que a tornaria uma pistola metralhadora, e que facilita seu transporte por tornar bastante compacta. 

Acima: Aqui podemos ver uma EVO 3 com a coronha rebatida. Notem que a arma fica extremamente compacta nessa configuração. 
A EVO 3 opera através do confiável sistema blowback, perfeitamente adequado a calibres de menor potencia como o 9X19 mm Parabellum de pistola, amplamente usado em submetralhadoras da maioria dos países atualmente. Com este sistema, a arma possui uma cadência de tiro, quando em regime totalmente automático, de 1100 tiros por minuto, aproximadamente. Além disso, a EVO 3 tem seletor de tiro para rajadas curtas de 3 tiros ou disparos em semi automático também. A alavanca de manejo do ferrolho, montada na parte de cima do guarda mão é, assim como todas as teclas de comando da arma, ambidestro sendo, assim, fácil de operar por pessoas destras ou canhotas.
A EVO 3 não foi produzida, por enquanto, em outro calibre, como o 40 S&W que muitos departamentos de polícias do mundo todo, incluindo o Brasil, tem adotado, porém, não se pode descartar que a CZ deixe de lançar uma variante em calibres diferentes em um futuro de curto prazo.

Acima: Além das forças armadas da República Checa, a força policial deste país também estão equipados com a moderna EBO 3.
A CZ EVO 3 é um arma ligeiramente mais compacta que a líder do mercado, a HK MP-5, e seu cano tem cerca de uma polegada a menos também, porém, em nada se perde em desempenho balístico nas distancias preconizadas para esse tipo de armamento. A arma da CZ já vem equipada com trilhos padrão picatinny nas laterias do guarda mão e em sua parte de baixo, e um trilho de maiores dimensões na parte superior da arma. Por isso, a instalação de miras ópticas, lanternas apontadores laser e mesmo, a manopla de manejo pode ser montado no guarda mão para facilitar seu uso em ambientes menores, como corredores dentro de edificações.
Para o mercado civil, nos países efetivamente democráticos, a CZ produziu uma versão da EVO 3 é não dispara em rajada, sendo, portanto, considerada uma carabina. O modelo se chama Skorpion EVO 3 S1 e a unica diferença em relação a versão A1 é a ausência do recurso de rajada. Atualmente a Skorpion EVO 3 é usada pelas forças armadas e policiais da República Checa, Egito, Indonésia, Malaysia, Servia e Tailândia. Possivelmente, em um futuro próximo, o Brasil venha a se tornar um cliente desta moderníssima submetralhadora uma vez que a CZ está em processo de instalação em Santa Catarina.

Acima: Nesta foto podemos ver uma EVO 3 mostra toda sua flexibilidade de uso de acessórios como um supressor de ruido, lanterna tática, mira holográfica e carregador extra.

US ORDNANCE INC M-60



FICHA TÉCNICA
Tipo: metralhadora média
Sistema de operação: Tomada de gases
Calibre: 7,62 X 51 mm
Capacidade: Cinta de munição M13 
Peso: 10,5 Kg
Comprimento Total: 1,07 m (M-60). 94 cm (M-60 E4)
Comprimento do Cano: 56 cm (M-60) .
Miras: Massa fixa; Alça regulável, Miras ópticas podem ser instalados
Velocidade na Boca do Cano: 853 m/seg.
Cadência de tiro: 550 tiros/ min

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
Quem não se lembra da metralhadora usada pelo ator Sylvester Stallone, como personagem Rambo nos filmes que leva o mesmo nome? Ou ainda, os diversos filmes sobre a guerra do Vietnã, como “Born To Kill”, onde um dos personagens usa uma metralhadora enorme. Esta arma é a M-60, que foi usada como metralhadora regulamentar do exército americano por muitos anos.
Acima: Sylvester Stallone no papel de John Rambo fez da M-60 uma arma bastante popular. 
Embora a metralhadora M-60 seja uma arma cujo projeto tenha sido feito na década de 50 e ela tenha sido substituída pela metralhadora de uso geral M-240 (FN Mag), hoje ela está de volta em serviço através de suas versões modernizadas com novos materiais que a tornaram mais leve e numa configuração de cano mais curto, que permite uma mobilidade maior em lugares apertados, como é necessário no novo teatro de operação urbano. Hoje a empresa US Ordenance produz todas as versões desta excelente arma de apoio, sendo que a versão mais moderna é a M-60E6.

Acima: A M-60E4 é usada por algumas unidades SEAL devido a sua melhor mobilidade, confiabilidade e bom poder de fogo.
A M-60 é operada a gás e com um carregador de fita de elos metálicos. O calibre usado é o potente 7,62 mm OTAN, portanto, uma munição maior que a munição padrão do fuzil regulamentar do exército americano, o M-16 que dispara o pequeno 5,56 mm. As gerações iniciais da M-60 se mostraram excessivamente pesada para o transporte pelas tropas, e no Vietnam essa dificuldade se mostrou bastante problemática. Naquela época, a M-60 era usada como metralhadora de apoio, função esta, feita hoje pela M-249 SAW (FN Minimi) em calibre 5,56 mm.
Acima: A M-60 é uma metralhadora relativamente pesada, e devido a isso , tem sua mobilidade prejudicada. As variantes mais recentes tiveram uma redução de peso importante.
A M-60 foi usada como metralhadora de defesa dos helicópteros durante a guerra do Vietnã e a versão M-60D podia ser montada em um suporte na porta do helicóptero para que um artilheiro desse fogo de apoio para os soldados que estivessem pulando do helicóptero durante uma ação de assalto. O gatilho desta versão era no formato borboleta como nas metralhadoras M-2 de calibre .50. Ainda foi construída uma versão chamada M-60C, que era montada na lateral dos helicópteros, e estava apontada para frente. Esta versão é acionada eletricamente do manche do piloto. Esta versão foi uma das primeiras experiências no uso de armamentos em helicópteros para a função de apoio de fogo aéreo.
Acima: A M-60D é a variante operada em suporte aerotransportada, muito comum nos helicópteros UH-1 iróquios ou "Sapão" como são apelidados.
Hoje, esta metralhadora é usada por algumas tropas de forças especiais dos Estados Unidos, como o SEAL e os Rangers, embora em muitos outros países esta arma continue incansavelmente na ativa. A nova versão M-60E6, tem instalado em varias partes da arma, trilhos picatinny para acessórios, para fácil montagem de manoplas de manobra, miras ópticas e lanternas.
Acima: A M-60D é a variante operada em suporte aerotransportada, muito comum nos helicópteros UH-1 iróquios ou "Sapão" como são apelidados.
A M–60 tem como marca registrada sua confiabilidade mecânica, que garante um funcionamento perfeito mesmo quando em situações de pouca limpeza, A simplicidade de seu projeto permite que as peças fossem montadas de qualquer lado, não tendo um lado certo de encaixe. Sua cadência de tiro baixa, na casa dos 550 tiros por minuto, vem de encontro aos padrões atuais que buscam uma arma automática que seja mais fácil de controlar nesse regime de fogo, ao invés de uma arma que dispare 1000 tiros por minuto sem muita precisão, causado pela pouca controlabilidade do fogo rápido. Assim, a consagrada metralhadora M-60 continuará a servir as tropas, através de suas diversas versões por muitos anos ainda. Esta arma já pode ser considerada um clássico em termos de armamento de guerra, e sua fama não foi originada apenas nos diversos filmes de Hollywood, mas também nas mãos de muitos soldados que tiveram a sorte de utiliza-la em combate.

Acima: O Vietnã foi o principal palco de batalha onde a M-60 protagonizou com grande eficiência.