quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

M-38A1


Como vimos na matéria anterior, o M38 surgiu para tentar sanar algumas deficiências dos velhos MBs e GPWs já meio defasados em termos tecnológicos e também pela idade. Como a verba era reduzida, modificou-se o modelo civil CJ-3A acrescentando-se equipamentos militares e melhorando a desempenho e assim, num passe de mágica, apareceu um "tapa-buraco" que deveria dar conta do recado enquanto não houvesse verba suficiente para o desenvolvimento de um carro totalmente novo.
Com o surgimento, em 1950 do motor "Hurricane", mais potência seria acrescida à família Willys sendo também o jeep beneficiado com isso.
Os militares, não satisfeitos com o desempenho dos M-38 encomendaram modificações para que o novo motor pudesse ser usado nos seus veículos. Só havia um pequeno probleminha: ele era alto demais para ser simplesmente trocado pelo modelo anterior. 
A Willys estava, nessa mesma época, trabalhando numa nova versão de jeep que deveria acomodar a nova máquina. Era um misto de CJ-3A e algo que não se sabia direito o que iria dar.
Você deve estar pensando, "Ora, era o CJ-3B, o cara de cavalo." Infelizmente a resposta é NÃO. O CJ-3B só apareceu em 28 de Janeiro de 1953 e teve pouca aceitação no mercado civil devido àquela grade espichada, ou seja, o carro não agradou. Não que ele fosse ruim, muito pelo contrário, era muito bom, só que não caiu no gosto do público. Acabou se tornando um veículo militarizado de exportação para países amigos, conhecido como série M606 e mesmo assim a sua duração foi bastante reduzida. Numa outra oportunidade falarei a respeito desse veículo, cuja história é meio nebulosa e as referências são dificeis de se encontrar.
Voltando ao que interessa, aumentaram a altura e largura do capô, modificaram as laterais deixando-as mais retas do que o modelo anterior, aumentaram os paralamas para frente, visto que essa modificação já era feita desde a Segunda Guerra pelo pessoal de campo para evitar que tanto a areia como a lama fosse jogada para frente e no caso da areia, ela invariavelmente acabava por voltar no rosto do motorista e dos passageiros.
Feitas essas modificações e mantendo os equipamentos de blindagem nas partes elétricas que o M-38 possuía, chegamos ao M-38 melhorado, ou seja, o M-38A1. 
Essas modificações ocasionaram o aumento do comprimento do chassi e da distância entre eixos. Por incrível que pareça, o peso diminuiu de 1.238 Kgs no M-38 para 1.209 Kgs no M-38A1. Acredito que o motivo dessa diferença esteja principalmente no tipo do motor, pois o antigo era um bloco de aço enorme e o novo tinha uma silhueta bem menor e paredes bem mais finas.
Os faróis foram colocados mais para dentro da grade, no mesmo estilo dos carros da Segunda Guerra e ele ganhou um porta luvas num lugar bastante original: ao lado esquerdo do motorista. Pelo menos ninguém iria precisar se espichar todo para a direita quando precisasse pegar algo nele. 
Foi o primeiro carro militar americano que, finalmente, tinha um banco confortável e que não sacrificava tanto o motorista e nem os passageiros.
Um ano depois, ou seja, em 1951, ele começou a ser entregue às unidades militares e o sucesso foi imediato. Tanto, que foi mandado para a Coréia para suprir a necessidade de mais veículos e compensar as deficiências que o M-38 apresentava e a fadiga mecânica e estrutural dos velhos MB/GPW. O interessante da guerra da Coréia é que nela encontramos em serviço, os jipes da segunda guerra (MB/GPW), o “novo” M-38 e o novíssimo M-38A1.
 
Marilyn Monroe, provavelmente a passageira mais famosa transportada pelo M38A1...
... em visita às tropas na Coréia em fevereiro de 1953
O motor "Hurricane", com mais potência que o seu predecessor, colocou o M-38A1 como um dos veículos militares do pós-guerra mais procurados por todas as forças armadas, tanto americanas como pelos países alinhados com a política de Washington. Foi inclusive produzido, sob licença no Canadá onde, até hoje, pode ser visto em serviços auxiliares. Sua designação lá é M38A1CDN.
O fato mais interessante sobre a trajetória do M38A1 é que apesar de ter sido declarado como "veículo padrão limitado" em 11 de Julho de 1957, com a aprovação do M-151 para produção em massa, sua produção não parou e ainda foi mantida por vários anos.
O sucesso do M38A1 nas forças armadas foi tamanho que a Kaiser, proprietária da Willys desde 1953, decidiu em 1955 produzir um veículo civil com a mesma aparência do modelo militar. Levando-se em conta que o CJ-3B ("cara de cavalo") realmente não tinha agradado o público consumidor a única saída era fazer algo que estava tendo sucesso numa fatia considerável do mercado, que eram as forças armadas.
Em 11 de Outubro de 1954 foi anunciado o novo modelo do jeep. Estava nascendo o CJ-5. 
 
Um veículo que seria construído por mais de 30 anos e encantaria milhões de usuários ao redor do mundo. Mas para transformar o M38A1 no CJ-5, algumas modificações seriam necessárias:
- Os faróis receberam um aro cromado e foram colocados mais para fora da grade.
- As lanternas de uso militar foram substituídas por outras de modelo convencional.
- O sistema elétrico de 24 volts deu lugar ao de 6 volts que era padrão da época.

Apesar de ter a mesma mecânica do CJ-3B, todas as outras características da versão militar foram mantidas, como a distancia maior entre eixos, as linhas mais curvas da carroceria (que davam mais resistência ao conjunto), uma travessa a mais no chassi e suspensão mais macia.
Muita gente acha que os Jeeps militares são muito duros e pulam bastante. Isso porque talvez nunca tenham tido a oportunidade de andar num veículo desses.
A realidade é bem outra. Os Jeeps militares são projetados para transportar um grupo de soldados para missões de reconhecimento e que eventualmente podem dar de cara com uma patrulha inimiga.
A função básica do carro é levar e trazer de volta, em segurança, esse pessoal. Se a suspensão fosse dura, a viagem seria muito cansativa, já que numa incursão de reconhecimento dificilmente se trafega por estradas, e na eventualidade de combate com algum grupo avançado do inimigo, esse cansaço poderia ser fatal para o grupo. Portanto as suspensões dos Jeeps militares são bem mais confortáveis do que as do mesmo veículo na versão civil.
O CJ-5 foi o primeiro Jeep civil a ter uma suspensão praticamente igual à do modelo militar (finalmente um pouco de conforto também para o usuário comum).
Os M38A1 foram usados extensamente pelas forças armadas americanas e pelos países alinhados, assim como Israel, que recebeu quantidades enormes tanto de M38A1 como de M606A2 e A3, para usar na infindável guerra que travam com seus vizinhos.
M606A2 das IDF na parte leste de Kantara (Canal de Suez) 1969 com as cortinas para proteção contra a poeira
M606A2 na estrada Suez-Cairo em 1973
M38A1C das IDF com canhão sem recuo
M38A1C das IDF com canhão e uma "camuflagem" de barro
M606A2 - Note os faróis mais pra fora do que o M38A1
M606A2
M606A2
Foi amplamente usado pelo Exército na Guerra do Vietnam, juntamente com o M-151.
A variação mais conhecida e mais usada do M38A1 foi com certeza o M38A1C que transportava um canhão M-40 sem recuo de 106 mm que era usado contra blindados e foi empregado e copiado por várias nações como a Áustria, Brasil, França, Espanha, Coréia e Portugal para citar algumas.
M38A1C do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil
M38A1C na Coréia
M38A1C em ação na Coréia
Outra variação muito conhecida é a ambulância M-170 que gerou no mercado civil a versão "Bernardão" que nada mais é do que o veículo padrão com 44 cm a mais no comprimento. Essa ambulância de campo podia transportar três feridos em macas ou seis sentados.
 
 
No Brasil a Willys produziu o CJ-5 até 1969 quando foi comprada pela Ford e a partir daí o jeep passou a ter a designação U-50.
Visando atender a todos os países interessados, mas que não dispunham de verbas para comprar os carros especificamente militares, a Kaiser lançou na série M606 a versão militarizada do CJ-5, o M606A2 e M606A3.
O M606A2 é basicamente o CJ-5 com alguns equipamentos militares, ou seja, o sistema elétrico é constituído de uma bateria de 12 volts e não tem dispositivos à prova d'água. Outras características que o diferenciam da versão militar são: presença do estribo abaixo dos vãos de porta, falta do soquete de energia num rebaixo na lateral logo à frente da porta direita, falta das lanternas militares na dianteira e os faróis não são recuados na grade. No painel de instrumentos o quadro com os cinco mostradores padrão dos carros militares foi substituído pelo mostrador único, igual ao que equipou os Jeeps brasileiros.
Note o painel de instrumentos e a ausencia de porta luvas
 A única diferença entre o M606A2 e o A3 era o sistema elétrico de 24 volts, já que este tipo de veículo era usado como carro de rádio e precisava de uma voltagem compatível com os equipamentos de rádio militares. Caso o comprador do modelo A2 quisesse transformar seus carros na versão A3, um kit era vendido para a conversão. Esse kit que tinha a denominação 948761 continha os seguintes ítens:

- 2 baterias MS-35000 de 12 volts cada uma - parte n. 800193
- 1 alternador - parte n. 948841
- 1 regulador de voltagem - parte n. 936581
- 1 voltímetro - parte n. 948665
- 1 caixa de saída para o rádio - parte n. 808767
- 1 chicote de fiação completo - parte n. 948761
- 1 manual de instalação - parte n. STP-274
- 1 manual de serviço e operação - parte n. SM-1041

O M38A1 foi tão bem sucedido, que foi copiado por vários países com muitas ou poucas diferenças. 
KM41 da Asia Motors

Kehowa M-7GA3L
Vários veteranos se recusam a chamar o M151 de jeep, pois dizem que o último jeep de verdade foi o M38A1 e eu acho que eles tem razão pois não vi nenhuma fábrica fazer cópias de outro modelo posterior a ele, vide CJ-5, CJ-7, Renegade, Wrangler, e isso sem contar as cópias feitas pelos países asiáticos com a mais ou menos a mesma configuração de carroceria. Ao contrário do M38, o M38A1 conseguiu seu lugar de destaque na história dos veículos militares.
Até a próxima e mantenham os descendentes dele rodando.

FICHA TÉCNICA PARCIAL
Nomenclatura:
Veículo Utilitário de 1/4 de ton 4x4  M38A1
Comp. total:
3,517 mts
Largura total:
1,539 mts
Dist. entre eixos:          
2,057 mts
Bitola:
1,247 mts
Peso liquido:
1.209 Kg
Sistema elétrico:
24 volts
Combustível:
gasolina
Ângulos

            de entrada:
55°
            de saída:
35°
Carga:
363 Kg
Pneus:
7.00 x 16
Motor:
Willys de 4 cilindros 134 I4 "Hurricane"
Cambio:
Dana T-90  de 3 marchas
Transmissão:
Dana 18
Diferencial dianteiro:
Dana 25 ou 27
Diferencial traseiro:
Dana 44
Potência:
72 hp a 4.000 rpm
Veloc. máxima:
90 km/h

"M-38" ou "Como tapar um buraco"



Existem veículos que por força de circunstâncias acabam não tendo o seu devido lugar de destaque na história dos carros militares e uma dessas máquinas foi o M-38.
No fim da Segunda Guerra, os americanos viram-se com uma quantidade enorme de Jeeps MB e GPW. A quantidade era de um tamanho tão incomodo que não existiam instalações em número suficiente para armazená-los adequadamente. Foram vendidos aos milhares para os civis e para os países aliados e ainda assim sobraram quantias enormes. Por alguns anos as forças armadas americanas não precisariam se preocupar com veículos dessa categoria. ERRADO. Apesar da quantidade, eles já eram carros ultrapassados e ao longo da guerra suas deficiências foram aparecendo.
O Exército Americano encomendou para a Willys um novo carro para substituí-lo. Mas em tempos de paz o orçamento disponível para pesquisa era insuficiente para se projetar um carro novo. Os técnicos decidiram que deveriam aperfeiçoar o velho guerreiro. O único jeito era pegar o que se tinha à mão, ou seja, um CJ-3A (agrícola) reforçar onde fosse necessário e colocar os equipamentos que eram padrão para os carros militares da época.
Assim, o fazendeiro foi recrutado e se tornou um soldado até que houvesse verba para o desenvolvimento de um carro totalmente novo.
As modificações não foram muito grandes, já que o CJ-3A era praticamente igual ao velho jeep militar. Foram mudados o sistema elétrico, que passou a ser de 24 volts (duas baterias de 12 volts em caixas seladas) em lugar dos 6 volts do sistema civil, a relação de engrenagens dos diferenciais que se tornou mais longa já que um carro de reconhecimento tem que ter agilidade e não necessariamente força para puxar um arado. Os pneus foram aumentados para a medida de 7.00x16 e a carroceria foi construída em chapas de aço mais resistentes. Foram também colocados dispositivos para tornar à prova de água tanto o sistema elétrico como o sistema de carburação, respiro e descarga do motor.
Foi no painel de instrumentos que ocorreu a maior diferença, pelo menos a mais visível:
- o freio de mão foi mudado da direita dos mostradores para a esquerda do volante.
- os relógios foram colocados num painel destacável que facilitava a manutenção, já que o conjunto todo era preso por quatro parafusos de encaixe rápido.
- ganhou um pequeno porta luvas do lado direito (coisa que o CJ3A nunca teve).
- um sistema de iluminação moderno e à prova de água, com uma chave controladora das luzes do tipo moderno ou como é conhecida nos meios militares - chave OTAN.
- controles de acelerador manual e afogador no formato de "T".
 
- ao invés das três placas de instruções que existiam nos MB e GPW, agora o painel continha seis placas e se por um acaso o veículo tivesse um guincho frontal, a sétima placa já tinha seu lugar reservado.
- e tanque de combustível com saída por cima e com capacidade para 49,12 Litros (13 Galões) (CJ3A tinha um tanque de 39,7 Lts), com um bocal bem maior e com um sistema de filtro para impedir que impurezas entrassem no tanque.
O novo sistema de vedação para o sistema elétrico mudou muito o visual da parte interna do motor. O distribuidor ficou muito maior, já que a bobina é colocada dentro dele. Vale notar que essa bobina é de padrão militar e não tem nada a ver, em termos de tamanho, com as que conhecemos. Por sinal ela é mais ou menos do tamanho de uma pilha grande de lanterna. Os cabos de velas não são encaixados e sim rosqueados na tampa do distribuidor que por sua vez também é parafusada no corpo do mesmo. As velas são blindadas e a parte de cerâmica não fica visível, sendo que os cabos, que vem do distribuidor, também são rosqueados nas pontas delas.
 
O filtro de ar ganhou uma entrada lateral com uma tampa na forma de cogumelo que devia ser retirada para a colocação do tubo de respiro para atravessar águas profundas. Essa tampa devia ser recolocada na ponta desse tubo de respiro para evitar a entrada de detritos que pudessem entupir o filtro de ar. Do mesmo modo que a carburação estava protegida contra a entrada de água, o mesmo devia ser feito com a descarga. Outra extensão era parafusada na ponta da saída do escapamento fazendo uma curva virada para cima. Tinha um comprimento que ultrapassava a altura da capota.
O jeep ficava parecendo uma locomotiva com aquela chaminé soltando fumaça para cima. Mas se mostrou bastante eficiente.
Outra inovação foi a colocação no paralama direito de uma tomada elétrica ligada diretamente à bateria e que servia para ligações diretas com equipamentos ou para no caso de uma bateria defeituosa, outro carro ou bateria poderia ser ligado ali e suprir energia para a partida.
Uma modificação que chama bastante a atenção para os M-38 é o fato das ferramentas (pá e machado) estarem do lado contrário do MB ou GPW, ou seja, estão do lado do passageiro e não do motorista. 
Outra coisa que já deu muito motivo para discussão foi o fato do M-38 ter herdado do modelo civil a tampa traseira.
Todo M-38 tem tampa traseira de fábrica e um retângulo colocado no centro desta, onde deveria estar escrito o nome do fabricante (Willys).
Outro item do M-38 é a proteção dos faróis, que consiste num arco de ferro relativamente grosso que cruza a frente de cada farol em diagonal.
O parabrisa também tem uma pequena diferença que já enganou muita gente que acabou comprando gato por lebre. A janela de ventilação que fica na parte central do parabrisa é fixa e não articulada como no modelo civil.
 Uma pequena modificação, que ajudou muito o pessoal da manutenção, foi a colocação de duas dobradiças na parte inferior da grade frontal. Isso permitia que a grade fosse abaixada (depois que todos os parafusos que a fixavam nas laterais do motor fossem retirados) e assim tinha-se livre acesso ao radiador, hélice, correias, bomba de água e gerador.
 Ao contrário do CJ3A, que tinha o radiador preso à grade, o M38 tinha um radiador bem maior e preso à estrutura do motor, o que permitia que o conjunto completo fosse retirado facilmente numa manutenção.

Um fato histórico que muita gente não sabe é que apesar do M-38 ser conhecido como o jeep da Guerra da Coréia, sua participação naquele conflito foi muito reduzida, pois, devido a à topografia da região, as operações motorizadas foram muito menores do que as da Segunda Guerra e, como eu falei no começo da matéria, a quantidade de MBs e GPWs era enorme dentro do exército e a quantidade de M-38 disponíveis não era suficiente para uma substituição em grande escala, coisa que aliás nunca aconteceu, pois os antigos Jeeps continuaram em serviço até bem depois que a Guerra da Coréia terminou.
 
 
 
Descarregando um jeep de um transporte um dia antes do inicio da Guerra da Coréia (25/06/50)
Cemitério de veículos militares em Pusan (Coréia) 1960
Cemitério de veículos militares em Pusan (Coréia) 1960
Hoje em dia existem muitos M-38 em mãos de colecionadores nos Estados Unidos. Por ser um veículo que viu pouca ação, podemos encontrar exemplares que facilmente passariam por "0" Km e que contam com quantidades enormes de peças de reposição. Bem, isso tudo lá! Aqui a coisa é um pouco diferente, pois só por causa da famosa bobina, do tamanho de uma pilha, que vai dentro do distribuidor, já vi muito carro, desse tipo, parado por falta de peças de manutenção. Cuidado quando for comprar algo do gênero. Pode ser muito legal ter algo que é exclusivo e único, mas lembre-se de que a dor de cabeça também pode ser exclusiva, única e inesquecível.
Até a próxima e mantenham os Jeeps rodando.
FICHA TÉCNICA PARCIAL

Nomenclatura:             Veículo Utilitário de 1/4 de ton 4x4 M38
Comp. total:                3,37 mts
Largura total:               1,57 mts          
Dist. entre eixos:         2,32 mts
Bitola:                         1,24 mts
Peso liquido:                1.238 Kg
Sistema elétrico:          24 volts
Combustível:                gasolina
Ângulos
            de entrada:       55°
            de saída:          35°
Carga:                          250 Kg
Pneus:                          7.00 x 16
Motor:                          AMC L-134 de 4 cilindros, válvulas laterais
Potência:                     60 hp a 4.000 rpm
Veloc. máxima:            90 km/h
Unidades produzidas     61.423   -    1950-52