domingo, 15 de abril de 2018

Soldado do Exército sul-africano


Atuação: Namíbia, anos 80

Após ter prestado sua contribuição para a causa aliada na Segunda Guerra Mundial, o Exército sul-africano permaneceu praticamente isolado de seus antigos parceiros ocidentais. A ameaça em potencial dos países negros vizinhos e de sua própria população, causada por uma política racista, levou à manutenção de um Exército forte.
Na década de 80 seu núcleo era constituído por uma força de cerca de 16.000 soldados profissionais, responsáveis por treinar até 50.000 recrutas brancos por um período de 24 meses, que em seguida são transferidos para a Reserva Ativa por doze anos. O Exército era organizado em uma brigada blindada com dois batalhões de carros de combate, dois batalhões de infantaria motomecanizada e uma brigada mecanizada, além de quatro brigadas motorizadas (cada uma formada por três batalhões de infantaria e um batalhão de carros blindados).
Contava com uma brigada de paraquedistas, um regimento especial de reconhecimento e um contingente de artilharia de campanha e antiaérea. Estas eram equipadas com 65 obuseiros e 40 canhões rebocados G-5 de 155 mm, além de vários obuseiros G-6 SP mais modernos. O elemento anticarro era fornecido por canhões de 90 mm e as armas de suporte de infantaria incluíam morteiros de 81 e 120 mm. O regimento antiaéreo empregava três baterias de mísseis Crotale e três de mísseis Tigre. A divisão blindada empregava 250 carros de combate Olifant, apoiados por 1.200 VCIM Rafel, 500 VBTT leves e 1.400 carros blindados Eland.
A indústria bélica sul-africana tem se desenvolvido bastante desde o embargo de armas decretado pela ONU em 1967, produzindo a maior parte dos equipamentos utilizados pelas Forças Armadas do país, como o fuzil G-4 de 5.56 mm, adaptado do Galil israelense, mísseis ar-ar, os canhões G-5/G-6 e o MBT Olifant (baseado no Centurion inglês modernizado). A África do Sul acredita firmemente na defesa avançada e em 1978-79 enviou grande número de soldados à Namíbia para suprimir o movimento guerrilheiro local e lançar ataques a Angola. Mesmo com o fim do apartheid (política racista), a instabilidade política de seus vizinhos e a defesa de suas riquezas minerais, é inevitável que os sul-africanos mantenham suas Forças em constante prontidão.

O soldado de infantaria usa uniforme e equipamento próprios dos combatentes em serviço na Namíbia. O uniforme de campanha é de tecido marrom leve, com chapéu tropical; o kit de cinturão e suspensório, de modelo sul-africano, com cantil, dois pares de bolsas para munição e bainha para a baioneta, tem cinto de malha separado para as calças. O fuzil é o popular FN FAL de 7.62 mm

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