domingo, 15 de abril de 2018

Paraquedista do Exército português


Atuação: Moçambique - 1970

Embora o Exército de Portugal tenha sido um dos poucos, na Europa, que não combateram na Segunda Guerra Mundial, acabou envolvido numa longa e desgastante guerra na África, nos anos 60 e 70. Surgiram em suas, então colônias, Angola e Moçambique, movimentos nacionalistas que se transformaram em ação armada de grupos guerrilheiros, que forçou o Exército português a abandonar sua função policial e empenhar-se numa campanha antiguerrilha cada vez mais violenta.

Nas primeiras fases da luta os efetivos reduzidos e o pouco armamento disponível limitaram-no a uma ação fraca e hesitante. A partir de 1968, porém, além de treinar 2.000 homens especificamente para esse tipo de combate, passou a utilizar-se da experiência e das técnicas transmitidas por assessores americanos, veteranos do Vietnã. Usou intensivamente o poder aéreo, despejando bombas de napalm, convencionais e desfolhantes químicos para saturar as rotas dos guerrilheiros.


Em terra o serviço pesado foi entregue às tropas de elite: os paraquedistas, os comandos e os fuzileiros. Portugal tinha, no final da década de 60, cerca de 150.000 soldados lutando para manter seu império colonial na África, mas se tal esforço começou a produzir resultados, teve a contrapartida de prejudicar a pequena economia portuguesa e elevar o número de baixas, com mais de 11.000 soldados mortos e 30.000 feridos.


O descontentamento da população portuguesa e de alguns segmentos militares com esta situação, levou à derrubada do governo, em 25 de abril de 1974, decidindo-se por abandonar definitivamente a guerra nas colônias. No ano seguinte Angola e Moçambique se tornaram independentes e seus povos mergulharam em sangrentas guerras civis.
Com o fim da campanha na África, os efetivos das Forças Armadas foram reduzidos a níveis mais realistas, de acordo com a necessidade da defesa nacional e da participação de Portugal na OTAN.


O cabo paraquedista português usa uniforme camuflado francês, modelo 1950, mesma origem da boina verde-escura. O distintivo é o da Força Aérea, à qual estão subordinados os paraquedistas. Um escudo da unidade pode ser observado no uniforme, acima do bolso direito. Seu posto é indicado pelas divisas de cor azul-clara, em faixas presas nas platinas do uniforme. Está armado com metralhadora leve HK 21, calibre 7.62 mm, fabricada na Alemanha.

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