domingo, 15 de abril de 2018

Soldado do Exército israelense


Atuação: Guerra dos Seis Dias - 1967
Guerra do Yom Kippur - 1973

O 19° aniversário da fundação de Israel, em 15 de maio de 1967, não foi uma ocasião das mais festivas. Enquanto os habitantes de Jerusalém enfeitavam as ruas, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser levava seu Exército para o Sinai, onde já estavam estacionados 30.000 soldados. No dia seguinte, Nasser exigiu a retirada das tropas da ONU da faixa de Gaza, bloqueou o porto israelense de Eilat e colocou suas forças em posição de combate.
Em 5 de junho Israel, seguindo sua doutrina de que o ataque é a melhor defesa, avançou sobre o Egito, Jordânia e Síria, ocupando rapidamente a península do Sinai, a Cisjordânia e as colinas de Golan. Os israelenses estavam em inferioridade numérica: seu Exército tinha cerca de 60.000 soldados regulares, contra mais de 190.000 egípcios, embora pudesse mobilizar mais de 200.000 reservistas. Mas ganhou a guerra graças ao comando competente, à atuação decisiva de sua Força Aérea e ao espírito de luta de sua infantaria, que tinha ordens de avançar pelo território inimigo, defendido por compactas formações de blindados, até onde fosse possível.
No deserto do Sinai, especialmente, os tanques egípcios ofereceram pequena resistência ao avanço das tropas israelenses. Além de ser muito bem treinado, o soldado de infantaria israelense tem forte motivação patriótica. A moderna estrutura administrativa de seu Exército, a pequena extensão territorial do país e a rapidez do sistema interno de comunicações possibilitaram fazer frente a ataques procedentes de várias direções, com uma coordenação efetiva.
Dotada de extrema mobilidade, a infantaria de Israel podia partir para a luta em menos de 72 horas e participou das operações iniciais da Guerra dos Seis Dias com quatro brigadas de cerca de 4.000 homens cada, uma brigada de paraquedistas e uma divisão blindada. Quando do cessar-fogo em 8 de junho, apenas 700 soldados israelenses haviam morrido em combate, enquanto as baixas do lado árabe se contavam aos milhares. A questão dos territórios ocupados em 1967 passou a representar um novo foco de tensão no Oriente Médio e levaria em 1973 à Guerra do Yom Kippur, na qual a infantaria chegou às portas de Damasco, capital da Síria, correpondendo mais uma vez à confiança em que nela deposita o alto comando das Forças de Defesa de Israel.
Desde a concessão de independência a Israel, em 1948, o Exército do país tem sido equipado com uma grande variedade de armas e acessórios. Este combatente da Guerra dos Seis Dias não constitui exceção. O uniforme inclui uma camisa cáqui de lã e calças iguais às dos paraquedistas franceses. O capacede M1, de fabricação americana, é coberto com pano e com uma rede de malha. O cinto de lona, fabricado no país, segue o modelo americano e britânico. O armamento consiste na versão israelense do fuzil FN FAL de 7.62 mm, arma padrão da infantaria, usada durante a década de 60. Só em 1973, por ocasião da Guerra do Yom Kippur, começaria a ser substituída pelo rifle de assalto Galil de 5.56 mm.

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